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História Os mutantes: Histórias de uma realidade paralela, parte 1... - Prólogo


Escrita por: Sombra_da_Noite_666 e FPS1997

Capítulo 3 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Os mutantes: Histórias de uma realidade paralela, parte 1... - Prólogo

"O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer."

Albert Einstein

São paulo - Tribunal de justiça...

Ano 2008

  Finalmente tudo seria esclarecido, para o bem, ou para o mal, e Samira estava ciente disso, enquanto aguardava o seu julgamento. Beto estava em uma clínica do Guarujá, fazendo uma cirurgia muito complexa, para retirar o microchip da obediência de seu cérebro, mas pelo menos, eles estavam juntos, e ela havia tomado conta dele, na ilha, mesmo que, desmemoriado. Samira tinha certeza de que era inocente, mas mesmo assim, ainda tremia de medo, só de se imaginar sendo condenada, como assassina da própria mãe.

  Em pensar que, em apenas alguns dias, Samira era apenas uma artista de circo, que sequer imaginava ser a única herdeira de uma grande fortuna. E muito menos, ser de uma das famílias mais tradicionais e ricas de São Paulo, a Mayer.

- Samira, meu anjo - Diz Simone, sua vó adotiva, se aproximando dela, calmamente, apesar das cinco algemas nas mãos e nos pés dela, e da constante vigilância sobre a mesma, que estava muito insegura, quanto ao próprio julgamento, mesmo sendo inocente de todos os crimes, pelos quais, era acusada - Logo mais será o seu julgamento, espero que esteja preparado, para ele.

- Sim vó, eu estou mais do que pronta para ele - Suspira - Como estou, desde que tudo isso, me aconteceu.

- Tenha fé, Samira - Diz Simone beijando ambas as mãos de sua neta, com ternura, carinho, e muito amor - Que a justiça está do nosso lado.

- Êta Lelê! - Exclama Samira, um pouco frustrada - Mas quando será, que tudo isso, vai acabar, meu Deus? Quando? Em pensar que, a minha vida era boa, e eu não sabia disso, mesmo sem saber, do meu passado, da minha verdadeira origem, e tudo mais, ah vó, eu só quero ser livre, e não ser mais perseguida, será que isso, é pedir demais, hein, vovó?

- Não minha querida, não é - Começa a chorar, junto com ela - Mas apesar de tudo, sempre se lembre de uma coisa, minha querida neta...

- Sim vó, eu sei - Sorri, em meio as próprias lágrimas - De sempre seguir, os caminhos do meu coração.

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Centro de São Paulo, sede oficial, da Progenese.

Um ano antes...

  Na sala da presidência, estava acontecendo uma discussão bastante acalorada, entre a presidente da Progenese, Mariana Lima Mayer, e a doutora Júlia Zaccarias, a cientista e geneticista mais importante da Progenese, a criadora do Projeto DNA. A sala estava toda grampeada, e a secretária de Mariana, Célia, estava ouvindo toda a conversa, do lado de fora, da sala, através das escutas, a mando de Irman Mayer, concunhada de Mariana, esposa de Platão, irmão do marido desaparecido de Mariana, e mãe, de Danilo, Rodrigo e Toni. Irman estava pagando Célia, para vigiar e monitorar Mariana e Júlia,  sempre, que era possível, mesmo que, de longe, com a ajuda de um terceiro, a Célia, no caso, para sempre mantê - las informada, de tudo. Mas voltando, a sala da presidência, era o aniversário de sessenta anos, de Mariana, e ela ainda se lembrava com pesar, quando sua filha foi arrancada dos seus braços, com apenas um ano de idade, no seu aniversário de trinta anos, alguns meses depois de completar o aeu primeiro aninho de vida.

  Samira havia nascido no dia vinte e quatro de abril de 1977, e em alguns dias, seu marido havia desaparecido misteriosamente, sem deixar nenhuma espécie, de pista, sobre o seu paradeiro. E como se tudo isso não bastasse, a sua empresa estava prestes a ir, a falência, graças ao livro de um escritor americano, um tal de, Christopher Walker.

