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História Os mutantes: Histórias de uma realidade paralela, parte 1... - 08. Ameaças, segredos, chantagens, mistérios, e descobertas


Escrita por: Sombra_da_Noite_666 e FPS1997

Capítulo 11 - 08. Ameaças, segredos, chantagens, mistérios, e descobertas


Fanfic / Fanfiction Os mutantes: Histórias de uma realidade paralela, parte 1... - 08. Ameaças, segredos, chantagens, mistérios, e descobertas

"Aquele que vive de combater um inimigo tem interesse em o deixar com vida".

Friedrich Nietzsche

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Continente: Guarujá, chácara das flores...

  Guiga estava muito preocupado, pois, depois que começou a chantagear a doutora Júlia, coisas estranhas começaram a acontecer, ele se sentia vigiado o tempo todo, e a mesma coisa acontecia com a Érica. Os dois estavam com medo da própria sombra, sentindo que talvez, eles pudessem ser as próximas vítimas, da onda de assassinatos, envolvendo a clínica da Progenese, e a família Mayer. Os principais suspeitos dos crimes, eram, o polícial, Roberto Duarte Montenegro, e  artista de circo Samira Beatriz dos Santos Luz, que na verdade, era a única filha da fundadora e antiga presidente da Progenese, Mariana Mayer, que havia sido assassinada pela própria filha, aparentemente. Samira Mayer ao que tudo indicava havia sequestrada pelos pais adotivos, donos do circo onde a mesma trabalhava no trapézio, e com o número das espadas, também sendo uma exímia acrobata.

  Guiga e Érica sabiam de tudo isso, porque acompanhavam os jornais, que não falavam de outra coisa, a não ser sobre os crimes da Progenese. Érica tremia de medo, sentindo que algo muito ruim estava prestes a acontecer, tanto com ela, quanto com o Guiga, a qualquer momento, e tudo porque eles ousaram desafiar a doutora Júlia.

- Eu te avisei para não fazer isso, que era perigoso - Diz Érica quase roendo as unhas, de ansiedade - E não é só isso, ontem mesmo, vi algumas espécies de ovnis nos céus, e senti como uma ameaça, a nós.

- Ovnis? Fala sério, se bem que, isso que você falou, até que daria um bom filme, " A ameaça que veio dos céus", o que acha disso? - Ele ironiza, quase revirando os olhos - Olha, tudo bem que a doutora Júlia pode ser perigosa, e pode até mesmo, mandar nos apagar, mas daí a envolver seres de outro planeta, já é um pouquinho demais, você não acha, não, Érica?

- Eu não achei nada engraçado, você ficar tirando chacota da minha cara, Guiga, mesmo porque eu não estou para brincadeiras, e nem tão pouco estou inventando nada, eu vi mesmo ovnis no céu e me senti muito intimidada, por eles - Ela engole em seco, bastante tensa - E te digo mais, levando em conta as experiências genéticas da louca da doutora Júlia, eu não duvido nada, que a tecnologia que ela usa, seja do espaço, e que, ela pode muito bem, ser um ser de outro planeta, uma alienígena.

- Não existe esse negócio de alienígena, Érica, você anda vendo filmes de ficção científica demais, e na certa deve ter visto reflexos de alguma coisa no céu, e automaticamente começou a pensar que pudesse ser algo de outro planeta, e que claramente não eram - Mesmo não acreditando nisso, ele ainda estava com medo do que pudesse acontecer com eles - Seres de outro planeta não existem, então vê se coloca isso na sua cabecinha de vento, por favor, já que temos problemas maiores nas mãos, e eles não incluiem fantasias da sua mente.

- Por que vocês estão brigando agora? Posso saber? - Pergunta Vivi entrando na sala - Ou será que é mais um segredinho de vocês dois?

- A Érica está me dizendo que acredita em seres de outro planeta - Balança a cabeça levemente, em forma de desaprovação - Em ovnis e tudo mais, só que eu não acredito nem um pouco nisso, e estou dizendo isso pra ela.

- Bem, eu também acredito que exista vida fora do nosso planeta - Diz Vivi, um pouco séria - Mesmo porque, vivemos em um universo enorme, existem inúmeras galáxias, e muitas delas são desconhecidas, de modo que, é mais do que plausível, que exista vida fora da Terra, mesmo que até então, ninguém jamais tenha provado isso, Guiga.

