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História Os Mestres da Guerra - TAYLOR -- As coisas dão errado


Escrita por: CapivaraDoBem

Capítulo 47 - TAYLOR -- As coisas dão errado


– Nós precisamos de um acordo. – Piper pede, com esforço. – Nós precisamos do núcleo da Terra, urgentemente.

 

Piper tentaria a conversa. O combate contra Andromedium não era uma opção.

 

– Tentando me barganhar? Saibam que eu quero muito este objeto. O valor será alto. – Andromedium acusa – O que vocês têm a oferecer?

 

– Serviremos ao senhor, Andromedium. – Cristopher se oferece. Ele tira o capacete e põe o machado no chão, em um gesto simbólico. – Uma missão, de qualquer nível, que deverá ser concluída, sob quaisquer circunstâncias.

 

– Se não… – Andromedium continua.

 

– A Terra é do senhor. – Gabriela oferece.

 

– Façam o Juramento Celeste – Andromedium exige. A mão dele aperta o núcleo.

 

– Como assim? – Cristopher fica confuso.

 

– O Juramento Celeste é uma forma de garantia entre as partes de que ambas vão cumprir o acordo. – Finis explica. – É um dos rituais mais sagrados do Universo. Quando alguém faz o Juramento, ele invoca a presença de um dos Deuses da Existência, que acompanham o ritual minuciosamente.

 

– Se eu descumprir o acordo?

 

– Você automaticamente perde todos os seus poderes e é enviado para a tortura eterna, acorrentado dentro de uma singularidade. Isso vale mesmo se você estiver em outro planeta, galáxia ou dimensão. Esse feitiço não é bloqueável, mesmo Energia da Criação não pode evitá-lo. Se você errar o ritual, o Deus da Existência é obrigado a te matar.

 

– É o equivalente universal do juramento pelo rio Estige?

 

– Exatamente. – Finis concorda. – Mas você pode desistir do Juramento no meio de ritual. Sem nenhuma consequência.

 

A Deusa da Destruição ensina os passos, gestos e palavras ao grupo de deuses. Andromedium acompanhava, entediado. Ele deveria ser experiente com esse tipo de coisa. Finis fez sozinha, uma vez, para mostrá-los como seria. Lembrando: se eles errarem a dança, eles morrem.

 

– Me sinto como se estivesse dançando rap no Antigo Egito. – Taylor comenta.

 

Eles começaram. Taylor, Cristopher, Gabriela, Annabeth, Piper, Carla e Andromedium deram, juntos, o primeiro passo. Finis invocou um tapete de luz rosa para que eles dançassem sobre. Todos iam acertando, até que Piper caiu e abraçou a barriga.

 

– Argh! – ela geme. Algo se remexeu violentamente dentro dela.

 

A cena seguinte foi uma das mais horrendas da vida de Taylor. Um inchaço imenso se formou na altura do umbigo de Piper, e ficou vascularizado rapidamente. As veias saltaram e se romperam, soltando, em vez de icor, o sangue dos deuses, um líquido escuro e pegajoso, como se fosse petróleo.

E então as coisas foram se rompendo. O útero dela cedeu, e a larva ficou livre para rasgar os seus músculos abdominais. Depois o inchaço arrebentou, e explodiu pus por dentro do corpo de Piper. Por último a sua pele, que demorou para ceder.

Enquanto era perfurada de dentro para fora, Piper desmaiou de dor. Todos interromperam o ritual quando a cabeça da larva saiu do corpo da sua involuntária gestante.

A larva era uma pequena cobra, curta, porém robusta, devia ter uns vinte centímetros de diâmetro. Ela era toda negra, decorada em alguns pontos com pequenas manchas coloridas, que pareciam estrelas. Na região da cabeça ela possuía uma juba de espinhos negros com pontas douradas, como se fosse uma coroa. Estava envolta numa membrana vermelha quase transparente com manchas negras, os restos do corpo de Piper, mas tão logo nasceu e se jogou para fora de sua progenitora, incinerou esses restos. O ser possuía grandes olhos amarelos. Era algo bonito e majestoso. Parecia um basilisco, na versão celestial.

