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História Os mistérios da Lua - Capítulo V


Escrita por: Laycan

Capítulo 5 - Capítulo V


Aquelas vozes dos meus sonhos não saem da minha cabeça, acordei lembrando daquele tom grave e rouco dos homens sem rosto, o maldito som parecia marcado a ferro quente na minha alma. 

Esses sonhos começaram com a minha volta a Kohora, eu só vim para encontrar a minha paz e foi a única coisa que eu não consegui. Todos esses sentimentos confusos estão mexendo comigo, frustrada, desisto de tentar entender e levanto.

Um dos melhores remédios do mundo é o simples banho quente, e foi nele que eu busquei um minuto de sossego. Enquanto a água descia pelo meu corpo eu rezava em silêncio pedindo para que com ela fosse também toda a confusão que habitava a minha mente, os sonhos, os mistérios do porão,e principalmente as vozes aveludadas envoltas de magia negra que mesmo em sonho tinham a capacidade de me envolver e seduzir. Ao notar que o banho não em acalmaria, e ao lembrar das vozes eu acabaria exitada e sensualmente frustrada, resolvi saír, haviam muitas coisas a serem feitas. 

Escolhi uma calça de tecido claro e um regata preta de seda, penteei os cabelos e desci para a cozinha.

Enquanto a cafeteira acabava de passar o café eu picava algumas frutas e fazia uma mesa de guloseimas para comer agora e outras levaria para a escola e dividiria com os meus pequenos. 

Sentei para comer e comecei a varrer os ambientes com o olhar, a cozinha era conjugada com a sala formando um grande espaço aberto que eu fiz questão de decorar seguindo o meu gosto luxuoso, ou seja em vários pontos poderia ser notado as cores vibrantes sendo harmonizadas com outras mais discretas. O jogo de sofá estilo renascentista na cor bege com dourado, ganhou almofadas com estampas discretas que valorizavam a cor do móvel. A grande lareira de mármore negro continha uma televisão enorme em cima e entre os dois  um par de candelabros pequenos e discretos, em contraste com a lareira escura no canto oposta da sala era possível encontrar uma mesa de jantar branca de oito lugares, um pequeno lustre de cristal compunha o ambiente de jantar, já o lustre principal em cima dos enormes sofás contava com meia centena de lâmpadas pequenas e amareladas para tornar o ambiente luxuoso e acolhedor, finalizando com a gigantesca janela de vidro blindado por duas camadas de 30 cm cada uma, que se encontrava à esquerda do meu ponto de vista, a janela era coberta por  era coberta por uma camada de tecido fino e claro e outra sobreposta de veludo vermelho, dando um ar de elegância, harmônia e luxo ao lugar. 

No lado direito era possível ver o corredor que levava aos dois quartos de hóspedes, esses não foram decorados para receberem visitas, em um deles fiz uma pequena academia com aparelhos suficientes para manter a minha forma sem sair de casa. Já o outro hipotético quarto de hóspedes se tornou o meu escritório, como o ambiente era menor a privacidade acaba se tornando inversamente proporcional.

No mesmo corredor era possível chegar ao banheiro comum, decorado apenas com mármore branco envolvendo o chão, as paredes, a banheira e a pia, tudo elaborado para meu conforto, mesmo que eu nunca chegue a usar aquele ambiente.

Já o meu quarto eu decorei de maneira discreta, sem perder o toque de refinanciamento. Com uma cama dossel gigantesca no centro do ambiente, nas cores branco e cinza fazem o contraste bonito com a minha roupa de cama violeta, no lado direito havia duas cadeiras renascentistas de veludo preto com uma pequena mesa rondada de vidro no meio, o tapete de pêlo aquecia o lugar, a parede da esquerdo era toda coberta por tecido, para cobrir a janela, e a iluminação era feita apenas por quatro abajures enormes da cor cinza, dois estavam atrás da cama e os outros dois na frente.

O meu banheiro particular era todo em mármore negro e os detalhes feitos em dourado, a gigantesca banheira acompanhava a decoração de pedra, bem como a pia, uma parede de espelho em frente a banheira era a única exceção sem a pedra, além do espelho da pia, todo o ambiente era ilumado por luz indireta possibilitando o meu máximo conforto.

O meu closet não era dos maiores e foi o único cômodo que eu me permiti ser monocromática, ou seja, todo da mesma cor e eu elegi o branco o lugar assim as cores das minhas roupas se destacaram com o contraste. O espelho de corpo todo ficava de frente para as portas duplas e finalizava a decoração do ambiente.

