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História Os Filhos dos Deuses - A Promessa


Escrita por: OtavioGBC

Notas do Autor


Falaa meu povo!
Saindo mais um capítulo aqui. Desculpem a demora, mas também estou passando dificuldades aqui. Alguns parentes estão doentes e tive um leve bloqueio.
Também estou escrevendo uma outra Fic. Então se puderem dar uma força lá!
Boa leitura!

Capítulo 11 - A Promessa


Domingo era para ser um dia de descanso, mas ficou tenso rapidamente quando Percy teve que fazer uma decisão importante. Annabeth tinha aceitado ir na missão com ele, mas ele precisava pensar quem mais ele gostaria numa missão que ele não entendia direito o que era para fazer.

Grover era seu melhor amigo no acampamento, e a magia que ele usou para colocar os ciclopes para dormir poderia ser muito boa contra outros inimigos. Mas se ele está pensando em derrotar inimigos, Thalia ou Nico seria alternativas melhores. Ainda tinham os filhos de Apolo, que poderiam servir como enfermeiros na missão.

Ele não conseguia entender a profecia. Aquelas palavras ficavam se repetindo em sua cabeça: A amante eterna a espera. Ok... Seria a Selene? Da promessa vigenaria, cumprida ou rompida. Que promessa? Eu não prometi nada. Do sangue escorrer de uma fera. Fera?! Não gostei nem um pouco. Com as almas, ao fim, assim unida. Almas unidas?! Argh! Isso é pior que matemática!

Ele ouviu a baterem na porta do seu chalé e viu Nico, Will, Thalia e Annabeth na varanda de seu chalé. Ele abriu a porta e deixou que eles entrassem. Todos com roupas mais leves e casuais. Estava perto da hora do almoço, e o clima estava ameno. Percy continuava sem camisa.

- Você não tem roupa não garoto? – Perguntou Annabeth, revirando os olhos, quando Percy abriu a porta.

- Por que eu ficaria de camiseta no meu chalé? – Questionou ele, enquanto todos entravam. – E eu não to atrasado para o almoço ainda. O que trazem vocês aqui?

- Não te vimos desde o almoço. – Disse Thalia. Vê-la com shorts e camiseta regata era até estranho. – Sabemos que dançou muito ontem, mas não pensei que ficaria tão cansado.

- E você disse que iria nos contar hoje quem você decidiu levar com você na missão. – Completou Nico, andando em volta da fonte de água salgada no centro do chalé.

- Eu estava pensando nisso. – Percy também se aproximou da fonte e deixou gotas de água passarem pelos seus dedos. – Eu não entendo a profecia e não sei o que vou enfrentar... Geralmente, os monstros veem atrás de mim e eu resolvia do meu jeito. Sozinho.

Percy ficou apoiado na fonte, vendo os pequenos movimentos da água. Nunca tinha passado por uma decisão tão importante. Fora fácil largar o ensino médio para ajudar a mãe a pagar as contas. Fora fácil terminar com a única garota que não achava ele uma aberração, mas só gostava dele por causa dos poderes.

Mas isso... Essa missão? Percy se sentia sufocado. O que era raro ele sentir. Ele viu os reflexos de Thalia e Annabeth ao seu lado, e viu Nico e Will do outro lado da fonte.

- Vai ter que descartar a gente, primo. – Disse Thalia, com uma voz séria. Percy a encarou, confuso. – Sagitário pediu para que eu, Nico e Miguel fossemos em uma missão de busca. Lucas desapareceu da face da Terra, e vamos ter que encontra-lo. Mesmo ele sendo um babaca, o único lugar que ele vai estar seguro é aqui.

- Uau... Agora eu me sinto meio mau. – Disse Percy, pensativo. Realmente, achava Lucas um babaca, mas não achava que o ego do cara era tão inflado que uma derrota o faria fugir do acampamento.

- É culpa minha. Eu deveria ir. – Disse Annabeth, abraçando-se.

