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História Os Vingadores: Maestrina - Virgem?


Escrita por: strangeravenger

Notas do Autor


Aaaa olha aí capítulo novo! Cheio de revelações rsrs
Aproveitem que tá beeem grande!

Capítulo 17 - Virgem?


Fanfic / Fanfiction Os Vingadores: Maestrina - Virgem?

♫ Am I Wrong – Nico & Vinz

Mudar de casa é fazer contas à vida, sopesar o tempo, despertar memórias, confrontar-se com o apego e o desapego, triar o útil e o inútil, maldizer o consumo excessivo, sujar as mãos no passado, respirar o pó do que já fomos.

Foram 7 anos de objetos acumulados, coisas com maior ou menor valor sentimental, inutilidades guardadas, pequenas preciosidades, artefatos que pensei duas ou três vezes se levaria ou não, para minha nova casa.

7 anos sem mudar de casa são, particularmente, 7 anos de papéis desorganizados, pensamentos incompletos, rabiscos e desenhos em guardanapos, redesenhos em revistas, cruzadinhas não terminadas em jornais, números de telefone sem a indicação do nome a quem pertencem, fotos de momentos compartilhados ao lado da pessoa mais especial da minha vida. Conselhos dados e risadas arrancadas pela mesma.

7 anos em que minhas lembranças e fantasmas estiveram em formação naquele lugar. E agora eu estava o deixando.

Perdida em todos esses pensamentos enquanto ouvia músicas pelos fones na intenção de me distrair durante a viagem, espantar a tristeza e fazer com que a animação prevalecesse. Retirei meus óculos e os pendurei na minha camisa, para relaxar um pouco.

Eu iria me adaptar ao local? Me daria bem convivendo com eles diariamente? Conseguiria cumprir meus deveres e obrigações de Vingadora? Perguntas que ecoavam na minha cabeça, olhos para a janela do táxi, asfalto e folhagem passando de relance.

Olhava o horário no celular, cada vez mais impaciente, desejando estar lá para ver como seria meu quarto e o futuro vivendo nele.

3 longas horas depois, percebo que chegamos, desci e disse meu nome ao interfone, repleto de botões, até um escaneador de digitais. Os enormes e cinzentos portões se abriram, paguei o taxista, peguei minha bagagem no porta-malas e adentrei o local. Logo o táxi se foi e alguém de pele vermelha escura se aproximava, ainda sem os óculos, não consegui reconhecer quem era, os coloquei e percebi que era Visão.

Visão: Bem vinda a nossa nova base de operações: o Complexo dos Vingadores.

Eu: Legal... *admirando em volta*

Visão: Gostaria de ajuda?

Ele carregava uma de minhas malas enquanto eu carregava outra.

Visão: Venha, vou lhe mostrar o seu quarto.

Ainda tinha dúvidas sobre o que exatamente Visão era, e sou o tipo de pessoa que pergunta na lata. Foi o que fiz.

Eu: Então, você é o Jarvis ou outra pessoa?

Visão: Acho que as duas opções. Um pouco do senhor Stark, Bruce Banner, e também do Ultron.

Eu: Penso que o que se sobressaiu foi a personalidade gentil e sempre disposta a ajudar quem precisa do Jarvis. *sorrindo*

Visão: Obrigado. *com uma expressão estranha*

Tô ficando louca ou ele tentou sorrir? De qualquer forma é bom saber que Visão está aprendendo a ter seu lado humano. Continuei o seguindo, me levou até um corredor com vários quartos de frente um para o outro e parou na porta de um deles.

Visão: Aqui está.

Ele deixou que eu entrasse primeiro num ato de cavalheirismo. Que. Quarto. Enorme!!! Puta merda!

Eu: Nossa...

Visão: Posso pedir que o Sr. Stark providencie outro, se não tiver gostado.

Eu: *deixei minha mala no chão* Eu não gostei... eu amei!!! Olha só isso! *rodopiando* Devia ter trazido meus móveis para ocupar todo esse espaço...

Tony: Que bom que gostou do quarto. *entrando* Acredite, bastante espaço é bom e esses móveis são suficientes.

