História Os três lados do guerreiro - O trabalho de cada um

Já fazia algumas semanas desde que Ulquiorra, Halibel e as fraccions estavam andando pelo deserto do Hueco Mundo, as quatro a frente e eles a quase dois metros para trás, os Arrancas não eram exatamente o grupo mais entrosado, mas a distancia que ele mantinha de todos era realmente estranha. Na verdade para os hollows era mais normal alguém com uma personalidade destrutiva do que a calma absoluta que ele carregava consigo.

Uma das servas da espada se aproximou e comentou, Apacci, a menor delas que tinha cabelos escuros curtos e olhos de cores diferentes, ela a mais esquentadinha do grupo começou a reclamar baixinho da companhia do pálido:

- Senhora temos mesmo que andar com esse cara?

- Você tem algum problema com o Ulquiorra Apacci?

- Dá uma olhada nele senhora! O cara parece que está morto! Se não bastasse a aparência de cadáver ele não fala nada e fica com essa cara.

- Apacci isso é um desrespeito com um superior – Franceska, a morena de pele bronzeada a repreendeu – Temos que respeitar a personalidade dele e...

- Mentirosa! Eu vi que você evita olhar para trás por que tem medo de olhar nos olhos dele!

- Ora sua miserável eu vou...

- Garotas parem com isso! – a líder se pronunciou – além dele ser um aliado a sua aparência não tem com a nossa misão.

- Mas vocês tem que admitir que ele é bem charmoso – Cyan agora começou a conversa.

- O que?! – Apache exclamou – Sério mesmo!

- Sim acho, ele é bem mais elegante do que a maioria e não fica gritando por ai caçando briga como o resto – nesse momento ela olhou para ele – Fora esse jeito misteriosos e...

Ela enquanto ela falava dele viu ele desaparecer do nada deixando somente poeira para trás e então reapareceu ao lado das moças, ele então falou com Halibel em seu tom frio:

- Chegamos à área de onde o projétil foi arremessado, vou começar as buscas.

- S-sim senhor – Cyan falou envergonhada pelo jeito que ele se aproximou enquanto ela falava dele.

- Usara sua pesquisa Ulquiorra?

- Sim, então peço que não usem seus poderes nos próximos minutos para facilitar o rastreamento de qualquer vestígio espiritual.

Elas assentiram com a cabeça enquanto ele colocava as mãos na areia para usar a técnica que era um tipo de “sonar espiritual”, por conta de sua calma e concentração excepcionais técnicas assim eram a especialidade do arrancar.

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As coisas na Sereitei se normalizaram com o tempo, as coisas não voltaram a ser como antes é claro, a ameaça da guerra e as mudanças no governo aumentaram muito a agitação e a correria no lugar, mas agora havia um ritmo e uma ordem nessa agitação já que as coisas haviam se acertado. Rukia particularmente estava gostando da situação, afinal era conseguiu voltar ao seu serviço normal e conseguia tarefas que não colocavam sua vida em risco a todo o momento. Agora por exemplo estava entregando documentos e papeis nos esquadrões, agora por exemplo estava indo no escritório de um amigo muito próximo.

Ela entrou na sala e ficou desnorteada de cara, pilhas e pilhas de papeis, cadernos, e pergaminhos. Era tanta coisa que Ichigo quase ficava escondido atrás das montanhas de papel, ela viu o ruivo observando os arquivos com um olhar vazio ao lado de um copo de água, mas o mais estranho mesmo era o fato de ter uma menina de cabelos verdes e uniforme de shinigami desenhando no chão.

Ela então chamou ele:

- Ichigo.

-...

- Ichigo.

-... – ele permanência em silencio.

- Ichigo! – ela se irritou, gritou e jogou a água nele.

- Há! Mas que merda foi... Rukia? O que se ta fazendo?

- Te acordando! Você não me responde quando eu chamo!

- Desculpa tá bom! Só tava tentando terminar isso hoje.

- Mas o que é isso tudo afinal?

- Trabalho e papelada, me mandaram tudo isso ontem para eu examinar.

- Espera um pouco, mas seu cargo de guardião não era justamente para você operar fora das limitações do resto?

- Sim, mas isso não é da Gotei 13, é tudo a respeito da entrada da minha família a nobreza.

- Nossa, mas quanta coisa...

- Vou queimar tudo!

- O que? Por que?

- Há maioria é conversa fiada que os nobres mandaram- falou jogando os papéis pro alto - propostas de comercio, contratos, casamento, convites e eu não to com saco para isso, tenho pessoal para organizar, treinos para fazer e essas coisas...

- Falando em pessoal, já conseguiu sua equipe?

- Sim, cada capitão forneceu soldados de elite para compor a minha esquadra e eu também pedi para transferir os tenentes Kira e Hisagi para o meu comando, para tira-los da detenção.

