1. Spirit Fanfics >
  2. Os Estudantes Transferidos >
  3. Um Mês (Editado)

História Os Estudantes Transferidos - Um Mês (Editado)


Escrita por: Izayoi_Sakamaki

Notas do Autor


Eu deveria ter voltado na sexta mas fiquei ocupado demais... Comprei seis volumes da novel do No Game No Life e o livro com a historia original do Another e puta merda... QUE LIVRO FODA. A historia original do Another e o Vol 5 do No Game são os melhores livros que já li na minha vida... Caraca... Pra mim, essas ferias não podiam ser melhor.

Capítulo 24 - Um Mês (Editado)


Ainda não podia se mexer. Espera... Não era bem assim. Na verdade, ela estava conseguindo se mexer aos poucos. Podia mexer de leve a cabeça, as mãos e suas pernas se mexiam muito lentamente. Os movimentos do seu corpo estavam incrivelmente lentos e quem a visse de longe, provavelmente acharia que ela estava ficando com dor só de tentar dar um mísero passo. Não estava com dor, entretanto, estava ficando muito cansada. Estado meio estranho para alguém que estava sonhando. Fez um esforço maior e, pé esquerdo à frente. Pelo menos não tinha caído de cansaço depois disso.

— Isso... — comemorou ela sentindo os seus cabelos serem açoitados pelo vento. Olhou pra cima. — Hmmm?

Era impressão dela ou tinha algo diferente em seu "mundo"? Vamos observar o que era. As árvores continuavam em seus devidos lugares, nem uma a mais, nem a menos. Sim. Realmente ela sabia a quantidade exata de árvores presentes naquele local. As montanhas cercando a área também estavam ali. O lago estava próximo a ela do mesmo modo que dá última vez. A grande árvore no meio da "clareira" continuava lá. Óbvio que ela não iria criar pernas e sairia andando. O brilho da lua negra estava ficando cada vez mais intenso e fazia parecer estar soltando cada vez mais de suas fumaças cinza. O que Meredy não se cansava de observar ali era que, mesmo que a lua fosse escura ao extremo, ela conseguia ver perfeitamente toda a paisagem. Talvez fosse algo parecido com aquele caso de "mesmo que esteja num local escuro, se estiver de olhos abertos, conseguirá ver suas próprias mão". Isso era estranho. Muito estranho. Mesmo que estivesse em um local escuro, conseguia ver perfeitamente e arriscava dizer que estava vendo melhor do que durante o dia. Que pena que era um sonho. Mudando de assunto...

— Aquilo é...? — Apertou as pálpebras para ver se conseguia ver melhor a imagem. — Estranho.

Era aquilo que estava diferente. Aquela mesma formação de círculos continuava lá mas, o interessante, ou estranho, era que a fumaça em condensação em forma de círculos estava agora numa posição diferente da anterior. Continuava lá. Obviamente mas, da forma que estava posicionada parecia que iria sair algo dali de dentro. Como se a fumaça não estivesse apenas se condensando mas sim, tentando trazer algo à tona naquele local.

...

"..." — sentiu um friozinho anormal. Anormal até para alguém que dormia sem roupa alguma. Levantou-se se espreguiçando em seguida. — Que... sono. — Bocejou se enrolando mais ainda em suas cobertas. Como se adiantasse algo. Pelo visto, nem aquecedor dava jeito naquele frio. Não dava jeito por que não funcionava? Não. Por que não tinha mesmo.

Fazia um mês que tinham se mudado mas ainda não tinham se acostumado com o quão fria a casa era. Talvez por ficar muito perto da floresta ou por ainda serem 2:30 am. Olhou para a cama ao lado da sua. Deveria ter alguém ali mas provavelmente a ruiva tinha ido ao banheiro ou beber uma água. Ou talvez, ela provavelmente tinha saído para trabalhar. Vestiu uma roupa. Não ia conseguir dormir com esse frio todo então, provavelmente iria até a sala assistir um pouco de TV ou iria até a cozinha para comer alguma coisa. Era domingo e ela estava cansada do trabalho do dia anterior e queria apenas dormir, mas o frio não deixava. Mesmo estando de pijama e pantufas. Meredy detestava quando isso acontecia.

