História Os Irmãos Kirishima - Detenção

No dia seguinte minha irmã já havia feito uma sessão com a psicóloga que estava auxiliando ela a lidar com os próximos passos, o primeiro seria voltar a escola e não entrar em contato com o dito cujo, o que não deu muito certo.

No meio do refeitório, o babaca foi até ela e começou a gritaria.

Ditocujo: NIGIYAKA! SUA PUTA DESQUALIFICADA! VAGABUNDA! - quando vi eu já estava o empurrando para que ele se afastasse.
Eijiro: VÊ DIREITO COMO FALA COM ELA SEU BABACA! - o rosto dele estava todo arranhado, com certeza era ele.
Ditocujo: QUEM VOCÊ ACHA QUE É PARA SE METER ONDE NÃO É CHAMADO!
Eijiro: eu sou o irmão dela. - eu disse firme.
Ditocujo: HÁ! bela merda, você deve ser igual a ela.

Simplesmente do nada o cara cai no chão. Bakugou o deu um soco tão forte que ele não teve como reagir e apenas caiu e apagou, eu fiquei surpreso, porque ele faria isso? pela minha irmã? ou por mim? ou por nos dois?

Eijiro: Bakugou, você é doido?
Bakugou: qual o problema?
Eijiro: você deu um soco no cara, brigar na escola é proibido.
Bakugou: é só dizer que foi por autodefesa, agora vai lá com sua irmã, ela ta visivelmente abalada.

Me virei e Nigi estava tremendo e hiperventilando, a levei para fora para tomar um ar fresco e impedi de ela olhar para o cara caido no chão quando passamos por ele. Fiquei com ela até o sinal tocar e levei ela para a sala dela, eu me importo muito com ela.

Pov. Bakugou

O Kirishima era muito zelozo com irmã dele, querendo sempre o bem pra ela. Eu nunca tive um irmão ou irmã então não sei como é esse sentimento, mas eu achava bonito ele fazer de tudo pela irmã, até praticamente entrar numa briga. Ele era interessante, nisso eu tinha que concordar.

Alguns minutos se passaram e a secretária do diretor veio nos chamar para a sala dele.

Secretária: senhor Kirishima e senhor Bakugou, podem me acompanhar por favor, o diretor quer vê-los.

Ah ótimo, provavelmente era pelo incidente de mais cedo no refeitório, chegando lá nós esperamos um pouco e o tal cara que iniciou a gritaria saiu da sala dele, a cara já estava inchada pelo soco que dei mais cedo. Fomos chamados para dentro para a sala do diretor.

Diretor: podem me explicar o que aconteceu mais cedo e porque o rosto do garoto estava inchado?
Eijiro: Desculpa diretor, mas ele assediou minha irmã e quando ele começou a gritar com ela na frente de todos e xingar ela eu não me segurei e revidei. - então foi isso que aconteceu com ela, isso é pesado demais.
Diretor: então você desferiu o soco?
Bakugou: não, eu que soquei ele, ele estava pronto para partir para cima do Kirishima, eu apenas interferi para evitar que mais pessoas se machucassem.
Diretor: Devido as circunstancias e algumas pessoas alegarem que aconteceu a mesma coisa, mesmo assim, não foi certo. O certo seria chamar algum superior. Então será apenas dois dias de detenção para vocês, podem voltar as suas salas.

Merda, porque a gente vai ter detenção sendo que estavamos apenas evitando que algo pior acontecesse? não era justo, nem pra mim e nem para ele. Agora que sei o que aconteceu com a Nigiyaka fiquei ainda mais furioso, eu estava com vontade de matar aquele cara, não sei como Kirishima se segurou mais cedo para não partir diretamente para cima dele.

Chegando novamente na sala fui diretamente para minha cadeira, todos olhavam para nós, sabiam muito bem o que havia acontecido mais cedo no refeitório.

Jirou: e aí Bakugou, o que rolou?
Bakugou: detenção por dois dias.
Jirou: cara, mas que maldade do diretor.
Bakugou: pois é, também não concordo nada com isso.

