História Os mistérios da Lua - Capítulo XLI

Meus morenos logo que se viram sozinhos comigo avançaram em busca de saciedade. Os Uchiha foram carinhosos e cuidadosos ao me levar para o andar de cima, pois estava óbvio que eu não aguentaria várias rodadas de sexo, como antes. 

O simples fato de ficar o tempo do evento em pé, já serviu para me cansar imensamente. E mesmo que o meu corpo sentisse a necessidade do prazer, que só os meus morenos poderiam provocar, o cansaço se fazia presente. 

Então a medida que chegavamos na suíte principal, Madara passou na frente dos irmãos e se dirigiu ao banheiro. Durante todo o trajeto os meninos me faziam carinho, passavam as grandes mãos fortes pelo meu corpo. Dentro do banheiro percebi que Madara estava preparando a banheira, e isso me preocupou. Afinal, se eu entrasse em uma banheira cheia de água quentinha e relaxante, provavelmente acabaria dormindo e deixando os morenos na mão. Tentei desviar da banheira para o chuveiro, mas não deu muito certo. Pois, os meninos sabiam muito bem como me manipular. 

Entrei na banheira e a água quente fez o seu trabalho, soltei um gemido alto de alívio quando senti as bolhas em contato com a minha pele dolorida. Foi só então que eu notei um certo incômodo entre as minhas pernas. Não sei o motivo, talvez fosse por conta das investidas dos meus machos hoje mais cedo. De qualquer forma, eu não iria cortar o momento para reclamar. 

Como estava cansada e dolorida, deixei que os Uchiha tomassem a dianteira dos movimentos. 

Senti um corpo se aconchegar atrás do meu, dentro da banheira e foi só quando senti o cheiro amadeirado e poderoso e entendi que se tratava do meu Alpha. Delicadamente, ele se posicionou e aos poucos foi me penetrando, os movimentos gentis e precisos. Senti que ele estava se segurando, e eu não podia pedir para que ele se soltasse. O vai e vem foi delicado, e se manteve assim até que eu senti o membro aumentando e ganhando mais densidade. Eu já estava perto de obter o meu prazer, mas eu precisava de mais e com o moreno no limite eu não poderia pedir nada. Madara se manteve assim até que conseguiu obter o próprio prazer, e gozou em jatos fartos dentro de mim. Ele me deixou parada na banheira, e saiu. 

O próximo movimento foi tranquilo, e pude identificar era Itachi, devido cheiro adocicado. E Sasuke entrou na banheira na minha frente, enquanto o gêmeo se mantinha atrás. Quando ocorreu a penetração dupla, eu quase cheguei ao orgasmo. Mas no momento em que eu iria pedir por mais, notei que eles estavam no limite, assim como o irmão mais velho. Deixei que eles terminassem, os orgasmos deles acabou por desencadear o meu, mesmo que o meu fosse bem inferior do que de costume. 

Ambos os gêmeos saíram da banheira, e eu não estava me sentindo saciada e sei que os meninos estavam sentido o mesmo que eu. Eu estava insatisfeita e mesmo que os Uchiha disfarçassem muito bem, eu sabia que eles também estavam. 

Eles me ajudaram a sair da banheira, Sasuke me secou e Itachi me vestiu, Madara já havia arrumado a cama. Eu simplesmente deitei e me deixei levar pelo cansaço. 

Dormi tão rápido que não consegui notar se os meninos estavam ou não deitados comigo. 

Novamente eu sonhei. 

Eu ainda estava na clareira, a mesma de todos os sonhos. Mas desta vez, não havia lua ou lago. Tudo estava escuro e eu só consegui identificar que alguma coisa estava acontecendo por conta do som. Parecia som de briga, e eu podia ouvir  algo se rasgando, mas não sabia o quê. Quando a nuvem liberou a luz da lua eu só consegui ver, os meus morenos se aproximando de mim. E a única coisa que eu não conseguia parar de olhar, eram os olhos deles. Os antigos olhos negros, os predadores brilhantes vermelhos, deram lugar a um lilás forte e com vários círculos negros, bem finos. O poder que emanava daqueles olhos lilás era algo absurdo, eu fiquei com medo e recuei. Pelo primeiro vez, eu fiquei com medo dos meus morenos. Quando eles estenderam as mãos para me tocar, eu corri e gritei. 