— Podia ser pior... — falou para si própria assim que terminou de se vestir.

Claro que podia. Ela realmente pensou que Erza iria lhe fatiar com sua espada quando descobriu seu hábito de dormir exatamente como veio ao mundo. Entretanto, não foi bem isso que aconteceu. Erza só suspirou pesadamente e disse um: “Se não acabar com essa mania de dormir pelada, pode desistir da possibilidade de dormir junto ao meu irmão antes de se casarem”. Ela poderia ter dito que Meredy não iria dormir com ele, mas disse que não iria dormir com ele até se casar. Já era um começo. Do mesmo jeito que Meredy dividia o quarto com Erza, Jellal dividia com Natsu. A casa era um pouco maior do que a que ela vivia anteriormente mas não era tão grande assim então, tinham que dividir o quarto. A casa não era nem tão grande, nem tão pequena. Era apenas grande o suficiente para acomodar quatro ou seis pessoas. Saiu do quarto.

— Tem gente acordada? — Ela se perguntou assim que ouviu o barulho da TV ligada. Foi andando a passos calmos até a sala e acabou encontrando Jellal sentado enquanto assistia o canal de culinária mais uma vez. Ele ainda estava nessa? Meredy andou de fininho até ele. — Ainda tentando? — A intenção da rosada era dar um susto em Jellal, porém...

— Sim... — ele respondeu normalmente. Com um pouco de sono até. — Já fiz alguns que ficaram bons, mas o Natsu disse que eu preciso melhorar bastante ainda.

— Como me viu chegando? — Meredy perguntou. Se fosse a um mês atrás, ela conseguiria fazer isso facilmente.

— Não sei. — Ele pegou uns fios do próprio cabelo como se isso fosse o ajudar a arrumar uma justificativa plausível para àquilo. — Desde que me contaram que eu era um Rei e tinha um Armamento Real, meus sentidos ficaram mais aguçados. Na verdade, eu percebi você quando abriu a porta do quarto. Você faz barulho demais.

— Chato... — Meredy inflou as bochechas e se sentou no sofá ao lado do dele.

Jellal continuou assistindo. Meredy estava impressionada. O quão longe uma pessoa era capaz de ir por amor? Ela não via um limite para o que um ser humano apaixonado poderia fazer. Desde ficar acordado pelas madrugadas a dentro, como Jellal estava fazendo ou, como a própria Meredy tinha feito, presenciar seu namorado assassinar alguém de forma brutal, sem dó nem piedade sem ficar chocada com aquilo. Bem, Meredy achava que o fato de não ter se chocado o suficiente para se afastar dele, vinha da expressão "o amor deixa tudo mais belo". Até parece... Mesmo estando completamente apaixonada por Natsu, não podia negar a que o fato de ter visto ele matar alguém não saía da sua cabeça. "É isso que somos, é isso que fazemos", palavras de Erza que, parecia estar perfeitamente acostumada a esses assassinatos.

— Onde eles estão? — Meredy perguntou. Claro que eles tinham saído mas, não custava perguntar para onde eles tinham ido. Sendo que disseram no dia anterior que não teriam nenhum trabalho nessa noite. Ou madrugada, sendo mais específico.

— Não sei. — Jellal a olhou. — Só que eles dois estavam muito irados por terem sido acordados às duas da manhã por um padre desesperado e pedindo ajuda.

— Sei... — ela deitou sua cabeça na costa do sofá.

