Uma semana se passou desde a visita do casal beauchamp. Então, eu tive tempo o suficiente, para planejar a fuga. ela será um dia antes, do dia em que o casal Beauchamp, irá vir me buscar. Planejei a fulga para um dia antes, porque não queria que houvesse desconfiança, do que eu estava planejando fazer. Irei fugir enquanto todos estiverem dormindo, isso é o clássico, né? Vou pular o muro, talvez eu me arranhe, mas vai valer a pena. Irei pegar um dinheiro emprestado com a diretora, não vou roubar ,só vou pegar emprestado, para não devolver tão cedo. Pegarei o suficiente para comprar uma passagem para o Brasil. Meu destino é Salvador, sentir aquela brisa do mar, e sair desse frio dos Estados Unidos.
Estava tudo pronto só me restava, esperar chegar o grande dia.
Alguns dias depois...
Acordo com a luz do sol, em meu rosto.
NINGUÉM MERECE!
— POR QUE A PORRA DO CORTINA ESTÁ ABERTA? — grito, mesmo que não esteja faltando com ninguém. Me levanto pisando duro, e caminho até a janela, para fechar a cortina, mas olho para fora, e avisto um carro preto parando em frente ao orfanato. Vejo o motorista sair, e abrir a porta. Logo sai uma mulher com uma roupa formal, e por último, vejo o casal Beauchamp saindo, calmamente, como se tivessem todo o tempo do mundo.
ELES ADIANTARAM A MINHA SAÍDA DO ORFANATO! FUDEU.
— Porra. — falo, calçando o chinelo. — é agora, ou nunca. — espero que seja agora, ou eu estarei fudida. Pego a mochila que estava debaixo da minha cama, dentro dela havia: comida, dinheiro e algumas peças de roupa.
Já estava tudo pronto para minha fulga, mas pelo o que o que eu estou vendo, adiantaram a minha fuga.
Coloco a mochila nas costas. Vou até a porta do quarto, abro a mesma, e a maldita faz um ruído alto, para caralho.
— Porta sua desgraçada, shiu. — coloco somente a cabeça para fora do quarto. Olho para os dois lados para ver, se vinha alguém, por sorte só tinha eu, e o corredor. Vou até a escada na ponta dos pés. Desço as escadas, quando estava pronta para correr para as portas do fundo. Ouço alguém falar, provavelmente, comigo.
É óbvio que está falando comigo, só tem eu aqui, bom, eu e a pessoa.
— Vai para onde, piranha? — meu coração gela, quando ouço uma voz feminina. Olho para trás, mas quando vejo, é só era a diarra parada na escada, me encarando, com certa curiosidade.
Eu mereço!
— E o que te importa, piranha? — retruco, usando a chamando do mesmo jeito, enquanto melhorava a minha postura. A Diarra me ignora, e olha para a minha mochila.
— Parece que alguém quer fugir, a diretora vai gostar de saber sobre isso. — ah não, eu planejei isso por muitos dias, e não vai ser a diarra, que vai estragar o meu plano.
— Se você contar da minha fulga, eu quebro o seu pescoço. — encaro a mesma, com um olhar ameaçador, enquanto passava o meu dedo, pelo pescoço.
— Aí, você vai direto pra cadeia. — ela provoca, falando como se fosse óbvio.
— E você para caixão. — dou um sorriso diabólico.
— ai, grossa...
— Ah, garota vai se fuder, vai. — falo, dando as costas para ela, e correndo até a porta do fundo.
— DIRETORA! — diarra berra, tão alto que eu chego a me perguntar, se não quebrou algum vidro.
Chego até o muro, e vejo a porra da altura.
Eu vou morrer!
— Caralho, pensei que era mais baixo. — olho para alguns blocos que estavam amontoados. — vamos lá Any, você consegue. — falo para mim mesma, e começo a subir nos blocos, segurando firme, onde dá para segurar.
— Any Gabrielly Rolim Soares, desça, agora! — a diretora ordena, vindo correndo em minha direção. Eu não obedeço, e sem em olhar para trás, começo a subir mais rápido.
— Meu Deus, ela é igual a mãe. — a senhora Beauchamp fala baixo, mas deu para eu ouvir, e o senhor Beauchamp concorda ao seu lado.
— Vamos ter que trabalhar nisso. — ele responde, da mesma forma que ela.
Depois de subir no muro, chegou a parte mais fácil, pular para o outro lado. Pulo sem pensar duas vezes, e caio agachada. Me recompondo assim que vejo dois homens, vestidos de preto, me encarando, sebo nas canelas. Começo a correr, mas corro pouco, pois vários deles, me cercam, me impedindo de ir muito longe. Um deles, coloca um pano em minha boca, e em meu nariz, me fazendo perder a consciência, pouco a pouco.
Quebra de tempo...
Acordo com o carro se movendo. Abro os olhos lentamente, e olho para a janela, vendo a estrada que estava coberta de neve. Neve? Como assim neve? mas que porra é essa? O de estamos? Olho para os bancos da frente, e vejo senhor beauchamp dirigindo, e a senhora Beauchamp cantando baixinho.
— Para onde estamos indo? — pergunto, me ajeitando no banco, porque a forma que eu estava sentada, havia começado a ficar desconfortável.
— Olha quem acordou. — o senhor Beauchamp comenta, sem tirar os olhos da estrada, e a senhora Beauchamp olha para trás, porém nenhum dos dois, respondem a minha pergunta.
— Para onde estamos indo? — repito a mesma pergunta, mas agora o tom da minha voz, estava diferente.
— Canadá.
Eu estou indo para o Canadá, eu nem acredito que eu vou conhecer, um dos países, que eu mais gosto. Então que venha o Canadá...
Continua...
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.