- Pois bem, Mariana - Lhe entrega o livro Mutação, do doutor Christopher Walker - Esse é o meu presente, para você, no dia do seu aniversário.

- "Belo" presente esse seu - Ironiza a loira, muito preocupada - Presente de grego, isso sim, como se já não, me bastasse ,ter perdido o meu marido e a minha filha, quase numa época só, eu ainda vou perder a minha empresa, e tudo o mais, o que eu construí durante anos a fio, sinceramente Júlia, alguém tinha de calar a boca, desse tal Christopher Walker, antes que seja tarde demais, para fazer qualquer coisa?

- O que sugere, então? Que eu contrate um assassino, um pistoleiro, para o matar? Ou o quê, Mariana? Vamos, me responda - Havia um certo tom de troça em sua voz - É isso mesmo, o que você quer, Mariana?

- Bem, eu não chegaria a tanto, e nem foi isso, que eu te sugeri, de qualquer maneira, você sabe - suspira mais uma vez, meio pensativa - Já imaginou o escândalo, quando a notícia dos mutantes, começar a sair, em toda a imprensa? Nem quero imaginar, vai ser o fim da Progenese, que por certo, irá a falência, com certeza, e tudo isso, por culpa sua, dos seus crimes, contra a humanidade, Júlia.

- Não me culpe, por querer melhorar o ser humano, até porque, eu não sou a única cientista do mundo, a ser erroneamente interpretada no mundo cada dia mais retrógrado, em que nós vivemos, Mariana - Diz Júlia, sem descer do salto - Galileu Galilei também foi considerado um criminoso, um pouco, por assim dizer, quando disse que a Terra girava ao redor do sol, e não o contrário, como muitos acreditavam, no seu tempo.

- Não se esqueça, no entanto, minha cara, dos nazistas, que como você, também pensavam estar melhorando o mundo com as suas experiências, prejudiciais, a humanidade, como você bem o sabe - Isso deixa Júlia bastante irritada, com tal comparação, que a mesma achava, mais do que, injusta, e isso, para não dizer, o mínimo, de tal comparação, em si, bem na verdade - Até, porque, é justamente assim, que você está se comportando, como uma nazista, através de suas experiências mallucas, que são proibidas, aqui no Brasil, e em boa parte do mundo.

- Não me compare, a uma nazista, Mariana - Diz séria - Até porque, bem na verdade, eu estou muito longe de ser uma, tendo  a genialidade, que eu tenho, e a vontade de querer melhorar a espécie humana, como um todo.

- Mas de tudo isso, só irei lamentar ver o sobrenome do meu marido arrastado na lama, depois que o escândalo dos muntates, por fim, vier a tona - Suspira pausadamente - O que, certamente, não vai demorar a acontecer, como você deve imaginar, levando em conta esse livro, que você me deu - Joga o livro na mesa, com muita raiva - Que certamente será o estopim, do início, do escândalo dos mutantes, aqui na Progenese.

- Isso sem contar, é claro, os seus parentes, que não vão ficar nada felizes, com, a futura falência, da Progenese - O olhar dela era distante, e frio - Ou melhor dizendo, os parentes do seu falecido marido, evidentemente, Mariana.

- Ninguém sabe se o meu marido, é mesmo falecido, Júlia - Encara a morena, irritada - Pois, até onde sabemos, ele pode muito bem, estar vivo, você sabe - Ela ia falar mais, mas logo seus parentes apareceram com um bolo de aniversário, cantando parabéns - Ah, vocês chegaram, e pelo que vejo, não se esqueceram do meu aniversário, mas que conveniente, não é mesmo? - Recebe os presentes de seus irmãos, assim como dos Martinelli também, que eram sócios minoritários da Progenese - Mas se vocês, parentes do meu marido, pensam que eu vou deixar alguma coisa, para vocês, bem me desculpem, Cassandra e Josias, sei que vocês não merecem ouvir o que eu vou dizer, mas enfim - Se vira para os irmãos e a cunhada de Sócrates mais uma vez, depois de se desculpar com os Martinelli - Vocês não poderiam estar mais enganados, até porque, eu não vou deixar nada para vocês, mesmo porque, ao que tudo indica, a Progenese vai falir, de qualquer maneira, e tudo isso, por causa das loucuras da Júlia.

