História Our Lives... Our Dreams - Capitulo 5 - Our Decisions...

Por mais que eu quisesse, aquilo era completamente errado. Era pecado ter de amar um ser como ele. o pior era entender e crer que todos á minha volta poderiam me condenar por causa disso.

    Não pode um homem amar seu semelhante, de um jeito tão carnal. Que erro era aquele, que imenso pecado. Se ousasse pensar em seus lábios, poderia ter certeza de que uma vaga no inferno seria guardada á mim.

    Suspirava, sentado no banco da igreja, me sentindo perdido. Escolhas deveriam ser feitas, porém para dois corações. Não sabia como lidar com aquele ser, cujo sentimento lhe é tão precioso e sagrado.

    Como iria sair daquele mar negro? Estava me afogando em minha próprias duvidas. A negritude da água me impedia de ver a saída, a realidade. Isso me sufoca. Meu Senhor, o que devo fazer?

    Nem se quer o representante de Deus na Terra, sabia me responder. O velho homem apenas sorrira tocando em meu ombro, dizendo “Siga seu coração.” Mas não entendia isso, como posso ouvi-lo?

    Baixava a cabeça fechando de meus olhos, entendo que o medo me dominava. O medo de ser julgado, de ser violentado, de ser enganado, entre outros medos. Eles serviam de obstáculos para se chegar á uma decisão.

    Tentara me lembrar de quando toda essa confusão se iniciara. Ah, sim, naquele dia de neve. No inverno passada, andava pelas ruas distraidamente, quando trombara com alguém que caíra no chão. Como toda pessoa educada, ofereci ajuda aquele ser, que apenas me xingava.

    Acabei rindo do seu jeito que falava de mim, resmungava como se eu não pudesse lhe ouvir. Reparara em sua fisionomia, sentindo meu peito se aquecer. Os cabelos castanhos e brilhantes, olhos grandes, boca carnuda, pele clara. Era muito feminino para um homem. Deve ser por isso que havia ficado tão admirado.

    Havia estendido a minha mão para ajudá-lo a se levantar, tal ato que ele recebera de bom grado. Quando de pé, e olhara de forma intensa, como se visasse uma aberração. Até me perguntei se havia alguma mancha em meu rosto.

    Depois disso, começamos s nos encontrar e conversar. Para mim aquilo era normal e curioso, pois sentia que já tivesse o visto em algum lugar. Mas deixara a sensação de lado, apenas ria com suas histórias divertidas, e com o doce jeito que cantava uma opera.

     Mas nunca imaginei que no mesmo lugar aonde nos conhecemos, ele iria se declarar á mim. exatamente dois meses depois, ele marcara um encontro naquela rua, sob a mesma árvore. Dessa vez seu rosto estava completamente vermelho, e seus dedos se entrelaçavam em desajeito e nervosismo.

    - Me apaixonei por ti, Siwon. – Dissera ele, em um sussurro.

    De primeira, eu ri, mas vendo seu olhar sério e envergonhado,criando esperanças, entendi que era verdadeiros os seus sentimentos. Apenas fiquei sem reação, não tinha o que falar. Apenas sentia meu coração batendo de um jeito tão acelerado, e minhas cordas vocais tremerem e vibrarem, não permitindo que palavras fossem proferidas.

     E agora eu me encontrava assim. Fazia uma semana que não o via. Estava com vergonha e pensativo. Sentia a necessidade de lhe dizer o que sinto, sendo esse o problema. Eu não sabia.

    Erguera a cabeça tendo em minha frente o altar da igreja. Suspirei tendo de pensar de forma coerente. Nada de erros em minha resposta, para que no futuro não me arrependesse. Quero ser delicado em minhas palavras para não o machucar.

    Ah meu coração batia tão acelerado. Me reencosto no banco cansado de pensar. Ouvira a porta da igreja se abrir, não olhara para saber quem adentrara, poderia ser uma das organizadoras que arruma o local para a missa.

    Baixara o olhar para meus dedos que estavam entrelaçados com força. Uma mão branca pousara sobre as minhas, segurando-a com delicadeza. Ergui, mais uma vez, o olhar para notar o dono dela, e surpreendera-me em vê-lo ali, sentado ao meu lado com um sorriso encantador em seu rosto.

    Agora entendia as palavras do padre. Meu coração que batia acelerado, afobado e ansioso com aquela presença.

    - Acho que te peguei de surpresa, não é? – Perguntara ele olhando para nossas mãos.

    - Um pouco.

    - Se não corresponde, irei entender.

    Heechul deixara sua mão cair ao lado de seu corpo. O olhar cabisbaixo deixava claro que suas esperanças haviam se perdido. Meu coração se apertou com isso. Parecia que uma chance estava a se perder.

    O que eu queria? Fechara os olhos por uns instantes, e pensara sobre isso. Claramente me imaginei lhe abraçando, e imaginara o sabor de seus lábios. Como seria a sensação de um beijo, sendo que este ato nunca o fizera.

    Entendera que não era curiosidade, mas sim necessidade. Eu o necessitava.

    Ergui seu rosto tendo os seus brilhantes olhos focados em mim. Nossos rostos se aproximavam devagarosamente. Fechei os olhos para ter o sentimento completo de meu primeiro beijo. Não se demorou para que nossos lábios se colassem, deixando me levar pelo momento.

    Seus lábios eram como mel, doce e viciante. Eles se misturavam cirando um ritmo tão deles. Nossas línguas se ritmavam em um vicio frenético intenso. Simplesmente não deixara aquele momento se passar em branco, ficaria tão guardado em minha mente, que poderia morrer de tão ansioso e feliz que me sentia.

     Sentira sua mão pousar em meu rosto, o beijo ficara intenso. Pousara a minha sobre a sua, amaciando de sua pele, ficando totalmente louco por mais. Queria entender o amor, e tinha plena certeza de que somente Heechul me faria entendê-lo.

    Agora tinha certeza, correspondia completamente os seus sentimentos.