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História Os Estudantes Transferidos - Passeando


Escrita por: Izayoi_Sakamaki

Notas do Autor


Postando mais um... Avisando agora que esse arco acabou de chegar na metade.Boa leitura...

Capítulo 34 - Passeando


“Ei Erza... Você está devagar demais” –Meredy falou-

“...” –bocejou ainda de olhos fechados enquanto tomava café-

É claro que ela estava andando devagar. Tinha que estar reagindo devagar por que tinham lhe acordado às três da manhã em pleno domingo. Mais um incidente com bruxas? Não. Exorcismos? Não. Na verdade, quem tinha lhe acordado era Meredy e ao contrário de sua preguiça matinal, ela estava bastante revigorada. Meredy se sentindo feliz enquanto acordava cedo? Isso realmente era algo assustador. A Primeira coisa pensou foi que ela tinha passado a noite com Natsu de novo mas se lembrou que Natsu e Jellal tinham saído para algum canto e estavam fora de casa desde as sete da noite do dia anterior. Então não era muito provável que eles tivessem dormido juntos de novo.

“Ah, pra onde vamos?” –Erza perguntou. Queria apenas voltar para sua cama e ir dormir-

“Vamos nos divertir, ué... A propósito, você tem roupas de banho, certo?” –perguntou sentada ao lado dela-

“Claro. Tenho o maiô escolar” –respondeu e Meredy suspirou derrotada-

“Vão te chamar de pervertida se virem você assim por lá” –ela falou. Era quase possível ver uma gota em sua cabeça- “Eu sabia que você não tinha então comprei uma pra você antes de voltar para casa ontem” –apontou para a bolsa que estava em cima da mesa- “Espero que dê em você”

“...” –Erza continuou a comer-

Meredy tinha dito que na próxima folga dela, as duas iriam sair para se divertir mas, nem mesmo ela desconfiava que seria no dia seguinte. Na verdade não seria, mas Juvia tinha resolvido dar uma folga aos seus funcionários e a si mesma depois das exaustivas horas de trabalho do dia anterior e, como Jellal e Natsu tinham resolvido sumir sem deixar rastro, elas tinham resolvido passar o dia juntas também. E quando eu digo que "resolveram" passar o dia juntas, eu quis dizer que Meredy a obrigou a isso. Depois de um tempo, terminaram de tomar café, elas saíram. Tinham que andar um pouco até chegarem a estação de trem mais próxima. Estavam levando duas cadeiras de praia e um guarda sol. Não queriam assar no sol o dia todo.

"Quatro da manhã. Que frio..." -Meredy falou abraçando o próprio corpo-

"Isso é por que você está usando pouca roupa" -bocejou olhando para frente-

"Não estou usando pouca roupa. São roupas adequadas para ir para a praia" -realmente. Ela estava usando uma saia que chegava a dez centímetros acima do joelho e uma blusa com mangas curtas. Para completar, calçava sandálias rasteiras- "E eu não quero ouvir isso de você... Suas roupas são parecidas com as minhas" -bem, eram parecidas mesmo. Saia, blusa e sandálias- "Arf..." -soprou as próprias mãos para se esquentar- "Você está bem acostumada ao frio. Queria ser assim"

"É bom não sentir frio" -ela falou sentindo a brisa gelada da madrugada- "Não sentir calor. Mas... As vezes me sinto morta. Me sinto como um cadáver que não pode sentir nada" -olhou para a lua e parecia estar sorrindo de forma triste-

"Da pra parar?" -ela perguntou e Erza não entendeu- "Ver você falando assim tá me dando nos nervos. Que história é essa de se sentir uma morta?"

"Desculpe. É que, nos sentimos assim a maior parte do tempo" -Erza falou e Meredy percebeu que ela incluiu Natsu nessa frase- "Bem... Nós treinamos muito a nossa vida toda e só saímos algumas vezes com a nossa mãe quando éramos pequenos. Acabamos mudando... de várias formas"

"..." -ela baixou a cabeça. Realmente não podia imaginar o sofrimento pelo que eles passaram. Suspirou lentamente até que lembrou de uma coisa que a incomodava- "Ei, você lembra quando o Natsu disse que não tinha encontrado ninguém forte o suficiente para enfrentar?" -perguntou e Erza acenou com a cabeça- "Então quem fez aquela cicatriz que ele tem no pescoço? Foi em algum treino?"