- Eu não sou, nenhuma louca, Mariana, eu só apenas, quis melhorar a espécie humana, e em todos os sentidos, de sua evolução, e você sabe muito bem disso - Diz Júlia, bastante orgulhosa do seu trabalho - Criando o ser humano perfeito, com asas, capaz de coisas inimagináveis, surpreendentes, e te digo mais, seres superiores, diferentes, de tudo, o que já foi criado antes.

- Você, e os seus delírios de grandeza, essa sua necessidade de mudar a natureza humana, se sentindo quase uma deusa, Júlia, e é por culpa deles, desses seus delírios absurdos, que a Progenese vai falir, sem que nada possa ser feito, para impedir que isso aconteça - Começa Mariana, já que os demais estavam pensando mais na herança, que não seria mais deles, do que na falência da Progenese, em si, naquele momento - Mas quer saber? Pouco me importa, se a Progenese vai falir, ou não, nada mais me importa, já que, tudo que eu mais amava, foi tirado, de mim.

- Meu Deus - Diz Josias, que era bem mais abicioso que sua esposa, preocupado - Então, a Progenese pode mesmo ir a falência, a qualquer momento, Mariana?

- Infelizmente sim, Josias - Diz Mariana, indiferente - E isso, não vai demorar muito, a acontecer, eu lhes garanto, mas como eu acabei de dizer, isso nem me interessa mais. Nada mais me interessa, além do meu marido desaparecido e da minha filha, Samira, arrancada dos meus braços, ainda bebê, no meu aniversário de trinta anos.

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  Não muito longe dali, Beto Montenegro estava em uma missão muito importante, a mando da polícia federal, prender Pablo Figueroa, um dos chefes da alta cupula do tráfico, na América Latina. Após explodirem um carro, como distração, Beto conseguiu entrar no covil de Pablo Figueroa, usando as senhas que, um X9, lhe deu, sendo a penúltima, 1500, o ano do descobrimento do Brasil. Mas algo acabou dando errado, e logo Beto estava cercado, por todos os lados, e acabou sendo levado, ao Pablo Figueroa.

  Pablo Figueroa, era um tanto quanto excêntrico, se achava o dono do mundo, através do seu dinheiro sujo, poder, e corrupção. Mas o que ele não esperava, era que, Beto Montenegro, fosse um policial incorruptível.

- Todo mundo tem um preço, basta me dizer, o seu - Siz Pablo cercado pelos seus capangas - Que eu pago, vamos federal, me diga o seu preço

- Será que você não me entendeu ainda, Figueroa? - Pergunta ousadamente, mesmo estando cercado, e em uma aparente desvantagem numérica, naquele momento - Eu não estou a venda.

- Você está começando a me irritar, eu te ofereci um milhão de reais, e mesmo assim, você não desiste dessa ideia absurda, de tentar me prender, federalzinho - Encosta o cano de sua arma, no pescoço dele - Cinco milhões de reias, essa é a minha oferta final, caso contrário, bem, vou ter de estourar os seus miolos.

- O prédio inteiro está cercado, Figueroa, você vai ser preso, por tráfico, já que o livro de todas as suas transações já está nas mãos da polícia federal - Fala desafiante - E não vai ser a morte de um policial federal, que vai impedir isso.

- Você fala demais, federal - Continua Figueroa - E justamente por isso, vai morrer aqui, e agora.

- Pensa bem, você já vai ser preso, por tráfico - Diz sem medo - Vai querer se complicar ainda mais, sendo preso, pelo assaasinato, de um policial federal? - No momento em que Pablo se distraí, Beto pega a arma dele, o fazendo de refém - O prédio inteiro está cercado pela polícia federal, você perdeu Figueroa.

