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História Otherwise - Prólogo


Escrita por: Y1LING

Notas do Autor


meu deus??? eu realmente tô fazendo issokkkkkk

Bem, para quem não sabe, essa fanfic já estava finalizada há mais ou menos dois anos, então eu decidi reescrevê-la e alterar algumas coisas que não faziam sentido. Só que, pasmem, eu acabei me empolgando eu mudei muuitas coisas MESMO (o enredo e os acontecimentos mais importantes continuam intactos).

E pra quem já leu, é sério, vale a pena acompanhar essa nova versão, tem muitas coisas novas (e bem mais interessantes). Fora que a minha escrita mudou bastante aushauhsus

Sem mais enrolações, boa leitura!

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Otherwise - Prólogo

Acabado.

Seu reflexo na tela do celular gritava por socorro em alto e bom som. Não que todos os outros dias não fossem assim, mas, especialmente hoje, ele estava acabado. 

Pausou a música e tirou os fones enquanto checava o horário. 


05:45.


Mais uma noite ia com sucesso para a sua lista quilométrica de noites em claro.

Pousou o aparelho no criado-mudo ao lado da cama e pôs os pés para fora da mesma, caçando as pantufas, porém desistiu alguns segundos depois e foi descalço até o banheiro. Encarou o próprio reflexo no espelho, vendo um Naruto irreconhecível aos seus olhos. O garoto não se reconhecia mais e isso era extremamente triste. Triste pra caralho. As olheiras fundas estavam lá para sempre lhe lembrar das noites mal dormidas. A palidez estava lá para sempre lembrar-lhe que mal conseguia sair do quarto, muito menos de casa. A magreza também estava lá para o lembrar das refeições negligenciadas. 

Acabou forçando-se a abaixar a cabeça a fim de não olhar mais para aquilo no espelho, ou ele se sentiria pior. Fez a higiene matinal sem pressa alguma, estava duas horas adiantado afinal. Assim que abriu a porta do  quarto, deparou-se com Shizune, a governanta da casa. A morena sempre foi uma mãe para o Uzumaki, sendo uma das poucas pessoas nas quais ele realmente confiava. De fato, a mulher cuidava do loiro como se fosse seu filho e ele a amava como se fosse sua mãe. Ela o conhecia desde o seu nascimento, pois ia com sua mãe que na época ainda ocupava o  título de governanta. Contudo, sua mãe viera a falecer e Shizune se prontificou para assumir o cargo de sua progenitora.


– Bom dia, Naruto – pôde ver uma pitada de preocupação em seu sorriso assim que virou-se para o mais novo. Pousou a mão direita em seu ombro e suspirou. – Não conseguiu dormir de novo? Talvez devêssemos pedir para trocar de medicação. 

– Bom dia. Talvez sim… – deu de ombros. – O que faz acordada? 

Shizune piscou repetidamente, recuando um passo. Pôde vê-la comprimindo os lábios ao abaixar a cabeça. 

– Jiraiya chegou e eu não consegui pegar no sono mais.

– Ele fez alguma coisa contigo? – sem querer aumentou o tom da voz, conferindo Shizune de cima a baixo. Ela negou. 

– Estava bêbado, provavelmente nem me viu. Mas estava muito escandaloso,você provavelmente devia estar ouvindo música. 

– E estava... 

– Menos mal, anjo. Vá comer algo, você precisa se alimentar – a voz acolhedora envolveu-lhe por completo, o fazendo sentir-se menos apreensivo. Assentiu e dirigiu-se a passos arrastados até a cozinha. 

Era raro ver o cômodo vazio, uma vez que sempre havia um cozinheiro ou empregado ali fazendo algo. Sua alimentação era estritamente controlada, mas não viu mal em sair um pouco da rotina uma vez, por isso aproveitaria a rara situação para comer outra coisa que não era de seu costume. Sentou-se em uma das cadeiras daquela longa mesa e suspirou pesadamente. 

Sua casa – lê-se mansão –, era gigantesca, demasiadamente exagerada ao seu ver. Tudo aquilo era fruto da empresa Uzumaki, uma das maiores empresas de tecnologia do Japão. Atualmente, ela era liderada pelo seu padrinho Jiraiya, que, por sinal, não era um Uzumaki. Essa controvérsia deu-se pelo fato de que, segundo Jiraiya, seus pais não sabiam lidar muito bem com seus papéis de mãe e pai que lhes foram dados sem planejamento, por isso, de um modo muito suspeito, deixaram Naruto e a empresa aos cuidados de seu padrinho e saíram do país. Naruto, por muito tempo, não acreditava nesse acontecimento por ser meio sem cabimento, porém, conforme o tempo passava, o loiro ia varrendo suas desconfianças para baixo do tapete e acabou por desenvolver um certo ódio pelos seus progenitores. 