- Não foram eles que você espancou naquele dia que fui levada?

- Você tava acordada na hora?

- Não fiquei sabendo por rumores nos corredores da Sereitei, não sente rancor deles?

- Não teria porque, foram eles que perderam a luta e no final fomos todos enganados pelos três traidores, não é Justo que ficassem presos sem ter feito nada.

- Isso é honrado da sua parte, mas Ichigo...

- Fala.

- Quem é ela?

- Ela quem?

- Como quem! To falando da menina no chão da sua sala!

- Há ela! é a Nell.

- Oie – a menina falou com uma voz doce, acenando antes de voltar seu desenho.

- Hã olá – ela acenou para ela – Então pode explicar?

- Há isso é uma história complicada.

Ele então descreveu toda a caminhada que levou ao encontro com ela para a amiga e como a trouxe para lá para que recebesse cuidados e que ficasse em um lugar seguro. Ela ao ver o quadro todo começou a discutir o assunto:

- E você só sabe o nome dela,nada mais?

- Ela é bem falante, só que na maioria do tempo só fala em brincar, ela é basicamente uma criança.

- Você já conversou com o Urahara sobre ela?

- Não.

- Mas ele é o maior especialista no Hueco mundo que há, se alguém pode saber algo sobre ela é ele.

 - É, mas eu não vou ir lá contar tudo pra ele.

-..., você não confia mais nele não é?

- Não, não confio, ele sabia sobre o Aizen há muito tempo e não avisou ninguém sobre ele, nem mesmo eu que era seu discípulo.

 - Eu sei que se sente traído, mas você não pode deixar que...

- MENSAGEM PARA O GUARDIÃO!

Um mensageiro apareceu na porta berrando e logo que interrompeu os dois continuou a sua mensagem:

- O conselho convoca você para uma reunião onde designarão sua próxima missão!

- Tá,tá fala que eu já vou.

- Sim! – e então desapareceu do esmo jeito que chegou.

- Desculpa Rukia eu tenho que ir agora.

- Tudo bem, melhor não os deixar esperando.

- Nell vamos dar um passeio, ok?

- Eba!

A menina falou enquanto escalava as roupas do rapaz e se segurou ao seus ombros.

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- Você é o líder desse grupo?

Halibel perguntou com imponência e autoridade para Morlum, os arrancars estavam dentro da caverna dos hollows os deixando em completa desvantagem e esta não era só numérica. Eles conseguiam sentir o poder dos invasores e sabiam que se resistissem contra os cinco não conseguiriam nem escapar com vida. Raul e Lana estavam petrificados de medo, os poderes de detecção dele davam a dimensão de como eles eram infinitamente mais poderosos que ele principalmente os dois lideres, já Lana sentia cada fibra de seu corpo tremer com a mera presença deles. Morlum com seu jeito irreverente respondeu, como fazia com todos, falava como se fossem velhos amigos:

- Bem líder, líder eu não sou, a caverna é minha e eu deixo outros entrarem se prometerem comportar, é claro cada um ajuda pra deixar todo arrumadinho e... Aceitam um chá?

- Err não obrigada, estamos aqui porque...

- Um café? – ele cortou.

- Estamos bem, estamos aqui á...

- Tem certeza? Nem uma água? Não temos muito, mas o que temos é para todos.

 Ela pós a mão na cara em desgosto, Halibel não conseguia acreditar naquilo “será que não existe um hollow normal no universo?” ela pesava. Vendo a desistência da colega Ulquiorra assumiu o interrogatório:

- Uma rocha foi arremessada contra nossas tropas desta região, vocês foram responsáveis?

- Vocês são de um exercito? Como é que mantém a ordem sobre os hollows? São só hollows ou tem shinigamis também? Vocês te uma fortaleza? Como fizeram uma fortaleza de areia? E

- Sim, Usando a força, Há shinigamis, temos um palácio, usamos pedra e massa a base de areia, Agora se atenha a pergunta!

- Não fui eu, fora vocês? – Ele olhou para os dois atas dele que balançaram as cabeças em negação .

- Sabe quem foi?

- Também não.

- Está há quanto tempo aqui?

- três meses.

- Há outros grupos na região?

- Não, só uns vagantes solitários de vez em quando.

- Sai muito da caverna?

- Só se houver extrema necessidade.

- Isso é tudo

- Querem ficar para o chá?

- Não temos tempo, até uma próxima.

Os dois fizera uma leve reverencia e então os arrancars sairão da caverna, lá fora Apache questionou o superior:

- Espera a gente vai embora assim sem mais nem menos? Eles...

- Terminamos a nossa missão e devemos reportar, se mais algo acontecer referente a eles seguiremos as ordens quando as recebermos, simples assim!