Eu: Lindos, também! Fala sério, esse armário, essa escrivaninha, e... *impressionada* essa penteadeira... sempre quis uma penteadeira... *sentando na cama branca, assim como os outros móveis, exceto a penteadeira rosa* obrigada Tony, de coração. *sorrindo* esses criados mudos são um charme!

Tony: Eu mesmo os escolhi.

Eu: *me levantei* Que bom gosto!

Tony: Visão pode ajudar a trazer suas coisas depois.

Visão: *deixou minha mala no chão* Algo acabou de chegar, deve ser seu caminhão. *para mim* Vou conferir. *indo*

Eu: Onde fica seu quarto? *para Tony*

Tony: Meus quartos estão espalhados pelo Complexo. *ri debochada quando deu ênfase ao início de sua frase* Mas permanecerão intactos.

Eu: Ué, como assim?

Tony: Vou deixar a cidade amanhã.

Eu: O que?! Por que?! Não tem a ver com o Ultron, tem? *sério* Qual é, Tony, não pode ficar se corroendo por erros já cometidos e resolvidos! Por favor, não vá, a equipe vai ficar incompleta sem você.

Tony: Ao meu ver, ela ficará melhor. Além do mais, preciso de um tempo em paz comigo mesmo. E com minha namorada.

Eu: Quer dizer que o senhor tem namorada?

Tony: Futura esposa.

Eu: Deixa ela saber que você invadiu o quarto de uma mulher de toalha. Qual o nome dela?

Tony: Pepper Potts. E ela não precisa saber.

Eu: Mais uma gracinha e ela saberá, fica esperto. *rimos* Vou sentir sua falta. *olhos marejados*

Tony: Eu também. *nos abraçamos forte* Mando uma cartinha qualquer dia desses, faço umas ligações... pra saber como estão. *nos soltamos*

Eu: Nós também.

Tony: E se precisarem, é só chamar. *sorrindo*

Eu: Igualmente. *retribuindo o sorriso* Então, qual é a desse lugar?

Tony: Era o depósito de projetos e invenções do meu pai. Estava abandonado há anos, arranjei uma ocupação pra ele. Tem muitos quartos e banheiros, cozinha, sala de jantar, sala de estar, sala de reuniões, sala de treinamento, sala de armamento...

Eu: Meu Deus!

Tony: Sala de cinema, academia, piscina... dentre outras áreas pra lazer, vocês vão gostar. E é claro, a garagem.

Eu: A planta desse negócio deve ser enorme!

Tony: Já deixei com o Capitão caso vocês se percam e precisem usar ela como mapa. *rimos*

Visão: É seu caminhão lá fora. *chegando* Prometi ajudar Wanda com as coisas dela...

Tony: Tranquilo, eu ajudo a Lívia.

Eu: Gente, não se incomodem, posso fazer isso sozinha.

Tony: Tem certeza? *assenti*

Foram e me pus a ir ao caminhão e voltar várias vezes, pegando e trazendo caixas até meu quarto, não parei para comer, para ir ao banheiro nem para respirar direito. Eram quase 20h da noite quando avisei ao motorista do caminhão que ele podia ir, pois eu carregava as últimas 3 caixas, empilhadas uma em cima da outra, sem conseguir ver claramente o que estava à minha frente, as esbarrei na parede do quarto na tentativa de adentrá-lo.

Eu: Droga!

Xx: Precisa de ajuda?

Me virei e vi que era Steve, ajeitando coisas num quarto em frente ao meu: devia ser o dele.

Eu: Olha, não vou recusar, não.

Ele pegou duas das caixas e as deixou sobre o chão, fiz o mesmo com a que me sobrou.

Eu: Obrigada... tô exausta, e faminta. Fiz isso o dia todo, e ainda tenho que tirar tudo das caixas...

Steve: Posso ajudar.

Eu: Não precisa, deve estar ocupado com suas coisas.

Steve: Na verdade eu já terminei.

Eu: Tudo bem, então.

Começamos a tirar tudo. Tô falando das minhas coisas, galerinha. Eu hein, só pensam besteira.

Eu: Que daora, seu quarto é em frente ao meu.