"..." -Erza suspirou- "Aquilo foi o nosso pai quem fez antes de morrer" -falou como se olhasse para o nada- "Mas não sou eu quem deve contar isso a você" -falou e Meredy acenou com a cabeça-

Depois de um tempo, por volta das quatro da manhã, elas chegaram à estação de trem. Chegaram quinze minutos mais cedo do que o esperado e por isso tinham que esperar quinze minutos até que o primeiro trem viesse. Não havia praias por aquela região e por isso teriam que ir até outra cidade que ficasse mais perto do litoral. Nada muito longe. Apenas uma hora e meia de trem até lá. Isso era pouco tempo? Sim. Considerando o fato de que iriam para outra cidade de trem bala, era pouco sim.

"Tá meio vazio por aqui" -Meredy olhou-

Realmente... exceto por alguns vendedores ambulantes, não tinha ninguém. Bem, levando em conta que era domingo e que os assassinatos, aparentemente, tinham parado, Meredy esperava ver mais pessoas por ali. Ou quem sabe elas duas eram as únicas sem noção o suficiente para sair de casa às quatro da manhã. Mas isso tinha um motivo: Queriam voltar para casa cedo e ainda tinha o fato de que Erza -assim como Natsu- odiava multidões com todas as forças. Então, se possível, gostaria de evitar multidões ao máximo. Aos poucos, algumas pessoas começaram a chegar por ali. Alguns casais ou grupo de amigos que -provavelmente- iriam à praia também. Depois de alguns minutos o primeiro trem tinha anunciado a partida. Entraram e se sentaram na cabine mais ao fundo do vagão e em pouco tempo o trem começou a andar. Quase que automaticamente, uma dupla de garotos que pareciam ter por volta dos dezenove anos, pararam em frente a cabine em que elas estavam. Estavam vestidos como aqueles adolescentes preguiçosos que só fazem andar de skate em seu tempo livre e, se Meredy pudesse chutar, diria que eles até pareciam ser meio presunçosos.

"Oh... Bom dia" -um deles falou fazendo Erza ficar desconfiada- "Será que podemos nos sentar aqui? O restante do trem está cheio"

"Não... fiquem em pé" -Erza respondeu fria surpreendendo os dois. Meredy por si só estava sorrindo enquanto olhava para a janela. Claro que ela sorria, não por Erza ter falado daquele jeito, mas por causa da desculpa que aqueles dois usaram. É claro que o trem não estava cheio. Em que mundo um trem estaria lotado em plenas cinco da manhã de domingo? Os garotos resmungaram alguma coisa e foram embora- "Pra onde vamos?" -Erza perguntou sentada de frente para Meredy-

"Para a praia"

"Eu reparei..." -Erza olhou para as cadeiras e o guarda sol que carregavam. Era bem óbvio para onde iriam mas com certeza ela não tinha entendido a pergunta. Claro, Meredy não era lá muito inteligente- "Quis dizer: para qual vamos?"

"Ah... Não sei" -ela colocou o dedo indicador sobre os lábios enquanto pensava- "Jellal me disse para pegar esse trem que ele iria passar perto da praia"

"Pelo menos sabe o nome do lugar?" -Erza perguntou. Parecia ter uma gota atrás de sua cabeça-

"Sei lá... Jellal disse que o nome era Blue Rose, ou algo assim" -falou lembrando do nome-

"Certo" -Erza respondeu mais calma-

Pelo menos Meredy sabia o nome do local. Se chegassem a se perder era só pedir informações ao primeiro estranho que passasse pela rua. Se bem que iriam a uma praia então, talvez não fosse tão difícil encontrar. Era isso que ela esperava por que suas habilidades de orientação não eram tão boas assim, já que ela não saía muito de casa. Conhecia a cidade de Okinawa como a palma de sua mão, mas claro que isso não funcionava em outros lugares. Pela janela puderam ver várias paisagens interessantes... rios, florestas, prédios e casas. Chegou até a pensar por um momento se realmente estavam no trem certo mas, sua pergunta foi respondida uma hora e meia depois, quando finalmente chegaram ao seu destino. O trem parou na estação e a grande maioria das pessoas desceu junto.

"Entendi por que Blue Rose..." -Erza falou olhando para o horizonte. Meredy acenou em concordância-

A estação de trem ficava numa das ruas mais altas da cidade em questão e lá em baixo, no final do morro, estava a praia. Não perderiam de vista nem se quisessem por que estavam olhando para uma grande imensidão de mar azul transparente. O lugar era tão bonito que se tivessem que voltar para casa agora, já estariam satisfeitas apenas por terem visto aquele lugar. Mas era bastante óbvio que não tinham ido ali apenas para olhar. Não acham? Foram andando até lá. Era o esteriótipo daquelas praias que a gente vê em todo o lugar com coqueiros e árvores a sua volta. Mas o detalhe é que a areia era perfeitamente branca e sem nenhuma sujeira e a água era mais azul e transparente do que a cor que elas tinham visto de cima do morro. Dava os peixes passando e até pra ver o fundo. Só tinha um pequeno problema...

