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História Os Livros em Branco - Lendo Harry Potter - Capítulo 3: 3-18: Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas


Escrita por: Armyoconnell

Notas do Autor


Oieee, voltei! E aqui estou eu com mais um capítulo. Espero que gostem 😊

Boa leitura.

Capítulo 3 - Capítulo 3: 3-18: Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas


Fanfic / Fanfiction Os Livros em Branco - Lendo Harry Potter - Capítulo 3: 3-18: Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas

18. Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas

- Okay, quem lerá o próximo - disse Victoire. – Porque, sinceramente, eu acho melhor ler esses três capítulos hoje. Amanhã podemos continuar e saber o que teria acontecido se tivessem feito a terceira prova hoje.

- Eu leio – disse Hermione e Victoire flutuou o livro até ela. – Terceiro ano: Capítulo 18: Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas.


Levou alguns segundos para os garotos absorverem o absurdo desta afirmação. Então Rony disse em voz alta o que Harry estava pensando.

Rony ergueu as sobrancelhas em dúvida.

— Vocês dois são malucos.

Rony sorriu, era isso então.

— Ridículo! — exclamou Hermione baixinho.

— Pedro Pettigrew está morto! — afirmou Harry. — Ele o matou há doze anos! — O garoto apontou para Black, cujo rosto tremeu convulsivamente.

— Tive intenção — vociferou o acusado, os dentes amarelos à mostra —, mas o Pedrinho levou a melhor... Mas desta vez não!

E Bichento foi atirado ao chão quando Black avançou para Perebas; Rony berrou de dor ao receber o peso de Black sobre sua perna quebrada.

- Ai – disse Rony automaticamente.

— Sirius, NÃO! — berrou Lupin atirando-se à frente e afastando Black para longe de Rony. — ESPERE! Você não pode fazer isso assim... Eles precisam entender... Temos que explicar...

- Tem sim, porque eu ainda não estou entendendo – disse Héstia.

— Podemos explicar depois! — rosnou Black, tentando tirar Lupin do caminho. Ainda mantinha uma das mãos no ar, com a qual tentava alcançar Perebas, que, por sua vez, guinchava feito um porquinho, arranhando o rosto e o pescoço de Rony, tentando escapar.

— Eles têm... O... Direito... De... Saber... De... Tudo! — ofegou Lupin, ainda tentando conter Black. — Ele foi bicho de estimação de Rony! E tem partes dessa história que nem eu compreendo muito bem! E Harry... Você deve a verdade a ele, Sirius!

Black parou de resistir, embora seus olhos fundos continuassem fixos em Perebas, firmemente seguro sob as mãos mordidas, arranhadas e sangrentas de Rony.

— Está bem, então — concordou Black, sem desgrudar os olhos do rato. — Conte a eles o que quiser. Mas faça isso depressa, Remo, quero cometer o crime pelo qual fui preso...

- E mais uma vez, Sirius não estava ajudando na defesa dele – disse Hermione.

— Vocês são pirados, os dois — disse Rony trêmulo, procurando com os olhos o apoio de Harry e Hermione. — Para mim chega. Estou fora.

- Fora aonde, menino? Cê nem conseguia andar! – disse Gina.

O garoto tentou se levantar com a perna boa, mas Lupin tornou a erguer a varinha, apontando-a para Perebas.

— Você vai me ouvir até o fim, Rony — disse calmamente. — Só quero que mantenha Pedro bem seguro enquanto me ouve.

— ELE NÃO É PEDRO, ELE É PEREBAS! — berrou Rony, tentando empurrar o rato para dentro do bolso das vestes, mas Perebas resistia com todas as forças;

Rony oscilou e se desequilibrou, mas Harry o amparou e empurrou de volta à cama. Então, sem dar atenção a Black, Harry se dirigiu a Lupin.

— Houve testemunhas que viram Pettigrew morrer — disse. — Uma rua cheia...

— Eles não viram o que pensaram que viram! — disse Black ferozmente, ainda vigiando Perebas se debater nas mãos de Rony.

