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História Os Heróis do Olimpo - AOH II - O Crepúsculo do Olimpo - A professora de francês vira um urso do mal


Escrita por: Taifu-no-me e Blackjack_Sugar

Notas do Autor


Olá pessoal, I know, tô demorando.
Hahaha Mas é por que ando bastante ocupado e ENEM tá aí, então, estudar primeiro! E cá estou eu, de volta com uma de minhas personagens favoritas: Alexia Melbyson, a princesa do gelo!
Eu espero que gostem do cap, hahaa! Me digam tbm o que acharão da Foto de POV ;)

*Calisto - Caçadora de Ártemis que foi seduzida por Zeus, e, depois de ser descoberta por Ártemis, foi transformada em uma fera.

Capítulo 2 - A professora de francês vira um urso do mal


Fanfic / Fanfiction Os Heróis do Olimpo - AOH II - O Crepúsculo do Olimpo - A professora de francês vira um urso do mal

                                                      ALEXIA

- Você vai se atrasar para a escola. - disse a sua mãe às portas de seu quarto pela bilionésima vez.

    Alexia não estava dando a mínima para o último dia de aula antes das férias de inverno em sua escola, estava ansiosa para voltar para Nova Roma e deixar Toronto para trás. 

    Não que ela não gostasse de passar um tempo com sua mãe, longe disso. Mas sentia falta dos ares romanos e dos amigos, como Troy e seus outros amigos do Acampamento Meio-Sangue, Quinn, Carlo e Alyssa. Já havia meses que ela não os via. Afastar-se da bagunça mitológica que era sua vida a ajudava um pouco, mas tempo demais fora do ar poderia amolecê-la, coisa que Alexia não queria.

    Ela vestiu o grosso casaco de lã negra sobre a camisa azul-marinho e calçou as botas cinza. Alexia fitou-se no espelho que ficava na parede branca de seu quarto, ela ajeitou os cabelos ruivos e arregalou os olhos verdes numa careta.

      Alexia virou-se para sua cama de casal, que tinha uma cocha floral laranja ridícula que sua mãe comprara em sua ultima viagem ao Havaí e pegou sua mochila branca, que estava cheia de livros e com suas adagas pugio - um par de lâminas de ouro imperial que ela costumava usar - embainhadas próximo ao estojo. Ela tinha repensado mais de uma vez se deveria colocá-las ali, talvez alguém pedisse uma caneta e ela desse uma arma letal ao invés disso. Mas preferiu ignorar o detalhe.

      Ela agarrou a mochila e a pôs nas costas, saiu do quarto e encontrou sua mãe, Laureen Brooks Melbyson, do lado de fora da casa com o prius negro dela. Ela buzinou não uma, cinco vezes, até que Alexia entrou no carro. 

- Você me parece um pouco cansada, querida. - disse sua mãe, fitando-a nos olhos com aquelas duas esferas negras dela. Os cabelos curtos eram castanhos-claro, diferentemente do cabelo ruivo esvoaçante de que Alexia gostava tanto. 

    Alexia riu, pousando a mochila no chão do carro. Ela encarou a mãe e disse: - Não. É só que não estou com a mente aqui hoje, mamãe.

   Laureen riu, negando com a cabeça.

- Eu acho que sei exatamente onde ela está. - disse a mãe, risonha. Alexia ergueu uma sobrancelha e soltou um muxoxo, fechou a janela do passageiro, para evitar o vento invernal. A paisagem lá fora era uma rua coberta de neve, tinha nevado fortemente.

- Onde exatamente? - perguntou a ruiva.

     Sua mãe ligou o carro e a encarou, risonha.

- Em Nova Roma. - disse ela. Alexia bufou, mas ela tinha razão. - Mais exatamente, nos braços de um certo garoto afro-americano…

        Alexia corou e encarou a mãe. 

Não.Cite.Ele. - ela disse enfaticamente, emburrada. 

       Ela tinha que falar do Paul. Sempre. E, há um mês, ele não mandava sequer um sinal de vida, pelo menos, não desde a discussão que tiveram. Paul queria que ela fosse mais cedo para o Acampamento Júpiter. Ele certamente não entendera que ela queria viver só mais um pouquinho a vida de uma garota normal. Sem acampamento, monstros sanguinários da mitologia greco-romana ou deuses psicopáticos. Não seria para sempre, por isso justamente ela tinha voltado para Toronto. Seria demais pedir isso, pelo menos até o natal?

     Mas, nãaaao, ele tinha que parar de falar com ela por isso.

- Vamos logo. - disse, ajeitando o cabelo atrás da orelha no espelho.