- Nós somos os melhores rastreadores do acampamento. – Interveio Nico. – E você já aceitou ir na missão com Percy. Se tem alguém que vai entender a profecia, é uma filha de Atena.

- Não necessariamente. Profecias são poesias, nem sempre fazem sentido! – Reclamou Annabeth, claramente frustrada.

- Ei! – Will levou uma mão ao peito, fingindo estar ofendido. – Eu sou um poeta!

- E eu te adoro Will, mas não é todo mundo que entende... – Annabeth falou mais suave, para tentar não deixar o amigo bravo.

- Bom, isso reduziu o meu leque de opções... Quem você acha que deve vir com a gente? – Perguntou Percy.

- Acho que podemos ter Grover do nosso lado. Juniper não vai gostar de só ter passado uma semana com o namorado, mas precisamos dos contatos dele com as Dríades se queremos ter sucesso nessa missão. – Explicou Annabeth.

- É, você está certa. – Disse Percy caminhando até seu armário.

- Eu sei que estou. – Respondeu a loira, com um sorriso no rosto.

Percy olhou a espada de bronze em sua mesa, a mochila com suas roupas e uma foto dele com sua mãe no criado mudo. Queria tanto poder vê-la. Não por meio de um arco-íris. Queria ser abraçado por ela e ouvir que tudo ia ficar bem. E mesmo sendo difícil, as coisas iam melhorar.

- Vamos almoçar Percy, aí você chama o Grover para a missão. – Disse Annabeth, enquanto Will, Nico e Thalia saiam do chalé.

- Me fala... Para quê serve essa missão? Para onde nós vamos?! – Percy se virou para encará-la. – Lembra do que eu te disse ontem à noite? Quando você me ajudou a chegar aqui!?

- Que viu Selene dançando no meu lugar. Que se sentia... Hipnotizado.

- E se eu sair daqui e tudo ficar pior?! E se ela... – Percy sentiu calor subir pelo corpo. Franziu o cenho e trincou os dentes. – E se eu falhar e você, ou Grover, sofrerem por isso?!

- Percy... – Annabeth pegou Percy pelo queixo, fazendo os dois trocarem olhares. – Você está aqui há uma semana, e já se tornou querido por todos. Matou um Drakon no seu segundo dia. Venceu sua primeira Polícia e Ladrão. Só você não percebe o quanto é forte e determinado. Você vai conseguir.

Aquelas palavras foram tão boas quanto ouvir o que sua mãe costumava falar. Mas Annabeth tinha seu próprio jeito, era mais rígida do que sua mãe, mas ela usou os fatos ao seu favor.

- E além do mais, se você começar a fazer merda, eu vou estar lá para puxar sua orelha! – Ela disse, puxando a orelha dele. Eles riram um pouco e ele percebeu que queria dar o troco.

- Ah! Você não vai fazer isso de graça não! – Percy começou a fazer cócegas nela, e ela soltou uma gargalhada gostosa.

- Ai! Percy! Hahaha! Para! Hahaha! – Annabeth e Percy só perceberam o quanto estavam próximos quando ele estava com as mãos na cintura dela, ela com as mãos passando nos peitorais dele e as testas encostadas.

Pigarrearam e se afastaram, os dois tão vermelhos quanto os tomates que as filhas de Deméter cultivavam nos seus chalés. Percy foi ao banheiro, passou desodorante e colocou uma camisa, e finalmente, eles foram almoçar.

* * *

Grover aceitou o convite de Percy para a missão tranquilamente. Juniper sabia que Grover teria que sair eventualmente do acampamento, já que ele era um buscador e protetor. O almoço estava sendo novamente no gramado, com a adição de Annabeth dessa vez. A loira e o sátiro discutiam o que eles precisariam levar na missão.