Pov. Eijiro

Quando a aula acabou continuei na minha cadeira, meus amigos me deram boa sorte, esperei todo mundo sair até sobrar somente eu e Bakugou. Nossa sorte que o trabalho já estava finalizado se não depois teriamos que ir pra minha casa no final das contas e eu não estava afim de depois de limpar a sala ainda ter que lidar com mais coisas.

Bakugou: oe Kirishima, vem comigo, precisamos pegar as coisas para limpar aqui.
Eijiro: ah sim.

Voltando a sala, Bakugou limpou a mesa de um dos lados e eu do outro, vi que Denki havia desenhado algumas coisas na sua mesa, infelizmente eu teria que apagar, continuei limpando mesa por mesa até acabar uma das fileiras. Olhei pro lado e via Bakugou já quase finalizando sua parte, e as mesas estavam limpas, quase brilhando.

Eijiro: uau, você é bom nisso.
Bakugou: como se limpar mesas fosse muito complicado, termina logo para limparmos o quadro.

Continuei limpando as mesas no meu proprio ritimo enquando ele me encarava, não era do mesmo jeito que nos primeiros dias, mas ainda me dava uma certa agonia.

Eijiro: Bakugou, se importa se eu te perguntasse uma coisa.
Bakugou: não, manda, qual é?
Eijiro: porque ficou me encarando tanto nos primeiros dias?
Bakugou: todo mundo estava te olhando por você ser novato. - ele parecia estar ficando nervoso.
Eijiro: eu sei, mas você especialmente estava me olhando muito.
Bakugou: não sei do que você está falando. - ele estava com as bochechas rosinhas e cara fechada, ele ficava muito fofo assim. - vamos logo limpar esse quadro.
Eijiro: ah sim claro.

O quadro estava cheio de pó de giz no final ainda teriamos que tirar o pó dos apagadores que o professor usava, quadro negro limpo, vi Bakugou pegar os apagadores e levar para fora da sala.

Eijiro: ei onde ta levando os apagadores?
Bakugou: pra fora? ta pensando em bater eles agora que já limpamos a sala toda?
Eijiro: verdade, seria idiota fazer isso dentro da sala.

Fomos até o patio para não fazer bagunça dentro da escola, Bakugou começou a bater os apagadores e saía uma nuvem totalmente branca, até me afastei para não me sujar de pó de giz até que ouvi um fino e leve "achi" o que foi isso? logo ouvi mais um "achi" e parecia de vir de dentro da nuvem branca. Quando pó se foi com o vento vi que quem fazia o barulho era Bakugou. Ele deu mais alguns espirros, eram espirros fofinhos, nunca imaginei que um cara feito ele espirrasse de uma maneira tão fofa. Meus olhos brilharam de fofura.

Bakugou: o que foi merda? porque ta me olhando estranho assim?
Eijiro: seu espirro é fofinho.
Bakugou: para de falar essas coisas estranhas!
Eijiro: ah para vai, quem não te conhece nunca imaginaria que você espirra um "achi" tão fofo. - imitei ele espirrando.
Bakugou: Eu vou bater esses apagadores na sua cara pra ver se você não espirra também.

Saí correndo vendo que ele estava vindo para cima de mim, me assustei no incio mas comecei a me divertir, corremos pelo patio todo, até que na parte de tras da escola onde havia o gramado, ele consegue me alcançar, ele me puxa pela camiseta e eu caí levando ele junto, rolamos pelo gramado que por sorte era macia então não tinha risco de nos machucarmos muito. Quando paramos de rolar estavamos ambos deitados olhando para o céu, virei meu rosto para olha-lo e ele sorria, ele provavelmente havia se divertido também, e era a primeira vez que o vejo sorrir.