Sorriu meio tímido. Ah mano, assim eu morro!

Eu: Curtiu o lugar?

Steve: É bem grande. E tem cômodos pra todo tipo de utilidade.

Eu: Tony tava citando alguns dos milhares pra mim. *rimos* Ele caprichou. Vai ser ótimo pra cumprir as missões e pra nos conhecermos melhor.

A maior parte das caixas que Steve havia aberto até aquele momento, estavam repletas de coisas dele.

Steve: Caramba!

Eu: Que foi? *me virando* Ah... digamos que eu seja uma grande fã do Capitão América.

Steve: E quanto ao Steve Rogers?

Eu: Bom, espero ser uma grande amiga dele.

Sorrimos com sinceridade um para o outro e nos silenciamos.

Eu: Tive uma ideia pra isso aqui não ficar tão chato, como uma brincadeira. Cor favorita? Você diz a sua, eu digo a minha, depois você faz uma pergunta.

Steve: Gostei... azul claro.

Eu: Rosa, sempre.

Steve: Comida favorita?

Eu: Frango. Frito, assado, grelhado, não importa como, apenas amo frango.

Steve: Lasanha.

Eu: Lasanha de frango. Ótima combinação. *rimos brevemente*

Steve: Amava a lasanha que minha mãe fazia...

Eu: Imagino que ela já tenha...

Steve: Sim. Era enfermeira, contraiu tuberculose.

Eu: Sinto muito.

Steve: Sei que está num lugar melhor.

Eu: Religião?

Steve: Cristão.

Eu: Eu também, eu acho... acredito em Deus mas nunca segui uma religião de forma concreta. Já frequentei algumas igrejas.

Steve: Dia da semana favorito?

Eu: Sexta-feira, óbvio!

Steve: Domingo.

Eu: Domingo?! Cara, você é estranho.

Steve: *gargalhou* São dias calmos.

Eu: Tão calmos que chegam a ser entediantes. E tristes, porque em seguida vem a Segunda. Cantor favorito?

Steve: Bob Crosby.

Eu: Ah, o jazz teve seu auge nos anos 40... simplesmente incrível. O pop teve seu auge no meu coração desde sempre, portanto, Michael Jackson.

Steve: O rei do pop. Uma pena eu ter perdido tudo que ele fez enquanto estava congelado. Animal favorito?

Eu: *suspirei* É uma tortura pra mim falar sobre isso... cachorros. Sempre quis ter um mas não permitiam animais no condomínio onde eu vivia. Além do mais, sou alérgica.

Steve: Sério? Também era, antes do soro. Sempre quis ter um gato e nunca pude, não sei porque ainda não arranjei um.

Eu: Sobre você ser alérgico antes do soro, já sabia.

Steve parecia assustado de um jeito engraçado, ri a beça de sua expressão.

Eu: Gatos são meio traiçoeiros, não sou fã.

Steve: Cachorros são muito grudentos.

Eu: Mas isso é que é legal, vai me dizer que tem algo legal em ser traiçoeiro?

Steve: *pensou* É, não tem. Mas eles conseguem ser bonzinhos quando querem.

Eu: Estação favorita?

Steve: Verão, com certeza. Ou qualquer outra que proporcione calor, detesto frio.

Eu: Também! Se bem que prefiro Primavera, pois é meio termo. Imagino porque não gosta de frio.

Steve: Bebida favorita?

Eu: Guaraná. É um refrigerante brasileiro.

Steve: Cerveja.

Eu: Deve ser bom poder beber o quanto quiser sem ficar bêbado.

Steve: Essa é uma das poucas coisas que sinto falta. Não posso botar a culpa na bebida por certas falas. *gargalhamos*

Eu: Vamos à acontecimentos. Situação embaraçosa que já passou?

Ele começou a rir antes mesmo de contar.

Steve: 24 anos. Meu primeiro encontro. Meu melhor amigo levou uma garota e a amiga dela. Eu até tentava me aproximar mas ela ignorava completamente.

Eu: Perdão, mas que encontro forçado! Seu amigo não tava nem um pouco desesperado em te arranjar uma namorada! *rindo*

Steve: O Bucky estava, eu não. Sabia que encontraria a parceria certa na hora certa.