Quando a larva tocou o chão, Piper acorda. A primeira coisa que fez foi levantar o tronco, fraca, e observar o rombo em sua barriga. Ela estende uma mão para Annabeth.

 

– Piper! – Annabeth chora, e pega sua mão.

 

– Desculpe, Annie. Desculpe a todos. Eu não consegui resistir.

 

Ela se decompõe em pó dourado e lágrimas.

 

– Está vivo. – Finis anuncia. – Estamos todos perdidos.

 

Andromedium faz menção de partir com o núcleo da Terra, já que suas reivindicações não foram atendidas. A larva-basilisco percebe esse movimento e dispara sua língua pegajosa contra o galactus, tentando enrolar na sua canela. Com um reflexo rápido, Andromedium brande seu sabre e corta a língua do monstro, que cai no chão e apodrece rapidamente. O basilisco fica furioso, contrai o dorso e salta para cima do deus.

O Deus de Andrômeda tenta uma estocada na larva, mas a larva simplesmente engole o sabre do deus, e cospe um fogo negro mágico para ele. Acidentalmente, o deus derruba o núcleo, que sai quicando feito uma bola de tênis. Cristopher se teleporta e agarra o objeto.

 

– Saia do meu pé, Khyn’kai! – ele grita – Tem outros alvos mais indefesos para você ali!

 

A larva responde com mais uma baforada, e avança na mão de Andromedium. Ao abocanhar a mão direita do deus, ele é sugado para dentro da larva, que se abre para recebê-lo. Andromedium tenta agarrar os objetos ao seu redor para não ser sugado, mas é incapaz de resistir ao apetite voraz da larva, e acaba engolido.

Depois, a larva volta-se a Taylor e seus amigos. A larva contraiu seu dorso e ficou em pé em seu rabo. Quatro pequenas saliências surgiram em seu corpo e cresceram, se transformando em membros. A juba de espinhos se retraiu, e em vez disso uma crista negra cresceu na cabeça da larva, que tomava forma humana.

Depois de tomar forma corporal exata de um galactus, a larva foi assumindo as características peculiares de Andromedium. A pele das pernas progressivamente foi saindo do corpo e se transformando em pó estelar negro, de fora para dentro. Nos seus pés, a mesma bota, mas negra e com dois riscos dourados horizontais na altura do tornozelo. No peito, o mesmo peitoral, só que negro, e as ombreiras tinham espinhos dourados. Os mesmos traços faciais, tudo exatamente idêntico, à exceção das cores.

Quando Andromedium-larva abre os olhos, eles são inteiramente amarelos. Ele mexe a boca para falar, mas a voz não sai dele, e sim do próprio ambiente.

 

– Finalmente! – ele flexiona os dedos. – Um corpo apropriado. Odiei aquele basilisco.

 

– Então é assim que funciona… – Cristopher analisa.

 

– Acho que vocês já me conheceram da experiência passada. – a voz de Andromedium-larva era muito mais gutural e antiga do que a do Andromedium normal. Era impossível saber se ele falava da luta contra Andromedium ou contra seus amigos, quando foram possuídos por Khyn’kai. – Podem me chamar de Andromedium’kai.

 

Enquanto Andromedium’kai se apresentava e tentava intimidá-los, Taylor tentava recuperar desesperadamente as informações que ouvira antes de descer para o Tártaro. Tentou reunir tudo, mas sem sucesso algum. Só lembrou de Finis dizendo que Khyn’kai se tornaria um problema universal se houvesse uma guerra de galacti.

Cristopher analisava minuciosamente como o ser vivo a frente deles funcionava. Seu rosto se iluminou, o que pareceu uma boa notícia. Taylor um segundo mais tarde descobriu que se enganara, a luz que iluminou seu amigo provinha da rala nuvem roxa orbitando seu peito, e indicando a forma estrelada 2.