- Baixe a arma idiota! - Ordena para um dos seus capangas, que estava prestes a atirar - Caso contrário, vai acabar me acertando.

- É como, eu te disse - Diz Beto, mais confiante - Você perdeu.

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  Muito distante do Centro de São Paulo, os irmãos Fuzili, Ramón e Erick, recebiam uma missão da Chefia oculta. Na verdade, mais de uma, que eram as seguintes, eliminar Mariana Mayer, na festa de aniversário de sessenta anos dela, e Tatiana Montenegro, filha de um policial federal, chamado Roberto, mais conhecido, como Beto. Dos dois, o mais cruel, sem a menor sombra de dúvidas, era o Ramón, que era casado com uma mulher chamada Helga, que de vez em quando cometia pequenos furtos, contra pessoas desavisadas.

  Erick era bem mais tranquilo do que o seu irmão mais velho, Ramón, e também meio que se contestava com pequenos roubos e furtos. Bem ao contrário de Ramón, que desejeva ganhar bem mais, do que já ganhava. E justamente por isso, ele estava começando a trabalhar para a tal chefia oculta, que muito em breve, encomendaria muito mais crimes, envolvendo a Progenese e o escândalo dos mutantes.

- Eu roubei a mala de uma perua que nem me viu - Começa Helga - Ela foi ajudar uma velhota e se deu mal, a distraída, que até parecia ser meio míope, sei lá.

- Você fala isso, porque não viu o carango que eu surrupiei na maior moleza - Diz Erick todo orgulhoso do seu roubo - Logo mais vou num desmanche, para vender as peças dele e faturar, sem ser preso.

- Enquanto vocês dois ficam jogando conversa fora, falando de coisas idiotas, como sempre - Começa Ramón, de frente ao seu notebook, muito concentrado - Eu descolei um trampo que vai nos dar muito mais dinheiro, do que esses furtos e roubos vagabundos de vocês, temos dois serviços para fazer - Ele então, olha de Helga para Erick, que se aproximam dele, perto do notebook, e então mostra para os dois, uma foto de Mariana Mayer - E um desses trabalhos, é eliminar essa mulher aqui, Mariana Mayer, a presidente, maior acionista, e também, fundadora da Progenese, hoje a noite, na festa de aniversário de sessenta anos dela, lá no Morubi, em uma mansão..

- Meu Deus - Diz Helga se benzendo, muito nervosa - Você vai mesmo ter a coragem, de matar essa mulher?

- Nós, eu vou precisar da sua ajuda nessa, Helga - Diz Ramón, com a maior maior naturalidade do mundo, sem medo, ou culpa - Para me ajudar a dopar essa garota aqui - Mostra uma foto de Samira - Samira Beatriz Luz, uma artista de circo, que vai ser acusada de cometer o assassinato.

- E eu? - Erick pergunta um pouco incomodado - Eu também vou ter que ir nessa tal festa?

- Não, tenho outra missão, para você, Erick - Abre uma nova pasta no seu notebook com uma foto de Tatiana Montenegro - Que é matar essa menininha aqui, que não é tão inocente, quanto parece ser.

- Matar uma criança, Ramón? Poxa, fala sério - Ele começa a ficar nervoso, e tenso - Isso não se faz.

- Mas você vai fazer mesmo assim, até porque, eu não quero, e nem vou, perder a grana desse trabalho - Helga era contra tudo aquilo, mas decidiu ficar calada - E aí de você, se furar comigo nesse trabalho.

- É impressionante, a naturalidade com que você fala desse trabalho, como se matar, fosse fácil, igual ir comprar pão, na padaria da esquina, francamente Ramón - Ela diz, em um tom preocupado - A cada dia que passa, você me assusta mais e mais, e muito, na verdade - Ela então, fica ainda mais nervosa - E como se não bastasse cometer esse crime hediondo, você ainda vai culpar uma pobre artista de circo, só mesmo você, para fazer tal trabalho, me obrigar a participar dele, e ainda por cima, se deleitar com ele, pelo que eu estou percebendo.

