História Os Irmãos Eaton - Capítulo 7--Segunda Temporada

— Bom dia, meu amor. — Tobias, que está em cima de mim, beija os meus lábios e a ponta do meu nariz, me fazendo soltar um sorriso preguiçoso.

— Bom dia! — enrolo meus braços a volta de seu pescoço, puxando seu corpo para mim.

Tobias enterra o rosto no meu pescoço, me beijando algumas vezes. Aproveito para fechar os meus olhos e tirar um pequeno cochilo.

— Que preguiça. — ele morde meu ombro, e eu faço uma careta por não conseguir dormir mais, ou melhor, Tobias não deixa— Vamos lá, princesa, alguém está ficando um mês mais velho.

Rio do jeito que ele falou. Sim. Theo está completando um mês de vida, graças a Deus.

— Verdade. — pulo da cama e corro para o banheiro. Escovo os meus dentes e prendo o cabelo no topo da cabeça, em um coque frouxo.

— Poxa... eu te chamei você nem me deu atenção. Com ele, que nem te chamou... — ele falo meio embolado por estar escovando os dentes, mas logo enxagua a boca.

— Oh, meu Deus. — puxo ele para mim pelo pescoço e pego uma toalha para secar sua boca— Não fica triste, Tobias, não foi por mal. — beijo seus lábios.

— Eu sei, eu só fiz drama porque queria beijo. — eu rio.

— Era só pedir, bobinho. — ele beija a ponta do meu nariz e vamos ver o Theo no berço.

Ele estava com a sua girafinha na mão, balançando ela para cima e para baixo com os bracinhos frenéticos. Sorrio por ele estar quietinho no berço, parece que até estava esperando que acordássemos.

— Bom dia, meu príncipe! — ele para de se mexer e fica atento ao redor, mas logo ele olha para mim.

— E aí, garotão?! Bom dia, mano. — Tobias acaricia a cabecinha dele, que faz um bico, igualzinho ao do pai.

Pego Theo de dentro do berço e ele aperta os olhinhos, se espreguiçando. Ele deita a cabeça no meu ombro e eu viro o rosto para dar um beijo no seu ombro.

— Parabéns, filhão. — Tobias sussurra perto dele com um enorme sorriso no rosto.

Acaricio seus cabelos escuros e ele sorri para mim, beijando rapidamente os meus lábios.

Pego o Theo e o afasto de meu corpo, para olhar o seu rosto pequeno.

— Parabéns, filho. — digo com carinho e ele leva a mão fechada aos olhos, coçando enquanto resmunga— Acho que ele está com fome. — Puxo ele de volta para mim e caminho com Tobias até a cama.

Me sento, colocando meu seio direito ao alcance de Theo, que não perde tempo em abocanhar.

— Já parou para pensar em como somos sortudos? — Tobias sorri afagando os cabelos ralos, mas escuros de Theo — Fomos o primeiro amor um do outro. Quer dizer, eu espero.

Olho para ele com um olhar sugestivo e ele me devolve um preocupado, o que me faz rir.

— Fomos sim. — ele relaxa.

— De uma brincadeira de adolescente se tornou algo sério, mais responsável. Há cinco anos atrás eu não imaginaria isso. — ele ri e eu acaricio o seu rosto.

— Nem eu.

— Mas eu agradeço por cada momento, eles me tornaram o homem que sou hoje. O homem mais feliz do mundo. Graças a Deus e a você. — puxo-o pela nuca, beijando os seus lábios.

— Eu te amo. — sussurro.

— Eu te amo mais. — sussurra de volta, mas Theo acaba com o nosso momento ao bater a mão fechada no rosto do pai, que faz um bico enorme para o menininho.

[...]

Tobias termina de arrumar o Theo na cadeirinha e entramos todos no carro, dessa vez com Tobias na direção, eu ao lado e Caleb atrás com Theo.

Hoje é domingo, o dia do almoço que Natalie e Andrew combinaram conosco. Eu estou ansiosa, devo dizer. Desde aquele dia que nos vimos e quando eu fui embora senti minha emoção traindo minha razão, fiquei muito apreensiva quanto a como será hoje.

Não demoramos para chegar, parece que foi mais rápido do que na primeira vez.

Descemos do carro e fomos em direção a entrada da casa. Caleb toca a campainha e a porta é aberta por uma mulher loira, mais alta que eu e bem bonita.

— Olá! Devem ser os filhos de Natalie e você o genro. — ela diz sorrindo para nós e eu sorrio de volta.

— Sim, somos nós. Prazer, sou Beatrice. — estendo mão para ela, que não se mantém erguida por muito tempo assim que ela me puxa para um abraço caloroso.

— Sou a Susan. Caleb... — ela sorri para o meu irmão, que sorri sem jeito de volta. Ela parece conhecê-lo, porém ele...

— Oi.

— Não se lembra de mim, não é?! — ela diminui seu sorriso, eleva um pouco o ombro— Nós brincávamos juntos quando miúdos. Na verdade temos muitas fotos, é por isso que eu sei, é difícil lembrarmos de coisas tão antigas.

Caleb ri, coçando a nuca e se aproxima dela.

— Então é um prazer revê-la. — eles se abraçam e eu acho o meu irmão um fofo.

