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História Our Destiny - Saudade


Escrita por: Jepsielieber

Notas do Autor


Oii Eu sei que demorei, mas tô viajando e esses dias estava ajudando uma amiga com sua fanfic, que agora estou betando.
Me perdoem pela demora, mas acho que vocês vão gostar desse... ;)

Capítulo 12 - Saudade


Fanfic / Fanfiction Our Destiny - Saudade

Carly’s POV

Estiquei-me entre os cobertores, ainda deitada, tentando voltar a dormir depois de um sonho idiota. Novamente, assim como vinha ocorrendo com certa frequência nas ultimas semanas, eu sonhei com o Justin.

Ótimo. Sonhar com o garoto que se gosta podia parecer muito comum, mas pra mim, a sensação de acordar e perceber que nada do que sonhei realmente aconteceu, além de nova era incrivelmente incomoda. Não suporto despertar e perceber que toda a felicidade da qual estava usufruindo não passava de uma pequena criação do meu inconsciente, interessado em me iludir com fatos que não ocorreram no mundo real.

Se bem que, do jeito que as coisas andam, poderiam muito bem ocorrer.

Depois daquele dia maluco com ele e Isa aqui em casa, eu não estive muitas vezes com o Justin.  Com a chegada do período de festas – natal e ano novo – Ficou realmente difícil de encontrá-lo, sobretudo quando ele viajou para passar o natal com o pai e irmãos mais novos, que moram em Southend. Eu não viajei, mas passei alguns dias na casa dos meus avós por parte de pai, já que não os via á algum tempo. A última vez que vi o Bieber foi quando passamos o dia na casa do Gui com Juli, Isa e Chaz também. É claro que teria sido ótimo passar um tempo só com ele, mas como tínhamos combinado de não falar nada para nossos amigos, tive que me contentar em apenas passar o dia como sua amiga.

Agora estávamos no início de Janeiro, e a neve já tinha se tornado corriqueira. Olhei pra janela em reunindo forças para me levantar e fazer minha higiene matinal, tentei imaginar algo interessante para fazer naquele dia. Tomei meu café da manhã sozinha como de costume, e enquanto lavava meu prato na pia da cozinha, ouvi meu celular tocar no quarto.

Disparei como uma maluca até meu cômodo, e com isso acabei esbarrando em alguns objetos da sala de estar, provavelmente causando alguns acidentes. Mas deixei de me preocupar com isso assim que li “Justin” na tela do aparelho, que ainda tocava insistentemente em minhas mãos. Hesitei por um segundo, nervosa, antes de finalmente atender:

— Justin?

— Oi, Carly – cumprimentou ele do outro lado da linha. Eu podia jurar que tinha um sorriso em seus lábios. – Tudo bem com você?

— Tudo – respondi automaticamente, embora não estivesse me sentindo muito bem, só de ouvir sua voz ao telefone.

— Bem, eu liguei porque... Senti saudades e... Pensei que a gente podia, sei lá, sair pra algum lugar hoje, não sei... – Justin gaguejava tanto que quase deixei escapar uma risada baixa, mas me controlei perfeitamente assim que entendi seu convite.

— Ah, eu, também senti sua falta... Justin. – Droga, ali estava eu, gaguejando ao falar com meu amigo por telefone. Por mais que eu tentasse agir “normalmente” com o Justin, não havia exatamente um “normal” ao qual seguir, afinal, eu já não o via como meu amigo, apenas. E eu tinha meus motivos.

— Então, o que me diz? Que tal, hum... Um lanche á tardinha? – perguntou, meio inseguro.

— Pode ser. Na verdade eu estava pensando em te ligar pra gente marcar algo – menti. Onde que eu teria coragem de ligar pro Justin, convidando-o pra sair? – Er, que tal... Aquele café, perto daqui?

— Claro! – exclamou ele alegremente, o que me fez sorrir – Te vejo lá as 17:00, ok?

— Okay Jus, até lá. – Já ia desligando o telefone quando Justin disse algo:

— Ei, espera um pouco, Carly – pediu ele em um tom tão implorado que quase me assustou. – Eu queria... Hum, conversar com você um pouco... Nada demais, só... Conversar mesmo. – riu sem humor – Você... Está ocupada?

— O que? Ah, não, não estou não, Justin! – respondi rápido e sorrindo em seguida.– Desculpa, eu fui desligando, achei que você só tinha ligado pra falar disso! – ri de leve – Mas não estou ocupada não... E então, como foi seu natal?