Acabou perdendo mais tempo do que esperava mergulhado em pensamentos profundos, solitariamente sentado em uma daquelas 10 cadeiras da mesa também desnecessariamente grande, como tudo naquela casa. Pôs a louça suja na pia e, quando ia saindo, parou de repente. Meia-volta e alguns passos depois, viu-se de frente para a pia de novo. Apanhou a esponja e o detergente que sabia estar no armário ao lado, pôs uma quantidade generosa do líquido de cheiro agradável na esponja e prontamente lavou o que havia sujado. Sabia que os empregados eram pagos para realizar esse tipo de serviço, mas não lhe custava nada fazer aquilo. 

Assim que pôs para escorrer o prato e a caneca que usou, ouviu a doce voz de Shizune:

– Naruto?  

– Tarde demais – recostou-se na pia, mas desencostou-se rapidamente ao senti-la molhada. Shizune riu-se enquanto o outro praguejava baixo. 

– Vá se arrumar para eu acabar o que você começou. 

– Mas já não está acabado…? – o loiro coçou a nuca. A mais velha lançou um olhar interrogatório para a pia molhada e depois para a camiseta do Uzumaki, que também se ofereceu para secar a pia, mas foi completamente ignorado. 

Enquanto dirigia-se ao seu quarto, pensava em como era grato por ter Shizune por perto. Para o garoto, Shizune era a única pessoa na qual podia cegamente confiar naquela residência. Era ela que o defendia de tudo que Jiraiya fazia e dizia, realmente não sabia o que seria sem a mesma. 

Notou a porta do quarto do padrinho entreaberta e a luz acesa, o mesmo encontrava-se acordado ainda e no meio de uma ligação em plenas seis e meia da manhã. Não pôde evitar de ouvir um pouco do que a ligação se tratava, concluindo, minutos depois, que a empresa Uzumaki daria outra de suas festas em conjunto com a empresa Uchiha e seria na sua casa daquela vez. Deu de ombros e seguiu arrastado o caminho de volta até o seu quarto, a fim de tomar um rápido banho e vestir o uniforme. 

A água morna batendo incessantemente em suas costas era o gatilho perfeito para os seus pensamentos nada positivos voltarem à tona.

Naquele dia mais um ano letivo iniciava-se e, de certa forma, sentia-se aliviado. Isso significava menos tempo tentando lidar com o clima tenso da mansão Uzumaki. Ao contrário da maioria, Naruto até que gostava de frequentar a escola, ver seus amigos e esquecer pelo menos um pouco do peso que carregava ao ter nascido em berço de ouro, sem contar as atrocidades vindas de Jiraiya, como era óbvio. Era o último ano do ensino médio, estava ciente de que logo estaria em fim livre das garras do padrinho — isso se o mais velho não arranjasse um jeito de controlá-lo assim que atingisse a maioridade, afinal, era com Jiraiya que estava lidando, o homem que não media esforços para fazer Naruto dançar na palma das suas mãos. 

Terminou o banho mais deprimido que outrora. 

Displicentemente secava o cabelo encharcado quando lembrou que havia esquecido de organizar sua mochila no dia anterior. Praguejou baixo e vestiu o uniforme às pressas, dirigindo-se à sua mochila jogada no canto de seu quarto. Como era apenas o dia de apresentação dos alunos e professores, deixou onde estava a mochila que geralmente usava e optou por um de menor tamanho, colocando ali dentro apenas o essencial para aquele dia. Após arrumar a gravata e fechar os botões do paletó do uniforme, apanhou a mochila e, contra sua vontade, deixou o quarto. Apesar de gostar de ir para a escola, sua cama parecia extremamente convidativa naquele momento. Podia ouvi-la chamando seu nome em alto e bom som. 

Já no hall de entrada da mansão, Shizune ajeitou a gola da camisa extremamente branca. Naruto agradeceu e a morena sorriu-lhe acolhedora, apontando para os sapatos do colégio na sapateira. 

– Estou indo, Shizune – anunciou o jovem, enquanto calçava os sapatos bem lustrados. 

– Tem certeza de que não quer ir de carro? – o olhar preocupado da mais velha fez o loirinho sorrir pequeno. 

– Sim! Estou adiantado e faz tempo desde a última vez que literalmente pus os pés para fora de casa. 