Acordei, gritando.

Não precisei abrir os olhos para saber que estava sozinha na cama. Mas precisei abrir olhos para notar que já era de manhã. 

Eu não estava com fome. E a sombra do medo do meu sonho ainda estava pairando sobre a minha cabeça. 

Fui direto para o quarto dos meus bebês, entrei no quarto do meu menino. 

Não estava me sentindo segura. Mas mesmo assim sentei na cadeira de balanço e me permitir chorar. 

Eu estava com medo. 

Com medo por várias coisas. Mas o pior eram os sonhos, esses não me deixavam.

Fiquei por um bom tempo, apenas sentada apreciando a paisagem, a janela dava para a floresta. E focada na mata pude me acalmar aos poucos. 

Demorei a notar que estava sozinha, afinal nos últimos dias esse fato tem ficado muito difícil. 

Aos poucos os dias foram se passando. 

Eu não tive mas nenhum contato sexual com os meus maridos, e depois da noite de apresentação aqui em casa, eles não me procuraram mais.

Às vezes chego a pensar que eles podem estar me traindo. Mas sei, no fundo do coração, que isso é uma bobagem minha. 

Eu estava no décimo mês de gestação, e estava gigantesca. 

Desde o mês passado eu não vou mais no primeiro andar da casa, pois não consego descer as escadas. 

O peso do meu corpo agora é descomunal e me equilibrar está cada vez mais difícil. 

Os meus sonhos também não me deixaram, e toda noite eu acordo gritando. 

Como eu entrei na reta final da gestação, Itachi conseguiu uma licença no hospital, e está em casa comigo o tempo todo. Eu estou sendo tratada como uma rainha, mas mesmo assim, os rapazes mantém uma distância de mim. 

Não me tocam em lugares íntimos, não temos conversas excitantes. Nosso relacionamento agora mais parece de cuidador e paciência, e isso não é só com o Itachi. 

Madara sempre senta no escritório trabalhando e às vezes consegui vir para o quarto se deitar. Mas na maioria das noites ele dorme no escritório, ou seja, eu quase nunca o vejo. 

Sasuke me ajuda nos banhos e trocas de roupas, mas sempre evita olhar para o meu corpo. Ele acha que eu não percebo, mas a verdade é que eu notei tudo. E isso está acabando comigo.

Eu choro por qualquer motivo. Estou me sentindo indesejada, feita, gorda, abandonada pelos homens que amo.

Em alguns dias eu chego a pensar que não deveria ter engravidado. Mas então eu sinto meus bebês chutando, e isso basta para que eu esqueça todo pensamento ruim que tive. 

Nesta manhã eu acordei gritando e sozinha novamente. 

Eu fechei os meus olhos e me concentrei nos barulhos da casa. Consegui ouvir barulhos na cozinha, e no escritório, ou seja, todos os Uchiha estavam no andar baixo. Me mantive deitada, mas estava muito soada e isso começou a me incomodar. 

Fiz uma força enorme para conseguir levantar, precisava de um banho e me recusava a pedir ajuda aos meninos. Consegui chegar no banheiro e enchi a banheira, fiquei sentada no vaso esperando o nível da água chegar no ideal. 

Quando estava tudo pronto e deixei a camisola escorrer pelo meu corpo até chegar ao chão, ficou mais fácil assim. 

Entrei na banheira e relaxei durante o banho, fique assim até me considerar limpa. 

Levantei e sai da banheira. 

Tentei alcançar a toalha de banho, que estava em cima da pia, um pouco mais adiante. 

O chão estava molhado por conta da banheira. 

E devido ao peso excessivo do meu corpo, eu comecei a tombar para a frente. 

Senti que caíria de barriga para baixo e temi pelos meus filhos. 

Como uma última tentativa de salva-los.

Eu virei o meu corpo, e deixei que a lateral chegasse primeiro no chão. Sendo assim, eu cai de lado. 

Senti uma dor muito forte no meu corpo todo, e quando olhei para baixo vi sangue. 

Tentei gritar, mas não consegui. 

Tudo ficou escuro. 

Tudo que me sobrou foi o medo. 

O silêncio. 

A escuridão.