- Ok, eu não quero estragar teu dia, querida. - disse sua mãe, por fim.

      Felizmente, o assunto que conversaram até a escola não começava com a letra P. Estava mais para C  de como sua professora de francês avançado, Srta. Mauriss, fora atacada por um animal feroz na semana anterior. Ela ainda estava hospitalizada e ficara a beira da morte. 

     Alexia estava em sua aula de literatura, enquanto o professor falava sobre a faculdade e livros para ler nas férias de inverno. Coisa que, certamente, Alexia não faria. Martin, um garoto gorducho e cheio de sardas, roncava na cadeira ao lado direito da ruiva. Do outro lado, Trevor desenhava no caderno, distraído. Quase todos na sala pareciam querer qualquer coisa, menos estar ali, assistindo aulas antes das férias.

- Ah, o diretor mandou avisar que hoje vocês vão conhecer a professora que substituirá a Srta. Mauriss. - disse o professor, encerrando a aula. Alexia estranhou aquilo, quer dizer, por que não simplesmente conhecê-la depois das férias de inverno?

      Os alunos saíram da sala com o sinal, Alexia saiu pela porta e viu Martin roncando antes de sair, babando tanto que ela temeu que ele fosse se afogar na própria baba.

       Ela saiu andando pelos corredores, onde os estudantes andavam de um lado para o outro. Alexia viu Paoline du Claude com sua gangue de clones sem cérebro dar gritinhos animados para a viagem que fariam a Quebec nas férias e blá-blá-blá, um monte de baboseira de gente rica. Ela abriu o armário e pegou seu livro de francês, lançando os de literatura com raiva lá dentro. A ruiva fechou o armário com um estrondo e gritou quando viu uma silhueta do seu lado.

- Te assustei? - disse uma voz docemente grave.

          Ela encarou o enorme garoto, que usava um casaco branco de mangas compridas e boné branco para trás, de onde desciam uma montanha de dreadlocks castanhos. O rosto anguloso e os olhos cor-de-mel do garoto a encaravam. Ele tinha um bigode negro e sobrancelhas grossas da mesma cor. Sua pele era cor de chocolate quente. O menino tinha ombros largos e um peitoral imenso, o garoto era tão alto que Alexia sentia-se uma anã.  Ela o reconheceu de imediato.

Paul?! - perguntou, surpresa e confusa. O que diabos ele estava fazendo no Canadá?

        Paul riu, com aquela voz grave dele, sua risada parecia a de um terremoto - e Alexia já tinha ouvido um terremoto rir, bem, não exatamente.

Eu vim o mais rápido que pude. - disse ele, como se fosse a coisa mais normal do mundo. - Você deveria ter me ouvido e voltado para o acampamento. As coisas estão ficando estr…

         Ela ergueu uma mão, impaciente. Estava confusa demais para ficar ouvindo aquilo. Estava irritada, ele poderia ter avisado. Custava mandar uma mensagem de íris? Um e-mail? Sinal de fumaça?

- Você deveria ter tentado falar comigo antes, não acha? - perguntou irritada. - Faz dias que não nos falamos! E você, booom! Aparece aqui, outro país! Em nome dos deuses do vento, se você não tiver uma explicação plausível…

      Paul riu sôfrego. 

- Me deixa falar, princesa do gelo. - disse o grandalhão. Ela parou de falar, mas grunhia de irritação. -  Eu não consegui te contatar! Tentei algumas mensagens até os dracmas que eu tinha acabarem. Algo estava bloqueando o sinal mágico.

      Ele disse sério, encarando-a nos olhos. Ah, deuses, esses olhos… - pensou Alexia. Ela não conseguia pensar direito, a presença de Paul ali, aquela confusão envolvendo as mensagens e seu nervosismo a faziam parecer uma completa idiota.

    Paul tocou seu ombro com a mão direita, sua pele era fria como metal. Ela viu sua mão negra tremeluzir para sua forma real: Um braço dourado de autômato. Uma prótese mágica forjada pelo meio-irmão de Paul, Leo Valdez, um semideus grego filho de Hefesto - a versão grega de Vulcano, pai de Paul.

 - Tem alguma coisa muito errada prestes a acontecer, Alex. Eu sinto isso. - disse o garoto, soturno. 

     Alexia bufou e ouviu o sinal tocar. Ela suspirou e ajeitou o cabelo, encarando o enorme garoto com um semblante de pura preocupação e arrependimento.

- Certo…depois da aula falo contigo, Paul. - disse ela, tentando parecer calma, embora não estivesse nem um pouco.

     Paul assentiu.

- Depois, então. Vou estar te esperando.