Apenas sorri, romantizada com suas palavras.

Eu: O Bucky... alguma notícia dele? Eu não soube mais nada desde o ano passado.

Steve: Ainda não. Estou buscando por ele.

Eu: Espero que o encontre. Foi mau o que fizeram com ele. Bom, minha situação embaraçosa... não lembro quando aconteceu. Tava numa festa e as portas da sala de estar eram de vidro. Meti a fuça nelas. Juro que não tava bêbada!

Ele quase rolou no chão de tanto rir. Pô, Steve!

Steve: Primeiro beijo?

Como chegamos a esse assunto?

Eu: 16 anos, com um colega de classe da época. Ele saiu espalhando pra todo mundo que tinha sido o pior beijo da vida dele, e aí já sabe, olhares e fofocas sobre mim durante meses.

Steve parecia impressionado com minha afirmação.

Eu: O que? 16 anos é cedo pra Steven Grant Rogers?

Steve: Digamos que seja.

Eu: Com que idade as meninas beijavam pela primeira vez nos anos 40?

Steve: Geralmente a partir dos 20.

Eu: Hoje em dia, com essa idade, as meninas perdem a virgindade tardiamente. *pasmo, rimos*

Steve: 30 anos. Lorraine. Trabalhava como secretária na Reserva Científica Estratégica, durante a Segunda Guerra. Disse que era um agradecimento por eu ter salvo a vida de quase 400 homens. Me puxou pra um canto e aconteceu. Mas Peggy Carter viu antes que pudéssemos terminar, ela ficou possessa.

Eu: Se tiverem se beijado depois, fico satisfeita.

Steve: Sim. *sorrindo*

Eu: Que ótimo. Suspeitei desde o princípio que ela não tinha sido só sua treinadora. *sorrindo de volta*

30 anos parecia tarde, mas não o questionei, afinal, não queria deixá-lo constrangido. Até porque, cada um tem seu primeiro beijo quando quer, ué! E já que tocamos no assunto “virgindade”...

Eu: Primeira vez?

Steve se mostrou sério como se não soubesse o que responder. Será que...

Steve: Eu ainda não tive.

Como. É. Que. É?!!! Como isso é possível?! “Vem cá que a gente resolve isso agora!”, tive vontade de dizer.

Não consegui conter minha expressão de choque, percebi que ele parecia acanhado, então quebrei o clima ruim.

Eu:: 19 anos. *me olhou* Minha primeira vez, tinha 19 anos. Foi... bom.

Distraído olhando para o chão, só fez sua pergunta tempo depois.

Steve: O que mais odeia?

Eu: *suspirei* Quando me escondem coisas. Não existe nada no mundo que me irrite mais que isso. É como se a pessoa não confiasse em mim! Acho que em qualquer tipo de relacionamento é preciso ser aberto sabe? Sincero, honesto, se não, não dá certo. E você?

Me olhava admirado enquanto eu falava.

Steve: Quando me escondem coisas. *sorrindo*

Eu: Também?

Steve: *assentiu* Concordo plenamente com o que disse... você tem um escudo?! *retirando da caixa*

Eu: Fiz com antena de TV.

Steve: Você é inacreditável. *gargalhamos alto*

Eu: Gênero de filme favorito?

Steve: Animações.

Eu: Amo animações! Mas ficção científica sempre será meu amorzinho. Se bem que também curto uma boa comédia romântica...

 E assim passamos horas conversando e nos conhecendo. Tenho realmente ideias excelentes. Ainda me encontrava pasma com o que tinha descoberto, parecia impossível pra mim. Steve não é tão sério quanto descrevem, é uma pessoa bem divertida e encaixa sua seriedade nos momentos necessários. Tarde da noite terminamos de retirar todas as coisas das caixas, as levamos lá para fora e o agradeci pela ajuda. Comi algo, tomei um banho e fui dormir. Tinha um pressentimento de que o dia seguinte seria ótimo.


Notas Finais


Início inspirado no poema de Ruy Belo.
O que acharam? Deixem comentários ❤
Até o próximoo


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