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História Os Marotos (FINALIZADA) - Pedro - Mais uma vez, aquelas escadas


Escrita por: slowly_melting

Notas do Autor


Capítulo 33!
No 35 teremos um capítulo sobre nova perspectiva!
SIM, PARTICIPAÇÃO ESPECIAL kkkk
Obrigada por lerem e acompanharem com tanto amorzinho.
Comentem, aproveitem!

Capítulo 33 - Pedro - Mais uma vez, aquelas escadas


Fanfic / Fanfiction Os Marotos (FINALIZADA) - Pedro - Mais uma vez, aquelas escadas

                Cada vez mais eu odiava aquelas escadas de pedra cinza e cheia de musgos que me faziam escorregar. Eu odiava a ideia de descer tanto, de me rebaixar em tamanha quantidade, que chegava a alcançar o nível das masmorras daqueles que eu tanto evitava. E cada vez mais eu odiava a ideia de estar fazendo algo tão abominável e ser completamente incapaz de me impedir. Eu não tinha a coragem necessária. Eu nunca conseguiria me libertar das presas venenosas dos malditos Sonserinos.

                - Não sei por que você me faz vir aqui uma vez por semana só para falar essas coisas para você. – Me encolho na cadeira, pela enésima vez naquele dia, sob o olhar duro de Goyle.

                -Por que você é requisitado para essa tarefa. – Ele faz um muxoxo irônico, imitando Lucio em seu último encontro comigo. – Você vem por que nós mandamos, e você obedece por que é assim que lhe é mandado, Pettigrew.

                -Mas eu não sei o que vocês ganham com isso. – Com um pouco de esforço, tento olhar para seu rosto, mas é um movimento tão patético de submissão que Goyle chega a rir.

                -Não é do seu interesse o que nós ganhamos, seu nojentinho. – Ele ameaça me bater com a parte de trás da palma da mão, o que me faz fechar os olhos e guinchar. Todos gargalham ao me ouvirem, e Narcisa se aproxima com o andar decidido.

                - Se não quer se juntar a nós, não tem o direito de saber o que estamos ganhando. Achei que fossemos todos cobras para você, rato. – Ela alfineta, sorrindo maleficamente.

                -Não deixam de ser. – Com o raio de coragem que me passa, faço-a franzir a testa com irritação, e fazer um som de nojo com a garganta.

                -Cobras com muito orgulho, se for para odiar sangue-ruins como você. – Ela retruca, voltando para perto dos outros membros do grupo.

                Ali, naquela sala úmida de conserva de ingredientes de poções, meu interrogatório semanal sobre os movimentos dos alunos da Grifinória era feito. Eu me odiava por contar cada detalhe que os interessasse por medo de ser retaliado. Às vezes, por medo de retaliarem meus amigos. O que mais me incapacitava era cada vez mais dar detalhes a eles que os permitiam me massacrar. E eu tornava esse ciclo vicioso cada vez mais profundo.

                Desde que eles descobriram sobre Remo, me pego pensando em quando eles utilizariam esse conhecimento para o fazer ser expulso, ou algo do tipo. Talvez eles estivessem guardando para algum momento crucial, e eu me odiava cada vez mais quando pensava nisso.

                - Continue, Pettigrew. – Goyle me cutuca com um de seus dedos gordos logo no ombro, e eu reprimo um barulho de irritação.

                 -Eu não tenho nada para contar que em minha sã consciência tivesse algum uso para você. – Eu me irrito brevemente, me calando sob o olhar mais uma vez duro.

                -E eu já disse que não é da sua conta, seu saco de bosta. – Dessa vez ele não finge, e acerta sua mão espalmada em minha bochecha. – E é por esse motivo que você é o informante, e eu sou o que mexe com as informações.

                - Vamos, Goyle. Se eles virem o vergão vermelho que você deixou no rosto dele, vão desconfiar de alguma coisa. – Snape ergue a voz ao fundo da turma, me olhando de esgueira com um pouco de asco. – Só grite com ele, ou algo assim.

