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História Os Mestres da Guerra - LEO --- Leo morre? De novo?


Escrita por: CapivaraDoBem

Capítulo 6 - LEO --- Leo morre? De novo?


Leo se sentiu observado assim que o semideus novo, Cristopher, apareceu do nada sentado no galho de uma figueira, próxima a ele. Esse cara parecia Nico, só que um milhão de vezes mais poderoso. Mesmo assim, Leo sentia que ele, na verdade, só quer amigos. Isso está tão claro quanto o dia. Quer dizer, manhãs normais não ficam com o céu estrelado em questão de cinco segundos. Aquilo foi uma novidade…

Ele estava finalizando o sistema de som do Baile. Os romanos tinham um salão social ideal para esse tipo de evento, mas decidiram por fazer ao ar livre, este ano. Também não sabia o por quê, mas não se importava muito. O negócio era fazer os sistemas perfeitamente, e a festa seria um sucesso naturalmente.

O bom é que Leo nem precisava se preocupar sobre o que vestir amanhã. Calipso arranjara um elegante paletó Oxford preto, de corte italiano, uma calça preta social, uma camisa branca e uma gravata vermelha. Ela tinha bordado umas chamas na gravata, o que pareceu quebrar o estilo formal, mas ainda ficou ao estilo Leo Para Uma Reunião De Negócios.

Ele ainda não sabia com qual vestido Calipso iria para a festa, mas sabia que isso não era tão importante. Ela fica linda em qualquer roupa, em qualquer ocasião.

Trabalhar como técnico-chefe era a tarefa certa para Leo. Ele sabia tudo o que deveria fazer, mesmo sem pensar muito. Ia no automático, suas mãos mexendo, consertando, aparafusando, engraxando e instalando dispositivos e engenhocas que ajudariam a festa a ser um arraso total. Iluminação, som, pirotecnia, e outras surpresinhas eram as principais habilidades dele.

Leo conectava os cabos de som no sistema central, mas um pouco incomodado, pois Cristopher olhava para toda a paisagem, aparentemente sem entender muito, mas eventualmente para ele também. E ficava nervoso só de saber que um semideus tão poderoso que, provavelmente poderia matar todos aqueles monstros enviados por Gaia sozinho, o olhava. Ele poderia ser desintegrado assim, a qualquer momento.

Finalmente o filho do Caos decidiu descer da árvore e ir conversar. Vestia uma calça jeans simples, uma camiseta roxa justa, ressaltando seus músculos abdominais altamente desenvolvidos e os bíceps quase tão grossos quanto um poste, o rosto barbado e os cabelos negros penteados para o lado. Os fios cinzas em seu cabelo davam um ar de autoridade e respeito, como se ele fosse um importante político, embora tivesse apenas vinte anos de idade. O caminhar era suave, mas imponente, como se tentasse disfarçar todo o poder que tinha, mas sem sucesso.

Poderia se passar por um soldado musculoso comum se não fossem pelos seus olhos completamente negros. Completamente não. Se olhasse bem atentamente, alguns pontos e faixas de cores diferentes os faziam parecer com aquelas imagens que os telescópios tiram do espaço. Sério, o pai desse cara tinha algum problema com o Universo, pois tudo nele lembra o espaço sideral. Ah é, né, o pai dele é o Universo. Mero detalhe…

A única coisa que fazia Leo não sair correndo daquele cara era o seu jeito brincalhão de ser. Do contrário, ele seria muito assustador. Aquele sorriso divertido, as piadas, a sinceridade e a vontade óbvia dele de fazer amigos fazia-o criar uma certa afeição pelo cara.

A namorada dele (o nome dela era Gaby? Ga alguma coisa. Ah, Gabriela…) o acompanhou. Ela vestia a mesma roupa, uma calça jeans simples e uma camisa roxa. O seu cabelo loiro estava arrumado em um rabo de cavalo. Os traços delicados faziam ele se lembrar de Calipso, embora Calipso fosse mais bonita. Mas Gabriela não perdia por muito...

 

– Leo? – Cristopher chamou – Oi! Hã, o que está fazendo?

 

– Opa, tudo bem? – Leo os cumprimenta, ainda olhando para o controle central – Estou acabando de plugar os cabos aqui… É parte do meu trabalho.

 

– Trabalho? Esses fios são alguma espécie de controle. Vai rolar uma festa aqui? – ele pergunta.

 

Bonito, forte, poderoso e inteligente. É bom anotar isso…

 

– O Baile das Calendas. Nós comemoramos o dia primeiro de Julho todo ano, num baile formalíssimo, em casais. Até os deuses aparecem para comemorar, de tão importante que é. Todo mundo vai.

 

– Festa? Não lembro de termos ido para muitas. Mas parece algo legal. Onde nos inscrevemos? – Gabriela pergunta

 

– Ninguém os convidou? – Leo fica um pouco irritado, e acaba errando o cabo no buraco. Por sorte, ele não quebrou. Ele bufa. – Eu os convido então. Cristopher, hã...

 

– Cristopher Vasconcellos. – ele diz seu nome completo. – E Gabriela von Erde.