         Ela concordou e saiu dali, deixando-o no corredor e dirigindo-se a turma de francês. Alexia sentou-se na primeira cadeira e ajeitou suas coisas sobre ela. A professora estava sentada ao birô, tinha um cabelo castanho brilhoso e um sorriso bonito. O batom vermelho reluzia e a maquiagem era completamente harmoniosa. Usava um casaco cinza e calças jeans. Não parecia ter mais de trinta anos. Aquela deveria ser sua nova professora.

Bonjour - disse a mulher, simpática. - Alexia Brooks Melbyson?

D’accord. - respondeu Alexia. - Je suis Alexia.

A mulher arqueou as sobrancelhas, e sorriu.

- Sua pronúncia é admirável, srta. Melbyson.

- Obrigada. - disse ela. A classe estava em silêncio, observando a conversa.

       A professora levantou-se, ela era alta, deveria ter um metro e oitenta. O físico era forte, como o de uma atleta. Ela sorriu para a classe.

- Ola alunos, me chamem Calisto. Sou sua nova professora de francês. - apresentou-se. Ela dançou o olhar sobre a classe, varrendo-a como um scanner até parar em Alexia. - Sei que é estranho me ter aqui em seu último dia, mas é para que me conheçam. Eu também estava ansiosíssima para conhecê-los. Uma aluna em particular…

      Ela encarou Alexia com um sorriso. A ruiva sentiu um calafrio forte ao fitar os olhos azuis da professora. Sua preocupação voltou a martelar sua mente com vigor, Alexia nunca tinha calafrios, a menos que estivesse em perigo.

      A professora deu alguns passos para frente e continuou a fitar Alexia.

- Soube que é um prodígio, Alexia. Très bon. - disse a mulher, sorrindo largamente. Era verdade, Alexia era fluente em francês canadense desde pequena. Deveria ter algo a ver com seu pai, Áquilo, o deus do Vento Norte e do inverno. A professora aproximou-se e tocou seu cabelo ruivo, Alexia recuou impulsivamente. - Que lindo cabelo…

      Srta. Calisto falou algo em outra língua, parecia…grego. Alexia engoliu em seco, ela fitou a sala, todos os outros alunos pareciam ignorar a conversa das duas. Ela ouviu uma voz grossa, uma risada não-humana e fitou a professora, Alexia gritou assim que a encarou.

        Primeiro de tudo, ela não era humana. Era uma mistura grotesca de ser humano com urso. Seu focinho era arqueado e sua boca exibia presas, sua pele era cheia de pelos pardos e suas mãos pareciam uma fusão de pata de urso com membros humanos. O pior de tudo? Ela ainda usava aquele casaco e a calça jeans, que quase explodiam de tão apertadas que ficaram.

- Ah, filha de Roma. Eu costumava ser bonita assim… - disse a mulher-urso. - Mas quando me apaixonei por Júpiter, que me encheu de amores, minha senhora, a estúpida Diana, me transformou em uma fera! Me fez ser caçada por minhas companheiras, como um animal! Os deuses são tão cruéis, filha do Vento! Você faz ideia do quanto eu os odeio?! -  a besta choramingou de raiva. Alexia saltou da cadeira, nervosa, seus colegas fitavam a professora assustados, como se vissem um urso de verdade ali.

     Alexia engoliu em seco.

- Calisto… - ela disse, reconhecendo o nome. Ela encarou o urso monstruoso cautelosamente e abria o zíper da mochila vagarosamente, para que a mulher-urso não notasse. - Você era uma das caçadoras de Diana, certo?

      Calisto assentiu, grunhindo de raiva e rugindo. Os alunos gritaram e saíram correndo da sala. Deixando-as sozinhas. O monstro mostrou os dentes. Alexia abriu a mochila e tirou as adagas. A mulher-urso saltou na cadeira onde ela estava, mas Alexia fez o vento rodopiá-la no ar, lançando-a em um salto mortal para trás. Ela pousou no meio, dentre as fileiras de cadeiras e com as pugio em mãos, desembainhadas.

- Que ágil…Garota, renda-se, você vai ser a primeira a cair! - grunhiu o monstro. Ela encarou a mulher-urso e deu uma risada debochada, Alexia não ia deixar que aquele monstro machucasse ninguém. O monstro a fitou com seus olhos azuis humanos. - Tenho ordens de matá-la, querida. Pardon. Meus senhores não querem sua interferência em seus planos!

- Me matar? - perguntou, curvando-se em pose de ataque. Ela esticou a perna direita e flexionou o joelho esquerdo. Encarando sua inimiga frente a frente. Alexia rangiu os dentes, aquele monstro fora enviado especialmente para ela. - A quem diabos você serve?