Sagitário apareceu trotando, usando uma camiseta regata embaixo da armadura de couro e seu arco e aljava. Ao chegar próximo ao grupo, todos o cumprimentaram com um aceno:

- Percy, posso trocar uma palavra com você? – Pediu o centauro, Percy assentiu e deixou seu prato de comida ao lado de Annabeth.

Eles começaram a caminhar pelos pomares e Sagitário parecia agitado. Percy podia notar pelo rabo dele, que balançava de um lado para o outro rapidamente.

- Percy, sei que você deve estar com a cabeça cheia por causa de sua missão. – Começou ele. – Mas permita-me lhe dar alguns conselhos.

- Que bom que veio. Eu meio que ia te pedir ajuda mais tarde mesmo.

- Bem, então deixe-me perguntar. O que você sabe sobre a deusa Selene?

- Ela é filha dos Titãs; Hipérios e Tea e irmã da deusa Eos e do deus Hélios. Ela é a personificação da Lua... – Percy começou a pensar nas visões que ele teve da deusa. – Tem pele branca como açúcar, olhos azuis cristalinos e cabelos negros com petróleo.

- Sim, mas você também sabe que os gregos antigos unificaram os deuses? Hélios se unificou com Apolo, então consideramos os dois deuses do sol. Porém, Apolo é deus de outras coisas. Como eles eram parecidos de personalidade, não houve muito problema.

- E Selene foi unida a Ártemis. – Percy se lembrou a última estrofe da profecia. – O que elas têm em comum?

- Aí que entra meu conselho. Ártemis é deusa da caça, da vida selvagem e uma donzela, virgem. Selene era também deusa da magia, que é um título de Hécate. Eu conselho que procure pelas caçadoras de Ártemis. Elas podem te orientar sobre as conexões da Lua.

- Ok. E como eu acho elas? – Percy aceitou, já que era a única boa ideia que alguém teve até então.

- Há duas opções. Ou elas encontram você, ou você faça algo que lhes atraia atenção. Conhece Corça Cerinéia? – Perguntou Sagitário, erguendo uma sobrancelha.

- Não... Eu falo com cavalos não corças. – Disse Percy. Sagitário riu com o nariz.

- Foi um dos trabalhos de Hércules, captura-la viva. Foi uma tentativa do rei Euristeu de tentar fazer o primo ofender a deusa, já que a corça é um de seus animais sagrados. Ela é muito veloz e quase impossível de captura-la. Mas acredito que se a encontrá-la, as caçadoras também te encontrarão.

- Então sua ideia é que eu encontre e pegue um animal impossível de pegar para chamar a atenção de um bando de mulheres com arco e flechas que podem me matar antes de eu explicar a situação? – Questionou o jovem, cruzando os braços.

- Parece divertido, não?! – Sorriu Sagitário, animado. Percy e ele compartilharam algumas risadas ao voltarem para o centro do acampamento.

* * *

 O resto do domingo passou rápido. Percy, Annabeth e Grover reuniram suprimentos. Sacos de dormir, algumas roupas reservas, néctar e ambrósia. A loira insistiu em pegar dinheiro mortal e dracmas. Percy se viu a maioria do templo só contemplando o acampamento. Não acreditava que só uma semana tinha se passado, e ele já estaria tão apegado ao lugar. E principalmente as pessoas. Talvez... Ele não era uma aberração perto daqueles outros semideuses.

Eles partiriam às 7h, depois de um café rápido. Então Percy saiu cedo da fogueira. Chegando em seu chalé, fez uma rápida visita ao banheiro, escovando os dentes e tirando a camiseta para dormir. Olhou para a banheira de água salgada antes de fechar a porta e foi se deitar:

- Por que demorou tanto?! – Perguntou Selene, deitada em Percy, sua cabeça usando o peitoral direto do rapaz como travesseiro.

- Nem sabia que estava me esperando. – Respondeu Percy. Eles estavam de novo no mar. Percy dessa vez podia ver o corpo todo boiando, e o corpo de Selene sobre o dele. Ela não estava pelada, impressionantemente. Usava um vestido branco de alças.