 

– Repararam nas nuvens de poeira brilhante ligando Andromedium com as coisas?

 

– Sim. Aquilo é um fluxo de energia?

 

– Sim. Só a presença de Khyn’kai suga a energia do ambiente. Ele provavelmente deve ter muitas outras habilidades para roubar poder. Precisamos ficar espertos…

 

– Você está insinuando um combate?

 

– Pelo menos para tirá-lo daqui. Precisamos estabilizar a Terra. Eu já devolvi o núcleo, mas o planeta fica confuso enquanto ele está aqui.

 

– Cristopher, nós estamos em cinco. – Taylor o alerta. – Dez deuses morreram para que Tártaro fosse morto, e isso por que ele não morreu pelas nossas mãos! E você sugere lutar contra um demônio!

 

– Taylor, a Terra está em jogo. Nós temos pouco tempo até que ela…

 

– Até que ela…? – Taylor o força a completar a frase

 

– Exploda! – Cristopher grita, estressado. – Você não consegue sentir?! Se nós não expulsarmos Khyn’kai daqui agora, a Terra vai ficar instável demais e vai explodir!

 

Taylor desacreditou. A Terra era um planeta! Planetas são coisas grandes, poderosas, sólidas! Não é qualquer coisa que pode destruí-los!

Finis, porém, confirmou o que Cristopher dissera. Ela estendeu a delicada mão, fazendo um cinco com a mão. Cinco o quê?

 

– Vocês têm cinco minutos. – ela esclarece, com um ar sombrio – Ou então a Terra morre. E ninguém vai sobreviver a explosão, exceto eu e Khyn’kai. Estão entendendo? Toda a civilização humana está em jogo.

 

– Precisamos atacar com tudo. Um ataque em conjunto, devastador, imparável. – Cristopher começou a condensar poder. Ele tentaria atingir uma transformação ainda mais poderosa que a forma estrelada 2?!

 

– Cris, vamos tentar outra coisa. – Annabeth pede. – Vamos enfrentar Andromedium do jeito que o enfrentamos na última vez.

 

Cristopher entende o recado. Ele aparece com uma grossa pulseira de ouro, adornada com joias de seis cores diferentes, apareceu em seu pulso direito. Como se fosse um babador gigante, um colar no mesmo estilo apareceu em seu pescoço. Ele fecha o punho, e abre um sorriso no rosto.

 

– Um Aprendiz de Deus da Destruição, num planeta tão insignificante? – Andromedium’kai rosna. Talvez o corpo possuído não tivesse as mesmas lembranças do dono do corpo.

 

– Esse planeta significa tudo para mim. E nós daremos a vida para defendê-lo. – Cristopher responde, e levanta a mão direita. Com um estalo na própria alma, uma sensação de relaxamento seguido por um brusco susto, a joia vermelha se acende.

 

– Sim, daremos. – Cada um deles diz, e levantam o punho progressivamente. As outras joias se acendem.

 

Andromedium’kai fica sem paciência, e parte para cima. Ele cospe fogo negro em direção ao grupo. Na mesma hora, Taylor sente seu corpo se desmanchando. As ligações entre seus átomos ficam cada vez mais fracas, e eles mesmos ficam cada vez mais agitados. Ele sentia como se entrasse na fase gasosa involuntariamente. No entanto, não sente dor. Acontecia o mesmo com Annabeth, Carla e Gabriela

As chamas negras colidiriam com eles no exato instante em que Taylor sentiu seu corpo gasoso sendo puxado na direção de Cristopher. O puxão era completamente inevitável (Taylor mal conseguia controlar o corpo direito!).

Ao colidir com seu amigo, Taylor sentiu penetrar em sua pele, incorporar seus ossos, tensionar seus músculos, viajar na sua corrente sanguínea dourada, dividir espaço com as ralas nuvens roxas da forma estrelada 2, impulsionar ser sistema nervoso. Alguma parte do corpo de Taylor (ele não sabe qual) virou parte até de um raio roxo que foi emitido!

