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História Our Love - Dezoito


Escrita por: AngelLaw

Notas do Autor



Capítulo 18 - Dezoito


PAULO

Fechei a porta com tudo, como se não tivesse visto nada e sai andando até a fogueira. Precisava falar com Alícia, nem que fosse apenas para me distrair e tirar aquela cena nojenta da minha cabeça. Que se dane o Alan. Ele teria que esperar um pouco pela atenção da morena.

Porém, quando cheguei no meu destino, encontrei os dois se beijando.

Aquele não era meu dia de sorte, com certeza.

Eu estava sendo traído de todas as formas.

Alan segurava a cintura de Alícia com força, demonstrando seu desespero em tê-la, e todos podia ver que aquele beijo estava indecente.

Como eu tinha vontade de arrancar aquele boyzinho de lá e esmurrar a cara dele. Alícia era especial demais para ser beijada por qualquer otário.

Me aproximei, controlando minha raiva e soltei um barulho estranho com a boca, só para chamar a atenção deles, que me olharam na hora.

Alícia parecia espantada ao me ver, já Alan carregava nos lábios aquele típico sorriso ridículo dos idiotas.

(Alan) - Ae Paulo, bem agora você quis aparecer?

(Alícia) - Tá tudo bem? - perguntou envergonhada, ajeitando os cabelos - Você está pálido.

Apenas balancei a cabeça em negativa e mantive minha postura séria.

(Alan) - Parece que a namorada não quis dar atenção pra ele, docinho - disse se dirigindo a Alícia e se levantando logo em seguida, ficando frente a frente comigo.

- Alícia, será que pode vir comigo? - perguntei ignorando a fala anterior.

(Alan) - Alícia não vai com você, porque ela vai fazer coisa muito melhor: ficar comigo. Enquanto isso, você pode procurar a Carmen, só não se assuste caso você encontre ela com outra pessoa, fazendo o que você não é capaz de fazer. Sei que ela tem cara de santa e tudo mais, porém existe uma alma bem vagabunda dentro dela.

Não consegui me controlar e sem pensar duas vezes, atingi o rosto de Alan com um soco. Automaticamente seu nariz começou a sangrar e ele me olhou furioso. Em seguida sussurrou alguma coisa que eu não pude ouvir e me acertou um soco no olho.

Começamos a brigar e logo estávamos caídos no chão. Alícia gritava desesperada e pedia ajuda as outras pessoas que estavam por ali.

- Você não ouse falar assim da Carmen. Ela não é como as vagabundas que você costuma pegar, otário!

(Alícia) - Paulo, para com isso, vamos embora! Chega, Paulo!!!

Por mais que eu quisesse obedecer o pedido dela, estava mais concentrado em socar a cara do meu querido colega. Socos e mais socos se foram, assim como muitos chutes também, até que senti meu corpo ser puxado com tudo de cima de Alan, e comecei a me debater para ir bater mais nele, ao ouvir que ele me xingava.

- Me solta!

(Jaime) - Quando você aprender a se comportar como um adulto, aí eu te solto. Mas enquanto ficar agindo como um adolescente idiota, você vai ficar aqui.

Bufei de raiva ao ouvir as palavras de Jaime, ao mesmo tempo em que observava a rodinha de pessoas que havia se formado ao nosso redor.

(Margarida) - Podem ir embora todos vocês - gritou - Acho que existe coisas bem mais interessantes a se fazer do que cuidar da vida dos outros. Vão, andem!

Logo as pessoas começaram a sair, deixando apenas eu, Alícia, Jaime, Margarida e Alan no lugar.

(Alan) - Desde o primeiro segundo em que eu te vi soube que você não prestava - ele bufou - Alícia, achei que você tivesse um gosto melhor, muito melhor. Esse daí não é nada perto de você. Você é tão idiota. Mas é claro né, pra gostar de alguém idiota como ele, precisa ser tão idiota quanto.

Então ele saiu andando como se nada tivesse acontecido, deixando Alícia totalmente pasma com suas palavras frias e cruéis. Ah como eu detestava aquele vagabundo.

De repente, Alícia saiu correndo pra longe e Jaime me soltou, finalmente.

(Margarida) - O que deu em você para fazer isso? O avô da Alícia com certeza não vai gostar nada quando souber que nos viemos pro acampamento dele fazer baderna.

Não respondi nada, apenas fiquei pensando na raiva que eu sentia. Sem dizer nada aos meus amigos, sai andando pelo mesmo caminho que Alícia tinha ido.

Encontrei ela sentada no chão, encostada em uma árvore. Estava chorando como era de se imaginar, e não pude conter a minha culpa naquela situação. Me sentei ao seu lado, e ficamos e silêncio por um bom tempo.

- A culpa disso é toda minha. Não acredite nas palavras de Alan, ele só disse aquilo porque estava com raiva de mim e queria descontar em alguém. Você não é idiota. Mas eu sou, nisso ele tem razão.