Eijiro: é a primeira vez que vejo você sorrir. - na hora que ele ouviu o rosto se tornou neutro novamente.
Bakugou: deixa de falar besteira, você correu bem Kirishima.
Eijiro: eu meio que precisei no passado.
Bakugou: porque precisava?
Eijiro: não fui muito bem aceito por antigos colegas da escola.
Bakugou: mas o que você havia feito para eles?
Eijiro: nada, apenas me assumi gay, espero que não me odeie por isso. - Bakugou se sentou e cruzou as pernas, fiz o mesmo, e ele continuava com a cara neutra.
Bakugou: o Deku e o meio a meio namoram, e antes eramos melhores amigos, hoje não trato eles diferente por causa disso, e a Jirou é bissexual, então não se preocupe.
Eijiro: ah sim, e você é o que?
Bakugou: hetero? - ele disse com um pingo de duvida. - na verdade só gostei de uma unica menina na minha vida, ainda gosto dela.
Eijiro: quem é ela? - parecia que ele começava a ficar novamente nervoso com minha pergunta.
Bakugou: ninguem que você conheça.

Eu não estava muito confiante com sua resposta mas quem sou eu para discordar? conheço ele faz menos de uma semana, então não tive muito tempo para observar, decidi deixar para lá, mas bem no fundo eu tinha uma esperança de ele não ser totalmente hetero, ficou um silêncio meio constrangedor entre e nós.

Eijiro: bom eu acho que devemos colocar os apagadores de volta na sala né. - eu disse meio sem graça já me levantando e batendo na roupa para tirar a sujeira de ter rolado no gramado.
Bakugou: sim é melhor mesmo. - estendi a mão para ajuda-lo, ele pensou uns segundos mas decidiu aceitar.

Tinha alguns pedacinhos de grama no cabelo dele então me aproximei para tirar aqueles pedacinhos, ele me olhava calmamente e não tentou se distanciar.

Pov. Bakugou

Após levantarmos bati um pouco da sujeiras da minha roupa e quando levantei o olhar Kirishima me olhava e se aproximava lentamente, enquanto ele tirava alguns pedacinhos de grama do meu cabelo os olhos dele estavam tão brilhantes que não consegui desviar minha atenção, o rosto dele parecia ter uma pele tão macia, a boca entreaberta com os labios nem finos nem grossos. Ele tirou a ultima grama do meu cabelo e se distanciou, acordei do meu tranze.

Bakugou: ahm.. vamos voltar a sala então..

Porque me senti levemente envergonhado depois de ele fazer isso? eu não deveria me sentir assim. Quando chegamos a sala deixei novamente os apagadores no apoio que havia embaixo do quadro e pegamos nossas coisas. Enquanto caminhavamos até a saída ouvi o estomago dele roncar, eu também estava certamente ficando com fome.

Bakugou: ei, vamos numa lanchonete aqui perto.
Eijiro: ah não precisa se procupar, chegando em casa eu como algo.
Bakugou: eu ouvi seu estomago roncar e eu também estou ficando com fome. - as bochechas rosaram pela vergonha.
Eijiro: tudo bem, já que você insiste.

Chegando lá pedi dois salgados, um suco e o molho de pimenta, ele ficou olhando por alguns segundos e decidiu por uma torta salgada de frango e um outro suco. Nós sentamos em uma das mesinhas do local, e estava até que bem calmo durante aquele horário. Kirishima era um cara legal e até que divertido, me segurei algumas vezes para não rir ou cobri a risada com a mão para que ele não visse.

Na hora de sairmos paguei o meu e o dele também, fiz questão mesmo que não fosse necessário mas fazia tempo que não me sentia tão confortavel perto de alguem.

Eijiro: não precisava ter pagado o meu.
Bakugou: eu que te convidei pra comer então eu pago, não é o certo? - ele ficou estatico e surpreso derrepente.
Eijiro: ta dizendo que isso foi um encontro?
Bakugou: que? não! que merda você tem na cabeça? a gente só foi comer porque a gente estava com fome.
Eijiro: hum.. tudo bem concordo.

Enquanto eu estava indo para casa Kirishima me seguia e eu achei isso muito estranho, ele estava querendo ir na minha casa por acaso?

Bakugou: oe, porque ta me seguindo, não deveria ter virado a duas quadras atras?
Eijiro: sim mas esse é um caminho que também da pra fazer, uma rota alternativa, eu vou ter que virar na proxima esquina. - estavamos proximos da esquina.
Bakugou: então te vejo amanhã na escola.
Eijiro: tchau Bakugou, até amanhã. - disse ele animado.

