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História Os Lordes e as Órfãs (reescrevendo) - Mansão Uzumaki


Escrita por: AkemyHyuuga

Capítulo 2 - Mansão Uzumaki


Como prometido. No dia seguinte, enquanto tomavam o pequeno almoço, um servo da mansão dos Uzumaki apareceu para recolher "apenas" todas as rosas. 

Ino como sempre, demonstrou sua indignação com a nobreza. 

— O cara tem dinheiro para comprar 15 carruagens para cada pessoa dessa cidade. E não pode disponibilizar uma simples carroça para nos levar. Que indelicado! Vossa senhoria espera que voemos nas nossas vassouras. — retirou a franja do rosto suado. — A nobreza me irrita as vezes. 

A loira era a mais sincera das três. Também era dinâmica, e um vulcão em erupção andante, mas não deixava de ser bondosa. O problema é que Hinata temia ser morta pela língua afiada da irmã. 

Apesar das reclamações de Ino. Todas estavam entusiasmadas, afinal de contas, era a primeira vez que pisavam na casa de um lorde. 

Infelizmente, tiveram que descer antes de alcançarem os portões da propriedade. Não só perderam o dinheiro da passagem em vão, como agora tinham uma enorme distância para caminhar. 

— Só podem estar a brincar. — berrou Ino na cara de um dos seguranças da mansão. 

O rapaz afastou a cara incomodado, antes de continuar. 

— São as ordens minha senhora. Transportes suspeitos não devem passar. 

— É a porr….— Temari beliscou a cintura feminina, antes que a irmã fosse presa por desacato e rebeldia. No final, a loira decidiu retificar — é uma simples carroça. Por favor!

— Desculpa! Não podemos fazer nada. 

Ino admitiu a derrota. Contentaria-se em pisar no canteiro do lorde antes de sair da mansão. 

Tirando isso, Hinata tinha que admitir que a casa era belíssima. Abundantes plantações, esplêndidos estábulos com diversos cavalos puro-sangue, diversas carruagens com o emblema da família Uzumaki. 

Perto da mansão principal o ambiente mudava, fontes de água, bancos de mármore. 

— É linda. — Tenten quebrou o silêncio. — Parece casa da realeza. 

— Eles são da realeza — Ino deu de ombros — de certa forma. É linda, mas não deixa de ser muiiiito extravagante para os meus gostos. 

— Você não muda Ino. Por favor, controle seus comentários inoportunos na presença dos nobres. — implorou Hinata.

— Relaxa maninha. — ela lidava com aquele tipo de pessoa todos os santos dias. — Sei como devo me comportar na presença deles. 

Felizmente para Hinata, Ino não precisava disfarçar. O lorde não estava em casa. 

Agora que se lembrava, Naruto disse que estaria ausente com outro lorde. E seu mordomo Sai ficaria encarregue de explicar os detalhes sobre o evento. Apresentar o pátio principal, quantas mesas teriam de decorar, quantos convidados, e outras informações que entediaram Ino e Temari. 

[•••]  

Uzumaki Karin observava da janela do seu quarto, toda agitação no pátio de sua casa. 

Sua mãe saiu revoltada, embora não demonstrasse para os demais. E Karin não a julgava. Desde a morte da antiga lady — Kushima Uzumaki — que Kaila organizava os eventos da família. 

Os plebeus não entendiam o que realmente estava por detrás de cada cerimônia. Ser escolhida para organizar o baile do lorde, significava que ela — nesse caso a sortuda — tinha a aprovação, o respeito, o carinho, a confiança do lorde. E como bônus alguma autoridade. 

Quando o lorde é casado, a responsabilidade recaí para a mulher ou pretendente — se possuir. Todavia, se ele fosse solteiro, delegava para um parente próximo, ou contratava uma equipa profissional. 

Porém, segundo os rumores que ouviu. Seu primo escolheu uma mulher comum para o papel. Não pertencia a nobreza. Não era uma decoradora profissional. Era apenas uma criança abandonada da cidade, vendedora de flores. 

