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História Os Mestres da Guerra - ATENA --- Os aliados mais inesperados


Escrita por: CapivaraDoBem

Capítulo 14 - ATENA --- Os aliados mais inesperados


Depois de ter visto um imortal sendo assassinado por um semideus, Atena pensou que não havia mais nada para ser visto nesse mundo. Estava enganada, claro.

O corpo do titã parecia se mexer sozinho. Nenhum ataque o acertava. Nenhuma espada o atingia. Até mesmo uma bola de fogo conjurada de seu próprio exército de monstros, que por acaso o acertaria, foi desviada.

Mas ele tampouco conseguia acertar os golpes. Atacava e errava. Atacava e errava. Percy e Jason fizeram um ótimo trabalho atrasando-o, mas estavam cansando.

Jason se teletransportou para as costas do titã. Tentou enfiar a espada no seu pescoço, mas Coio deu uma cambalhota e o esmagou no chão.

Atena precisava criar uma abertura, rapidamente. Usando sua faca, ela atacou o titã rápida e perigosamente. Só que o titã desviava rapidamente, de tudo. Era impossível pegá-lo. Tinham que imobilizar ele primeiro.

 

– Jason! – ela chamou, e olhou em seus olhos. Ela só podia torcer para que o garoto tivesse entendido.

 

Ele entendeu. Controlando os ventos, ele criou uma corda de ar, e enlaçou Coio pelos tornozelos. Percy rapidamente o derrubou e prendeu suas mãos. Só restaria agora para Atena finalizá-lo, a moda antiga.

Ela montou em cima do titã e ergueu a faca, apontando para seu coração.

 

– A armadura é indestrutível! Você não pode acabar comigo! – ele disse.

 

– Vamos descobrir. – e desceu a faca.

 

Atena tinha apostado em um blefe. Mas não. De fato, um encantamento fez a sua arma ricochetear inofensivamente. Ela precisaria de um ponto fraco naquele feitiço, para finalizá-lo. Ou de um suposto semideus, filho do Caos, capaz de desintegrar aquilo, o que não era uma opção no momento.

Coio ficou furioso, bradou e rompeu as cordas aéreas de Jason. Com um movimento de catapulta, arremessou Percy a muitos metros de distância. Sua filha, Annabeth, não tinha visto. Ainda bem, ela se desconcentraria e poderia acabar se ferindo.

A batalha estava praticamente perdida. Mesmo dois dos melhores semideuses do seu tempo, além de uma deusa, não seriam capazes de derrotar um titã invulnerável. E lentamente os monstros estavam subjugando a legião.

Como Deusa da Guerra e da Estratégia, ela deveria ter algum plano brilhante. Deveria pensar em alguma estratégia para esmagar de vez com essa ofensiva. Mas, pela primeira vez em sua longa vida, sua cabeça a traiu. Não conseguia pensar em nada. Isso é simplesmente desesperador.

Ela continuava a procurar um ponto fraco na armadura do titã. Só que já tinha atacado todos os pontos dela, e nada. E o corpo dele desviava sozinho dos ataques em pontos não cobertos. Impossível. Com Cristopher nauseado e exausto, pela cansativa tarefa de ter desintegrado Atlas, não havia ninguém capaz de penetrar naquilo.

Era o que Atena achava. Estava errada novamente.

Mas não sabia se ficava grata por ter sido salva, ou ofendida consigo mesma e com o Universo, por ser incapaz de solucionar aquele problema.

Ao longe, trombetas soaram novamente. Dessa vez, porém, os monstros ficaram perplexos. Não sabiam quem poderia vir. Nem os deuses.

Ou seja, um terceiro time se juntaria à batalha.

 

TITÃS, AVANTE! – uma voz poderosa preencheu o campo de batalha. Quando ouviu isso, Atena percebeu que estavam todos perdidos. Já seriam esmagados, agora com reforços para o outro lado, estavam simplesmente mortos.

 

VOCÊ GRITOU ERRADO! – uma voz feminina corrige a primeira. – É AVANTE, SEMITITÃS!

 

Atena sentiu como se tivesse caído naquelas pegadinhas idiotas daquele apresentador de TV brasileira, o Sílvio Santos. É, ele mesmo. As Pegadinhas Lendárias do Sílvio Santos, ao vivo, com a Deusa Grega da Sabedoria. Ela deu uma boa risada.

Quatro bigas estavam sendo puxadas por dois cavalos cada. Os cavalos eram comuns, o que a surpreendeu. Pareciam super normais. Espere, não. Olhando com mais atenção, Atena percebeu que eles pareciam reagir a algum elemento.

Os dois cavalos de uma as bigas eram negros, suas crinas cintilavam como as estrelas. Claro que isso não a surpreendeu, deduziu que os cavalos pertenciam a Cristopher ou tinham alguma relação com ele.

Outros dois cavalos criavam um discreto rastro de lama onde passavam, como se água brotasse de seus cascos. Outros ainda pareciam emitir luz, como um Sol. E o sétimo e oitavo cavalos eram normais. Atena tinha certeza sobre eles.

 

 

As bigas eram padronizadas. Feitas com um metal meio escuro, meio roxo, muito parecidas com o metal da armadura de Cristopher, mas sem a parte do Universo. Não ver estrelas deixou Atena um pouco mais aliviada, já estava enchendo o saco.