                                                                   ***

Conversar com o Justin por telefone realmente ajudou a amenizar a falta que aquele garoto me fazia. Foi bom também perceber que ele queria manter nossa amizade acima de tudo. Depois de algum tempo, desligamos. Eu cuidei de arrumar a mesa e descongelar os pratos, sendo hoje uma sexta-feira, meus pais virão almoçar aqui.

Almocei com eles sem conversarmos muito. Eles tinham tirado férias nas ultimas semanas, mas como tudo que é bom dura pouco, Larry e Alexandra já tinham voltado ao trabalho naquela semana, sendo hoje a primeira vez que almoçávamos juntos desde o início do ano. Antes que meus pais voltassem ao trabalho, os avisei que estava saindo, mas como não me perguntaram com quem ou para onde, não informei. Estaria de volta em casa antes que voltassem do trabalho - o que geralmente acontecia bem tarde - então também não era necessário confirmar nenhum horário.

Vesti jeans e uma blusa um pouco decotada na frente, compensando isso com um casaco roxo bem quente e um cachecol lilás. Lá fora estaria frio, mas a maioria dos lugares mantêm o aquecedor ligado, então eu podia me livrar dessas peças mais quentes quando fosse possível. Peguei meu celular e algum dinheiro para o lanche e sai de casa.

O café ficava a apenas alguns quarteirões do meu prédio, mas com o frio, apenas aquela breve caminhada foi suficiente para me deixar completamente desconfortável e friorenta. Uma fina neve caia, e eu torci mentalmente que o tempo não piorasse, complicando minha volta pra casa. Entrei no estabelecimento e suspirei aliviada por estar em um local quente o suficiente para não congelar meus ossos.

O local era frequentado por mim e meus amigos á alguns anos, mas hoje estava praticamente vazio. Não era muito grande, mas provavelmente era o maior café próximo da minha casa.

Olhei no relógio e eram 17:10. Pensei em ligar para o Justin, mas logo o avistei sentado de costas pra mim, em uma das mesas da parte mais reservada do café. Caminhei até ele calmamente, sentindo um leve frio na barriga. Justin se virou e assim que me viu sorriu largamente.

— Oi, Jus. – sussurrei sorrindo enquanto me sentava á mesa com ele. Justin usava uma jeans escura e uma blusa preta, que ficava quase invisível por baixo de sua jaqueta de couro clara.

— Oi. – respondeu –  Sente-se, você vai querer algo? O chocolate quente daqui continua sendo o melhor da cidade, você sabe.

— Eu imagino! – afirmei dando risada. Deixei que Justin pedisse dois chocolates e alguns cookies. Eu não estava com muita fome, mas não recusei um lanche tão gostoso. – e então, como foi a viajem?

— Muito bem obrigado. – respondeu ele em tom de brincadeira – Meus irmãos cresceram muito rápido, já sinto falta deles... Mas e você, o que fez essas semanas?

— Hum, nada demais. Passei uns dias na casa dos meus avós, voltei essa semana... Pro tédio de ficar em casa o dia inteiro.

— Ah, eu sei bem como é. – disse ele. – Mas ainda sim, prefiro não ter nada pra fazer em casa do que ter de ir á escola todo dia...

— Tem razão. – concordei sorrindo.

Nossos chocolate quentes com cookies chegaram, e ficamos praticamente em silêncio para comer. Tomar um chocolate quente naquele lugar que eu não visitava á anos era tão nostálgico que eu quase me sentia com quinze anos novamente. A única coisa que não me fazia lembrar do passado era Justin sentado á minha frente. Seu novo corte de cabelo e seu físico impecável faziam contraste com o Justin de anos atrás, pequeno, cabeludo e magrelo. Ri com esse pensamento. Justin olhava pra mim de uma forma tão tentadora que eu tinha vontade de matar minhas saudades daquele garoto ali mesmo, mas eu sabia me controlar, especialmente estando em um lugar tão visitado por nossos amigos.

De repente, uma loira bem agasalhada entrou no café, soando os sinos de porta e chamando minha atenção. Quase engasguei com meu cookie quando notei que não só era alguém que eu conhecia, mas também alguem que tinha me reconheciso e que estava andando na nossa direção, com um sorriso enorme no rosto. Droga. Definitivamente, eu não queria encontrar ninguém que eu conhecia por aqui.

— Justin? Carly? Não acredito que são vocês mesmo!

— Juli! – exclamei, feliz por rever minha amiga, mas nervosa por saber que ela perceberia que estávamos sozinhos. Não havia mal nenhum nisso, afinal amigos podem muito bem sair juntos, mas eu não queria que ela imaginasse nada alem daquilo. – Ham, sente-se aqui com a gente!