- Eu estou te esperando há 19 anos, Percy! – Falou Selene, erguendo um pouco o rosto.

- Será que agora pode explicar um pouco mais? Já ouvi a profecia.

- Tudo bem. – Ela se ajeitou, ficando no colo dele. As pernas abertas e as mãos nos peitos dele. Os olhos cristalinos o encaravam tão intensamente, que ele imaginou que ela olhava dentro dele. Era difícil não ficar excitado com uma deusa sentada no seu colo, mas Percy lutava contra o tesão.

“Há alguns anos, os deuses menores requisitaram mais respeito dos 12 grandes olimpianos. Zeus disse que eles poderiam ter pequenos templos no Olimpo, mas isso não satisfez os menores. Eles queriam reclamar os filhos semideuses. E por isso, outros acampamentos possuem chalés de deuses pequenos.” – Selene começou a explicar, e Percy sentiu sono com sua voz angelical. É possível dormir em um sonho? – “Meus filhos com meu marido Endimião, são semideuses, mas desde que Artêmis se tornou a deusa da lua, e Hécate, a deusa da magia, eu fui esquecida! Então, como eu fui deixada de fora, comecei a causar problemas...”

- Problemas? – Percy contraiu um gemido, pois Selene roçava seu corpo sensual contra o dele.

- “Eu disse a Zeus e Poseidon que deixaria o céu escuro e as marés agitadas. Os deuses tiraram a sorte para ver quem me traria uma proposta de paz, e Poseidon me fez uma oferta. Eu não queria outro filho, eu queria um campeão! Eu queria alguém que me trouxesse glória! E foi o que Poseidon fez... um semideus que a cada vitória seria dedicada a mim! ”

- Eu... Foi você quem enviou os monstros?! – Percy ergueu o tronco, com o rosto franzido. Selene pegou nas bochechas de Percy e rebolou ainda mais na cintura dele.

- Sim! E todas as suas conquistas e vitórias! Elas são intoxicantes! Você é intoxicante! Não sinto algo assim por um mortal desde Endimião! Meu pobre marido, fadado a dormir eternamente para ficar ao meu lado... Mas eu quero mais! Quero você!

- Você é doida! É casada, e tá querendo transar comigo?! E ainda enviou monstros para brincar comigo?! – Percy tirou Selene de seu colo, mas a deusa segurou os pulsos dele.

- O termo que deram aos meus fies é ‘lunático’, não doido. E você me pertence! Você é o meu campeão e eu posso fazer o que eu quiser com você! – Ela puxou Percy novamente para mais perto.

- ME SOLTA! – Urrou Percy ao acordar suado em sua cama. Ofegante e tremendo, Percy queria socar alguma coisa. Olhou pela janela e viu a lua iluminar o acampamento. Encarou-a furiosa.

Ele se levantou e pegou sua espada na estante. Começou a praticar sozinho. Lembrou-se do que Selene lhe disse. Um semideus que a cada vitória seria dedicada a mim. Então mesmo que ele lutasse com alguém, ou algum monstro, deixaria Selene mais... lunática por ele. Ele mudou de posição e arremessou a espada contra a parede, que se fincou contra o mármore.

A amante eterna a espera

Da promessa vigenaria, cumprida ou rompida.

Do sangue escorrer de uma fera.

Com as almas, ao fim, assim unida.

Enfim a profecia parecia fazer sentido. A amante era Selene, a promessa vigenaria era que Poseidon fez para ela, ele era uma peça da maquete de brinquedo dos deuses. Sangue de uma fera... Cumprida ou rompida... Almas, ao fim unida. Então se eu matar uma fera, eu cumprir ou romper a promessa e unir minha alma com Selene?!


Notas Finais


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Mais uma vez, obrigado pelo apoio. Ajuda muito!
Valeeeu!


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