Se eu não amasse Tobias e Caleb não fosse meu irmão, talvez casaria com ele. Não. Só estou brincando.

Entro em casa procurando os meus pais, e logo os encontro na cozinha.

— Filha! — minha mãe levanta os braços e se aproxima, me puxando para um grande abraço.

Assim como antes, me sinto em casa, e mais uma vez, meu coração está me traindo.

— Oi, Natalie. — impeço que a palavra “mãe” escape.

Andrew se aproxima e me abraça também. Logo Caleb e Tobias entram na cozinha e os cumprimentam.

— Eu pensei em almoçarmos lá fora. O que acham? — Natalie sorri enquanto pega uma grande travessa, que comporta enormes palmitos, o que me faz ter água na boca.

— Claro.

Saímos todos e nos sentamos na grande mesa redonda.

Deixo o Theo no meu colo enquanto como, não quero deixá-lo só lá dentro e nem pegando sol na cadeirinha.

— Quando vocês voltam para o Brasil? — Natalie pergunta.

— Semana que vem. — Caleb responde e Susan eleva o olhar para ele.

— Mas já?

— Sim, deixamos tudo lá. Temos que voltar ao trabalho. — Tobias sorri olhando para mim e depois para Caleb, que assente.

— Então... estávamos pensando, sem querer ser intrometida, mas será que poderíamos ir com vocês? Só para passar um tempo. Vamos ficar em um hotel, não daremos trabalh...

— Natalie, calma. — rio— Tudo bem. Claro que podem ir. É bom porque apresentamos nossa família para vocês.

Percebo o seu sorriso facilar e eu quase me bato por ter falado merda. Mas é verdade, afinal.

— Claro! Será um prazer conhecer as pessoas que cuidaram dos nossos meninos. — Andrew diz sorrindo — Não é, Natalie?

— Claro. Claro. — ela força um sorriso e volta a comer.

— Vão comprar as passagens já? Eu acho melhor. — Caleb sugere e os dois concordam. Pelo celular mesmo Caleb acerta tudo com seu agente de viagens e acaba por comprar mais uma passagem para Susan.

[...]

A nossa viagem no geral foi muito boa. Tirando a parte que Tobias arrumou confusão perto do Píer. E depois saiu na mão com um cara em um restaurante, ao qual fomos expulsos, mas essa parte até que nos fez rir bastante.

Mas também tiveram as partes boas, como o sexo nos quatro cantos daquele quarto de hotel, inclusive na varanda. Ou até mesmo no elevador. Foi maravilhoso.

Estamos no aeroporto, esperando Zeke, Uriah, Will com os carros. Meus pais vão alugar um depois, primeiro vamos mostrar um pouco da cidade.

Não demora para os quatro chegarem, Zeke dirigindo o carro de Tobias, Uriah o de Caleb e Will o dele, para levar os meninos de volta.

— Loirinha! — Uriah me abraça com força e me levanta do chão, mordendo a minha bochecha.

— Ai, Uriah! — como ele não está nem aí, apenas ri.

Abraço Zeke e Will, que me recebem com o carinho de sempre.

— Gente, apresento a vocês minha mãe Natalie, meu pai Andrew, e nossa amiga Susan. — aponto para cada um.

— Ora, ora. Agora está explicada a beleza de Beatrice. — Uriah diz beijando a mão da Natalie e leva um tapa do meu pai.

Ele se afasta rindo e cumprimenta o meu pai, dizendo que foi com todo o respeito.

Depois das demais apresentações seguimos para os nossos carros, rumando ao apartamento da minha mãe, já que ela ligou para Tobias dizendo para nem nos atrevermos a ir para casa sem passar lá.

Bom... acho que ela terá uma surpresa...

O caminho até o apartamento dos meus pais não seria tão longo se não fosse pelo trânsito rotineiro na Dutra de manhã.

Nós deixamos os carros na garagem e seguimos todos para o elevador, o que não alegrou muito Tobias, que já não gosta quando somos apenas nós, um bando de gente, então, piorou.

Theo, ainda com uma preguiça nítida nos seus curtos movimentos, abre os olhinhos e eu sorrio para ele.

— Oi, amor. — solto ele da cadeirinha, que Tobias segura e o tomo em meus braços— Vamos ver a vovó, meu príncipe? — faço festinhas em sua barriga e ele chuta as perninhas.

O elevador para e Tobias respira fundo ao sair. Ele pega a chave e abre a porta.

— Mãe, chegamos! — eu grito e logo vejo a minha mãe correndo até a sala.

— Oh, glória a Deus, meus filhos! — ela abraça a mim e a Tobias, dando um beijo na cabeça de Theo— Estava morrendo de saudades de vocês.

— Eu também estava! — Marcus aparece e logo me abraça, em seguida a Tobias.

— Caleb, querido! — Evelyn puxa Caleb para um abraço, que ele retribui de bom grado.

— Que saudades, tia.

— Mãe. — falo baixo, chamando a Evelyn, e em mesmo tom o Marcus— Esses são Natalie e Andrew Prior, meus pais biológicos, e do Caleb.

Percebo Evelyn olhar diretamente para Natalie e vice e versa, enquanto meus pais estavam se abraçando já.

Mulher é fogo mesmo, não?! Suspiro ao ver as farpas trocadas pelas duas, e penso comigo que serão longos dias.