- Ah não Vivi, até você? Fala sério, por favor - Ele então, revira os olhos, meio entediado - Pelo visto, a loucura da sua irmã, é de família, só pode, já que vocês duas, são completamente loucas, se acham que existem seres de outro planeta, e tudo mais.

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Ilha do Arraial: cofre secreto do laboratório subterrâneo da doutora Júlia Zaccarias...

  Maria estava em sua cela, tentando meditar, mesmo com as correntes em seus pulsos e tornozelos, a machucando de vez em quando, principalmente quando ela se movimentava. Ela sentia a falta de Sophia, que era mais que uma amiga para a mesma, mas até que Maria tentava se distrair um pouco, mesmo alguns dias, sendo mais difíceis, do que outros. Maria não suportava Kidor, e mais recentemente Rowan, que sempre davam um jeito de torturar o seu psicológico. Só que ela já não se deixava mais abalar por eles, o que não significava que o seu ódio por eles, por cada um deles, em especial, por Júlia e Calíope, aumentasse a cada dia. Meditar até que a estava ajudando um pouco, mas mesmo assim, não era o suficiente, para a fazer odiar menos, quem a menteve presa por mais de trinta anos, como se ela fosse um animal, quase uma besta fera.

  A vida de Maria não estava nada fácil, na verdade, nunca foi, e a sua inveja da sua irmã gêmea, aumentava a cada dia. Samira havia crescido em um circo, cheia de amor, ao passo que Maria viveu a sua vida inteira em uma cela, como uma besta selvagem, uma arma secreta nas mãos de seres de outro planeta, sem amor, sem sentir o carinho de uma mãe, que nunca poderia ama - lá, sendo incapaz disso, em todos os sentidos. Enquanto pensava nisso, acabou sendo interrompida pela presença de Rowan, em sua cela.

- O vidente aqui em minha cela, mas quanta honra, só que não - Diz ela, ironizando a presença de Rowan em sua cela, mesmo de olhos fechados, meditando - Aposto que veio me fazer mais uma de suas propostas irrecusáveis, não é mesmo?

- Você sabe que sim, já que aceitando minha proposta, você pode ter tudo o que quiser, e mais um pouco - Diz ele, cruzando seus braços na frente do próprio peito, ficando o mais longe possível dela - Basta apenas nos obedecer em tudo.

- Ser mais uma marionete sua e do seu povo hipócrita - Abre os olhos, e fica de pé, de um salto - E suponho que para vocês me darem tudo o que eu quero, bem - Se faz que está pensando um pouco - Eu tenha que matar a minha irmã gêmea, quando ela aparecer por aqui, para ocupar o lugar dela, assim que ela for inocentada de todos os crimes, que ela não cometeu.

- Basicamente isso - Dá de ombros, um pouco indiferente - Iu seja, para ter tudo que deseja, antes dr mais nada, você precisa se livrar da sua irmã, além de nos obedecer cegamente, o que me diz disso, então?

- Ainda tenho que pensar nisso, nessa sua proposta - Ela o olhava com desprezo, e vice versa - Em outro momento, lhe darei a minha resposta, pode acreditar.

- Como queira, mas pense logo nisso, para me dar uma resposta mais do que definitiva, Maria - Diz Rowan, colocando seus braços para trás, os cruzando atrás de suas costas, com um olhar cínico - Já que o tempo, sem a menor sombra de dúvidas, não está, ao nosso favor, como você bem deve imaginar, minha cara.

- Eu sei, mas isso não significa, que eu não tenha o meu próprio tempo, para pensar na sua proposta - Seus olhos estavam cheios de ira, mal contida, naquele momento - E ele não tem nada haver com o seu, Rowan.

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Continente: São Paulo, Guarujá, clínica de reprodução da Progenese...