— Todos pensaram que Sirius tinha matado Pedro — confirmou Lupin acenando a cabeça. — Eu mesmo acreditei nisso, até ver o mapa hoje à noite. Porque o Mapa do Maroto nunca mente... Pedro está vivo. Na mão de Rony, Harry.

Harry baixou os olhos para Rony, e quando seus olhares se encontraram, os dois concordaram silenciosamente: Black e Lupin estavam delirando. A história deles não fazia o menor sentido. Como Perebas poderia ser Pedro Pettigrew?

Alguns também tinha aquela dúvida. Já outros, especialmente, os membros da ordem estava começando a ligar os fatos. Seria possível que Peter Pettigrew tenha vendido seus amigos a Voldemort e condenado outro a Azkaban?

Azkaban, afinal, devia ter endoidado Black, mas por que Lupin estava fazendo o jogo dele?

Então Hermione falou, numa voz trêmula que se pretendia calma, como se tentasse fazer o professor falar sensatamente.

— Mas Profº. Lupin... Perebas não pode ser Pettigrew... Não pode ser verdade, o senhor sabe que não pode...

— Por que não pode? — perguntou Lupin calmamente, como se estivessem na sala de aula e Hermione apenas levantasse um problema relativo a uma experiência com grindylows.

Novamente, Remus e Hermione sorriram um para o outro. Eles sabiam que aquela pergunta, aquela tentativa dela de manter a razão, foi importante na explicativa da história.

— Porque... Porque as pessoas saberiam se Pedro Pettigrew tivesse sido um Animago. Estudamos Animagos com a Profª. McGonagall. E procurei maiores informações quando fiz o meu dever de casa, o Ministério da Magia controla os bruxos e bruxas que são capazes de se transformar em animais; há um registro que mostra em que animal se transformam, o que fazem, quais os seus sinais de identificação e outros dados... E fui procurar o nome da Profª. McGonagall no registro e vi que só houve sete Animagos neste século e o nome de Pettigrew não constava da lista...

- Uau! – murmurou Anthony Goldstein da Corvinal.

Harry mal tivera tempo de se admirar intimamente com o esforço que Hermione investia nos deveres de casa, quando Lupin começou a rir.

— Certo, outra vez Hermione! — exclamou. — Mas o Ministério nunca soube que havia três Animagos não registrados à solta em Hogwarts.

- Eita!

- TRÊS?!

- E quem são os outros dois?

- Caramba, que louco!

— Se você vai contar a história aos garotos, se apresse, Remo — rosnou Black, que continuava vigiando cada movimento desesperado de Perebas. — Esperei doze anos, não vou esperar muito mais.

— Está bem... Mas você precisa me ajudar, Sirius — disse Lupin —, só conheço o inicio...

Lupin parou. Tinham ouvido um rangido alto às costas dele. A porta do quarto se abriu sozinha. Os cincos olharam. Então Lupin foi até a porta e espiou para o patamar.

Harry olhou para Snape. Era ele, com a sua capa da invisibilidade, que entrava no quarto naquele momento. “Ele ouviu”, pensou Harry. “Ele ouviu toda a explicação de Remus e Sirius e mesmo assim quis entregar meu padrinho aos Dementadores!”

Remus também olhou para Snape, finalmente percebendo o momento em que ele chegara no quarto.

— Não há ninguém aí fora...

— Esse lugar é mal-assombrado! — comentou Rony.

— Não é, não (algumas sobrancelhas se ergueram) — disse Lupin, ainda observando intrigado a porta. — A Casa dos Gritos nunca foi mal-assombrada... Os gritos e uivos que os moradores do povoado costumavam ouvir eram meus.

- Uau! – disse Luna Lovegood da Corvinal.

- Nossa, professor, sério? – perguntou Alicia Spinnet com a testa franzida.

- Sim, senhorita Spinnet.

- Nossa, imagino o quão doloroso seja – ela disse compadecida.

- Agora com as poções é mais suportável – Remus falou. – Mas naquela época, quando eu tinha que me transformar no seco e sozinho, era horrível e muito doloroso.

Alicia desviou o olhar ainda com a testa franzida. Aquilo estava a atingindo mais do que ela deixou demostrar desde que chegou em Hogwarts.