Pov. Eijiro

Bakugou é um cara legal, mesmo que o caminho que eu fazia sempre fosse mais curto, optei por o acompanhar mais um pouco mesmo tendo que andar uma quadra a mais, eu pouco me importava com isso, só sei que me diverti bastante hoje com ele, mesmo ele querendo me bater com os apagadores correndo atras de mim por todo o patio, e aquele espirro fofinho, eu nunca iria me esquecer disso.

No dia seguinte era sexta feira e cheguei na sala, o professor ainda não havia chegado, me sentei na minha carteira e Denki veio diretamente falar comigo.

Denki: e aí Kirishima meu amigo, ta sabendo das novidade?
Eijiro: eu acabei de chegar.
Denki: bem eu fiquei sabendo que aquele cara em quem Bakugou bateu ontem foi expulso pelo diretor.
Mina: não sei o que houve mas por ele ter sido expluso deve ter sido algo grave.
Eijiro: pois é, eu sei o que aconteceu.
Sero: e o que exatamente é? porque tão espalhando um monte de rumores pela escola.
Eijiro: eu não vou falar, é meio pessoal e é sobre minha irmã gente.
Mina: eu como mulher entendo que é melhor deixar queto, não vamos aumentar os rumores.
Eijiro: obrigado Mina.

O Bakugou estava do outro lado da sala conversando com os amigos dele, quando olho ele olha de canto de olho e da um mini sorrisinho de canto e volta a atenção aos amigos, lembro que no final da aula teremos que limpar novamente a sala. Fico com preguiça só de me lembrar disso. As aulas se passaram normalmente, só esperei todos sairem, meus amigos me desejaram um bom final de semana e se eu quisesse fazer algo era para chamar pelo whats.

Todos já saíram e eu me dirigi com Bakugou até onde guardavam os produtos de limpeza, nenhuma palavra foi proferida durante a ida ou a volta, somente enquanto limpavamos o silêncio foi quebrado por ele.

Bakugou: então, o que você disse na sala do diretor é verdade?
Eijiro: infelizmente é.
Bakugou: e como ela está com essa situação toda, os rumores e tal?
Eijiro: ela ta indo na terapia e ela decidiu nem confirmar nem negar só deixar a poeira abaixar. Espera, você não disse nada não é?
Bakugou: claro que não, não sou babaca a esse ponto, e mesmo se dissesse meus amigos não ficariam espalhando coisas por aí.
Eijiro: ufa que bom, me sinto mais aliviado por isso.
Bakugou: o segredo ta bem guardado comigo.

Enquanto limpavamos vi que Denki tinha novamente desenhado na mesa, ele havia desenhado uns bonequinhos de palito encenando a cena onde bakugou tinha acabado de socar o dito cujo na sala do refeitório. Eu sorri para a imagem e limpei a mesa, dessa vez era minha vez de bater os apagadores. Nos dirigimos para o pátio igual da ultima vez. 

Ao invés de ficar parado no mesmo lugar batendo os apagadores tive uma brilhante ideia, bati os apagores duas vezes eu dava dois passos para tras, e fiz isso várias vezes.

Bakugou: o que tá fazendo?
Eijiro: andando para tras? evita dó pós de giz vir na cara. - fiz quase uma volta no pátio fazendo mesmo movimento. - prontinho, ta limpo e eu espirrei nenhuma vez sequer.
Bakugou: você tem truques estranhos.
Eijiro: que nada, normalmente são super eficazes.
Bakugou: sabe, eu estava pensando, porque precisava correr no passado?
Eijiro: sabe que na escola é proibido brigar então, meus colegas também sabiam disso - dei uma pausa e comecei a ficar levemente nervoso. - eles me esperavam sair do colegio para implicar comigo e começar uma possivel briga, uma vez só eu revidei dizendo para eles calarem a boca e cheguei em casa cheio de roxos.