  Júlia estava se preparando pra ir para a ilha, ela já havia apagado de todos os computadores as fichas que tinha dos projetos, Alfa e DNA, sendo que tinja cópias dos mesmos nos computadores da ilha. Ruth ficaria no seu lugar, isso já estava mais do que decidido, já que ela era a única em quem Júlia realmente confiava, já que nem mesmo com a Célia, a mesma poderia contar, mesmo a estando ajudando a engravidar de Danilo Mayer. Júlia estava cheia de problemas, e muitos deles, eram por causa de Luís Guilherme Batista Meneses, sua esposa Viviane e também, sua cunhada, Érica Fiqueira Ramos. Érica e Guilherme a estavam ameaçando, querendo mais dinheiro, já Viviane fazia quase a mesma coisa, só que, por um motivo diferente, ela queria saber das sobrinhas dela, Leonor e Bianca, que faziam parte de algo importante demais, e Justamente por isso, estavam na ilha. Enquanto pensava nisso, Júlia acabou recebendo uma mensagem de Isabelly, ela havia descoberto onde Sophia estava, no Rio de Janeiro.

  Só que naquele momento, Sophia era o menor dos problemas de Júlia, já que além da família Figueira Meneses, ela também tinha que lidar com o Josias Martinelli, e as suas ameaças. E como se isso não bastasse, Júlia ainda tinha que lidar com a família Mayer, que para ela não passava de um bando de parasitas, e o mesmo valia para os mais jovens, mesmo eles fazendo parte do projeto DNA. Enquanto pensava nisso, enviava alguns e - mails importantes, para o seu filho mais velho, lhe dando mais uma missão muito importante, a mando de Calíope.

- "As coisas estão saindo do meu controle rápido demais" - Pensa consigo mesma - "Mas logo tudo estará no seu devido lugar"...

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Casa dos Montenegro...

  Dalva mais do que nunca estava se lembrando do seu marido, Valentim e da sua última gravidez, que era de gêmeas, mas uma delas acabou nascendo nanimorta. Ficar longe do seu marido, sem nem ao menos saber se ele estava vivo ou morto, era uma dor sem tamanho, para ela, mesmo ela bancando a forte quase o tempo todo, principalmente na frente do seus três filhos, Sarah, Marcelo e Roberto. Aliás, Dalva estava mais do que preocupada com o Roberto, que agora era um foragido da polícia, acusado de crimes, que ele não cometeu, e nem poderia.

  Enquanto pensava nisso, e em muitas outras coisas, Tati acabou se aproximando dela, ela parecia bastante preocupada e com razão. Já que não fazia nem um ano, que ela havia perdido a sua mãe, e a vida de seu pai estava em um perigo constante, desde que ele decidiu expor o escândalo dos mutantes.

- Vovó, eu sei que eu não deveria me preocupar tanto com o papai e com a Samira, só que, eu não posso evitar, de me sentir assim agora - Se senta ao lado de sua avó no sofá - Eu já perdi a minha mãe, e não quero perder o meu pai, e a Samira que é meio como se fosse uma segunda mãe pra mim, já que eu sinto que o meu pai e ela vão ficar juntos, algum dia vó.

- Nada de mal vai acontecer com eles, tenho certeza, Tati - A abraça por alguns instantes, e beija o topo da cabeça dela, com carinho - Você também tem que pensar assim, já que pensamentos atraem, minha querida.

- Eu sei vovó, eu também acredito, e muito, na lei da atração - Suspira pensativa - Mas mesmo assim não deixo de me preocupar, e não só com o meu pai e a Samira, mas também com o tio Celo, a tia Sarah, e tantos outros mutantes, que correm perigo nas mãos desses bandidos.

- Você é uma menina de ouro, mas já sofreu tanto na vida - Dalva não gostava nem um pouco de ver a sua neta daquele jeito, mas infelizmente sentia que não poderia fazer nada por ela, pelo menos, por enquanto - Se eu pudesse, arrancava toda essa preocupação da sua mente, só que bem, eu não posso fazer isso.

- Tudo bem, vó, acho que meio que faz parte do meu amadurecimento, aprender a lidar com os meus sentimentos, sobretudo os negativos, como a preocupação e a dor, por exemplo - Nisso ela percebe que mais uma vez, sua vó está vendo fotos do seu avô - O Vovô era tão bonito, bem parecido com o meu pai e o tio Celo, pena que ele não está mais aqui, e eu nem o conheci, será que ele teria gostado de mim?

- O Valentim teria te amado muito, minha querida - Diz Dalva abraçando sua neta, mais uma vez - Disso, eu não tenho a menor dúvida, Tati.