Taylor sentia com a pele de Cristopher, via com os olhos de Cristopher, cheirava com o nariz dele, ouvia com os seus ouvidos. Estar fundido era uma experiência completamente única.

 

– Oi, gente. – Cristopher se comunica mentalmente. – Vocês estão dentro do meu corpo agora. Cada um de vocês intensifica minhas contrações musculares, minhas respostas nervosas, a produção de energia das minhas células, tudo.

 

– Desvie! – Taylor comanda um impulso nervoso para a região da fala, instintivamente, enquanto contraiu os músculos de Cristopher, fazendo-o desviar dos jatos de fogo negro com um giro. – Gostei…

 

Eles partiram para cima. Annabeth administrava o metabolismo do Aprendiz de Deus da Destruição, comandava suas reações, e ainda focava em pontos críticos de Andromedium’kai. Carla desacelerava o tempo, Cristopher atacava com o braço esquerdo, Gabriela com o direito e Taylor desviava graciosamente de todos os ataques. Essa foi a organização deles no primeiro segundo de combate.

Depois aconteceu o caos. O cham’bio golpeou Andromedium’kai com o machado de Cristopher, mas ele aparou o golpe com o sabre (Como pode existir uma lâmina tão fina capaz de parar um golpe tão poderoso e pesado, Taylor se perguntou).

 

– Quanto poder… – Andromedium’kai se admira. Ele passa a língua entre os lábios, como alguém que estivesse na expectativa de saborear um delicioso prato.

 

O demônio curva o corpo para a frente e atira a língua na direção da cham’bio, num golpe rápido. Não havia tempo para brandir o machado e defender-se. O machado de guerra não permitia tanta manipulação de defesa, ao contrário do sabre de Andromedium, que facilitava o uso defensivo.

Taylor estava acostumado com lutas. Tinha muita experiência na área. Ele cogitou usar sua habilidade de luta, Visão do Assassino. Apenas em cogitar essa possibilidade, Carla usou seus poderes e criou um campo extremo de lentidão entorno de Andromedium’kai.

“Ganhei a abertura que eu queria”, ele pensou.

A visão da cham’bio ficou roxa, como se Cristopher tivesse posto um óculos com lentes roxas. Todos ficaram confusos por um instante, já que não estavam acostumados com essa cor, mas Taylor imediatamente lhes explicou o que acontecia.

Com essa visão, Taylor tinha acesso a todos os sinais vitais de Andromedium’kai. Ele conseguiu ver, como em um raio-X, o coração, o cérebro e mais um outro órgão que ficava na altura do peito do galactus. Taylor presumiu que esse outro órgão também fosse importante, pois, além de ter aparecido em sua Visão, era estrategicamente posicionado atrás do buraco negro que girava no peito do galactus. Esses órgãos eram destacados em sua visão como manchas vermelhas.

Manchas azuis apareceram atrás dos joelhos, na crista e na nuca de seu oponente. Significavam pontos de desequilíbrio e atordoamento.

Os átomos do filho de Tétis fizeram também o trabalho de deslocamento. Ele aprendeu como Cristopher controlava o seu corpo para teleportar-se. Se concentrou, e na hora exata, enquanto Andromedium’kai estava curvado para a frente, atirando a língua, ele deu um salto para cima, desviando do golpe, e se teleportou para trás do oponente.

Pegando-o completamente desprevenido, Cristopher aproveitou a oportunidade incrível que Taylor abrir para conectar um golpe devastador na nuca do Demônio. O machado da cham’bio acertou um campo de força de Energia da Criação, mas o golpe foi mais poderoso e penetrou no campo, mandando estilhaços brancos ao ar e decepando a cabeça. Um líquido preto esguichou alto do pescoço do deus, e sujou a lâmina de Vesúvio.