"Humilhante!" Foi a expressão que a mãe cuspiu antes de se retirar da sala de jantar. 

As pessoas encarariam aquela mulher de uma forma diferente depois dessa festa. E pelas suspeitas de sua mãe, era isso que o seu primo queria. 

As pessoas não a veriam mais como uma órfã, uma comerciante comum. E sim como uma pretendente do lorde Uzumaki. Karin precisava conhecê-la. 

Indo contra todas as ordens da mãe, a ruiva caminhou até o pátio.

Estava um calor insuportável. O barulho de mesas sendo arrastadas, e o falatório dos servos chegava a ser irritante. Muito diferente da liderança da sua mãe. 

A matriarca dava as ordens e todos cumpriam. Sua mãe tinha tudo planejado nos mínimos detalhes na sua brilhante cabecinha. 

— Confusão! Não é um bom começo, nem uma boa impressão a passar. — sussurrou. 

Todos os empregados que passavam por ela, davam uma simples reverência em respeito a sua posição. Karin apenas acenava em resposta. 

— Sai! — chamou o mordomo e braço direito do lorde. O rapaz caminhou até o seu encontro e fez uma vénia invejável. 

A Uzumaki reparou na hesitação das organizadoras, se seguiam o mordomo e davam uma vénia. Ou permaneciam como estavam, e ignoravam a sua presença. Hinata e suas irmãs decidiram ignora-la. E aquilo configurava como uma ofensa a sua pessoa. 

Definitivamente, a escolha do seu primo, a desagradou. Ou pelo menos dava-lhe vários pontos negativos de primeira impressão. 

— Apresente-as! — ordenou — Ou devo dizer apresente-me a elas? 

— Como desejar senhorita Uzumaki. Por favor me acompanhe.

Karin estudou todas, e apenas duas a encaravam a altura. Será que era uma delas? Não demorou muito para Sai responder sua pergunta.

— Essa é a jovem Hinata, a responsável pela decoração do evento. E essas são suas colaboradoras…

— Irmãs. — retificou Ino. 

— Desculpe. — retificou — E essas são as suas irmãs Ino, Temari e Tenten. 

Karin tinha que admitir que essa loira tinha coragem e audácia. Mas não era o foco de sua atenção nem preocupação agora, e sim Hinata. 

A Uzumaki tinha a descartado logo de primeira, pelo simples fato, de a azulada não conseguir lhe vencer numa disputa visual, como as suas irmãs. 

Hinata parecia desconfortável com a sua presença. Será que ela sabia "dos rumores sobre ser pretendente do Uzumaki"? Se assim fosse, era mais perigosa do que pensou. E deveria avisar sua mãe.

— E essa é a senhorita Uzumaki Karin, prima do lorde Uzumaki. — concluiu Sai, e Hinata arregalou os olhos com a descoberta. 

— Prazer! — Karin esboçou um meio sorriso. Que mais uma vez foi retribuído na mesma medida por Ino e Temari. — Então, o que pretendes fazer? 

— Eu fiz um pequeno esboço. É algo simples, elaborado às pressas. — confessou Hinata. E Ino só queria esganar a irmã pela resposta mais fraquinha — Agora que vimos o local, vamos fazer os últimos ajustes. 

Karin esticou a mão para frente, exigindo o pedaço de papel rabiscado. Depois de uma rápida olhada, entregou. 

— Estamos falando do baile de um lorde conceituado. Todos esperam que a decoração seja a melhor possível. — desviando a atenção para outro ponto concluiu — Por favor superem-se. 

Não a criticou, mas também não a elogiou. Karin preferia continuar neutra, principalmente na presença do seu primo. Que acabará de chegar no pátio. 

— Bem-vindo primo. Lorde Uchiha é um prazer voltar a vê-lo. 

Naruto parou na porta de vidro deslizante que dava para o pátio. O loiro trajava uma calça social cinzenta e uma camisa social branca. Ao seu lado estava lorde Uchiha, descrito em várias revistas como sendo uma versão alternativa do lorde Uzumaki. Sendo ele mais sério, as vezes frio, misterioso, e de poucas palavras.