– Certo… – concordou receosa. – Mas avise Ebisu ao sair, ok? 

– Pode deixar! Adeus, Shizune – acenou ao abrir a porta. 

A mais velha acenou de volta, desejando-lhe um bom-quase-primeiro-dia-de-aula. Assim que fechou a porta, avistou o carro extremamente caro estacionado do outro lado da fonte central.

O exterior da residência era semelhante aos das mansões de filmes: logo após os grandes portões de ferro, havia um extenso caminho de pedras claras que, mais à frente, contornava uma enorme e pomposa fonte, formando uma espécie de rotatória que seguia o seu caminho até a escadaria que dava para as portas de entrada do edifício. 

Desnecessariamente correu apressado até o carro importado, batendo de leve duas vezes no vidro do motorista. O vidro escurecido abaixou, revelando Ebisu, motorista particular dos dois habitantes daquela casa. O homem baixou os óculos escuros e circulares, olhando desconfiado para o loirinho parado à sua frente. 

– Ebisu-san, não será preciso me levar até o colégio hoje, está bem? Eu vou andando. 

– Naruto-sama… tem certeza? – arqueou a sobrancelha.

– Sim, tenho. 

– Certo… mas tome cuidado – o mais velho ligou o carro. – Te buscarei no horário de sempre. 

– Okay – afastou-se do carro, deixando-o seguir seu caminho até onde ele sempre ficava estacionado. 

Olhou uma última vez para aquele lugar que chamava de casa e partiu rumo ao seu destino.


Durante suas caminhadas até o colégio, Naruto gostava de atentar-se a tudo que acontecia no caminho, desde crianças correndo até as folhas secas das árvores tocando graciosamente o solo. Naquela manhã não foi diferente, observava um pombo cinzento cuja perna direita parecia estar presa em algo, por isso, a ave encontrava-se manca. Entretanto, não teve nem tempo de sentir pena da pobre ave, uma vez que uma mão tocara seu ombro de forma gentil. 

– Sakura!

Um sorriso enfeitou a face de ambos. 

– Oi, Naru – deixou-se ser abraçado pela melhor amiga, envolvendo os braços na cintura fina da garota logo em seguida. – Senti sua falta, bobão. 

– Não foi eu que resolvi passar as férias inteiras fora do país, não é mesmo? – ouviu a risada abafada da rosada. –… também senti sua falta, boboca. Vamos? 

Sakura assentiu, assim fazendo ambos retomarem a caminhada.

Eram amigos desde os 11 anos de idade. Conheceram-se por acaso num dos brinquedos do parque de diversões da cidade, onde trocaram números – das mães, pois ambos não possuíam celular ainda – e entre brincadeiras e risadas surgiu uma linda e invejável amizade. 


Naruto amava Sakura. 

E Sakura amava Naruto. 


A cada dia que passava a amizade fortalecia-se mais e mais, um elo completamente inabalável e duradouro. Entendiam-se como ninguém jamais os entendera, chegando ao ponto de facilmente adivinharem o que estavam pensando em determinados momentos. 

Foi com um pequeno sorriso que Naruto agradeceu mais uma vez por ter a amizade de Sakura. 

A Haruno encaixou o braço esquerdo no braço direito do amigo — como costumavam fazer — assim que viram ao longe a fachada do colégio. 

– Sakura, o que pretende fazer ao acabar os estudos? – a pergunta na mente do Uzumaki já era recorrente fazia algumas semanas. 

– Foi algo que pensei bastante nestas férias e parece que não fui a única – ambos sorriram. – Eu fiz um teste on-line esses tempos e os resultados realmente bateram com os meus interesses. A maioria foram voltados para a área de medicina e, ao pesquisar um pouco mais a fundo essa área, eu tive certeza do que eu quero para o meu futuro. 

– Fico feliz. Na verdade eu já imaginava… mas, teste na internet? Sério, Sakura? 

A garota olhou-o como se tivesse acabado de ser ofendida. Pôs a mão no peito estufado e levantando o queixo tratou logo de explicar-se:

– Eu não sou boba, o teste foi feito por universitários veteranos, aquilo foi cheio de etapas e simulações, não era um teste qualquer. Pelo menos não desses estranhos que você faz para passar o tempo.

Foi a vez de Naruto encará-la incrédulo. 

– Para a sua informação os que eu faço também são muito úteis!

– Oh sim, pois saber o quão hétero o seu humor é ou qual princesa da Disney você seria é realmente muito útil – a rosada revirou os olhos, adentrando o portão do colégio. 