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Ilha do Arraial: cofre secreto do laboratório subterrâneo da doutora Júlia Zaccarias...

  Daniel não parava de sonhar com a mesma mulher de sempre, só que não se lembrava do nome dela, ao passo que Dimitri tinha um nome em sua mente, Luna, mas não tinha um rosto em suas lembranças. Ambos não se lembravam de nada, e continuavam sendo torturados por Kidor, que sentia prazer em fazer isso, Rowan também os torturava sempre que podia, mas fazia um tempo que nenhum deles via Lilith, e menos ainda, Calíope. Daniel também sentia que o nome que usava não era seu, e isso o deixava muito frustrado, já que ele não conseguia se lembrar de nada, nem mesmo do seu próprio nome, e o mesmo acontecia com Dimitri.

  Enquanto pensava nisso, Daniel percebeu que Dimitri estava tendo mais uma de suas dores de cabeça, algo que sempre acontecia com ambos, quando eles tentavam se lembrar do seu passado. Ao se aproximar de Dimitri, sua cabeça também começou a doer bastante, já que ele estava tentando se lembrar de quem era, assim como o seu amigo, que estava tendo uma dor de cabeça, ainda mais intensa do que a dele, naquele exato momento.

- Essas dores de cabeça ainda vão me matar, juro que vão - Diz Dimitri muito irritado - Eu não aguento mais isso, essas dores testam o limite da minha resistência, Daniel.

- Elas fazem a mesma coisa comigo, Dimitri, mas por enquanto, não podemos fazer nada - Suspira, com dor de cabeça - Sonhei com ela de novo, dessa vez foi um sonho bem diferente... Ela estava com um bebê nos braços, um menino, e estava grávida de alguns meses, e eu senti que ela estava grávida de um outro menino... E nem sei como senti isso, sendo que ela estava grávida ainda, no meu sonho.

- Isso é maravilhoso, Dani, isso significa que logo você vai se lembrar do nome dela - Ele estava muito feliz, por seu amigo - Espero começar a me lembrar da Luna também, caso contrário, eu nem sei quanto tempo mais, vou suportar essa falta de lembranças, Daniel.

- Sei bem como você se sente, ainda mais com as torturas do Rowan e do Kidor, o pior deles - Faz uma longa pausa, antes de continuar com aquela conversa toda deles. Conversa essa, que ficava mais difícil, a cada segundo, para ambos - Mas pelo menos, a Júlia não apareceu mais por aqui, com suas mentiras, me dizendo que somos marido e mulher.

- Também não gosto nem um pouco, da Júlia - Sua cabeça para de doer, por um momento - Ela nunca me inspirou a menor confiança, e lhe digo mais, desconfio que Lilith e ela sejam a mesma pessoa, Dani.

- Também tenho essa mesma desconfiança - Sua cabeça também para de doer - E não duvido nada de que ela também seja essa tal Calíope, que nenhum de nós, nunca viu.

- Eu acho que não, pois, já vi a Calíope uma vez, Daniel - Diz ele - E ela não é nem um pouco, parecida com a doutora Júlia, meu amigo.

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Continente: São Paulo, pensão da dona Simone...

  Além de Paolla e Lucinha, Simone tinha agora mais uma hóspede, o seu nome era Glória, mas todos a chamavam de Glorinha, e ela era prima da Lucinha. Isso nem era um problema para Simone, já que ela gostava de suas hóspedes, mesmo muitas vezes elas não pagando o aluguel em dia, já que além de suas inquilinas, elas também eram suas amigas. A vida de Simone até que estava indo bem, ela estava namorando o avô do Lucas e da Janete, o Mauro Fontes, que havia perdido sua filha recentemente.

  Mas Simone não deixava de se preocupar com sua filha mais nova Gabriela, e de se perguntar onde estaria sua outra filha, Ana Gabrielli, que fugiu de casa com um artista de circo, quando tinha quinze anos, e até hoje não havia voltado. Indo para o quarto de sua filha, Simone percebeu que a mesma estava acordada, sentada em sua cama, em uma espécie de transe, ou algo do tipo.

- Oi querida - Se aproxima dela, se sentando ao seu lado, na cama, muito preocupada - Como você está hoje, meu bem? Estou preocupada com você, pois, me parece que os remédios, não estão mais te fazendo muito bem, Gabriela.