Hinata ouviu o baixo suspiro de Ino ao seu lado. O nobre de um metro e oitenta, cabelo preto, olhos ônix era irresistível. Sasuke trajava uma calça social azul-escuro e uma camisa branca. 

Diferente do amigo, o lorde deixou o primeiro botão da camisa aberto, exibindo seu pescoço. Outro fator que chamou atenção de Ino foram os músculos perfeitos visíveis a olhos nu, graças a peça de roupa justa. 

Hinata reprovou o último detalhe. E desejava avisar ao costureiro do lorde Uchiha "a reavaliar as medidas" que tinha do corpo do lorde, e fazer reajustes em todas as suas roupas. Parecia uma criança num fato apertado. 

— Bom dia! — saudou Naruto. Sasuke como sempre permaneceu em silêncio. Deixando as cordialidades para o amigo — Karin. Pensei que tivesses saído com a tia. 

Desceu o degrau para alcançar a prima. E mesmo sabendo como ela o iria odeiar, a envolveu num abraço apertado. 

— Naruto me solte. — exigiu. O loiro sabia que ela detestava essas demonstrações ao público. Seu cabelo acabava despenteado. — Me largue. Droga! 

Lá se foi, a sua postura intimidadora. Karin entregou o leque nas mãos de Sai, enquanto ajeitava os fios bagunçados.

— Desculpa! Como vão os preparativos para o baile? — questionou para a perolada. 

— Bem. Sai estava nos explicando sobre os convidados, como serão posicionadas as mesas. — e apontando para Karin, sem nenhuma maldade — Sua prima nos deu um pequeno incentivo. 

— A sério? — o Uzumaki ergueu uma das sobrancelhas na direção da prima. Karin também não acreditava no que ouviu. 

— Sim. Só quero que tudo corra bem. Claro, que não mudo a minha opinião, de que não devias dispensar os serviços da mamãe. Ela podia ajudar.

— Sabes muito bem que essa ideia não terminaria bem. — sua tia criticaria tudo. Sai perderia o controle. E Hinata não teria espaço para agir. — É bom dar descanso na minha amada tia. Pensei que deixei tudo claro, hoje de manhã. 

— E ficou. — esboçou um sorriso e retirou-se. 

Depois da pequena cena desgastante que Hinata desejava não voltar a fazer parte. Naruto encarou-a, por poucos segundos, o suficiente para deixá-la sem jeito. 

O Uzumaki pediu ao mordomo para ajudá-las com tudo que precisassem, e retirou-se com o seu amigo. 

[•••]

Sasuke Uchiha, o único herdeiro e sobrevivente da família principal Uchiha. Depois do naufrágio que levou a vida dos seus pais e irmão mais velho, o moreno aprendeu a aceitar sua vida de solidão e densas trevas. 

Ele não queria colocar nenhum parente na sua residência como Naruto. Já bastava Indra no seu pé.

Sasuke detestava interagir com desconhecidos. Exercia um pouco de ordem quando necessário, mas não era o cara dos "amáveis sorrisos" como o loiro. 

Olhou de soslaio para a mulher de longos cabelos azul escuro, antes de seguir o seu amigo até o escritório. Esperou o loiro sentar, e perguntou indiferente.  

— Perdi alguma coisa durante a minha viagem? 

— Depende do que queres saber. — respondeu. — Sasori comprou novas terras, Shikamaru recebeu um voto de confiança do pai, Neji…

— Devia ser mais específico com a minha pergunta. Peço desculpas, pensei que tivesses atingido a maturidade durante a minha ausência. 

— Vejo que voltaste mais debochado que o habitual. Devo alertar Neji? — riu da cara de poucos amigos do Uchiha — O que queres saber? 

— Porquê que dispensaste os serviços da tua tia? — não era do seu feitio bisbilhotar a vida dos outros, mas tinha que saber — Você é uma das poucas pessoas que conheço que pouco se importa com a decoração do local, e o que comes. O que é alarmante, considerando o fato de que podes ser morto. 