As rodas, os eixos, e alguns detalhes eram feitos em ouro imperial. Ao lado de cada uma das bigas estava uma intricada foice de ouro, com uma gema no ponto em que o cabo encontra a lâmina. Seria uma inscrição intimidadora, mas é muito linda. Extremamente linda.

Em cada uma das bigas, cinco semi… semititãs? Enfim, cada um deles portando uma arma mais esquisita e diferente que a outra. Uma menina latina, alta e razoavelmente forte, portava uma foice, parecidíssima do a de Cronos. Outro lutava com duas cimitarras malignamente curvas. Atena quase imaginou sangue gotejando daquelas armas.

 

COIO, VOCÊ É HORRÍVEL! ATLAS JÁ MORREU? OU ESTÁ COM MEDO? – um garoto de mais ou menos dezessete anos provocava-os de uma das bigas. Atena imediatamente reconheceu que ele tinha poderes sobre a mente, pois influenciava os monstros menos inteligentes.

 

Aliados. Uma bênção. Um milagre. Tudo que ela precisava, justo no momento certo. Seriam salvos de morrer nas mãos de dois titãs e seu exército justamente por seus filhos. Que contraditório. Mas Atena não reclamou.

Os vinte semititãs desceram das suas bigas, e partiram para o ataque. A maioria foi ajudar a legião a combater os monstros, mas alguns, que Atena sentiu ter mais poder, se juntaram a Percy, Jason e Atena. Um menino de armadura e espada douradas, brilhantes como o Sol, e uma menina com armadura e espada prateadas, refletindo a luz da Lua.

 

– Senhora. – o garoto olhou para ela. – Será uma honra lutar ao seu lado.

 

– Igualmente. – ela retribui. – Posso saber o nome dos que desejam lutar comigo?

 

– Sou Homer, filho de Hipérion. – o menino da armadura dourada respondeu. – Ela é Jennifer, filha de Jápeto.

 

– Espere. – Percy interrompe-os. Parecia muito abalado. – Filha de Jápeto?

 

– Isso mesmo. Te surpreende o fato de eu ser filha de um titã? – ela o pressiona levemente com o olhar.

 

 

– Não é isso. É que Jápeto, Bob… – Percy está mesmo muito abalado – Eu te falo depois. É uma longa história.

 

A menina olhou para ele com certa estranheza. Os dois semititãs se entreolharam, e avançaram contra Coio, o que deixou Atena e os outros sem muita alternativa a não ser lutar também.

Os golpes de Homer e Jennifer não pareciam penetrar o encantamento da armadura de Coio. Mesmo assim, as lâminas pareciam sugar a magia que a sustentava. Aos poucos, as espadas dos cinco chegavam mais e mais perto de atingi-lo.

A dupla lutava com se tivessem nascido pra isso. Atacavam pelos flancos, forçando o titã a concentrar suas defesas em apenas um deles, enquanto o outro tinha relativa liberdade para explorar a retaguarda do inimigo.

Jennifer tentou uma estocada. No momento em que Coio recuou, Homer levantou sua espada e a enterrou na região esquerda do titã, logo abaixo do braço. O campo de força tremeluziu e rachou perto do golpe. Depois foi lentamente se estilhaçando. O escudo mágico fora quebrado.

Ao ver isso, Percy e Jason instantaneamente bradaram e avançaram no titã. Atena atacou com força renovada. Homer e Jennifer colocaram mais pressão ainda em Coio. Até o momento em que o titã dá um giro enlouquecido com sua espada dentada. Desavisados por lutar tão ofensivamente, os semititãs acabam por receber golpes possivelmente fatais.

Mais dois feridos! Atena começava a perceber o por quê de, aparentemente, os semititãs terem um desempenho melhor que a legião e os deuses nessa batalha. Os filhos dos renegados lutam extremamente agressivos. Mais até que os gregos. Não dão espaço algum para o inimigo. Mas são facilmente derrubados por um contra-ataque estratégico.

Apolo rapidamente se teleportou para lá, pegou os corpos dos feridos e teleportou-se novamente para o centro médico da cidade de Nova Roma.

Coio recuperou-se. O escudo mágico que tinha perdido na batalha voltou a se regenerar. Ele provocou:

 

– Viram? É impossível me matar. A sua causa está perdida, Atena. Avise aos outros deuses, antes de perecer. O mais poderoso inimigo de toda a existência está furioso com vocês. A morte de Gaia foi o insulto final. Ele pode nos recriar quando quiser!

 

Atena ficou curiosa:

 

– Ele quem?

 

– Não se importe muito, pequena deusa. Não chegará a conhe...

 

 

Um brado furioso se ergue da cidade, interrompendo-o. Os instintos de Atena lhe diziam “FUJA, SUA IDIOTA!!!”, mas ela forçou-se a permanecer. A cidade tremeu e rangeu por um poderoso tremor de terra. Os monstros se abalaram de medo. Coio ficou receoso e nervoso. A mesma coisa aconteceu com a legião, os deuses e semititãs. Todos pareciam intimidados.

Apolo surgiu perto dela. Parecia extremamente amedrontado. Qualquer coisa que faça um deus como Apolo ficar com medo é digno do temor de todos os guerreiros, pensou Atena.

 

– Ele quase me matou só com o olhar! – Apolo fala, desesperado. – Estamos todos perdidos!



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