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História Os Mestres da Guerra - PERCY --- Uma briga muito antiga


Escrita por: CapivaraDoBem

Notas do Autor


Bem, gente, primeiro capítulo, espero ter acertado o estilo de narrativa que vocês gostem. Posso dizer que.. Humm...
Pessoas parecem aparecer do espaço, de vez enquando, não é mesmo?

Capítulo 1 - PERCY --- Uma briga muito antiga


Eles desfrutavam dos dias pacíficos depois da morte de Gaia. O aroma dos campos de morango era intoxicante, e os sátiros ajudavam o crescimento natural das plantas com suas flautas mágicas. Deu uma aula de esgrima aos novatos, o que deixava Percy animado.

Cada vez que um dos alunos dava um golpe com a espada, Percy acabava por se lembrar de quando o usara. Praticamente não havia mais nenhum movimento novo a ser explorado. Nenhuma técnica especial a ser descoberta.

Os chalés estavam todos cheios. Era de noite, e o barulho dos grilos e o crepitar do fogo o deixavam sonolento. Além disso, ele havia acabado de jantar uma pizza, que casualmente era toda azul, recheio, massa e até a borda. A mesa de Poseidon estava vazia como sempre, pois Tyson voltara para o mar ajudar o pai nas forjas submarinas.

Sentia uma vontade imensa de lutar contra Jason novamente, talvez o único semideus que ele estivesse a sua altura. Annabeth sempre fica emburrada quando ele diz isso. Mimimis do tipo “Não podemos mais lutar entre nós, Percy!” ,ou “Se machucar em vão?! E se alguém morrer?”. Mas Percy não dava bola para isso. Tanto ele quanto Jason ficam muito empolgados quando lutam.

Sempre acabam disputando a final na Copa de Roma, uma competição de combate entre os semideuses, em que era proibido somente finalizar o oponente, que acontecia no recém-construído Coliseu em Nova Roma. Ganha quem esgotar primeiro as forças do outro. Mortes quase nunca aconteciam.

A última vez que lutaram foi tão épica que parece até surreal. Mais de quinhentos semideuses, e até mesmo alguns deuses, como Nêmesis, Ares, Plutão (sim, agora assumir a forma romana ou a grega não dava mais esquizofrenia nos deuses) e Vulcano assistiam.

Percy saiu pelo portão oeste e Jason pelo portão leste. O lugar era bem parecido com o Coliseu original, mas estava novo, e tinha vários detalhes em ouro imperial. Os dois caminham para o centro da arena. O garoto, que parecia o Superman loiro, era uns quatro centímetros mais alto que Percy, tinha olhos azuis, e também um pouco mais musculoso.

Mas Percy não perdia em mais nada para ele. Ambos eram excelentes esgrimistas. Ambos lutaram contra milhões de monstros, anjos, demônios, deuses e até titãs. E estão vivos e perfeitamente inteiros.

O árbitro, Baco, olha para os olhos de um, depois para os do outro. Eles assumem postura de início de combate. Baco dá dois passos para trás, e brada:

– Que a final comece!

Fogos verdes saem de canos instalados no chão, perto das paredes da arena. Jason levanta a espada, e o céu retumba. Um raio é invocado do céu claro da manhã, ricocheteia na espada de ouro imperial do garoto e dispara na direção de Percy. Ele porém, já conhecia essa tática, pois assistiu outras lutas do romano.

Colocando a espada em diagonal, como se estivesse se protegendo, o grego invoca um círculo de mais ou menos sessenta centímetros de raio, o que faz um escudo feito de água. O raio se choca contra o escudo e se dissipa, junto com um pouco de água que evaporou.

– Onde aprendeu essa, Capitão Água Salgada? – Jason o provoca.

– Isso? – Percy tira sarro. – Isso é só um truquezinho….

Jason avança. Percy conta o tempo de seu corpo, e dá um passo para o lado. Levanta Contracorrente e tenta partir a espada de ouro de Jason no meio, mas Jason espera por isso. Assumiu postura defensiva e repeliu o ataque de Percy.

A luta estava bem parelha, os dois lados constantemente trocando de posição e se avaliando. A torcida vibrava, e os deuses aplaudiam toda vez que eles trocavam golpes. Essa prometia ser a luta do século.

A distância entre eles era de mais ou menos cinquenta metros, porque eles afastaram-se, sempre olhando nos olhos do outro.

De repente o filho de Poseidon dá um grito de poder. O solo perto de Jackson rachou com um terremoto. Fissuras circulares que tinham ele como centro rasgaram o chão, e água escorreu delas, como se fossem gêiseres.

– Coisa boa… – ele murmura.

Então ele ordena para que toda a água se junte em um grande bloco. Depois ele desmancha o bloco em uma direção, a de Jason Grace, como se tivesse invocado um tsunami contra o filho de Júpiter. Sem perder a oportunidade, Percy corre por cima da água, como se andasse por terra normal.

– A partir de hoje, me chame de Moisés! – Jason grita em desafio.

Ele crava sua espada de ouro no chão, e ventos fortes começam a soprar de suas costas. O vento sopra em uma forma cônica apontada para a onda gigante. Quando a onda tenta quebrar em Grace, a forma do vento a perfura e a água desvia para os lados, sem atingi-lo.

– Abriu meu mar! – reclama Percy.

O garoto então pula da onda e ataca Jason do alto, baixando sua espada num golpe que dividiria seu crânio no meio. Mas Jason foi rápido, brandiu sua espada, rolou pro lado e instantaneamente atacou Percy em sua lateral. No entanto, Percy também estava atento e facilmente aparou o golpe de Jason.