— Queria inovar, Sasuke. Algum problema? 

— Sim. É assustador. — andou até a janela de vidro. Não dava acesso ao pátio como queria, mas dava-lhe uma vista agradável dos jardins bem cuidados. — Porquê ela?

— Quem? 

— A minha mãe Naruto. — revirou os olhos. O Uzumaki conseguia o irritar com uma facilidade. — O que achas?

— Dona Mikoto era uma mulher incrível e bela. Se fosse viúva… 

— Mais uma palavra e ficas sem os dentes da frente para sorrir na próxima entrevista — ameaçou. Não devia ter citado o nome dos mortos, quanto mais de sua mãe. — Estou falando da mulher de cabelo azul escuro e olhos perolados. 

— Ela é talentosa. — e não era mentira, mas Sasuke não acreditaria apenas nisso. 

— Os comerciantes do porto também são talentosos, mesmo assim, não vi nenhum sendo convidado para ser o decorador, ou cozinheiro chefe do baile do lorde. 

Sasuke arrastaria aquele assunto, o tempo que o seu amigo desejasse. Tudo bem que a mulher era talentosa, segundo as palavras de um inexperiente na área, mas não tinha experiência, nem nome no mercado. Suas roupas não tinham tanto requinte e luxo como as das nobres, logo só podia pertencer a classe média. 

Naruto era caridoso com os desfavorecidos, aliás todos eles eram, mas não era motivo suficiente para arrastar uma pobre mulher para uma tarefa tão complexa como aquela. 

Por Deus! Sasuke olhou para as pernas da perolada para confirmar se a mesma tinha se descuidado, de tanto medo que via em seus olhos. 

Karin ainda não chegava nos pés de sua mãe, mas daqui a alguns anos, colocaria terror em quem quisesse. 

— É algo sério? Ou uma espécie de jogo? 

— Se Neji te ouvisse agora. — balançou a cabeça em sinal de reprovação. — Eu não mudei muito em três meses Sasuke. Eu não brinco com os sentimentos das pessoas. E não iria brincar com os da Hinata. 

— Quando vais contar as novidades? 

— Breve. No baile. Depois do baile. Quando voltar de viagem com Sasori. — deu de ombros, e pegou numa garrafa de licor que escondia na sua gaveta — Quem sabe? Queres?  

— Porque não. — serviu-se uma dose de Martini — Pretendo aproveitar a ausência do Sasori para convencer os demais a abrir um bordel nessa cidade. Seria algo discreto e afastado do centro. 

— Sasuke você pode reunir a assinatura de metade da cidade se quiseres perder tempo, mas se Sasori dizer que não. É não. Ademais, Neji seria contra essa ideia. 

— Sasori é um pé no saco, mas ele vai acabar por aceitar.

Sasuke parou o falatório assim que ouviu as batidas na porta. Sai entrou no escritório, minutos depois de vencer um dilema, entre atender o pedido que lhe foi feito, ou o negar. 

— Meu lorde. Terminamos o trabalho reservado para hoje. E devo dizer que a decoração escolhida...é aceitável, e está acima do que eu esperava.

— Ótimo, então podes dar o relatório para a minha tia, se ela voltar a tocar no assunto. — abriu outra gaveta, retirando quatro envelopes brancos com bordas douradas — Dê a segunda metade do pagamento, e entregue os convites do baile. 

— E se elas não aceitarem? 

— Diga que é uma regra as organizadoras do evento comparecerem. — o que não era mentira. Hinata não lhe faria uma desfeita como aquela. — Mais alguma coisa Sai? 

Procurou saber, devido a demora do servo em se retirar da sala para cumprir suas ordens. Sai, dificilmente deixava transparecer suas emoções, mas ele notou que o rapaz parecia ansioso, talvez nervoso, e receoso com algo. Depois dessa chamada de atenção, o mordomo voltou com a sua postura inicial, e disse logo o que precisava dizer. 