- Cala a boca Helga - Tenta controlar sua raiva - Cala a boca, antes que eu meta a não nessa sua cara, ah, e antes que você me pergunte, está tudo armado pela chefia, sobre a nossa entrada na mansão Mayer, a noite, com direito, a identidade e convites falsos, e tudo mais. Assim como o seu trabalho de hoje a noite Erick, mandando a filha do federal, Roberto Montenegro, e não se preocupe, você vai matar a garota envenenada, com um bombom, ela nem vai sofrer tanto assim. Até mesmo porque, nenhuma criança, seria capaz, de recusar, um bombom, meu irmão.

- Matar uma criança - Erick repete, não querendo fazer o serviço, nervoso e assustado com a frieza do seu irmão mais velho - Não gosto disso, mas se não tem outro jeito, que seja.

- Assim é que se fala - Olha de um para o outro e vice versa, com um sorriso cínico em seu rosto - Mas agora vamos passar o plano por partes e repassar, se esse for o caso, até chegar a hora, para que nada dê errado, nesses trabalhos, e a gente acabe faturando, uma boa grana.

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Ilha do Arraial: cofre secreto do laboratório subterrâneo da doutora Júlia Zaccarias...

  Uma bela loira de cabelos cacheados, iguais os de um anjo, e de roupas pretas, parecia estar meditando, enquanto esperava uma visita, um tanto quanto esperada, da pessoa que a manteve presa ali, por trinta anos. Ou pelo menos uma delas, o comandante Kidor, um dos amantes de Júlia, a quem ela odiava mais do que tudo. Essa loira trajada de preto, se chamava Maria Lima Mayer, uma irmã gêmea de Samira Mayer, que quase ninguém sabia que existia, sendo um segredo de Júlia e Kidor. Que em muitos pontos, nem pareciam serem humanos.

Ao sentir a presença do comandante Kidor, chefe de segurança da ilha, além de amante da doutora Júlia Zaccarias, Maria se fingiu que estava dormindo, para ataca - lo na hora certa. Pois a mesma havia se soltado de suas correntes e estava apenas esperando o momento certo, para atacar quem quer, aparecesse em sua cela, e tivesse a ousadia de entrar n mesma, completamente alheio e desavisado.

- Pode parar de fingir que está dormindo, Maria - Diz Kidor num tom frio - Até porque, você não engana ninguém, agindo assim.

- Tanto faz - Tenta ataca - lo, mas acaba sendo contida a tempo, com uma arma de eletrochoque - Você ainda vai me pagar por isso. Juro que vai, e não só você, eu garanto.

- Guarde suas ameaças para a Júlia, e não para mim - Dá de ombros indiferente - Mesmo porque, elas não funcionam, nem um pouco comigo, você deve imaginar.

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Continente: São Paulo, em algum restaurante do Centro...

A noite...

Beto falava de sua missão bem sucedida, assim como também de seus dois irmãos mais novos, Sarah e Marcelo, e na viagem a Miami, para saber o porquê de Sarah e Tati terem habilidades, tão incomuns. As respostas que eles buscavam, estava nas mãos do doutor Christopher Walker, que escreveu um livro chamado, "mutação", falando das experiências proibidas, supostamente feitas, na clínica da Progenese, no Guarujá, onde Sarah e Tati nasceram.

Mabel a esposa de Beto, até convidou Sarah para o jantar, mas como dona Dalva precisava dela para a ajudar a fazer algumas costuras, enquanto Marcelo estudava para o concurso da polícia federal e trabalhava como detetive particular, ela meio que teve, de recusar o convite. Em um dado momento, Beto teve de ir ao banheiro, foi quando Erick se aproximou da mesa, com alguns bombons, que continham o veneno do sapo bufo. Tendo todo o cuidado do mundo, para que seu rosto não acabasse sendo filmado, por nenhuma câmera de segurança, nem nada.

- Um bombom, mais do que, delicioso, como cortesia - Tati estava tomando sorvete - Para uma linda menina.

- Eu não quero bombom - Diz Tati, sem se importar - Prefiro continuar, só com o meu sorvete, mesmo.