                 -Se você conseguisse um pouco mais daquela poção, eu não precisava fazer isso. – Goyle rebate, fazendo uma cara tão assustadora para Snape que calou as conversas na sala.

                - Se você precisar de Veritaserum para todos esses interrogatórios frugais, você não serve para esse papel, Goyle. – Snape não se intimida, falando com a maior calma possível, como se achasse que Goyle pudesse não entender.

                -Como é, Snape? Está duvidando de minhas capacidades?! – Goyle se irrita, dando um soco com os punhos cerrados na mesa ao lado, fazendo alguns jarros estremecerem em sua outra ponta.

                -Seriamente. – Snape eleva um pouco a voz, fazendo-a ecoar pelas paredes úmidas. – Primeiro, estou questionando suas capacidades para descobrir algo tão idiota quanto o porquê de Sirius e Lupin estarem nos jardins em algum dia, ou porque Longbottom está mexendo com plantas venenosas com mais frequência. Eles não ligam para você, estão estudando. E você parece achar que qualquer besteira é algo relevante.

                -Acho melhor... – Goyle tenta o interromper, mas Snape o silencia com um aceno de mão. Todos na sala não conseguem olhar diretamente para nenhum dos dois. Um emanava uma aura de intenso ódio, e o outro era Goyle em pé, tentando intimidar um adversário perspicaz como Snape.

                -Você sempre acha melhor, e nunca pede nossa opinião. E sabe o que mais? Estou questionando suas capacidades de ser o que se reporta diretamente à Lucio. Quem sabe que tipo de idiotices você vem dizendo a ele que nos coloca em péssimos cenários com o Senhor das Trevas? – Snape completa, se erguendo da cadeira. – Você é um completo incompetente, Goyle.

                -Como você ousa! – Goyle apanha a varinha, apontando diretamente para Snape, que não se mexe. Eles se olham por longos segundos, onde eu permaneço no meio do caminho, ainda sentado em minha cadeira, pensando em quantos feitiços eu receberia antes de conseguir executar algum, ou ao menos apanhar minha varinha para me proteger. – Ora, onde está sua coragem agora, Snape?! Apanhe sua varinha!

                -Eu não vou me sujeitar a isso, Goyle. Se quer me azarar, vá em frente. Aposto que Lúcio ficaria muito contente em saber que você mandou para a enfermaria o futuro mestre de poções de seu Senhor. – Snape sacode a cabeça em desaprovação, fazendo com que os outros Sonserinos se mexessem desconfortáveis. – Abaixe sua varinha.

                Por mais outros longos segundos, eles se olham com estática. Todos parecem prender a respiração. Por fim, Goyle abaixa a varinha e faz uma careta irritada.

                -Isso não acaba aqui, Snape. Espero que meça suas palavras na próxima vez. – Goyle sai da dispensa pisando duro, bufando de raiva.

                -Quanto a você, Pettigrew. – Snape se vira para mim, soando ainda mais frio que quando falava com Goyle. – Saiba qual é o seu lugar. Temos informantes em todas as casas e salas possíveis desse castelo. Você não é o único forçado, temos certeza. Mas não será o primeiro que tivemos que nos desfazer. Então, pense bem no que vai falar a seguir.

                -Eu.... Eu... – Tento falar alguma coisa, mas minha voz se prende na garganta. Com um suspiro mais pesado, sacudo a cabeça em negação, como se dissesse que não havia nada a ser dito.

                -Perfeito. – Snape completa, com uma gotinha de felicidade por seu comando ter sido escutado. Eu podia sentir seu orgulho emanando e mantendo os outros Sonserinos calados. – Vá embora, e eu lhe chamarei quando for requisitado.

                -Sim. – Eu me ergo, as pernas bambas como quase sempre estavam depois dessas reuniões.

             -Espero que tenha algo de interessante a me contar. – Ele me olha uma última vez, com um sorriso irônico. – Então se esforce.



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