Remus olhou avaliativo para a ex aluna. Alicia parecia triste e pensativa. Será? Pensou Remus. Tomara uma decisão. Iria conversar com a garota assim que tivesse chance.

Ele afastou os cabelos grisalhos da testa, pensou um instante, e disse:

- Desculpe, Remus, mas qual a sua idade? – Nymphadora Tonks perguntou do nada.

- Dora! – reclamou Andrômeda. – Isso é lá pergunta que se faça?

- Tudo bem, Andrômeda – disse Remus sorrindo. – Eu tenho 36 anos, senhorita Tonks.

- Ah, pode me chamar de Tonks – a mulher sorriu. – Ou de Dora, se quiser.

O homem sorriu gentil pra ela.

“36, hum?” ela pensou. “Não é tão velho assim.”

— Foi onde tudo começou, com a minha transformação em Lobisomem. Nada poderia ter acontecido se eu não tivesse sido mordido... E não tivesse sido tão imprudente...

Ele parecia sóbrio e cansado. Rony ia interrompê-lo, mas Hermione fez "psiu!". Ela observava Lupin com muita atenção.

— Eu ainda era garotinho quando levei a mordida. Meus pais tentaram tudo, mas naquela época não havia cura.

- Com quanto anos, Remus? – Perguntou Emmeline ao velho amigo.

- Sete – ele revelou. – Eu tinha sete anos quando fui atacado.

Mãos foram levadas a bocas abertas em choque. Alicia Spinnet reprimiu o choro.

“Somente um garotinho.” A sextanista pensou. “Uma criança inocente, inocente como ele.”

Alicia balançou a cabeça. Se começasse a pensar nisso, iria desmoronar ali no meio do salão.

A poção que o Profº. Snape tem preparado para mim é uma descoberta muito recente. Me deixa seguro, entende. Desde que eu a tome uma semana antes da lua cheia, posso conservar as faculdades mentais quando me transformo... E posso me enroscar na minha sala, um lobo inofensivo, à espera da mudança de lua.

- Isso é realmente incrível, professor – disse Astória.

- Obrigado, senhorita Greengrass – ele sorriu para a aluna mais gentil da Sonserina que ele ensinou.

— Porém, antes da Poção de Mata-cão ser descoberta, eu me Transformava em um perfeito monstro uma vez por mês. Parecia impossível que eu pudesse frequentar Hogwarts. Outros pais não iriam querer expor os filhos a mim. Mas, então, Dumbledore se tornou diretor e ele se condoeu. Disse que se tomássemos certas precauções, não havia razão para eu não frequentar a escola — Lupin suspirou e olhou diretamente para Harry.

- E continuo com o mesmo pensamento, Remus – disse Dumbledore. – Eu acredito que Hogwarts deve estar aberta a todos os jovens mágicos com desejo de saber.

— Eu lhe disse, há alguns meses, que o Salgueiro Lutador foi plantado no ano em que entrei para Hogwarts. A verdade é que ele foi plantado porque eu entrei para Hogwarts. Esta casa — Lupin correu os olhos cheios de tristeza pelo quarto — e o túnel que vem até aqui foram construídos para meu uso. Uma vez por mês eu era trazido do castelo para cá, para me transformar. A árvore foi colocada na boca do túnel para impedir que alguém se encontrasse comigo durante o meu período perigoso.

- Quem teve a ideia? – Alicia perguntou.

- Fui eu, senhorita Spinnet – disse Dumbledore. Alicia olhou pra ele com gratidão e ele soube pelo o que era.

- Você tá bem, Ali? – perguntou Fred vendo a amiga tão emotiva.

A garota loira olhou para o amigo e sorriu.

- Yeah, não se preocupe – ela sussurrou dando um sorriso um pouco forçado. Fred a olhou por um momento antes de voltar sua total atenção na leitura.

Harry não conseguia imaginar onde a história iria chegar, mas, mesmo assim, ouvia arrebatado. O único som, além da voz de Lupin, eram os guinchos assustados de Perebas.