Lembranças começavam a ronda minha mente, a dor dos socos, logo após eu cair no chão eram chutes na barriga, costas, pernas, e pisavam na minha cabeça, se não fossem por aqueles dois guardas que passavam por perto talvez eu estaria em uma situação bem pior do que estou hoje, seriamente não sei o que teria acontecido comigo.

Pov. Bakugou

Eu vi que ele ficou de certa forma encomodado com minha pergunta e depois de respode-la o rosto dele se transformou, era tristeza, com arrependimento e remorso. Eu e minha boca grande, porque eu tinha que perguntar? 

Bakugou: por aqui não vai ter esse problema, e mesmo se tiver, você me avisa quem é que arrebento eles na porrada.
Eijiro: não é pra tanto Bakugou, eu estou bem agora. - o sorriso dele se acendeu novamente.

Chegamos a sala e devolvemos os apagadores, demos uma ultima checada e estava tudo certo, devolvemos os materiais de limpeza e saíndo do colégio novamente o estomago dele roncou.

Eijiro: ah to com fome de novo.
Bakugou: vamos lá na lanchonete de ontem, mas dessa vez você paga.
Eijiro: tudo bem.

Pegamos o mesmo pedido de ontem e Kirishima continuava a falar sem parar enquanto comia, parecia que tinha assunto pra tudo e não parava de falar, mas era engraçado e divertido ouvir ele falar.

Eijiro: aah isso tava muito bom.
Bakugou: vamos indo.
Eijiro: ah sim só vou pagar, você me espera?
Bakugou: vai logo.

Saímos e fomos andando pelo mesmo trajeto do dia de ontem e ele virou na mesma esquina, quando cheguei em casa só fui para o banho e deitei na cama para descansar um pouco. Esquisitamente Kirishima não me irritava com a mesma facilidade da maioria das outras pessoas, a presença é até agradavel, obviamente isso era um segredo somente meu, mas acho que será proveitosa essa minha amizade com ele, posso usar isso para me aproximar ainda mais da Nigiyaka, e quem sabe ainda esse ano me declarar para ela.

Pov. Eijiro

Cheguei em casa sorridente, e de bom humor mesmo tendo que limpar a sala depois da aula, como minha irmã sabia da minha detenção junto do Bakugou ela achou estranho eu chegar de tão bom humor.

Nigi: chegou felizinho hoje Eiji?
Eijiro: não viaja.
Nigi: e esse sorrisinho bobo na sua cara? Limpar a sala com o Bakugou foi tão divertido assim?
Eijiro: conversei bastante com ele nesses dois dias, ele é.. como dizer? Compreensivel, engraçado, um pouco irritado e bonito.
Nigi: aaah Eijiro ta apaixonadinho.
Eijiro: achar alguem bonito não é estar apaixonado Nigi.
Nigi: mas aí ele sabe que você.. gosta de garotos?
Eijiro: é, eu contei pra ele.
Nigi: e aí?
Eijiro: bom ele não vê problema, os melhores amigos dele são um casal gay e uma menina bissexual
Nigi: e ele?
Eijiro: ele disse ser hetero - o sorriso da minha irmã desapareceu. - parece que ele disse meio com dúvida, mas ele gosta de alguma menina, só não faço ideia de quem.
Nigi: talvez ele nunca tenha se perguntado sobre a propria sexualidade, ou a familia talvez seja muito conservadora, já que você disse que ele falou meio que com dúvida.
Eijiro: é pode ser. - eu suspirei meio entristecido pelos fatos.
Nigi: então você gosta dele. - ela disse de forma afirmativa.
Eijiro: Nigi!

Comecei a correr atras dela pela casa, quando a alcancei comecei a fazer cócegas nela até cairmos os dois no chão no meio da sala. Rimos durante mais alguns minutos.

Eijiro: talvez eu tenha uma quedinha por ele, uma pequena quedinha.
Nigi: viu só, eu te conheço bem Eiji.
Eijiro: ai depois dessa eu vou tomar um banho.
Nigi: eu vou começar o jantar, hoje teremos yakisoba.
Eijiro: faz bastante carne pra mim!