- Eu sinto saudades do Nick - Simone sabia quem era Nicholas, e para ela o mesmo havia morrido em um acidente de avião, só que ela não dizia isso a sua filha - Ele me disse que voltaria para me buscar, e até agora não voltou, será que ele não me ama mais, mamãe?

- Ele deve te amar, esteja onde estiver, querida - Ela não gostava de mentir para a sua filha, mas era o melhor que  Simone poderia fazer por ela, naquele exato momento - Só não deve ter tido tempo, para te buscar, filha.

- Você deve estar certa - Ela falava coisa com coisa, nem sabia em que ano estava mais - Mas cadê a Ana? Faz tempo que não vejo a minha irmã, e o papai? Onde está o meu pai? A Ana e ele ainda brigam muito por causa do Pepê, mãe?

- A sua irmã está morando em um outro lugar - Ela não queria dizer que Ana havia fugido de casa, e nem nada disso, para sua filha - E anda trabalhando muito, por isso não vem aqui, com tanta frequência.

- Acho que o que você diz faz muito sentido - Gabriela parecia mais uma criança, do que uma mulher de mais de quarenta anos - Mesmo assim, eu sinto, e muito, a falta da minha irmã mais velha, que sempre foi a melhor amiga, e desde sempre, sei que posso contar com ela, sinto falta dela.

- Eu também sinto falta da sua irmã, e como, Gabriela - Faz uma pequena pausa antes de continuar com aquela conversa toda delas. Conversa que ficava mais difícil, a cada segundo, para  a Simone - Mas quem sabe um dia, a vejamos novamente, querida.

- Também quero isso, rever a minha irmã, mais uma vez - Nisso, ela volta a pensar no Nicholas - Eu também quero muito rever o Nick, mamãe.

- Talvez um dia - Ela engole em seco, sentindo uma bile se formar em sua garganta - Você o veja de novo...

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Ilha do Arraial: cofre secreto do laboratório subterrâneo da doutora Júlia Zaccarias...

  Em sua cela há mais de trinta anos, Nicholas não parava de pensar em Gabriela, ao seu lado estava Titanium, que havia perdido um irmão recentes, Tártaros, ele havia sido morto por Calíope, já que assim como Nicholas e Titanium, ele também era um traidor de seu próprio povo. Titanium e Nicholas haviam traído os seus, pelo mesmo motivo, ambos haviam se apaixonado por quem não deveriam, e não se arrependiam nem um pouco, disso, bem na verdade. Nicholas havia se apaixonado por Gabriela dos Santos, e Titanium por Maria Lúcia, mais conhecida como Malu, a esposa de Aristóteles Mayer.

  Ambos sabiam demais, e mais do que tudo queriam sair daquela cela, e não apenas para irem atrás das mulheres que amavam, mas também para se vingarem de Kidor, Rowan, Lilith, e acima de tudo de Calíope. Pois, eles odiavam Calíope, muito mais, do que, aos outros, pois ela era a líder deles, e quem os havia aprisionado naquela cela, há mais de trinta anos.

- Mal vejo a hora de sairmos desse maldito inferno - Começa Nicholas andando de um lado para outro, mais irritado do que nunca - Eu prometi a Gabriela, que iria busca - lá quando chegasse o momento certo - Suspira, muito frustrado - Só que ao que me parece, esse momento certo nunca chega, Titanium.

- Eu sei exatamente como você está se sentindo - Pensa em Malu e também no seu irmão - Já que também desejo sair daqui, para poder me vingar de todos os que nos aprisionaram, em especial, você sabe quem, Nick.

- Sim, Calíope, também quero muito acabar com ela, e você não imagina o quanto - Ele odiava Calíope, porque ela havia usado o seu DNA, sem a sua autorização em duas de suas experiências, Isabelly, e Rachel, a doutora Júlia a ajudou nelas, mas a ideia de usar o seu DNA foi única e exclusivamente de Calíope - Mas isso meio que não vem ao caso agora.