"Só não estou vendo o banheiro" -Erza sorriu tensa pensando na possibilidade de ter que trocar de roupa por ali mesmo. Meredy abriu o guarda sol e estava tentando fincar ele na areia que, por algum motivo, parecia ser mais consistente que em outras praias-

"Pelo que o Jellal me disse, não há banheiros por aqui" -ela falou armando o guarda sol-  "Você trouxe sua roupa de banho por baixo. Certo?" -perguntou, mas o olhar de Erza denunciava claramente que ela não tinha- "Então tá..." -entregou uma canga para ela- "Vai ter que se enrolar nisso e se trocar"

"..." -Erza olhou para os lados. Tinha uma quantidade razoável de gente por ali mas se fosse rápida ninguém notaria. Ou pelo menos era o que ela esperava- "C-certo" -falou se enrolando-

Meredy sorriu. Erza parecia aquelas garotas do interior que nunca tinham vindo para a cidade grande. Olhando assim, ninguém dizia que ela tinha um trabalho tão perigoso. Depois de uns três minutos Erza tinha terminado de se trocar, com a ajuda de Meredy, é claro. Ela estava vestindo um biquíni amarelo com detalhes em preto, já Meredy, vestia um rosa com flores brancas. Erza resolveu passar protetor pelo corpo. Não estava afim de ficar queimada de sol.

“Até que coube direitinho” –Erza olhou o biquíni que vestia-

"Claro. Somos parecidas... Ei, o que vai fazer?" -Meredy perguntou segurando um pote laranja com a mão direita-

"Passando protetor, ué..." -respondeu como se fosse óbvio. E na verdade, era bem óbvio mas Meredy a olhou como se aquilo fosse um pecado mortal-

"Nada disso. Já notou como sua pele está pálida?" -ela perguntou e Erza checou os próprios braços. Não sabia onde ela estava vendo tanta palidez- "É isso aqui que você pai passar" -jogou o pote que segurava para Erza-

"Bronzeador?" -leu o rótulo- "Não é a mesma coisa?" -perguntou e Meredy sussurrou um "Meu Deus"-

"Claro que não" -pegou os dois potes que estavam com Erza. Mostrou o pote branco- "Esse só vai lhe proteger do sol..." -mostrou o laranja- "Esse outro vai deixar você com um corzinha a mais na pele. Vai deixar você bronzeada e com as marquinhas do biquíni" –suspirou como se fosse uma professora explicando uma matéria na escola- “Primeiro você passa o protetor e depois, passa o bronzeador por cima. Assim você vai ficar linda e não vai se queimar”

“Bem... então tá” –realmente. Erza precisava aprender muita coisa ainda-

Meredy primeiro ajudou Erza a passar o bronzeador já que era difícil passar na parte das costas sozinha. Olhou para a orla da praia e viu que agora tinha uma boa quantidade de gente. Pais olhando seus filhos brincando na areia, casais passeando, ou grupos de amigos sentados debaixo dos guarda sóis. Tinha também um grupo de caras jogando futebol ali perto. Logo após que Meredy terminou de passar o protetor nas costas de Erza, a ruiva começou a passar nela...

“Olha... Esse biquíni não está muito curto?” –Erza olhou. Talvez estivesse curto, talvez estivesse normal. A verdade era que Erza não estava acostumada a ver e vestir essas coisas- “O Natsu vai pirar se souber que você está vestindo isso sem ele por perto” –ela falou e Meredy esboçou um sorriso sem graça. Erza não entendeu- “Que foi?”

“Não sei... Mas acho que o Natsu não se importa com o que eu visto quando ele está perto ou não” –falou lembrando que ele pareceu não se importar quando ela disse que iria para a praia com Erza- “Ele pareceu não se importar em saber que a namorada dele vai para a praia sem ele”

“...” –Erza continuou a passar o bronzeador nas costas dela- “Eu não acho que seja assim. Na verdade, ele é bastante ciumento. Muito”

“Bem eu... opaaa” –ela ia falar mas foi surpreendida por uma bola que veio voando em sua direção. A bola atingiu a areia perto dela com tanta força que acabou fazendo com que a areia caísse nela- “De quem é?” –se perguntou mas quase que automaticamente um homem apareceu perto dela e pelo que Meredy pôde reparar, ele era o mesmo que tinha falado com elas no trem. Erza estranhou-

“Ei... me desculpe. Não foi por querer” –ele falou colocando a mão direita atrás da cabeça em constrangimento-