- Eu bem que, resisti ao sorvete, mas não vou resistir ao bombom, e como você não quer, filha, acho que vou pegar um, para mim - Erick começa a suar frio quando Mabel desembrulha o bombom - Até porque, não tem como um bombonzinho de nada, afetar a minha dieta, e muito menos, me fazer algum mal.

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Circo Don Pepe...

No circo, logo após um espetáculo, Samira acabou vendo o que não queria na sala dos espelhos, seu namorado Noé, a traindo com a sua melhor amiga, a Juanita. Sendo que, após os flagrar e dar um tapa estridente na cara de Noé, Maria terminou o seu namoro com ele, mesmo sentindo muita dor, em seu coração, pois apesar de tudo, ela ainda gostava muito dele. E era difícil se admitir que, ele a havia traído assim, sem mais, nem menos. Apesar de tudo que Samira fez pelo Noé, até mesmo aceitando uma filha que não era dela, a Grazi, como se fosse sua, desde que a menina tinha apenas uns nove anos.

Grazi não perdoava o que o seu pai fez, pois para ela, Samira era o mesmo que uma segunda mãe, desde que ela se entendia por gente. Depois de falar com seus pais, e de entregar sopa para os pobres, Samira foi até o seu trailer, para se arrumar para uma apresentação, por fora, no circo, junto com o Noé, a Grazy, a Juanita, o Fernando e a Esmeralda que eram irmãos, e o Bené, que secretamente era apaixonado pela Samira. Bené era filho de uma madrinha da Samira a dona Marisa, e era irmão de Gudi, que fazia faculdade de história. Chegando em seu trailer, Samira viu Grazy, que a abraçou emocionada.

- Ah Samira, o meu pai não te merece, e eu odeio o que ele fez com você, de verdade - Se afasta dela - Mesmo ele sendo o meu pai.

- Não se preocupe mais com isso, Grazy, já passou - Seca as lágrimas dela com as pontas dos dedos - Até porque, tudo nessa vida, é passageiro, nessa vida, como me disse, meu pai.

- O motorista do ônibus também me disse isso, uma vez, Samira - Grazy parecia menos triste e nervosa - Ele diz que tudo era passageiro, menos o motorista e o cobrador.

- Sim, eu sei - Sorri - E quanto a nós, nada vai mudar, apesar do término do meu namoro, com o seu pai, e agora deixa de tristeza, levanta sacode a poeira e dá a volta por cima, até porque temos a festa de uma milionária para ir, e faturar um cachê bem generoso, que o circo tá precisando, e muito, Grazy.

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Após comer o bombom, Mabel acabou passando muito mal, ela até que foi levada à um hospital, mas acabou não resistindo. Beto ainda tentou salvar a vida dela, mas não adiantou de nada. E para piorar, os poderes de Tati acabaram se manifestando na pior hora possível, ainda no restaurante. Antes de morrer, Mabel ainda pediu a Beto que levasse Tati para os Estados Unidos, onde eles encontrariam o doutor Walker, já que conhecendo Sarah como ela conhecia, a mesma sabia que a mais jovem não iria para os Estados Unidos, deixando sua mãe sozinha com o Marcelo.

Depois deixar Tati na casa de sua mãe e irmãos, Beto foi até a delegacia, onde seria interrogado pelo delegado Taveira, e os policiais Ernesto, que parecia ser como ele, ambos tratando Beto, como um criminoso, e Dino Malafatti, que ficava mais na dele, sem acusar ninguém.

- Não entendo essa sua indignação, Montenegro - Começa Ernesno, com os braços cruzados - Até porque, o delegado Taveira e eu só estamos fazendo o nosso trabalho.

- Isso não é verdade - Diz Beto, nervoso - Vocês estão me tratando como se eu tivesse matado a minha própria esposa, a mãe da minha única filha, pelo que eu estou percebendo pelo tom de voz de vocês, e pelas perguntas que me fazem, e como estão, as fazendo.