— As minhas transformações naquele tempo eram... Eram terríveis. É muito doloroso alguém virar Lobisomem. Eu era separado das pessoas para morder à vontade, então eu me arranhava e me mordia. Os moradores do povoado ouviam o barulho e os gritos e achavam que estavam ouvindo almas do outro mundo particularmente violentas. Dumbledore estimulava os boatos... Ainda hoje, que a casa tem estado silenciosa há anos, os moradores de Hogsmeade não têm coragem de se aproximar...

Alguns estremeceram ao pensar no sofrimento da transformação, se Remus se mordia e arranhava, não deveria ser nada agradável.

Alicia Spinnet reprimiu as lágrimas.

— Mas tirando as minhas transformações, eu nunca tinha sido tão feliz na vida. Pela primeira vez, eu tinha amigos, três grandes amigos. Sirius Black... Pedro Pettigrew... E, naturalmente, seu pai, Harry, Tiago Potter. Agora, meus três amigos não puderam deixar de notar que eu desaparecia uma vez por mês. Eu inventava todo o tipo de histórias. Dizia que minha mãe estava doente, que tinha ido em casa vê-la... Ficava aterrorizado em pensar que eles me abandonariam se descobrissem o que eu era. Mas é claro que eles, como você, Hermione, descobriram a verdade...

— E não me abandonaram. Em vez disso, fizeram uma coisa por mim que não só tornou as minhas transformações suportáveis, como me proporcionou os melhores momentos da minha vida. Eles se transformaram em Animagos.”

Todos ficaram surpresos. Harry não pode evitar o sorriso de orgulho, tanto do pai quanto do padrinho.

— Meu pai também? — perguntou Harry, espantado.

— Certamente. Eles gastaram quase três anos para descobrir como fazer isso. Seu pai e Sirius eram os alunos mais inteligentes da escola, o que foi uma sorte, porque se transformar em Animago é uma coisa que pode sair barbaramente errada, é uma das razões por que o ministério acompanha de perto os que tentam. Pedro precisou de toda a ajuda que pôde obter de Tiago e Sirius. Finalmente no nosso quinto ano, eles conseguiram. Podiam se transformar em um animal diferente quando queriam.

Um mínimo sorriso surgiu nos lábios de Minerva McGonagall. Estava orgulhosa. Orgulhosa da lealdade dos seus, na época, alunos favoritos, da inteligência deles e de coragem em fazer algo para ajudar um amigo.

— Mas como foi que isso ajudou o senhor? — perguntou Hermione, intrigada.

— Eles não podiam me fazer companhia como seres humanos, então me faziam companhia como animais. Um Lobisomem só apresenta perigo para gente. Eles saíam escondidos do castelo todos os meses, encobertos pela Capa da Invisibilidade de Tiago. E se transformavam... Pedro, por ser o menor, podia passar por baixo dos ramos agressivos do Salgueiro e empurrar o botão para imobilizá-lo. Os outros dois, então, podiam escorregar pelo túnel e se reunir a mim. Sob a influência deles, eu me tornei menos perigoso. Meu corpo ainda era o de um lobo, mas minha mente se tornava menos lupina quando estávamos juntos.

Aquela informação pegou Alicia em cheio. Ela arquejou baixinho. Era isso!

— Anda logo, Remo — rosnou Black, que continuava a observar Perebas com uma espécie de voracidade no rosto.

— Estou chegando lá, Sirius, estou chegando lá... Bom, abriram-se possibilidades extremamente excitantes para nós do momento em que conseguimos nos transformar. Não demorou muito e começamos a deixar a Casa dos Gritos e perambular pelos terrenos da escola e pelo povoado à noite. Sirius e Tiago se transformavam em animais tão grandes que conseguiam controlar o Lobisomem. Duvido que qualquer aluno de Hogwarts jamais tenha descoberto mais a respeito dos terrenos da escola e do povoado de Hogsmeade do que nós... E foi assim que acabamos preparando o Mapa do Maroto, e assinando-o com os nossos apelidos Sirius é Almofadinhas, Pedro é Rabicho, e Tiago era Pontas.