– Tsc… – Naruto repetiu o ato, desviando dos outros alunos. 

Esqueceram a conversa assim que estavam de frente para os armários, conferiram quais eram os seus, separaram-se e Naruto trocou os sapatos. Enquanto guardava o calçado que usava, Naruto ouviu um barulho no armário ao lado direito, porém a porta aberta do seu armário impediu-o de ver quem ou o que era. 

– Naruto. 

Os músculos do loiro tencionaram imediatamente. Esperando que magicamente o homem dos seus sonhos e pesadelos desaparecesse dali, fingiu que não ouviu o chamado. 

– Vamos lá, sei que me ouviu – o moreno empurrou a porta do armário do Uzumaki, fazendo-a fechar num baque. 

– Kiba… – sentiu a mão morena deslizar do seu braço para sua nuca, arrepiando-o. Céus, o Inuzuka sabia que ainda não o tinha superado completamente e aproveitava-se disso. Segurou o braço do outro antes que ele pudesse começar uma carícia ali. – Só pare, por favor. 

– Seus olhos dizem outra coisa – aproximou-se sorrateiramente, sentindo Naruto relutante em tirar ou não seu braço dali. – Nós nos amamos ainda, então por que resiste? 

– Sabe que não posso, não confio mais em ti – os olhos azuis vacilaram, encontrando o chão. 

Sabia que ainda sentia algo pelo Inuzuka, não era fácil simplesmente esquecer um relacionamento de dois anos mesmo com o extenso histórico de coisas ruins que Kiba fizera. Odiava-o pois o moreno sabia exatamente como atingi-lo e fazê-lo cair aos seus pés, mas odiava-se mais ainda por não conseguir seguir em frente e ainda indiretamente ser tão dependente do outro que já não era mais nada de si. 

– Eu mudei – sorriu ladino, salientando os caninos mais pontudos que o normal. – Estou limpo há dois meses. 

– Já me disse isso antes, não consigo acreditar em você, não mais – não ouviu quando o dono do armário do lado esquerdo ao seu chegou. – Me deixe em paz, só te peço isso Kiba, deixe-me tentar te esquecer sem empecilhos, nunca voltaremos, não insista. 

– Você disse isso antes – o moreno sorriu divertido ao ver a indignação do loiro ao ser retrucado com o seu próprio argumento. – Nós fomos feitos um para o outro, olhe só quantas vezes você não conseguiu resistir e voltou para mim… – aproximou-se mais, ao ponto de Naruto conseguir sentir a respiração do outro misturar-se com a sua. 

Não podia, simplesmente não podia fazer aquilo de novo, mas seu coração parecia discordar de sua mente. Foi logo depois de fechar os olhos que lembrou de tudo o que já havia passado com o outro, as lembranças socaram-lhe a face e finalmente conseguiu desvencilhar-se do mais alto, afastando-se e virando o mais rápido que pôde para sair dali. Entretanto, seus planos de fugir para bem longe dali foram interrompidos meio segundo depois, já que esbarrou de frente com outra pessoa. 

Pronto para desculpar-se, o loiro subiu o olhar até a face da pessoa que agora o segurava pelos ombros. Os orbes azuis dobraram de tamanho e desceram até o colar que o garoto usava. Um símbolo da família Uchiha. 

O garoto não dirigia o olhar irritado para si, apesar das grandes mãos segurarem seus ombros com firmeza, este olhava para frente, diretamente para Kiba. Naruto volveu o olhar para o rosto do homem. 


Sasuke? – chamou em um fio de voz, extremamente assustado para assimilar o que acabara de acontecer. 






Notas Finais


Pois é, deu pra ver que mudou drasticamente, não é? Os sasunaru se esbarrarem toda hora é quase uma marca registrada de otherwise e eu não pude simplesmente tirar, então tá aí!

Tô ansiosa pra saber a opinião dos novos e antigos leitores, por favor comentem 😔😔😔🤘

sobre o cronograma de postagem... ele ainda não foi definido. Minhas aulas começam na próxima segunda e eu vou ter que testar pelo menos na primeira semana como vai ficar o meu tempo pra escrever e, a partir daí, eu penso em dias (quase) certos

Otherwise agora também está no wattpad! Se vocês tiverem uma conta lá e puderem dar uma forcinha, eu agradeço, nunca postei nada lá e como o spirit tá meio... né, é melhor prevenir.

https://my.w.tt/5B2KmqQij0
twitter: https://twitter.com/byaggukan (eu to sempre lá reclamando da vida)


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