POV HERMIONE (continuação)
A mulher da esquerda fala:
- Edna, poderia nos dizer quem é essa sua amiga que veio para a América por aparatação sem permissão do Ministério da Magia?
Obviamente são aurores. Decido me pronunciar antes que Edna se meta em problemas:
- Primeiro: eu vim por aparatação porque eu não sabia que ia viajar para outro continente. Segundo: estou em missão aparentemente urgente o que, segundo as leis do Conselho dos Ministérios da Magia, permite que eu viaje da forma mais rápida possível para onde for preciso sem toda a burocracia. Então me desculpe se eu não notifiquei tal viagem ao Ministério da Magia Americano. - Falo calmamente.
A mulher da esquerda, claramente irritada, pergunta:
- Quem você acha que é pra falar assim com dois aurores nível sênior?
- Meu nome é Hermione Granger, e eu sou a Ministra da Magia da Europa.
POV REBECCA
Peraí, a Ministra da Magia da Grã-Bretanha tá aqui? Isso é muita loucura pra um dia só. Tenho que me controlar pra não ter um ataque de fãzisse no meio de todo mundo. É que eu sou muito fã de Hermione Granger. Tipo, segundo os livros, era ela o cérebro do tão falado Trio de Ouro. E também tem todas as coisas que ela fez depois da guerra. Terminou os estudos em Hogwarts, entrou pro ministério, lutou pelos direitos dos elfos e várias outras criaturas mágicas, e por fim se tornou ministra. Tem como alguém ser mais admirável?
Enquanto eu pensava em todas essas coisas, minha parceira de trabalho, Daniela, se desculpava e tentava esclarecer as coisas com a senhorita Granger:
- E aí veio pra cá para esclarecer tudo?
- Exatamente. - Responde a senhorita Granger. Tá, eu admito que mal consigo esconder a emoção de estar respirando o mesmo ar que ela. - Então, eu realmente agradeceria se vocês não contassem para ninguém que eu estou aqui. Levando em conta que eu estou com um mau pressentimento sobre isso, e meus pressentimentos sempre se provam certos, eu gostaria de manter isso como uma investigação sigilosa, pelo menos até que eu saiba mais alguma coisa sobre essa nova ameaça eminente.
Daniela, educada como sempre, me puxa pelo braço até um canto da apertada sala, perto da porta, de onde dá pra ver a "baguncinha" que fizemos ao entrar no clube.
- E então, o que você acha? - Perguntou-me num sussurro quase inaudível. - Levamos ao Ministério e a interrogamos formalmente ou inventamos uma história para os nossos superiores?
- Que pergunta mais sem cabimento, Srta. Rodriguez! É óbvio que ajudaremos a Srta. Granger! - Sussurro o mais alto possível, levando minha parceira a fechar os olhos, impaciente, e com um suspiro me puxar de volta para o campo de alcance da audição da Ministra Granger e da Dona Edna.
- Certo. Depois de uma breve conversa com minha parceira de trabalho, decidimos ajudar-lhe, senhora ministra, a resolver esse caso em sigilo do Ministério da Magia Americano. - Suspiro aliviada com a decisão dela. - Porém, caso nossos superiores descubram que escondemos algo de tamanha importância, farei questão de responsabilizar-lhe por todo e qualquer problema que esse caso acarrete.
Olho assustada para a ministra, esperando a pior das reações, considerando a gravidade das palavras de Daniela, mas ao contrário do que eu esperava, ela apenas sorri, divertida, e responde:
- Acho justo. Mas sei que, ao esconder a verdade de seus chefes, já estão arriscando seus empregos, então não vou pedir que se arrisquem mais ainda me ajudando.
Ao ouvir isso, me dirijo a ela pela primeira vez desde que chegamos:
- Não, não, não será incômodo algum Srta. Granger! Digo... Pelo menos não pra mim... Na verdade será uma honra ajudá-la! - Mentalmente eu dou um tapa na minha própria face, sentindo-me uma idiota por falar tão rápido, deixando na cara que eu estou animada até demais com tudo isso.
POV HERMIONE
Pela primeira vez, olho mais atentamente para a outra auror, analisando-a. Uma mulher de altura mediana, pele clara, cabelos loiros e olhos azuis que já viram de tudo, mas que não perderam a pureza. Ela deve ter mais ou menos uns 29 anos, assim como sua parceira. A pressa em responder-me demonstra que está ansiosa ou nervosa.
Percebo que a sala caiu em um silêncio um tanto desconfortável. Vendo que ninguém fez questão de quebrar a quietude da sala, eu o faço:
- Eu acho que vocês já se demoraram demais por aqui, alguém pode desconfiar. Já que insistem em me ajudar, peguem isto. - Pego dentro de minha bolsa, dois pequenos discos, que são exatamente iguais a galeões - Quando eu quiser falar com vocês, aparecerá uma mensagem em uma das faces do galeão, ao mesmo tempo em que sentirão-o esquentar. Vou colocar horário e local para nos encontrarmos. - Entrego um para cada uma e me despeço delas.
Do lado de fora do local, aparato para minha casa, já sabendo que a viagem de continentes vai me fazer dormir por dias.
Três dias depois
POV ROSE (WEASLEY)
Eu e Hugo passamos a semana inteira com Lily, Alvo e James, n'A Toca, com o vovô e a vovó. Nós até convidamos o Scorpius, mas parece que ele foi visitar a vó dele, com o pai.
Nos primeiros dias, passamos o tempo todo com nossos avós, mas na quarta (hoje), não aguentávamos mais comer O Famoso Ensopado Weasley, então decidimos meter o pé de lá. Ficamos durante o dia todo, montando nosso plano de fuga, ao mesmo tempo que fugíamos da vovó, inventando desculpas esfarrapadas.