— Que tipo de animal...? — Harry começou a perguntar, mas Hermione o interrompeu.

— Mas a coisa continuava a ser realmente perigosa! Andar no escuro em companhia de um Lobisomem! E se o senhor tivesse fugido deles e mordido alguém?

Snape assentiu lentamente com a cabeça. Dumbledore arriscou demais em confiar que Lupin poderia se controlar.

— É um pensamento que ainda me atormenta — respondeu Lupin deprimido. — E muitas vezes escapávamos por um triz. Nós nos riamos disso depois. Éramos jovens, irresponsáveis, empolgados com a nossa inteligência. Por vezes eu sentia remorsos por trair a confiança de Dumbledore, é óbvio... ele me aceitara em Hogwarts, coisa que nenhum outro diretor teria feito, e sequer desconfiava que eu estivesse desobedecendo às regras que ele estabelecera para a segurança dos outros e a minha própria. Ele nunca soube que eu tinha induzido três colegas a se transformarem ilegalmente em Animagos. Mas eu sempre conseguia esquecer meus remorsos todas as vezes que nos sentávamos para planejar a aventura do mês seguinte. E não mudei...”

- Desculpe, professor Lupin – disse Hermione. – Mas se Harry for tão parecido com o pai dele, duvido muito que o senhor tenha induzido ele a alguma coisa.

- O que quer dizer com isso, Mione? – Harry perguntou.

- Vai me dizer que não faria tudo o que fosse possível para ajudar um amigo que estivesse passando pelo o que Remus passou?

- Claro que eu faria! – ele responde na mesma hora.

- Exatamente! – ela sorriu. – O Senhor não o induziu a nada, Professor. Acredito que James Potter simplesmente era leal demais para não fazer algo assim. E, pelo o que conheço do Sirius, sei que ele também é.

Um latido foi ouvido vindo debaixo da mesa da Grifinória. Como se Sirius estivesse concordando com a garota. Hermione, Remus e Harry sorriram.

- Viu? – ela falou suave. – É lealdade, professor. Pura e simplesmente lealdade. Não se culpe.

Remus não sabia nem como agradecer.

O rosto de Lupin endurecera, e havia desgosto em sua voz.

— Durante todo este ano, lutei comigo mesmo, me perguntando se devia contar a Dumbledore que Sirius era um Animago. Mas não contei. Por quê? Porque fui covarde demais. Porque isto teria significado admitir que eu traíra sua confiança enquanto estivera na escola, admitir que influenciara outros... E a confiança de Dumbledore significava tudo para mim. Ele me admitira em Hogwarts quando garoto, e me dera um emprego quando eu fora desprezado toda a minha vida adulta, incapaz de encontrar um trabalho remunerado porque sou o que sou. Então me convenci de que Sirius estava penetrando na escola por meio das artes das trevas que aprendera com Voldemort, que o fato de ser um Animago não entrava em questão... Então, de certa forma, Snape tinha razão quanto à minha pessoa.

- Nunca que Snape vai ter razão quanto à você, Remus – disse Harry na hora. – Ele estava errado.

— Snape? — exclamou Black com a voz rouca, desviando os olhos de Perebas pela primeira vez nos últimos minutos para olhar Lupin. — Que é que Snape tem a ver com isso?

— Ele está aqui, Sirius — respondeu Lupin sério. — É professor em Hogwarts também. — E ergueu os olhos para Harry, Rony e Hermione. — O Profº. Snape frequentou a escola conosco. Ele se opôs fortemente à minha nomeação para o cargo de professor de Defesa contra as Artes das Trevas. Passou o ano inteiro dizendo a Dumbledore que eu não sou digno de confiança. Ele tem suas razoes... Entendem, o Sirius aqui pregou uma peça nele que quase o matou, uma peça de que participei...

- Nossa!

- Que pena que não matou – Snape procurou o dono daquele comentário maldoso, mas não encontrou.

Black emitiu uma exclamação de desdém.

— Foi bem feito para ele — zombou. — Espionando, tentando descobrir o que andávamos aprontando... Na esperança de que fôssemos expulsos...