— Nossas convidadas solicitaram um meio de transporte, pelo menos até os portões da mansão. 

Um pedido feito por Ino, e não teve como recusar depois de tanta pressão. Mas disse que tentaria. 

— Solicitaram…queres dizer exigiram? — Sasuke que estava até então calado decidiu se pronunciar. E com o olhar dirigido ao loiro, zombou — Parece que alguém já sabe da sua futura posição. 

— Pare Sasuke! — exigiu Naruto. Ele não achava que a ordem tinha vindo de Hinata. — Além do mais, não vejo nenhum problema nesse pedido. Peça para o cocheiro levá-las até em casa. 

— Não é uma ordem — Sai, atreveu-se a corrigir o Uchiha. — Foi um pedido. E senhorita Hinata prefere que seja uma carroça ou algo mais discreto. 

— Porque não estou surpreso? — inquiriu Naruto. 

Agora sim, conseguia associar o pedido a dona. Hinata sempre detestou chamar a atenção das pessoas para si. 

Nos primeiros dias que visitou o negócio das flores, ela sempre olhava para os cantos, a procura de bisbilhoteiros. Mas, seria pior se decidissem ir para locais isolados. O Uzumaki não desejava passar uma má fama para a mulher. 

Seus desvaneios foram cortados pela gargalhada histérica de Sasuke. Imaginar o amigo montando uma carroça com a sua mulher ao lado, era o cúmulo. Naruto arranjou das boas. 

— Por favor...continuem — pediu entre as pausas de uma risada a outra. 

— Sai. — revirou os olhos e esperou o ataque do moreno passar. — O que podemos fazer quanto a isso? 

— Não sei senhor. Um lorde não anda de carroça. 

— Nem a brincar. — zombou Sasuke. 

— Podem voltar num dos transportes do armazém. — sugeriu o mordomo e Naruto achou a ideia agradável.

— Providencie! 

[•••]

Hinata olhava para aquele convite dourado na sua posse. Ino estava mais animada do que ela para comparecer ao "baile do século" como descreveu. Já ela estava apavorada com o que ia encontrar. 

Temari confessou estar ansiosa com o dia de amanhã, e Tenten partilhava do seu pavor. Nem parece que as duas loiras jogaram pedras para si na noite anterior. 

— Como consegues estar tão calma? — inquiriu Hinata. — Estou de rastos. O dia foi esgotante. O trabalho pesado. E até agora só falaste sobre o baile, e quão belo é o lorde Uchiha. 

— Desculpa! Ok! — sentou na mesa ao seu lado — Lorde Uzumaki também é muito bonito. — recebeu um beliscão no braço — Aí. 

Hinata admirava sua irmã — sua personalidade forte, seu caráter, seu sentido de moda e beleza. 

As quatro passaram pelas mesmas experiências, mas cada uma adotou sua forma de ser para enfrentar o mundo. 

— Ei! — Temari cutucou a azulada — Fica calma. Estamos juntas nessa. 

— Sim. 

Por ano, cada lorde dava no mínimo cinco eventos especiais. Tirando os almoços, jantares que tinham entre eles e outros nobres. Nesses eventos, eles preparavam dois lugares, a mansão da sua casa, onde eles estariam, e o centro da cidade. 

Hinata sempre participou dos bailes no centro da cidade. Eram divertidos, descontraídos, com música alta, danças animadas, e ninguém se preocupava com aparências. 

Não era qualquer um que era convidado para o baile na mansão, mas neste ano, quatro órfãs foram convidadas pelo próprio lorde. 

[•••]

— Mas que grande surpresa. — Karin pousou seus pertences em cima da mesa, e puxou a cadeira ao lado de sua mãe. Não era costumeiro de sua mãe jantar na sua mansão. — Não vamos jantar com o primo Naruto? 

— Não. — respondeu sem tirar os olhos da revista. — Gosto de pensar que é uma pequena punição para o teu primo. Vamos dar-lhe um tempo a sós para pensar, se deseja realmente ficar contra a sua família. 