Para economizar energia, já que conter cinco almas em um só corpo era um processo muito caro, Annabeth fez Carla encerrar o seu campo de lentidão, e a Visão de Taylor. A cham’bio vê com as cores normais o corpo de Andromedium caindo ao chão com um rodopio e a cabeça rolando para longe. Dois segundos depois, uma fissura se abre do chão do Tártaro e engole a cabeça.

 

– Vamos, temos que sair daqui! – Cristopher apressa a cham’bio.

 

– Não podemos. A luta ainda não acabou. – Gabriela e Carla dizem em uníssono. Depois se estranham. – Como você sabe?

 

– Bem, eu consigo sentir o poder de Andromedium’kai ainda. – Gabriela responde.

 

– Eu consigo ver alguns segundos no futuro. – Carla revela. – Estou completamente à frente dos poderes do meu pai agora.

 

De fato. Poucos segundos mais tarde, a cabeça de Andromedium’kai foi cuspida da fissura, e caiu exatamente em cima do pescoço dele. Algumas fibras musculares cresceram, regenerando o ferimento.

Carla sentiu que um ataque viria na esquerda: uma estocada rápida, seguida de uma tentativa de cortar o braço. Gabriela preparou-se para o contra-ataque. O problema é que o que aconteceu foi diferente do que Carla previra.

Com um choque, a cham’bio foi perfurada na altura do peito, por trás. Cristopher abaixou a cabeça para ver a ponta da lâmina saindo pelo seu peito, perfurando a armadura.

 

– Como ele driblou minha Clarividência? – a cham’bio, na voz de Carla, se surpreende.

 

Foi aí que eles sentiram na pele o real perigo de Khyn’kai. Como nenhuma outra vez na vida deles, os deuses souberam a sensação de ter seu poder drenado. A pele da cham’bio foi enegrecendo na altura do peito, partindo da ponta do sabre do seu oponente. E, enquanto isso, eles sentiam como se a própria alma deles fosse um balão, furado por esse golpe.

Os olhos de Finis se arregalaram. Seus brincos de safira reluziram na mesma intensidade que seus olhos.

 

– Não! – ela gritou, e estendeu a mão para a frente. As Leis Antigas a proibiam de interferir na luta e ajudá-los.

 

– Que patético, Finis! – Andromedium’kai dá uma risada, e enfia o sabre mais profundamente no peito da cham’bio. – Sofrendo por essas crianças insignificantes!

 

Droga… Precisamos fazer alguma coisa… Ele está nos usando como uma fonte de poder.

Vamos. Minha Clarividência diz que ele vai abaixar a guarda. Nós nos regeneramos e espancamos ele.

 

A cham’bio esperou o momento certo, voltou a palma da mão discretamente para trás, para atingir Andromedium’kai e fez explodir nele uma pequena bola de Energia da Destruição. Andromedium’kai absorveu facilmente o golpe com seu escudo protetor, mas foi arremessado para longe com a explosão. Junto a ele, o sabre é arrancado do corpo da cham’bio, o que causa muita dor.

Ela põe a mão no peito, comprimindo a região dolorida. Imediatamente o ferimento começa a cicatrizar. Mas as almas dos cinco, que pareciam balões, continuavam furados. Eles não conseguiam evitar que o poder deles fosse drenado, de maneira alguma.

 

– Precisamos acabar com Khyn’kai… – a cham’bio diz, com a voz de Cristopher. – Por Caos.

 

Eles sentem uma bofetada no rosto, são arremessados para cima e chutados para baixo. O impacto faz uma cratera e levanta uma nuvem de poeira, que logo passa. Uma pedrinha escorrega cratera abaixo, e acerta a cabeça da cham’bio.

 

– I-Impossível. Mal vimos ele.

 

– Vocês merecem pena, pequenos. – Andromedium’kai aparece na borda da cratera onde eles se encontravam, e provoca. – Acabar comigo… Sua magia é muito fraca para aguentar cinco minutos de luta com um demônio qualquer. Quem dirá comigo!