- Você tem razão, Calíope ainda vai pagar por tudo que nos fez, um ser como ela, incapaz de amar as próprias filhas, não merece continuar existindo, Nicholas - Diz ele ao se lembrar, da maneira fria que Calíope matou seu irmão - Eu desejo mais do que tudo destrui - lá - Nisso ele começa a pensar em Malu - Também desejo reencontrar a Malu, a única mulher, que fui capaz de amar, mesmo sabendo que ela estava comprometida com o idiota do Aristóteles Mayer, Nick.

- Eu te entendo, já que sinto falta da minha Gabi - Diz ele com um ar apaixonado - Assim como sinto que ela também sente a minha falta.

- Vamos sair daqui, eu só não sei quando, mas sinto isso - Nisso os olhos de ambos focam negros, por alguns instantes, mas logo voltam ao normal, muito rapidamente - Na verdade, eu sei muito bem disso, Nick.

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Continente: São Paulo, casa dos Montenegro...

  Dalva e Tati haviam saído um pouco, para tentar se distrair, já Marcelo e Sarah ficaram em casa, ela parecia ter a sua mente longe dali, e ele também, mesmo que, por um motivo completamente diferente. Sarah gostaria de estar pensando em sua faculdade de sociologia e psicologia, já que ela estava fazendo dois cursos ao mesmo tempo, para tentar ocupar a sua mente de alguma maneira, mas ela não conseguia pensar nos seus cursos, e nem em nada disso.

Marcelo pensava na conversa que teve com Pedreira, da formação do DEPECOM, e da primeira missão deles, que seria na ilha. Ao passo que ele também pensava em Samira e Beto, que agora, eram oficialmente, um casal, além de se sentir muito culpado, por ainda desejar a Samira, mesmo ela sendo a namorada do seu irmão mais velho.

- Meus pensamentos estão bem longe daqui, mas os seus parecen estar em outro planeta, Celo - Ambos estavam na sala, um de frente para o outro, pensativos - Porque você parece bem longe daqui agora, com a mente quase voando para o espaço.

- Você também - Sorri fracamente para ela, antes de continuar com aquela conversa toda deles. Conversa que estava apenas no início - Eu pensava em muitas coisas, que meio que me incomodam muito, mesmo eu dizendo que não, na maior parte do tempo, Sarinha.

- Eu te entendo bem mais do que você imagina, meu irmão - Ela estava sendo sincera com ele - Já que também estava pensando em algumas coisas bastante desagradáveis, como, no desaparecimento do nosso pai, e a morte da nossa irmã, assuntos mais do que proibidos aqui em casa, dentre outros, que nem vale à pena, comentar, você sabe.

- Sim, ô se sei - Respira bem fundo, para tentar se controlar um pouco mais diante de sua irmã - Em breve o DEPECOM terá a sua primeira missão na ilha do Arraial, eu deveria estar pensando um pouco mais nisso, só que os meus pensamentos estão todos com a Samira e o Beto, e não penso neles da maneira mais correta, se é que você me entende.

- Você ainda pensa que é apaixonado pela Samira, e se sente muito culpado por isso, já que o Beto é o seu melhor amigo e ela a namorada dele - Sarah sabia, aliás todos sabiam que o Marcelo e o Beto estavam apaixonados pela Samira - Você não tem culpa disso, ninguém tem, na verdade, Celo.

- Por mais, que eu saiba que você está certa, Sarah - Sente uma bile se formar em sua garganta, o impedindo de falar por alguns instantes - Não deixo de me sentir culpado, por estar apaixonado, pela namorada do Beto, mesmo ela nunca me dando nenhum tipo de esperança, muito pelo contrário, até fora, ela já me deu, antes de começar a namorar com o nosso irmão, Sarinha.

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Rio de Janeiro...

Por mais que Sophia gostasse de Amadeus, ela não confiava nele o suficiente, para lhe contar toda a verdade. Amadeus por sua vez, sentia que ela não confiava nele, e isso era meio frustrante para ele, só que o mesmo não dizia nada a Sophia, que acaba meio que sentindo o desconforto dele, em muitos momentos. Não que Sophia pensasse que Amadeus fosse prende - lá, nem nada do tipo, ela apenas o queria manter na ignorância sobre a sua verdadeira origem e os seus poderes, apenas para o manter seguro.