— Ah, não, Carly. – respondeu ela, me dando um beijo na bochecha e logo fazendo o mesmo com o Justin – Só vim buscar um café que minha mãe pediu. A cafeteira está quebrada e ela deixou que eu comprasse o que quisesse com tanto que viesse aqui e não demorasse muito. Bem, eu não recusei – explicou rindo. – mas e vocês, o que fazem aqui?

— Ah, er... Estamos tomando um chocolate, como pode ver... Eu estava com saudades desse café. – comecei a gaguejar como uma idiota. Mas não podia fazer nada com isso, não queria que ela ou qualquer outra pessoa soubesse que eu estava “saindo” com o Justin, não agora. – Mas, tem certeza de que não quer sentar aqui um pouco? – mudei de assunto.

— Não, tenho que ir. Mas obrigada mesmo assim. – Sorriu. Uma funcionaria do café lhe entregou seu pedido e ela logo voltou a falar conosco – Bem, eu vou indo. Vamos marcar de nos encontrarmos de novo qualquer dia desses, mas, por favor, em algum lugar quente!

Sorri concordando e me despedi de minha amiga, relaxando os ombros e suspirando de leve ao vê-la cruzar a rua. Justin olhou pra mim com um pouco de tristeza em seus olhos castanhos, e imediatamente me senti mal em ter agido de forma tão evasiva com a presença da minha amiga. Obviamente Julianne é uma das minhas melhores, e eu ter evitado tanto contar-lhe sobre nosso “relacionamento” talvez tivesse magoado Justin de alguma forma.

— Desculpa. – sussurrei pra ele, cheia de culpa na voz – Eu sei que fui quase rude. Eu gosto de você, Justin, você já deve saber disso... Mas realmente prefiro que ninguém saiba sobre a gente, não por enquanto.

— Tudo bem. – confirmou ele, sorrindo sem humor – Não precisa se preocupar, Juli não vai falar nada.

— Eu sei – respondi, tomando em seguida o ultimo gole do meu chocolate quente. – mas de qualquer forma, me desculpa, eu não deveria ter sido tão...

— Não precisa se desculpar, princesa. – Justin tocou minha mão ao pronunciar tal frase, e ao ouvi-lo me chamando daquele jeito, ao mesmo tempo em que sentia sua mão na minha, pude sentir um leve frio na barriga. Sorri em resposta, aliviada por aparentemente não tê-lo magoado ou nada assim.

Era incrível como tudo parecia diferente entre a gente. Sempre acostumada com suas palavras doces, seus toques e seu jeito de agir comigo, depois do beijo, tudo parecia ser novo e inexplorado, como se eu estivesse vendo-o com outros olhos agora.

A neve caia bem mais forte lá fora, e o chão se enchia de branco conforme nosso prato de cookies esvaziava. Fiquei um pouco preocupada em como voltar pra casa sem congelar em meio á tempestade de neve, mas quando Justin levantou, vestindo sua jaqueta e sorrindo pra mim, percebi que ele tinha tido uma ideia.

— Peguei o carro da minha mãe emprestado – piscou pra mim – com essa neve aí fora, acho que é melhor eu te dar uma carona.

— Obrigada Justin, mas... Não precisa, eu espero diminuir.

— Ah, que isso Carly, não é nada demais... Prometo que não te mato até lá. - riu.

— Tá... Se você insiste, tudo bem. 

Justin abriu a porta do carro pra mim, o que achei um exagero, mas a julgar pela sua risadinha ao entrar no veículo, ele apenas fez aquilo na brincadeira. O caminho até minha casa foi silecioso, e quando Justin parou na portaria do edifício, não resisti em convidá-lo.

— Ham, Justin... Não quer entrar um pouquinho? Tá cedo ainda, quando o tempo melhorar você vai...

Eu sei que provavelmente tinha passado um pouco do limite, afinal meus pais não estavam em casa e aquele tipo de convite soava muito bem, se fosse entre... Um casal. Eu e Justin definitivamente não tínhamos nada sério, então eu me sentia um pouco errada com aquele convite. Ao mesmo tempo, sabia que não resistiria a ao menos, pedir. Queria muito matar minha saudade daquele garoto, e aquilo não tinha sido exatamente possível no café.

— Ah, claro – respondeu ele com um sorriso enorme no rosto – tudo bem.

Foi meio estranho entrar em casa sabendo que estaríamos completamente sozinhos. Não só entrar em casa, mas sim passar pelo porteiro e cumprimentar vizinhos. Porque eu sabia que da próxima vez o os visse, teria vergonha e imaginaria o que eles pensaram de mim. Eu estava começando a ficar obcecada naquilo, o tempo todo me preocupando com o que as outras pessoas pensavam de mim.