"Isso significa que também estou proibida de jantar na mansão principal." Karin revirou os olhos vermelhos. 

— Acho que ele não vai se incomodar com a nossa ausência. — olhou para o esmalte e esperou por um sinal de interesse da mãe. O que não conseguiu, por isso continuou — Lorde Uchiha está com ele nesse momento. 

— Não vi nenhuma carruagem da família Uchiha. 

A menção do sobrenome Uchiha roubou sua atenção. Num gesto delicado, fechou a revista, e empurrou de lado. Dando toda atenção para a sua filha. 

— Sasuke dispensa algumas formalidades. Tenho a certeza que Indra virá para o apanhar. 

— Prepare-se! — depois da ordem, levantou da cadeira. 

Há muito tempo que não exercia seu papel de governanta da sua própria casa. Perdeu o jeito, mas recuperaria em frações de segundos. 

— Ah... mãe. — Karin pigarreou sem jeito. Há pouco tempo, estava incluída na lista de pessoas que não comeriam com o lorde. Agora tinha a autorização para jantar com eles? — Vamos jantar na mansão principal? 

— Não. — simples e direta — Diga ao teu primo que eu estou me sentindo mal, e seu pai está cuidando de sua esposa, mas não há necessidade de você ficar, por isso, autorizei que fosses. Vocês são jovens, cresceram juntos, devem ter muito o que falar. 

Karin sabia que estava recebendo mais uma "brecha" de sua mãe para "marcar pontos com lorde Uchiha." 

Kaila não escondia seus planos — de unir a filha ao lorde Uchiha — de ninguém. 

Mas, porquê o Uchiha? Bem, a ruiva podia tentar a sorte com outro lorde, mas seria um tiro no escuro, que não estava disposta a correr. 

Lorde Sabaku no Sasori era o partido de sonhos para quem almejava poder — o desgraçado também era bonito. O ruivo não demonstrava ter interesse romântico por ninguém. 

Ela podia chegar num trato com o pai do Sabaku, "um casamento arranjado". Mas Sasori era muito rebelde para se deixar vergar pelo pai. 

Gaara estava fora de questão. O rapaz era a sombra do irmão. Não tinha voz. O que deixaria sua filha também sem voz na sociedade. Karin teria que lamber os pés da esposa de Sasori, porque Gaara nunca desafiaria seu irmão. 

Não tinha boas relações com as nobres da família Nara e Hyuuga. Logo, só restava Sasuke. Não que fosse um péssimo partido. Sasuke era quase tão bom como o Sasori. E o mais perfeito para sua filha. Karin conhecia o Uchiha desde criança, participou em eventos sociais e caminhadas com o nobre e o primo. 

— Não me desaponte filha. 

— Sim mãe. — assentiu. Olhou para o relógio, ainda tinha uma hora até o jantar com os amigos, e precisava tratar outro assunto com sua mãe. — Hoje eu vi...a decoradora escolhida por Naruto. 

— É bonitinha. Não concordas? 

— Já a viste? — forçou um sorriso. Claro que ela viu a ameaça. — E agora. 

— É um mal que será eliminado no seu devido tempo. Naruto é um jovem provando o sabor de um relacionamento proibido com alguém de uma classe inferior. Por Deus! Estamos falando de uma órfã. Pode ser filha de qualquer um, até do falecido lorde Uzumaki. 

— Tio Minato nunca trairia lady Kushima. — era uma ideia absurda, mas Karin sabia onde sua mãe queria chegar. Se plantasse as suspeitas na sociedade e no coração dos dois jovens, o relacionamento não iria adiante. Nenhum padre casaria dois supostos irmãos. — Há formas dele provar que não são, ou de contornar a situação. 

Jiraya era o único que podia confirmar, se o lorde teve ou não, um caso extraconjugal. Mesmo sem o Jiraya, Naruto podia apelar aos outros lordes. 

— Karin esquece o assunto. Ele será resolvido no seu devido tempo.



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