Sophia ainda estava no apartamento de Amadeus, só que os dois só haviam até então, trocado alguns bejjos, sem avançar muito no seu relacionamento, e eles até que se sentiam bem com isso, sobretudo ele. A única coisa que Amadeus não aceitava muito bem, era o fato de que, Sophia não confiava cem por cento nele, e nem estava lhe dizendo toda a verdade sobre si mesma, bem na realidade.

- Olha, eu não quero ser um cara chato, e nem nada - Começa como quem não quer nada - Mas não posso te ajudar a localizar a sua família, se você não me conta tudo sobre a sua vida, quem você é de verdade?

- Não estou te entendendo - Ela se faz, de desentendida - Eu já te falei tudo que eu sabia, mais não posso te contar, porque não há mais nada para saber, Amadeus, e você precisa acreditar em mim.

- Eu quero muito acreditar em você, e só Deus sabe o quanto - A encara muito sério - Só que a minha intuição me diz que você não está sendo cem por cento sincera comigo, e bem, a minha intuição raras vezes se engana com alguma coisa, Sophia.

- Pois dessa vez, a sua intuição está mais do que equivocada - Diz ela, um pouco sem paciência - Pois estou sendo mais do que sincera com você, como jamais fui com ninguém, e por que eu mentiria para você? O que eu ganharia com isso?

- Porque você não quer que eu saiba que você é uma mutante, por exemplo, Sophia - Nisso, ela gela um pouco, por dentro - É isso Sophia? Você é uma mutante? É isso que você esconde de mim?

- Mutante? Mutantes não existem na vida real, só na ficção - Ela tenta desconversar - De modo que, não teria como eu ser uma mutante.

- Os mutantes existem, sim, e acho que você sabe disso - Recomeça ele, desconfiado - Pelo menos, é o que o polícial federal de São Paulo, Roberto Duarte afirma, mesmo sendo um foragido da polícia, cúmplice de Samira Mayer, de praticar os crimes da Progenese.

- Eu não sou uma mutante, e nem poderia ser - O mira bem nos olhos, muito séria - E se você não acredita em mim, e nem em nada, do que eu digo, acho que não posso continuar na sua casa, Amadeus.

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São Paulo, em algum hotelzinho nos arredores do Guarujá...

Samira ainda estava un pouco abalada pela prisão do Bené e dos seus pais, que foi mais do que injusta, pois aquelas prisões eram como uma espécie de vingança do delegado Taveira contra ela. Mas mesmo abalada, Samira se sentia muito bem ao lado do Beto, que era o grande amor da sua vida. Ela nem pensava mais no Noé, mesmo a filha dele, a Grazy, sendo muito importante para ela, quase uma filha. Beto também estava cheio de preocupações, sendo a principal delas, a sua filha, Tati.

A situação não estava nada boa nem para o Beto e muito menos para a Samira, que estavam sendo perseguidos injustamente, sendo acusados de crimes que não cometeram. Além de estarem na mira dos verdadeiros responsáveis pelos crimes, dos quais, eram acusados, mais do que, injustamente.

- Não sei se essa sua ideia é muito boa, Beto, ir atrás de mutantes - Ambos estavam tomando café da manhã, haviam acordado um pouco tarde, mas não perderam a hora do café da manhã - As famílias deles podem não gostar nem um pouco disso, você sabe, que corremos esse risco, né?

- Mesmo assim temos que tentar, já que a vida de todos os mutantes está em perigo, e não apenas a da minha irmã, da Tati, minha filha, e a sua, Samira, eu sinto isso - Engole em seco, após beber um gole do seu café, preocupado - Na verdade, eu sei muito bem disso, Samira.

- Eu sei que o que você está falando é verdade, mesmo assim - Bebe um pouco do seu suco de laranja, e come uma fatia de sua torrada - Não me sinto a vontade indo até essas familias, e só não sei o porquê disso, bem na verdade.

- De certa forma, os seus receios são mais do qur justificáveis, afinal de contas, somos foragidos da polícia, mesmo sendo inocentes - Ele a mirava bem nos olhos sendo bastante compreensivo com ela - E isso pode pesar muito contra nós, caso alguma das famílias dos mutantes que vamos ver, queira nos denunciar para a polícia, acreditando que somos culpados de todos os crimes.