 

– Cristopher Vasconcellos, você e sua namorada, Gabriela von Erde, estão oficialmente convidados para o Baile das Calendas, de início dia primeiro de Julho, às dez horas da noite, aqui nesse lugar mesmo, que é chamado de Praça da Figueira. Vocês devem trajar uma roupa formal. Comes e bebes estão liberados a noite toda, como toda festa de respeito. E, se comportem…

 

Os três explodem em gargalhadas depois dessa última frase. Depois de um silêncio longo, o filho do Caos desabafa:

 

– Valeu, cara. De verdade, você é uma das pessoas mais legais aqui. As pessoas sempre me hostilizaram por causa do meu pai. Se afastavam de mim por que supostamente eu poderia matá-las sem querer. Não entendem que eu só quero fazer amigos, ter uma comunidade pela qual defender. Eu não suporto ficar sozinho. Sou muito grato a Gabriela por ficar ao meu lado. Ela sempre me defendeu. E agora você… – ele fica emocionado enquanto fala.

 

– Nossa, obrigado. – o elogio pegou Leo de surpresa. – Eu n-não sabia… Vou dizer para os outros que você é uma pessoa boa, que está aqui em busca de uma família. E-eu, nossa… Pode contar comigo.

 

– Elas também acham meus olhos muito estranhos… – ele comenta, e dá uma longa risada depois. Leo o acompanha. – Hã, só mais uma pergunta. Onde arranjamos uma roupa legal para ir?

 

– Ah, vocês pode falar com Annabeth ou Calipso. As duas têm uma loja de roupas desse estilo, e algumas outras também. Mas elas nem vão cobrar tão caro assim, e você ainda pode pedir para ela personalizar a gravata. O vestido pra Gabriela também. Elas fazem trabalhos bem bonitos. A cidade não é tão grande, não se preocupem que vocês não vão se perder. Tem uma avenida cheia de lojas, mais ou menos no centro da cidade. A loja delas fica lá. E aproveitem para dar um passeio na cidade… – Leo se sente como um guia. Mas gosta de ajudá-los, e sente que rapidinho eles vão se sentir em casa.

 

Gabriela dá um beijinho fraterno no rosto de Leo, o que o deixa muito surpreso. Ela diz:

 

– Leo, muito obrigada por tudo. Nós estamos muito felizes com essa cidade, e com a recepção tão amigável sua. Valeu mesmo!

 

O cheiro dela, de terra recém-mexida, fica gravado na sua memória. Essa menina é muito parecida com Calipso. Leo fica nervoso por um segundo.

Os dois passeiam de mãos dadas pela cidade. Cris para e se concentra um pouco, mas Gabriela aperta sua mão e fala algo como “Nem pense nisso!”. Os dois riem muito, e o clima fica pacífico. De vez em quando, ela aponta para algumas construções, e ele assente. Parecem gostar da cidade.

Ah, esses dois. Leo questionava-se a todo momento sobre a semelhança dele com o filho do Caos. Ambos estão sempre a procura de uma família, uma comunidade. Ambos ficaram isolados, e ambos compartilham o mesmo jeito de sair dos perigos: o humor. Mas Leo acha que os perigos são no mínimo menores se você é tão poderoso quanto a Mãe Terra.

E Gabriela é do mesmo tipo “mão na massa” que Calipso. Esse é um dos pontos fracos dele. E, é claro, de ela ser tão poderosa quanto um Titã, bonita, e totalmente inacessível. Esse é outro ponto fraco dele. Mas ele não colocaria a mão no fogo por ela. Quer dizer, ele literalmente pode fazer isso sem incômodo nenhum, mas no sentido figurado, não.

Claro, ela parece ser gente boa, mas ela é filha de Gaia, aquela deusa chata que deu muitos problemas a um ano atrás. É incrível como os semideuses se recuperaram da tragédia. E isso tirava alguns pontos dela com Leo.

Com todos esses pensamentos voando pela sua cabeça, Leo acaba seus trabalhos. Tudo que precisa fazer agora é relaxar, e esperar até amanhã à noite. Como hoje é sábado, talvez ele assista a alguma corrida de bigas de tarde, para não ficar sem nada para fazer.

Espere… von Erde? Isso é alemão? Leo fica curioso, pega um dispositivo parecido com um celular no bolso de seu cinto de ferramentas mágico. Andando em direção a pista de corrida de bigas, ele faz uma pesquisa rápida no Google. De rápido, na verdade, a pesquisa não tem nada: a cobertura de internet dos romanos é horrível.

Ele procura a tradução do sobrenome na Internet. Antes de completar a pesquisa, porém, sente um calafrio. Lentamente, ele se vira, apenas para ver cinco Nascidos da Terra a alguns metros dele, com pedras malignamente afiadas em cada uma das suas seis mãos, prontos para arremessar nele.

Quíron avisara: usar a internet era muito perigoso para semideuses. Atraía monstros, que normalmente não avisavam antes de aparecer. E matavam os pobres semideuses, sem avisar também. Leo seria vítima disso também. Mas, antes mesmo dele poder incendiar suas mãos, os monstros atiram suas pedras.

 

 

 

 

 


Notas Finais


Estou sentindo falta de vcs...


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