Fui ao banheiro, tomar um banho quentinho e me recuperar dessa semana cansativa, aconteceu muita coisa na mesma semana. Saio do banheiro com a toalha na cintura e vou para meu quarto, escolho uma roupa mais folgada e pego o celular, olho o contato do bakugou, eu tinha pego o numero dele por conta do trabalho, e penso, mando mensagem ou não mando mensagem? Decidi não mandar mas antes que eu saísse do quarto meu celular apita e tem uma mensagem dele, o que está acontecendo?

(Whatsapp)
Bakugou: oi, chegou bem?
Eijiro: cheguei bem sim e você?
Bakugou: tudo certo, ta livre amanhã?
Eijiro: sem planos por enquanto.
Bakugou: to afim de fazer algo, o que acha?
Eijiro: acho legal, se quiser pode vir aqui em casa, tenho videogame e um monte de filmes.
Bakugou: legal, amanhã a gente se vê então.
Eijiro: vem depois do almoço, até amanhã.
(Whatsapp off)

Agora tenho uma nova tarefa, arrumar o meu quarto, paro no meio e decido primeiro pegar as roupas espalhadas pelo chão e penduradas na cadeira, levo tudo para o cesto de roupas sujas na lavanderia, volto pro quarto e minha escrivaninha ta um caos total, empilho os cadernos e deixo tudo num canto, coloco caneta e lapis de volta no potinho exatamente para isso, amasso e jogo alguns papeis aleatórios no lixo, e pego o desenho que eu tinha feito e guardei em uma pasta com plastico, o desenho estava horrivel mas eu tentei, e é bom lembrar como eu era horrivel nisso, talvez um dia eu melhore, depois só precisava passar um aspirador de pó, mas esse cheiro está delicioso e minha barriga já estava pedindo por mais alimento.

Vou até a cozinha e ouço a porta abrir, nossa mãe havia chegado, Ela nos dá um beijo em nossas testas e vai para o quarto dela tomar banho para logo vir e jantar com a gente. Para ajudar eu coloquei a mesa antes que Nigi terminasse de cozinhar, logo quando ela termina nossa mãe chega na sala, timing perfeito.

Terminando de comer ainda era oito da noite então peguei o aspirador de pó e fui pro quarto, agora ta limpinho, impecável, só a cama estava desarrumado, mas daqui a pouco vou dormir mesmo.

Mãe Kirishima: uau, você arrumou seu quarto sem eu precisar mandar.
Eijiro: amanhã o Bakugou vai vir aqui, não queria que ele visse o pequeno caos já que nos outros dias estava mais arrumado quando viemos fazer trabalho.
Mãe Kirishima: e esse Bakugou, ele é gente boa?
Eijiro: ah sim, foi ele que deu aquele soco naquele cara.
Mãe Kirishima: hum, adorei que ele fez isso, se pudesse eu mesmo teria dado um soco nele.
Eijiro: mãe, você não é dessas coisas.
Mãe Kirishima: se alguem machuca um de vocês dois você sabe que não respondo por mim. Mas diz, ele é seu crush?
Eijiro: não mãe, ele é só um amigo.
Mãe Kirishima: não foi o que a Nigi disse. - eu fiquei vermelho. de vergonha nessa hora.
Eijiro: Nigi!
Nigi: ela que perguntou! - ela já sabia porque eu gritava o nome dela, ai familia.
Eijiro: enfim ele vem amanhã e a gente vai sei la, jogar videogame, assistir filme, fazer alguma coisa.
Mãe Kirishima: bem eu vou dormir que amanhã tenho um dia cheio, boa noite.
Eijiro: boa noite mãe.

Depois de alguns minutos fui pra cama também, mas não consegui pegar no sono, então decidi ficar jogando algo no celular ou assistindo alguns videos, até me dar sono, o que demorou, quando olhei a hora já se passava das quarto da madrugada. Larguei o celular de lado e me concentrei em pelo menos fechar os olhos e tentar domir, seria muito chato se Bakugou vier aqui e eu ficasse com sono, querendo tirar uma soneca.