Esperei uma resposta sua, um olhar, um gesto, qualquer coisa que fosse. Mas ela não fez nada, continuou derramando lágrimas em silêncio.

- Olha, não queria atrapalhar o seu momento com ele. Juro que queria me afastar e deixar vocês em paz, porém eu encontrei a Carmen e ela estava de um jeito que...

(Alícia) - Eu sempre gostei de você e nunca te escondi isso. Também nunca duvidei do seu amor por mim. Porém também nunca duvidei do seu amor pela Carmen. Você gosta de mim, e por mais que diga não gostar, não consegue se desapegar dela. Eu espero e rezo todos os dias para que você consiga se separar dela, que você seja livre para que possamos ficar juntos, como eu tanto quero. Mas você nunca se esforça pra isso, e mesmo sabendo que isso me magoa, fica indo atrás dela o tempo inteiro, querendo manter a pose de namorado, sendo que todos sabem que vocês são tudo, menos namorados.

Ela falava sem parar, mas parou por uns segundos, talvez para pensar nas próximas palavras

(Alícia) - Eu faço de tudo para estar ao seu lado. Mesmo que sejamos só amigos, e eu tenha minhas crises e manias, prefiro você a qualquer outra pessoa. Mas parece que independente do que eu sinta, do que eu esteja passando, você sempre prefere falar da Carmen. Eu beijei o Alan, estraguei minha amizade com ele, tudo porque eu queria esquecer você, afinal eu sabia que você estava ocupado demais com sua namorada. Você apareceu, fez o seu show batendo nele, mas nem sequer se importou em saber como eu estava, mais uma vez veio falar da Carmen. Você se importa tanto com ela, quando ela nem sequer está ligando pra você. Talvez o seu amor por mim não seja tão grande quanto você diz ser. Talvez eu seja mesmo uma grande idiota por gostar de você.

Então ela se levantou e saiu andando, enquanto eu pensava na burrada que havia feito.

####

ALÍCIA

Guardamos nossa última mala no ônibus, já prontos para irmos embora.

(Marcelina) - Não acredito que nós já vamos embora, aqui é tão legal! Não é justo passarmos só esses míseros dias.

- Já disse que vocês não são obrigados a ir embora. Meu avô adoraria que vocês ficassem, mas eu não estou afim de ficar.

Marcelina resmungou mais alguma coisa, porém logo entrou no ônibus junto de todos os outros.

Eu não estava mesmo afim de ficar no acampamento. Depois do ocorrido com Alan e Paulo, as coisas ficaram totalmente estranhas. Alan não falava mais comigo normalmente, pouquíssimas foram as palavras que nós trocamos. Paulo também não ousou em abrir a boca e pelo que parecia, o clima entre ele e Carmen não era dos melhores. Todos sentiam que alguma coisa estava acontecendo, então a única coisa que a gente pretendia fazer, que era se divertir, a gente não fazia. Então porquê ficaríamos ali sem ter motivos para ficar?

Meu coração doía o tempo inteiro, só de lembrar da discussão entre Alan e Paulo, quando o próprio Guerra insinuou que eu era uma vagabunda. Podia ser frescura minha, mas todas aquelas atitudes dele me deixarem bem magoada.

Entrei no ônibus depois que todos já haviam entrado e observei a turma.

Marcelina estava sentada com Mário.

Margarida com Jaime.

Carmen sozinha. Assim como Daniel e Paulo que estavam sentados sozinhos também.

Pensei um pouco, e decidi me sentar no lugar que talvez fosse o menos pior. Ao lado da Carmen. As meninas ficaram surpresas com o meu ato, mas nem liguei. Logo o ônibus começou a andar e um silêncio constrangedor pairava sobre nós.

(Carmen) - Aconteceu alguma coisa, não foi?

- Sim - respondi seca. - E com você?

(Carmen) - Também. Digamos que eu passei dos limites e causei um estrago bem grande em muitas coisas.

- Você sempre passa dos limites, mesmo sem querer.

Ela sorriu sem vontade e voltou a se calar. Fiquei pensando aonde ela queria chegar com aquela conversa. E por que estava conversando? Não nos dávamos bem!!

(Carmen) - Posso pedir uma coisa?

- Depende do que for.

(Carmen) - Me dá um abraço?

Franzi as sobrancelhas demonstrando o quão confusa eu estava. Em seguida abri os braços e ela veio até mim, completando o abraço. Ficamos assim por um tempo, e eu até me senti melhor ali.

- Vai ficar tudo bem, independente do que seja.

(Carmen) - Obrigada, de verdade. Tudo vai melhorar para você também, querida.

 - Não me chame assim, por mais que você não seja tão ruim quanto eu imaginava, continua sendo um apelido ridículo - falei séria mas logo em seguida caímos na gargalhada.


Notas Finais


Tá tudo mt confuso e estranho, eu sei mores kkkkkkk ❤


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