- Era justamente nisso que eu estava pensando, Beto - Havia um certo medo nos olhos de Samira - Eu não quero voltar para aquela carceragem, mas estou com mais medo, da possibilidade de termos que ir até a Ilha do Arraial, e você sabe muito bem, o porquê disso.

- Sim, você me contou sobre os seus pesadelos, que não são nada além disso, meu amor - Ele pega em uma das mãos dela, a que estava sobre a pequena mesinha onde estava o seu café da manhã, e a acaricia com os seus dedos - Nada de ruim vai te acontecer, caso a gente vá mesmo pra essa ilha, eu te prometo.

- Mas e se alguma coisa acontecer com você, Beto - Ela engole em seco, só de pensar nisso - Eu não ia aguentar te perder, ia ser o fim, pra mim, e espero que saiba disso.

- Você não vai me perder nunca, minha linda - Diz ele muito convicto, e decidido - Eu te juro isso, aqui e agora, Samira.

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Guarujá: próximo a chácara das flores...

Guiga e Érica estavam um pouco distantes de casa, bem onde ela viu ovnis no céu, não que ele acreditasse nisso. Só que Guiga sentia que deveria dar o benefício da dúvida para a Érica, antes de qualquer coisa, ao passo que continuava temendo pela vida de Érica e pela sua também, agora que eles haviam provocado a doutora Júlia, e ela não era do tipo, que perdoava uma chantagem, e nem nada do tipo. Érica estava com medo de estar no mesmo local onde viu os tais ovnis ameaçadores, pois, eles poderiam, de alguma forma, terem alguma relação com a doutora Júlia, e as experiências malucas dela, mesmo que o Guiga não acreditasse nem um pouco nisso, na realidade.

Guiga por sua vez, estava mais preocupado em ser visto pela Vivi com a irmã dela, e a mesma começar a desconfiar de seu caso com a mais jovem. Ele também estava preocupado com o que a doutora Júlia poderia fazer contra a Érica e ele, agora que eles haviam feito novas chantagens e ameaças a ela, em troca de dinheiro. Algo que ela não gostou nem um pouco, e Guiga sabia perfeitamente disso, pelo modo que a mesma falou com ele, pelo celular, assim que conseguiu falar com ela.

- Então foi aqui que você viu os tais ovnis, Érica? - Ele pergunta em tom de troça, não acreditando nem um pouco nas palavras dela - Bem, só falta me dizer que viu os homenzinhos verdinhos de Marte, também, fala sério, Érica, você no mínimo, deve estar impressionada com os mutantes e acha que eles são coisas do outro mundo, e está começando a ter alucinações.

- Eu não estou ficando louca, se é isso que está me dizendo, ou pensando, já na intensão, de me passar para trás, quando a doutora Júlia lhe pagar o que você exigiu dela, para não confirmar os boatos dos mutantes, na imprensa, Luis Guilherme - Ela já estava perdendo a paciência com o Guiga, naquele exato momento - Eu vi ovnis no céu, eles pareciam mesmo ser naves alienígenas, pensa bem, que motivos eu teria para inventar uma coisa dessas, Guiga?

- Eu não disse que você estava mentindo, ou que está ficando paranóica, e nem nada disso - Diz ele, se justificando de novo - Estou apenas dizendo que você pode ter se confundido, pensando ter visto uma coisa, quando na verdade, viu outra, completamente diferente.

- Pois então, veja o meu delírio agora, com os seus próprios olhos - Nisso eles vêem uma espécie de nave alienígena, se aproximando cada vez mais deles dois, naquele momento - E então, você ainda acha que eu estou confundindo as coisas, Guiga?

- Meu Deus - Ele estava em estado de choque, mal conseguia se mexer direito, e o mesmo acontecia com a Érica, conforme a nave se aproximava mais deles - Você não estava mentindo, como eu pensava, meu Deus, existem mesmo seres de outro planeta, mesmo vendo, eu não consigo acreditar nisso.

- Eles parecem estar vindo atrás da gente agora - Ela estava com muito medo - Guiga, eu não quero ser abduzida...

Nisso, anges que eles pudessem fazer qualquer coisa, para fugirem, de onde estavam, acabam sendo abduzidos pela nave, que logo desaparece, tão rapidamente quanto apareceu, e sem deixar nenhum rastro.

Continua...



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