História Os melhores desafios do ano ( ou não ) - Será ?

Eren se sentia em um filme clichê de suspense onde ficava entre girar ou não a maçaneta. Não era uma pessoa covarde, mas tinha que admitir que aquele professor lhe dava medo. Não acreditava como uma pessoa que não passava de um metro de sessenta pudesse ter uma aura tão assustadora.

— Entre Yeager

O moreno sentiu seu sangue gelar, como ele sabia que estava ali ? Parando de enrolar abriu a porta e entrou de uma vez na sala. O ambiente estava com pouco iluminação e havia prateleiras com livros em todos os lugares possíveis e no centro três poltronas, uma mesinha de estudos e em um dos lugares o professor concentrado em um livro.

— Entre e feche a porta — receoso o rapaz fechou, será que ele iria lhe matar ?

— Eh… Então, o que eu tenho que fazer aqui mesmo ? — perguntou confuso.

O professor ergueu os olhos do livro e encarou-o tão intensamente que Eren sentiu quase que iria derreter como os inimigos do superman.

— Primeiramente, limpe essa mesa, está imunda.

Eren olhou para o objeto não vendo ao menos um grão de pó ali.

—  Rápido Yeager!

Decidindo não aborrecer o homem pegou o pano e o produto de limpeza e começou a passar ali.

—  Agora quero que faça um relatório desde a primeira aula que tivemos até a atual — Levi jogou uma pilha de livros sobre a mesa — isso irá te ajudar.

—  Você só pode está brincando! — sentiu seu olho tremer.

— Tenho cara de quem brinca garoto ?

Só podia ser carma, suspirando lamentosamente se sentou em uma das poltronas o mais longe possível daquele ser e passou a escrever quase que roboticamente no papel. Meia hora depois já sentia que a mão iria cair enquanto que Levi continuava pleno em seu livro não se importando com seu sofrimento.

"Filho da puta"

De repente Eren passou a encarar o colar no pescoço do mais velho, o pingente possuía duas asas, uma verde e outra branca. Já havia visto aquilo em algum lugar e de certo modo aquele colar estava o intrigando desde quando botou os olhos nele.

O toque do celular de Levi quebrou o silêncio fazendo o mesmo desviar os olhos da leitura para olhar a tela do telemóvel. Rapidamente se levantou indo atender a ligação aos fundos da sala, mas como Eren tinha o ouvido de um típico curioso passou a ouvir tudo.

— Mas agora ? Não dá quatro olhos, estou ocupado. Como assim, o carregamento não iria chegar só na próxima semana ? Eu juro que mato a Isabel e o Farlan se eles tiverem estragado tudo.

Eren franziu o cenho achando que aquela conversa estava parecendo demais um líder de quadrilha.

— Tudo bem, eu mesmo entrego os pacotes na casa dele, maldito sejas!

Pacotes ? Que pacotes, será que era cocaína ?

Eren disfarçou o olhar quando Levi retornou vendo ele pegar suas coisas e colocar dentro da bolsa.

— Está liberado Yeager, tenho sorte dessa vez.

O moreno comemorou internamente agradecendo seja lá quem fosse o fornecedor de drogas do outro lado da linha. Quando o mais velho saiu finalmente pode respirar direito.

— Credo, agora entendo o porque dessa aura sombria, será que ele é um chefão ?

A noite Aoba estava sentado em sua cama e parecia concentrado no que fazia no computador. Ren entrou no quarto se jogando na cama e olhando entediado para o rapaz.

—  E aí ? Conseguiu ?

—  Sim! Finalmente peguei você espertinho —  sorriu contente ao descobrir o IP do hackeador — estranho…não tem dados nenhum aqui, deve está com uma conta fake, mas consegui rastrear o celular onde foi feito o último login nas minhas contas, ele é da minha Universidade de acordo a localização.

— Tá agora vai fazer o quê gênio, confrontar o cara ? — deitou de barriga para cima segurando um cachorrinho de pelúcia.

— Exatamente! Obrigado pela ajuda Ren — sorriu.

—  Agora pode finalmente me dá atenção ? —  falou com olhar pidão.

— Credo, não me lembrava de você ser tão carente assim —  jogou o notebook para o lado também se deitando na cama.

— Hmm é que hoje eu tô afim de dar uns beijos na boca — respondeu naturalmente.

— Na minha é que não vai ser idiota.

Ren então subiu em cima do azulado prendendo os seus pulsos com as mãos e olhando seu rosto.

— Nem vem, antes você não reclamava.

— Eu tinha 17 anos e um fogo enorme no rabo — revirou os olhos não se importando em sair do aperto.

—  E agora depois de três anos nada mudou —  sorriu travesso.

Aoba jogou o garoto para o lado pegando o seu travesseiro e abraçando o mesmo.

— Eu queria um garoto de verdade e não um amigo encosto como você —  Ren colocou a mão sobre o peito se sentindo ofendido.

— Nossa, joga na cara mesmo que eu sou vagabundo! Mas foi você que me quis — pulou em cima das costas do amigo ouvindo um resmungo — Então, quer que eu te ajude a encontrar um garoto de verdade ?

— Contanto que não seja o Koujaku, sim.