O último cômodo que eu olhei era a primeira porta a esquerda no corredor, a biblioteca, e mesmo mobiliada com o mesmo luxo do restante da casa com quatro cadeiras de couro vermelho formando um circulo, a cada uma com sua luminária independente, o papel de parede formando uma discreta estampa branca e dourado, eu usei o mesmo dourado fumê para dar cor a enorme cortina que cobria a parede oposta a estante. Mesmo eu tendo tanto carinho para decorar aquele lugar eu ainda sentia um certo medo ao pensar nele, os mistérios contidos ali pareciam longe de serem resolvidos.

Afastei esse sentimento ruim ao lembrar de quando eu vim comprar a casa, Neji não queria me mostrar essa especificamente por conta do tamanho e como seria para uma pessoa só, ele pensou que eu não estaria disposta a pagar o preço. Mas eu estava, e mesmo antes de fechar o negócio eu encomendei pela internet todos os móveis que compunham  cada cantinho, os detalhes que mais me chamaram a atenção na casa foram as portas duplas, afinal as de todos os cômodos eram, as janelas extravagante em conflito com a aparência rústica dada pela madeira, e finalmente o tamanho eu sou apaixonada com casas grandes. 

Neji pareceu pesquisar sobre meu poder aquisitivo, já que no outro dia fechou o negócio e não se opôs quando mesmo antes de me mudar mandei trocar todos os móveis e devolvi os que decoravam o lugar anteriormente a imobiliária. 

Ninguém além de mim havia entrado naquela casa depois de tudo arrumado.

Ao pesquisar sobre o meu passado eu sei que Neji encontrou a estória de uma menina que herdou a fortuna dos pais depois que estes morreram em um acidente de carro. Essa estória era tão clichê que beirava o ridículo.

Sorri triste, poucos sabiam que para ter todo o luxo que hoje me cerca eu paguei um preço alto, a minha paz. Então faria questão de gastar até o último centavo com as coisas que eu gosto.

Saindo dos pensamentos mórbidos, segui caminhando para a escola antes que me atrasasse. 

No caminho lembrei que eu não havia recebido a planta na casa junto com os documentos. 

As crianças chegavam na escola às 08 da manhã e saíam às 17:30 da tarde, e como professora eu chegava às 07 da manhã para sair às 18 da tarde, e com esses horários seria impossível chegar dentro do horário comercial a imobiliária, mesmo assim resolvi ligar para o Neji e tentar a sorte.

- Bom dia, imobiliária Hyuuga. Neji falando.

- Neji, bom dia! É Sakura.

- Olá Sakura, como posso te ajudar?

Meu Deus lá vem esse monumento de homem me fazendo essa pergunta de novo, assim meu juízo sai de férias.

- Eu gostaria da planta do imóvel que comprei, pensei que estava junto com os documentos que você me entregou mas não estão.

- Vou te ajudar mas vou pedir um tempo para consegui achar esse documento aqui. Você poderia vir buscar no fim da tarde?

- Então eu saio da escola às 18 não sei se consigo chegar aí.

- Você está trabalhando na escola?

Era possível notar o espanto na voz.

- Sim, trabalho eu sou a nova professora, deu aula para as crianças até 06 anos.

- Você da aula para Hiza Hyuuga?

- Sim, aquele menino é muito inteligente.

- Obrigado senhorita, ele é meu filho. Eu posso pedir a minha esposa Tenten para pegar o documento aqui e te entregar quando for buscar nosso menino. O que acha?

É claro que um homem lindo desse não estava solteiro. Por isso o pequeno Hyuuga era tão bonito é só olhar para o pai e da para entender.

- Se for possível ela fazer esse favor, eu seria muito grata.

- Ela levará.

Com isso nós despedimos e encerramos a ligação.

Cheguei na escola e fui direto para o depósito buscar alguma coisa para fazer com as crianças. Lá eu encontrei várias páginas de exercícios educativos voltados para crianças da idade das minhas, peguei tudo e levei para o meu armário, separei uma das páginas e pedi a Shizune para fazer cópias suficientes para todos os alunos.

Não demorou muito para todas as crianças chegarem e aos poucos tomarem seus lugares. 

Hoje eu não cometeria o erro de ficar perguntando sobre a cultura local, aquilo estava me tirando meu precioso sono e isso eu não admito.