 

De repente, manchas brancas aparecem na pele do seu inimigo, se espalhando e reagrupando como óleo quente na água. Ao passar sobre as marcas douradas na pele, elas viravam vermelhas, iguais às do galactus, antes de ser possuído. Andromedium estava lutando contra o demônio!

 

– Você está fraco! – A cham’bio sorri e ataca. Achara a oportunidade perfeita.

 

Partindo para cima com a velocidade de um raio, a cham’bio tenta desferir um golpe na crista do galactus, brandindo o cabo do machado em vez da lâmina. Andromedium’kai desvia e golpeia a virilha da cham’bio. Annabeth usa a sua intangibilidade e faz com que o demônio se desequilibre, pendendo para frente.

Gabriela vê a oportunidade, teleporta-se para trás do demônio e lhe dá um soco onde seria o seu rim. O punho da cham’bio, graças a força incrível de Cristopher, estilhaça o campo protetor de Andromedium’kai. Taylor se lembra do órgão vital, e faz com que cresça uma lâmina dos dedos da cham’bio.

Rapidamente ele percebe ter atingido o órgão misterioso do seu oponente. O buraco negro para de girar no peito de Andromedium’kai, e ele cospe líquido negro.

 

– Achou que iria nos derrotar de novo, Andro? – a cham’bio dá um sorriso presunçoso.

 

– Achei que você seria menos idiota, apenas. – Andromedium’kai olha para o seu tórax golpeado. Tremeluz e desaparece.

 

Num instante, a cham’bio foi golpeada diversas vezes. E, a cada golpe, o poder do demônio original atuou minando as forças da fusão guerreira. A cham’bio é arremessada ao chão novamente. Levanta-se e apoia uma mão no joelho. Limpa o icor dourado que escorria no canto da boca. Cospe. O roubo de poder foi tão forte que esgotou o corpo de Cristopher.

 

– Não pensei que você seria idiota ao ponto de atacar um clone. – Andromedium’kai aparece de algum lugar e provoca.

 

A velocidade que Andromedium’kai atacou foi inacompanhável. Nem mesmo para o Aprendiz de Deus da Destruição, na sua segunda forma estrelada, somado com o gigantesco poder que ele foi obrigado a absorver de Gabriela com seu ataque, fundido com outros quatro guerreiros imensamente poderosos, com os poderes multiplicados em milhões de vezes graças ao Colar da Destruição, auxiliado por um campo de distorção temporal em volta dele que tornava tudo mais lento. Todas as magias, técnicas, experiências, estratégias, potências, forças e explosões foram inúteis à frente do Demônio Supremo, uma das almas de Caos que se rebelava contra o mundo.

Andromedium’kai avançou, deu um soco no estômago da cham’bio e a agarrou pelo Colar da Destruição. A pele negra celeste do galactus chiou ao tocar o colar, mas o galactus não recuou. Em vez disso, ergueu a cham’bio pelo colar, como se o enforcasse.

 

– Minha energia está acabando. – Andromedium’kai avisa. – Mas você não pode mais lutar. Agora fique aqui e morra com o planeta que você tanto ama.

 

O galactus solta o corpo da cham’bio. Sem forças para nada, eles simplesmente se ajoelham perante Andromedium’kai. Cristopher perde o poder mínimo para sustentar a fusão, e ela se encerra. Taylor sente seus átomos se desprendendo e saindo do corpo de seu amigo.

Taylor se recompõe em ossos, tecido, células, icor, cabelos e órgãos, na mesma posição em que Cristopher se encontrara quando a fusão se encerrou, ou seja, ajoelhado. Mas sente como tivesse sido espancado no lugar da cham’bio, como se fosse ele o emprestador do corpo.

Ele não resiste a dor, e cai de cara no chão.

 

Não. Não posso morrer assim.

 

Ele ergue o rosto. Observa suas mãos. Ele fora desarmado por Tártaro, e suas energias foram roubadas por Khyn’kai. Não é possível fazer mais nada. Eles perderam a batalha. E, com isso, a Terra explodirá. Game over.



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