Balancei a cabeça, livrando-me desses pensamentos enquanto abria a porta de casa. Tranquei a mesma só por costume, mas quase me arrependi daquele ato, ao notar o sorriso malicioso que surgiu nos lábios de Justin ao vê-lo. Tirei meu cachecol e casaco, pois a temperatura dentro de casa estava realmente agradável. Justin fez o mesmo.Caminhei até o sofá e ele me seguiu, mas ele nem se quer deixou que eu me sentasse.

Justin me agarrou de uma forma tão urgente e rápida, que tudo que pude fazer em resposta foi corresponder ao seu beijo. Ele segurava minha cintura com uma das mãos, em quanto a outra segurava e acariciava levemente minha nuca. Já tinha quase um mês que eu não sentia seus lábios nos meus, mas seu beijo tinha algo de diferente, eu definitivamente nunca o tinha experimentado daquela maneira.

— Desculpa. – murmurou ele, arfando pela falta de ar – Eu estava com muita saudade, desculpa te agarrar desse jeito.

— Tudo bem – respondi, também sem ar, sorrindo – Eu também estava, Jus.

Não perdi mais nenhum segundo e colei nossos lábios novamente. Sem a urgência do primeiro beijo, mas ainda assim, com a mesma intensidade. Sem perder o contato entre nossos lábios, Justin me fez sentar no sofá, e em uma posição mais confortável, passei minha mão para sua nuca, puxando e acariciando seus fios com toda vontade que repreendi durante aquela tarde. O beijo se tornava cada vez mais urgente, e aquilo tanto me assustava quanto me deixava feliz. Se não fosse pela falta de ar que tamanha intensidade me dava, eu não terminaria aquele beijo nunca mais.

Ao separar nossos lábios, o Bieber fez algo que, para o bem da minha sanidade, seria melhor se ele não tivesse feito. Depois de um selinho Justin afastou um pouco do meu cabelo e distribuiu leves beijinhos em meu pescoço, para depois, torna-los mais longos e profundos. Aquilo me rendeu arrepios por todo o corpo, e um sorriso que ia de orelha a orelha. Meu pescoço, com toda certeza, era meu ponto fraco, e Justin tinha acabado de descobrir isso.

— Você gosta disso? – sussurrou próximo ao meu ouvido, com uma voz afetadamente... Sexy, diria eu. Afirmei com a cabeça, tentando controlar minha respiração e todo meu corpo, que gritava por um pouco mais de Justin Drew Bieber.

Justin beijou meu pescoço mais algumas vezes, e então voltou aos meus lábios. As sensações que aquele garoto me causava se tornavam cada vez mais intensas, e nosso beijo, cada vez mais quente. Eu não podia estar mais feliz, mas ao mesmo tempo, tinha o dever de manter minha sanidade, mesmo que aquilo fosse extremamente difícil durante um beijo daqueles.

Espalmei minha mão em seu peitoral, partindo o beijo com certa tristeza. Eu estava amando finalmente poder ter ele pra mim, mas precisava me controlar, e controle era algo que eu definitivamente não teria, se continuasse com aquilo por muito mais tempo. Justin imediatamente entendeu o recado. Ele beijou docemente minha testa, acariciando minha bochecha esquerda com um sorriso lindo no rosto. Puxou-me de forma que que eu ficasse de costa pra ele, e de forma suave me abraçou por trás.

— Eu quero ver você mais vezes – disse finalmente, após alguns instantes de silêncio. – mas agora tenho que ir.

— Eu sei – respondi, meio triste em ter que me despedir, mas sabendo que aquilo era o certo.

— Te vejo depois? – perguntou

— O mais rápido possível. – respondi rindo, fazendo-o rir também.

                                                    ***

Lembrei-me de ligar pra Juli, contá-la sobre meu “relacionamento” com o Justin e lhe pedir segredo. Ela concordou imediatamente, e tive que desligar logo, pois já era tarde. Deitei na cama com um sorriso bobo no rosto, me lembrando das últimas horas. No final das contas, até que o dia tinha sido... Interessante.


Notas Finais


Nesse periodo vou estar viajando, então nem sempre a internet vai estar disponível... Mas farei de tudo pra manter as postagens.
A fic dessa minha amiga é essa aqui (pra todas as fãs de uma ficwriter muito talentosa, a fic dela é perfeita>>http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-carly-rae-jepsen-sour-candy-1467371/capitulo1 )
Amo vocês, feliz ano novo hahaha beijinhos


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