Aos poucos as crianças foram apresentado dificuldade nos exercícios, eles não pareciam alfabetizados e por esse motivo o exercício se tornou mais difícil do que eu esperava.

Mas aquelas crianças pareceram gostar do desafio e se esforçaram bastante para conseguir entender, eu me orgulhei disso neles.

Os que menos apresentaram dificuldade foram os meninos Nara e Hyuuga, e quando esses terminaram eu parei os demais para todos lancharem. Deixei que curtissem o intervalo brincando para depois os fazerem voltar aos estudos. Aqueles que haviam terminado eu liberei, o garoto Nara deitou e dormiu.

Já o jovem Hyuuga me chamou a atenção, sentado em uma mesa sozinho ele me olhava e começava a rabiscar na folha dele, e fez isso até a hora que as mães chegaram.

Antes da Tenten chegar eu me aproximei do Hiza que não parava de desenhar na folha. 

- A tia Sakura pode ver o seu desenho, querido?

- Eu fiz para você mesmo.

- Sério? Obrigada. Eu vou guardar.

Olhei para a folha e não entendi nada.

- Você pode me explicar o que está desenhado aqui pequeno?

- Aqui é você tia e esse é o laço vermelho que te liga as suas metades. Você tá vendo que eu te fiz brilhando?

- Sim eu vi.

- Então tia, é porquê você vai acorda o seu outro lado quando a hora chegar. Sabe tia ... Eu gosto do seu cheiro, e acho que todo mundo gosta. Você cheira tranquilidade, mas também cheira a força mais até que a mamãe, que é muito forte. Tia... A sua cesta é a mais pesada, porque você é a única que pode aguentar. Tia você é uma para três.

Deixei a conversar parar por ali mesmo, que menino estranho, lá vem ele com essa estória de cesta de novo, e ainda falou muito mais coisa que eu não entendi nada. 

Para aliviar o meu desespero as mães comecaram a chegar para levar seus filhos e com exceção do Shikadai ninguém estava dormindo.

Tenten me entregou a planta da casa e me despedi das mães.

Enquanto caminhava de volta para casa escutei passos atrás de mim, e quando me virei não encontrei nada. Continuei a caminhar agora um pouco mais rápido, quando virei a rua e consegui ver a minha casa, uma brisa morna balança meu cabelos.

Parei na hora, meu corpo travou e pareceu não querer me obedecer mais. O cheiro que me encontrou tomou conta de tudo ao meu redor. Olhei envolta e estava sozinha, então da onde vinha o cheiro forte e sensual que me excitou a ponto da dor? 

Não encontrei a minha resposta, eu estava molhada ao extremo, toquei de leve o meu quadril a vontade tentadora de descer a minha mão para dentro do meu próprio ponto de prazer era tentadora, mas parei eu estava no meio da rua e precisava lembrar disso.

A passos vacilantes cheguei na entrada da minha casa, aqui o cheiro marcante estava mais forte, meus mamilos doíam de tão duros, meu corpo pareceu precisar tanto de um orgasmo que chegava a ser absurdo, eu nunca havia ficado exitada a esse ponto. 

Olhei em volta uma última vez, e no momento que meus olhos tocaram a floresta eu vi.

Os três homens com quem eu sonhei, de costas, todos vestindo preto dos pés a cabeça, eles pareciam possuir cabelos longos também mas a essa distância eu não conseguia diferenciar o cabelo das roupas. 

O vento passou por eles e eu quase gozei quando o cheiro chegou ao meu encontro, meu corpo convulsionou para a frente e tive que apoiar na porta, minha pernas estavam bambas. 

Não olhei para a mata novamente, entrei correndo em casa, tranquei a porta e cheguei a gaveta do meu escritório onde encontrei o meu vibrador que a muito não usava, sem pensar duas abaixei as minhas calças e o coloquei dentro de mim. O alívio de pouco serviu, liguei o aparelho ao máximo e mesmo depois de três orgasmos eu não me sentia satisfeita. Levei o objetivo comigo para o banheiro, o limpei e guardei na pia. Eu já tinha entendido que aquele brinquedo não daria conta do tesão que um simples cheio me fez sentir. 

Entrei no banho e me limpei, naquela noite não quis comer antes de dormir.

E com o fim da lua cheia o meus sonhos mudaram e as lembranças voltaram em forma de pesadelos terríveis.



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