Não nos entenda mal; nós adoramos a vovó e o vovô, mas somos adolescentes com os hormônios à flor da pele, e como todo bom aborrecente, queremos algo mais do que a quietude daqui, queremos aventuras!
Agora, vamos às funções de todos:
-Lily e Hugo se revezariam para distrair nossos avós, para que não desconfiassem;
-Alvo ia garantir que o caminho estivesse livre, que não deixássemos pistas e que tudo estivesse organizado para a fuga;
-James iria dar o sinal para sairmos, sendo também o responsável pelos feitiços que precisaríamos;
-E eu, recebi a função de arrumar as malas de todos, além de ser a ajudante de James.
Ao pôr do sol, já estava tudo pronto. Como incríveis atores que somos, dissemos que estávamos cansados do dia longo, e fomos para cama depois de uma colherada de ensopado. Esperamos, até que pudemos ouvir eles subindo e indo dormir. Cinco minutos depois, ouvimos um pássaro do lado de fora. Sabíamos que era o sinal de James para: "Podem sair".
Se eu ainda não comentei, eu e Lily estamos no mesmo quarto, assim como os meninos estão dividindo um quarto.
Assim que ouvimos o sinal, saímos de debaixo das cobertas, pegando nossas bolsas, que contém apenas o necessário, e, sorrateiramente, adentramos o corredor, logo encontrando Alvo e Hugo olhando pela porta, nos desejando sorte sem usar as palavras. Eles esperariam o segundo sinal, conforme o plano.
No final do corredor a janela estava aberta, deixando escapar uma brisa fresca. Nela, estava pendurada uma escada de corda, que foi feita por Alvo. Lily desceu primeiro, indo o mais rápido possível, embora isso não seja muito, devido seu medo de altura. Quando faltavam uns cinco degraus ela cometeu o maior erro de todos; olhou pra baixo. Minha prima travou na hora, e não conseguia fazer nada além de segurar a escada, mas graças à Merlin, James apareceu e disse alguma coisa pra ela, tranquilizando-a. Depois ela desceu os degraus que faltavam e abraçou o irmão mais velho. Logo o braço foi cessado, e Lily correu o mais rápido possível, em direção a cidade.
Rapidamente, comecei a descer a escada, por sorte eu não tenho medo de altura. Eu podia sentir o balanço da escada, provocado pelo vento, e pensei em parar ali um tempo para aproveitar a sensação de paz que aquilo trazia, mas tínhamos que ser rápidos, então sem cerimônia, alcancei o chão e fiz um toca aqui com James.
- Continue, encontrarei vocês logo. - Disse ele, e ficou me olhando enquanto eu me afastava, indo na mesma direção que Lily. Aquilo estava emocionante!
POV JAMES
Assim que perdi Rose de vista, me direcionei à área abaixo da janela do quarto em que estavam Alvo e Hugo. Não vou tentar explicar como eu faço esse barulho de pássaro, tá bom? Eu só coloco as mãos ao redor da boca e faço esse som com a garganta. Dado o sinal, peguei minha bolsa que estava lá perto e fui correndo para a escada. Como não vi sinal deles, finquei uma estaca na grama, para eles saberem que eu já tinha ido, e segui o mesmo caminho que Rose, torcendo para Alvo lembrar de fechar a janela e tirar a escada de lá depois de descer.
~Quebra de Tempo~
Encostei a cabeça na janela do ônibus e observei. Observei as pessoas andando pra lá e pra cá, sempre com pressa, observei os animais de rua, magros de dar dó, observei as crianças brincando, sorrindo até não aguentar mais.
O automóvel velho fazia barulho durante o percurso, mas isso não impedia Hugo de dormir e babar, com a cabeça apoiada no ombro da irmã, que lia um livro trouxa, que ganhou dos avós maternos, "Extraordinário". Alvo e Lily conversavam sobre como estavam nervosos e riam lembrando da nossa grande fuga.
- Hein? - (#MelhorReação) exclamei. Segui o olhar dele e vi alguns adolescentes (falou a adulta) do nosso lado da calçada, vindo da direção contrária à nossa. Havia cinco, mas três deles se destacavam, por causa dos cabelos ruivos, que balançavam com essa brisa que começou do nada. Por um momento, uma das garotas me lembrou Rachel Elizabeth Dare, pelas roupas coloridas.
- São só pessoas ruivas, Cabeça de Alga! - Respondi à pergunta dele, revirando os olhos. Percy tem uma imaginação. Ele abriu a boca quando percebeu.
- Se eles se juntassem com Rachel, poderiam formar uma banda chamada "Cabelos de Fogo"! - Ri de sua sugestão. Percy sabe como cortar o clima ruim.
De repente, Tyson parou no lugar e disse:
- Tão ouvindo isso? - Perguntou, mas não escutamos nada. Devido à superaudição de ciclope, Tyson ouve sons que ainda não chegaram a nossos ouvidos comuns.
Antes que tivéssemos a chance de dizer algo, um Toro vermelho surgiu de uma loja, quebrando a vitrine e tudo pelo caminho e parou no meio da rua, fazendo com que os carros começassem a bater uns nos outros, causando vários acidentes. De dentro do carro, saiu a líder de torcida mais falsa do mundo. Kelly.
- Merda. - Disse Percy, já destampando Anaklusmos.
- Quem é essa? - Tyson perguntou.
- Uma empousa, que nós já conhecemos a algum tempo. Já matamos ela umas duas vezes, mas vaso ruim não quebra. - Respondo, pegando minha adaga, que estava amarrada ao meu tornozelo.
- Aqui estão, os meus semideuses favoritos! - Declarou ela, com um sorriso divertido. E a única coisa que eu pensei foi: "Vai dar merda".
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