- Ele tem razão - Diz Dino - E é como vocês bem sabem, todo mundo é inocente, até que se prove o contrário disso, é claro.

- Estou apenas fazendo o meu trabalho, que no caso é, investigar o envenenamento de sua esposa, Montenegro - Diz Taveira - Então apenas responda as minhas perguntas, assine seu depoimento depois de pronto, e me deixe fazer o meu trabalho.

- Como quiser, mas que fique claro que, eu não tenho nada haver com o envenenamento da minha esposa - Tenta se acalmar - E digo mais, eu ainda vou prender pessoalmente, quem a matou, e isso é bem mais, que uma promessa, podem apostar.

- Que seja, tanto faz - Diz Taveira, completamente indiferente aquele caso, em particular - Apenas responda as perguntas do inquérito, que já está, de bom tamanho.

Depois do interrogatório, Beto recebeu uma ligação do seu chefe Micael Pedreira, que lhe enviou por e mail, uma mensagem do doutor Christopher Walker. Um vídeo, onde o mesmo falava em inglês, que a filha e a irmã dele estavam em perigo.

- "Mas não pode ser" - Beto diz em pensamento - "Então o bombom não era para a minha esposa - Engole em seco, antes de continuar - E sim, para a minha filha.

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Morumbi: mansão Mayer...

Depois de ver no jardim, uma jovem que se parecia com ela mesma, quando mais jovem, e com os mesmos olhos verdes de seu marido, Mariana voltou para dentro da mansão, onde vivia cercada de hipócritas. Hipócritas que só queriam saber do seu dinheiro, sem jamais se importar com ela, de verdade.

Em um dado momento da festa, o parabéns foi cantado, e um discurso da aniversariante foi pedido. Júlia ainda estava na festa, apreciando cada segundo dela.

- Se é um discurso o que vocês, realmente querem de mim, neste momento, pois bem, eu lhes direi, exatamente, a mesma coisa que disse na sala da presidência da Progenese, sem tirar, nem por, nenhuma virgula sequer, no que foi dito antes, a cada um, de vocês - Logo acontece um murmúrio geral, por parte daqueles que estiveram na presidência da Progenese, mais cedo - Eu não vou deixar absolutamente nada, dos meus bens, para vocês, abutres que só pensam no meu dinheiro, e que acabaram sumindo com as únicas pessoas, que já me importaram nessa vida, vou deixar tudo, para instituições de caridade, e de mim, nenhum de vocês, terá um centavo sequer, eu garanto.

Depois do discurso, Mariana foi em direção ao seu quarto, quando acabou sendo surpreendida, por Ramón, que tapou sua boca, a impedindo de gritar. Samira já estava na cama de Mariana, depois de ter sido dopada, e deixada lá.

- Calma doutora Mariana - Diz Ramón aplicando o veneno do sapo bufo bem no pescoço dela, com uma seringa metálica - Até porque você já era, mas não antes de saber, que a moça na sua cama, onde eu vou colocar a senhora agora, é a sua filha desaparecida.

- "Minha filha"? - Pergunta em pensamento, incapaz de falar naquele momento, com o veneno começando a fazer efeito, no seu corpo - "Mas será mesmo possível? Mal posso acreditar nisso... Minha filha...

- Ela vai ser acusada pela sua morte, doutora Mariana Mayer, triste não é mesmo? Mas enfim, são ordens da chefia, madame - Continua Ramón, com pouco caso, a colocando na cama, bem junto da sua filha, completamente desacordada, sobre a cama - Também quem mandou, se meter onde não devia? Pois bem, deu no que deu...

- "Minha filha, mal posso acreditar nisso" - Começa em pensamento, pagando um bloco de anotações na escrivaninha perto de sua cama - "Eu estou morrendo, mas pelo menos alguma coisa, eu vou deixar, para você"....

A porta é trancada, Mariana anota o que parece ser um código, arranca a folha, e a coloca no vestido de Samira, com suas últimas forças. E por fim, acaba cedendo ao veneno do sapo bufo, completamente entregue a ele.

Continua...



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