"Um padre desesperado e pedindo ajuda". Isso soa bastante estranho, não acha? Parece algum tipo de piada. Os padres deveriam oferecer ajuda e não pedir ajuda. Se bem que Meredy entendia. Eles estudaram a vida inteira para reger igrejas, não para caçar criaturas das sombras. Meredy sentiu um arrepio por conta do frio. Alguns dias depois de se mudar, Natsu tinha explicado mais da sua vida noturna. Segundo ele, ele e Erza caçavam apenas as bruxas malvadas. Depois do que Lucy tinha feito com Meredy, a rosada levou um tempo para processar a informação de que nem todas as bruxas eram más. Haviam as Corff. Bruxas malignas que tem por prazer, causar tumulto por onde passam e havia também as Valkyrie. Aquelas bruxas que querem apenas viver normalmente e só chegam a usar seus poderes em situações de extrema necessidade. Algumas até ajudam em caso de problemas que vinham a infligir a segurança dos humanos. As bruxas em questão, não entravam na cabeça de Meredy. Ela sempre imaginou as bruxas com varinhas mágicas, com a aparência de velhas e voando em vassouras por aí. Fazendo poções e mexendo seus caldeirões borbulhantes enquanto se preparavam para "caçar" crianças para o jantar enquanto bebem o sangue das ditas cujas. Esse era o tipo de bruxa que ela tinha medo em sua infância. Mas... as bruxas da vez não faziam nada disso. Nem sequer usavam magia. Elas usavam energia, rituais e contratos com demônios. Lucy por exemplo, tinha Raviel, o leão e Horus, a águia. Ambos mortos por Natsu. O poder dela vinha daqueles dois. Fluía das criaturas até o seu corpo, permitindo que ela invocasse aquelas sombras, ou talvez até coisas piores.

Já Valkyries, eram bruxas que já nasceram com esse poder. Já nasceram com a habilidade de manter esses poderes dentro de si sem usar contratos. Eram naturalmente mais fracas que uma Corff, por que não usavam contratos com outros demônios mais fortes. Mas é claro que não era sempre assim pois, mesmo que fossem minoria no mundo, haviam Valkyries com poderes insanos por aí, chamadas de Priests. Os poderes dessas eram incrivelmente altos e chegavam a bater de frente com qualquer Orchid, bruxas malignas de nível alto. Claro, isso não explicava o fato das bruxas a quererem morta, Jellal ela até entendia afinal, ele era um inimigo natural das tais bruxas.

— Vou comer alguma coisa. Quer algo? — Meredy perguntou. Jellal apenas acenou em negação. — Então tá.

Foi em direção a cozinha enquanto pensava na situação maravilhosa em que tinha se metido. Erza tinha lhe explicado com mais detalhes uns dias antes quem eram os reis. Eram guerreiros descendentes dos quatro guerreiros mais fortes da antiguidade. A Rainha Vermelha. Ancestral de Natsu e Erza. Ninguém sabe seu nome, sabe-se apenas que ela usava uma espada parecida com a que Natsu carregava e um cachecol no pescoço. Ela recebeu esse título por causa dos seus olhos vermelhos e também por que tinha o hábito de "tingir" cada inimigo de vermelho com o seu próprio sangue. O Rei Violeta. Ancestral de Jellal. Recebeu esse nome por causa da sua arma: uma adaga de 25 cm que tinha uma lâmina meio arroxeada. Haviam também a Rainha Azul e o Rei Amarelo mas, Erza achou por bem não contar nada sobre eles. Erza contou que haviam apenas cinco reis em todo o mundo, por que o Armamento Real pulava uma geração ou seja, o fato de Natsu, Erza e Jellal terem esse poder, automaticamente afirmavam que seus filhos não teriam poder algum. Além de não ter casos registrados de uma mistura de ligações. Resumindo, mesmo que Erza e Jellal tivessem um filho, ele herdaria a habilidade do pai ou a da mãe. Não herdaria as duas. Isso era estritamente impossível.

— Acho que está bom. — Meredy falou.

Tinha colocado uma tigela de cereais e leite. Devido ao horário, ela não queria comer nada tão pesado ou poderia dar uma indigestão. Não que tivesse a intenção de dormir. Obviamente. Pegou a tigela e foi para a sala, vendo que a TV já estava desligada. Jellal já tinha saído dali e provavelmente estava dormindo. Quanto tempo ela tinha demorado ali na cozinha? Olhou para o relógio de parede e constatou que já haviam passado das 03:00 da manhã. Maldito frio. Meredy odiava noites assim. Nessas noites ela só queria algo que pudesse a esquentar com perfeição. Os lençóis não adiantavam muito por que estavam morando pelos arredores da cidade, em uma área extremamente próxima à floresta. Por isso que fazia tanto frio. Se sentou no sofá e mudou de canal.