“Não tem problema” –ela falou devolvendo a bola a ele-

“Você parece ser uma garota muito legal. O que acha de jogar com a gente” –ele perguntou e Meredy estreitou a visão. Por um momento achou que ele tinha jogado aquela bola de propósito- “Rola uns empurrões aqui e ali mas a gente pega leve com vocês”

“Não... Joguem sozinhos” –Erza cortou na hora. Já estava perdendo a paciência-

“O que é isso? É só um jogo” –ele falou colocando o braço em volta do pescoço de Meredy. A rosada fez um movimento instintivo para tirar o braço dele mas acabou sentindo um formigamento justo na parte em que ele a tocava. Quase que automaticamente, o homem caiu desmaiado no chão- “O que?”

“Ei, o que foi isso?” –um dos homens que estavam com ele, veio correndo-

“E-Eu não sei! Ele simplesmente desmaiou” –Meredy estava realmente pasma com aquilo- “Será que foi insolação?”

“Não sei” –ele falou pegando o amigo e o colocando nos ombros- “Vou levá-lo, me desculpe o transtorno” –ele disse e foi embora levando o homem desmaiado-

Meredy estava boiando por ali. Não sabia o que tinha acontecido com ele e nem sequer tinha uma ideia do que tinha feito. Estava começando a ficar preocupada até que ouviu uma risada fria vindo de trás dela. Sentiu um arrepio involuntário ao ouvir essa risada. Olhou para trás e viu que, obviamente, era Erza quem estava sorrindo. Mas o que ela realmente queria saber era o por que.

“A que ponto chegou o ciúme dele, hein?” –Erza falou parando de sorrir. Meredy ainda não tinha entendido- "Você disse que ele parecia não ligar para sair sem ele. Não é?" -foi uma perfuma retórica e por isso, Meredy não respondeu. Erza apontou para o pulso dela- "O que é isso?"

"Bem... uma pulseira" -respondeu olhando a pulseira que estava em seu pulso esquerdo. Era uma pulseira normal. Era uma correntinha preta com um pingente em forma de flor- "Ele me deu ontem antes de sair. Disse que estava trabalhando nisso a semanas. Por que?"

"Isso não é uma pulseira normal" -falou divertida. Pegou a mão de Meredy e a ergueu, fazendo com que ela olhasse mais perto- "Vê alguma coisa?"

"..." -Meredy estreitou a visão enquanto tentava olhar- "Parece algum tipo de letra"

"Isso é uma runa de proteção" -Erza falou olhando a tal "letra" no pingente- "Ela apaga qualquer um que se aproxime de você com segundas intenções" -aí que Meredy veio entender- "Aquele cara tava dando em cima de você e a runa na sua pulseira nocauteou ele. Garoto possessivo, esse meu irmão" -sorriu mais uma vez-

"Nossa. Eu me enganei feio" -sorriu sem graça-

"Ele não estava calmo por que não se importava..." -Erza falou olhando para a pulseira- "Estava calmo por que comigo por perto e com essa pulseira no seu pulso, ninguém com más intenções vai te tocar" -Erza falou e Meredy corou enquanto olhava a pulseira. Estava muito feliz- "Além do mais, ele não é o tipo de homem que vai controlar seu movimentos. Só vai afastar os pervertidos da pior maneira possível" -ela falou e as duas começaram a sorrir-

"Falando nisso, o que será que eles devem estar fazendo agora, hein?" -se perguntou Meredy enquanto pensava seriamente- "Não ligaram desde que saíram de casa ontem"

"Do jeito que o Natsu é, deve estar treinando o Jellal" -Erza falou após pensar por uns segundos-

"Mas será que ele vai ficar bem?" -perguntou a si própria- "O Natsu disse que não consegue se segurar quando luta"

"Vai ficar bem sim" -Erza respondeu sem muita certeza- "Meu irmão é destro e, como está agora, não pode usar nem a mão direita e nem a perna direita. Além do mais..." -ela suspirou olhando para o mar. Meredy viu seu rosto corar- "O Jellal é forte. Tenho certeza que ele vai ficar bem"

"Se confesse logo para ele, ruiva burra" -Meredy falou sem expressão fazendo Erza corar mais ainda mas, ela acenou em concordância-

"Eu pensei em contar para ele quando estivermos no resort" -suspirou- "Aquele local tem o clima ideal para isso" -ela falou e Meredy acenou- "Agora vamos... Se ficarmos aqui vamos perder toda a diversão" -falou correndo em direção a água. Meredy a seguiu logo em seguida-


Notas Finais


Espero que tenham gostado.

Se sim, comentem...
Se n, digam por que...


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