- Perseguindo os outros pela escola. Isso que é falta do que fazer! – Severus respirou fundo. Quando achasse o engraçadinho que estava fazendo aqueles comentários...

— Severo tinha muito interesse em saber aonde eu ia todo mês — disse Lupin a Harry, Rony e Hermione. — Estávamos no mesmo ano, entendem, e não... Hum... Não nos gostávamos muito.

- Isso que é eufemismo – disse Dédalo Diggle. Quem estudou naquela época sabia bem da rixa do Marotos com o atual professor de poções.

Ele não gostava nada de Tiago. Ciúmes, acho eu, do talento de Tiago no campo de Quadribol...

- Como é? – Snape se pronunciou olhando para Remus na quinta mesa.

Remus ergueu uma sobrancelha para o ex colega.

- Você quer que eu diga a verdade? – ele perguntou e Snape ficou quieto. – É, eu achei que não.

Harry olhava de Remus para Snape, confuso. Que verdade era aquela?

Em todo o caso, Snape tinha me visto atravessar os jardins com Madame Pomfrey certa noite quando ela me levava em direção ao Salgueiro Lutador para eu me transformar. Sirius achou que seria... Hum... Divertido, contar a Snape que ele só precisava apertar o nó no tronco da árvore com uma vara longa para conseguir entrar atrás de mim. Bem, é claro, que Snape foi experimentar, e se tivesse chegado até a casa teria encontrado um Lobisomem adulto — mas seu pai, que soube o que Sirius tinha feito, foi procurar Snape e puxou-o para fora, arriscando a própria vida... Snape, porém, me viu, no fim do túnel. Dumbledore o proibiu de contar a quem quer que fosse, mas desde então ele ficou sabendo o que eu era...

- Okay, isso foi muito errado da parte do Sirius – disse Emmeline.

- Foi mesmo – concordou Remus. – Mas você lembra como Sirius era quando adolescente, né?

Emmeline sorriu. Sim, ela se lembrava bem.

— Então é por isso que Snape não gosta do senhor — disse Harry lentamente —, porque achou que o senhor estava participando da brincadeira?

— Isso mesmo — zombou uma voz fria vinda da parede atrás de Lupin.

Severo Snape removia a Capa da Invisibilidade e segurava a varinha apontada diretamente para Lupin.

- CA-RA-LHO – Zacharias Smith exclamou.

- Mano, será que nenhum capítulo irá terminar sem um Cliffhanger? – uma garota da Lufa-lufa perguntou.

- Sem um o quê? – Draco Malfoy perguntou.

- Cliffhanger – respondeu a garota. – É o termo que os trouxas dão quando existe algo bombástico em um livro/série/filme e então o capítulo/livro/episódio acaba. Por exemplo: no capítulo passado terminou com a revelação que Peter Pettigrew é um animago. Já nesse, o capítulo terminou com eles descobrindo que Snape estava escutando tudo. Quer dizer, isso só nos deixa ainda mais curiosos para saber o que vai acontecer. E isso, no mundo trouxa, se chama Cliffhanger: um gancho na história que te deixa ainda mais curioso para saber o que vai acontecendo.

Draco piscou várias vezes impressionado. Então assentiu lentamente e a garota voltou a sua atenção a Hannah Abbott que se sentava ao seu lado.

- Certo, o que já descobrimos com esses dois capítulos já lidos? – perguntou Victoire.

- 1: Que o professor Lupin é amigo de Sirius Black e que ele é um lobisomem – disse Angelina Johnson.

- 2: Que Peter Pettigrew está vivo e é um animago, apesar de que isso ainda não está 100% confirmado - disse Astória.

- 3: Que essa história está muito mal explicada e que Black pode ser inocente – disse Luna Lovegood.

- 4: Que se não continuarmos a leitura pra descobrir tudo, eu vou ter um treco! – disse a mesma garota que explicou o que era Cliffhanger. – Posso ler agora? Ah, e meu nome é Clarisse Taylor.

- Claro, Clarisse – Hermione flutuou o livro até a lufana. A garota pigarreou antes de anunciar.


Notas Finais


E aí, gostaram?


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