— Não passa nada que preste a essa hora. — Apertava o botão para mudar de canal, embora soubesse que não iria encontrar nada. — Não passa nada que preste em hora nenhuma.

Deixou a TV ligada apenas para iluminar a sala. Estava passando mais um daqueles filmes de faroeste, onde sempre há tiroteios e não importa o que aconteça, as balas nunca acertam os cavalos. Meredy achava que nem toda a comunidade científica juntamente com a NASA conseguiriam explicar esses feitos dos animais quadrúpedes. Até parece que são imortais. Depois que terminou de comer, resolveu voltar ao quarto. Iria se deitar na cama até que desse sono ou que achasse um jeito de dormir aquecida. "Vocês deveriam comprar um aquecedor". Foi o que Meredy tinha dito uns dias antes e tinha recebido como resposta um: "Se acostumar com o frio faz parte do trabalho". O que queriam dizer com aquilo? Meredy ainda não sabia, e nem queria ter o prazer de saber. Abriu a porta do quarto.

— Santo Deus. — Meredy se assustou com o que viu.

A área ao redor da sua cama estava uma completa bagunça e isso devia-se a grande quantidade de lençóis que ela usava e, as roupas que jogava por aí antes de dormir. "Nossa. Para que esse medo?". Vocês provavelmente estão pensando mas é por que não estão convivendo na mesma casa e dividindo o mesmo quarto com a Erza. Ela era uma maníaca por limpeza e gostava de tudo arrumadinho. Meredy as vezes se perguntava se Erza tinha algum tipo de TOC, mas talvez fosse só pelo costume em deixar tudo em ordem. Vai saber... Arrumou os lençóis (vulgo, os posicionou em cima da cama), tirou as roupas e se deitou rápido antes que o frio lhe atingisse e lhe proporcionasse um maravilhoso choque térmico. Ao se deitar ouviu seu celular em cima da cômoda tocar. Olhou a hora antes de atender.

— Quase quatro horas? Quem seria capaz disso? — Ela perguntou a si própria mas, considerando a sua lista "enorme" de contatos de amigos, não era muito difícil de saber quem era. Atendeu. — Alô.

— Sabia que estava acordada. — A voz soou do outro lado da linha. Era Erza.

— Claro... Está frio demais. — Meredy deitou de lado.

— Vestir roupas vai ajudar. — Ela sorriu fazendo Meredy resmungar. — Cadê o Jellal?

— Deve estar dormindo agora. — Meredy sorriu. — Ele estava estudando sobre Petit gateau. — Ela falou e Erza soltou um sonoro "é mesmo?" do outro lado da linha. — Devia jogar essa sua timidez pro alto. Sabe que ele está se esforçando. E não adianta dizer que eu estou pensando besteira.

"..." — a linha ficou muda por alguns segundos. — Pra você é fácil falar. — Meredy inclinou a cabeça. — Não sou tão corajosa como você. Você é sincera, consegue expor tudo o que sente sem medo. Ou quando está mentalmente fragilizada. Já eu não.

"..." — a rosada bufou. Sério, por que esses irmãos tinham que ser tão estranhos? Um tinha medo do passado que tinha, já a outra, tinha vergonha de dizer o que sentia. Meredy e Erza costumavam conversar sobre seus respectivos pares quando estavam sozinhas e desde aquela festa de formatura, Meredy tinha percebido que Erza sentia algo a mais por Jellal, só não tinha coragem de falar nada. Ruiva burra. Era como ela costumava chamar sua cunhada. — Pense bem por que se demorar, vem outra. Talvez deva perder esse costume de se reprimir.

— Talvez deva perder esse costume de dormir pelada. — Revidou. Ambas começaram a sorrir. — Mas não foi só pra conversar que eu liguei. — Isso Meredy já imaginava. — Vá chamar o Jellal e nos encontre do lado de fora, AGORA! — Ela falou e em seguida desligou. Meredy sorriu mas sentiu um pouco de nervosismo misturado com empolgação.

— Sair de madrugada? Confesso que sempre tive vontade. — Ela falou começando a vestir sua roupa.


Notas Finais


Voltando com tudo...
Espero que tenham gostado.
Se sim, comentem...
Se n, comentem o por que...


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...