    A ursa riu.

- Não importa, querida. - grunhiu o monstro. - Você está sozinha, e agora, será seu fim!

     Calisto rugiu e avançou, derrubando cadeiras e mostrando os dentes ferozmente. Alexia grunhiu de irritação, seu dia estava ficando maluco. Quando a fera a alcançou, Alexia deu um salto para frente, girando no ar e aterrissando atrás da ursa. Ela lançou uma de suas adagas de ouro imperial, mas Calisto abaixou-se com uma velocidade anormal.

     A ursa a encarou e saltou sobre a semideusa. Alexia foi derrubada por meia tonelada de pelos em roupas apertadas. Calisto grunhia, pronta para dilacerá-la com as presas, que babavam de ansiedade.

      Alexia ofegou, a enorme mulher-urso mantinha seus membros imobilizados. Se bem que, seu fedor de animal já seria suficiente para noucatea-la. Calisto rugiu na cara da filha de Áquilo, que grunhiu de raiva. Ela estaria morta se não agisse.

- Foi bom te conhecer, doçura. - disse a besta, abrindo a boca e mostrando as presas. Alexia gritou e evocou seus poderes sobre o frio, o ar ao seu redor se agitou, e as patas e a parte de baixo da ursa começou a congelar, vítima de um manto de frio congelante que Alexia criava com toda a sua fúria e vontade de viver.

      Calisto rugiu, as patas já viravam picolé e Alexia tinha quase certeza que a derrotaria. O monstro a encarou nos olhos furiosamente, rugiu e deu o bote. A filha de Áquilo fechou os olhos, esperando ser cortada em mil pedacinhos. Quando Calisto avançou, um barulho encheu o ar, uma explosão com cheio de ozônio estourou à frente de Alexia e ela sentiu-se ser jogada para o lado com força. 

     Alexia abriu os olhos, a parede esquerda da sala tinha virado carvão puro, as cadeiras tinham explodido. Ela estava chamuscada, mas viva. A filha do inverno levantou-se e viu Paul, seu braço-autômato dourado era um canhão de cano duplo ligado ao antebraço. O buraco da bala fumegava e ele respirava ofegante. Ela o encarou e correu para um abraço. 

       Alexia abraçou o garoto e fitou a cratera fumegante que a sala tinha se transformado. O braço dele tremeluziu, voltando a forma de uma prótese dourada. Eles abraçaram-se, e a ruiva agradeceu aos deuses por tê-lo ali.

       Ela o encarou nos olhos, ofegando.

- É o que eu falei, algo muito estranho está acontecendo… - disse Paul. Alexia bufou e revirou os olhos. Ela sentia que seu mundo estava prestes a desabar novamente.

- Acho bom eu voltar para o acampamento. - disse ela, enfim, concordando com o outro. Ela arfou, sentindo os pulsos ainda doerem. Paul a fuzilou com o olhar. - Não começa com o "Eu te avisei", ok? Vamos logo, temos trabalho a fazer.

     Alexia ajeitou o cabelo. Ela largou o abraço, pegou uma coisa dos restos fumegantes de sua mochila, um cinto de couro com duas bainhas. Ela guardou as adagas e encarou o garoto, arqueando uma sobrancelha.

- Bala de água do Rio Flegetonte? - perguntou ela. Paul assentiu.

- Eu e o Leo estivemos trabalhando em algumas munições mágicas. - disse ele, sorrindo de canto. Alexia negou com a cabeça. Meninos e seus brinquedos - pensou.

        Ela saiu da sala destruída com o filho de Vulcano e decidiu por a mente para trabalhar. Alexia sentia que estava diante de uma situação perigosa, mas a vida de semideusa era assim, tentando não morrer para o próximo monstro que encontrasse. Ela já tinha se acostumado, só precisava lembrar.

       Os dois saíram do colégio, o alarme de incêndio tocava e uma evacuação tinha se iniciado. Alexia agarrou a mão mecânica de Paul e caminhou corredor afora.

  - (Α α) - 


Notas Finais


Muito obrigado por lerem! Aqui estarão links para minhas fanfics e da @BlackJack_Sugar
== "Os Heróis do Olimpo - a outra história" Fic que precede essa. =
http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-os-herois-do-olimpo-os-herois-do-olimpo--a-outra-historia-1438939
== Fic Original da @BlackJack_Sugar cujo sou coautor ==
http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-originais-imperium-2124570
== Fic Carter e Percy. crossover da @BlackJack_Sugar ==
http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-as-cronicas-dos-kane-when-worlds-collide-1451082

LEIAM TODAS hahaha Obrigado por tudo!


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