Percy simula atacar a esquerda de Jason, e Jason rapidamente arma a defesa daquela parte, deixando a direita desprotegida. Num movimento mais rápido ainda, Percy golpeia o tronco de Jason, mas a espada é repelida pela armadura dourada do legionário.

Jason enfurecera-se. Como alguém podia tê-lo fintado? Ele levanta a palma de uma mão. Com um gesto, um tornado surge onde Percy estava, fazendo-o perder o equilíbrio e cair de bunda no chão.

O semideus romano então concentra-se no ponto ao lado do grego, que está caído no chão e indefeso. Sente o corpo ficando sem peso, leve, e, mais rápido que um piscar de olhos, lá está ele, com a espada a cinco centímetros da garganta de Percy.

–Eu venci. O ouro é meu!

– Eu ainda estou aquecendo… – responde Percy, a face debochada…

Ele então fica azulado, e seu corpo se transforma em água. Os espectadores vibram muito com essa recuperação.

– Totalmente desbalanceado, Jackson… – Jason ri.

Você pode se teleportar, e se eu me transformo numa poça de água é injusto? Percy também dá uma risada. Como poças de água normalmente não tem boca, a voz dele sai pelo chão, e provoca ondinhas na superfície dela. O que era muito estranho de se ver.

Percy escorre para longe, e se recompõe.

– Se transformar em uma poça salvou a vida dele… – comenta Plutão, do camarote do coliseu.

– Nah! – reclama Ares – Jason, porque não matou ele?!

– É proibido matar nesta competição. – Baco olha para Ares, eles trocam olhares desafiadores, e então Baco se concentra novamente na luta.

– Proibido matar?! – Ares fica indignado – Que espécie de competição é essa?

– Se um semideus romano matar um grego, ou vice-versa, a balança entre nossas personalidades vai ficar desequilibrada. – explica Nêmesis. – Gosto de batalhas quanto qualquer outra pessoa, mas o equilíbrio é mais importante. Nós já dissemos isso no Conselho, Ares!

– Faz total sentido. – Vulcano concorda – Zeus foi claro quando disse que nenhum semideus deve morrer nas mãos de outro semideus. E aqui ninguém pode morrer, se não podemos até começar uma guerra civil. Ah, aquelas dores de cabeça são muito irritantes…

– Nem me fale. – Ares se transforma na sua versão romana, Marte. Mas não parece incomodado. – Aquilo era tortura, deveria ser reservado só para as almas nos Campos de Punições.

– Há, é verdade – diz Hades, que se transformou de Plutão. Ele então chama uma ninfa que estava passando por perto. – Ei, belezinha, me traga um pouco de néctar…

Enquanto os deuses riam, comiam, bebiam e assistiam, Percy e Jason estavam tentando furiosamente passar pelas defesas um do outro, sem sucesso.

O filho de Júpiter tentou atacar Percy com raios outras duas vezes, mas ele estava esperto e conseguiu defender os ataques com seu escudo de água.

O filho de Poseidon também tentou atacá-lo, transformando Contracorrente em uma mangueira de alta pressão e invocando jatos de água ultraintensos para pegá-lo. Mas Jason desviou de todos.

Percy então invocou seres feitos de água para ajudar na batalha, mas Jason conseguiu fazer o mesmo com o ar. Antes uma batalha um contra um, agora era exército contra exército, água contra ar, Grécia contra Roma. Isso estava carregando o ar na arquibancada. Todos sabiam, mas ninguém ousava dizer.

Os dois, agora cansados, pararam de tentar um ao outro e começaram a se analisar. O segundo round estava prestes a começar quando um vento sombrio passou pela arena.

Eles pararam imediatamente. Todos ficaram apreensivos. Percy e Jason tiveram uma conversa entre olhares, que foi mais ou menos isso:

Grace, o que está aprontando?

Eu não invoquei esse vento, Jack. Não tem graça nenhuma.

– Baco, Hades, Vulcano, Marte, Nêmesis, Quíron… – Percy dirigiu-se a eles sem nenhuma cortesia, talvez por que não goste, talvez por que considere-os íntimos. – Sabem o que é isso?

Murmurinhos passam na arquibancada. A maioria acha que isso é um truque de Jason. Essa maioria não inclui Annabeth, Piper, Hazel, Frank e Leo. Eles são bem mais chegados de Jason e conhecem o seu poder. Sabem que algo não está certo.

Os próprios deuses pareciam não saber do que se trata. Hades agia como se estivesse descobrindo um novo tipo de alma fugitiva, e Vulcano como se acabasse de encontrar uma nova peça para uma de suas máquinas, mas uma peça muito instável e perigosa. Era uma mistura de curiosidade com receio.

Só Quíron parecia saber de algo. Ele disse aos outros deuses, baixinho, mas todos ouviram:

– Ah, essa é uma ótima oportunidade para dizer o que eu queria….

– Isso é perigoso? – perguntou Marte, esperançoso.

– Não dá pra saber. Pode ser um aliado forte, ou um grande inimigo do Olimpo.

A ventania se adensa no centro do coliseu. Um mini-furacão de ar escuro começa a rodopiar, e ficar cada vez mais negro. Pontos e manchas brancas, azuis, amarelas e vermelhas dançam no furacão, como se ele não fosse simplesmente uma ventania, mas algo parecido com o céu estrelado. Algo muito belo, muito antigo e não necessariamente amigável…

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Estou com mais capítulos no bolso, guardadinhos. Mas eu quero saber uma coisa de vocês: Vocês preferem capítulos mais longos, tipo esse, ou mais curtinhos?


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