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História Ousadia - Capítulo 18


Escrita por: Kohinata_Senpai e Komaeda-kun

Capítulo 18 - Capítulo 18


Ousadia


Midoriya franziu o cenho ao perceber que seus amigos não paravam de lhe encarar com surpresa estampada em seus rostos, respirou fundo e se preparou para o bombardeio de perguntas.

- Tu se deixou ser marcado? – perguntou Katsuki – Meu Deus...

- ‘Cê’ sabe que isso é furada, né? E se o cara ficar com outro lá, ou se vocês não quiserem mais ficar juntos... – Eijirou franziu o cenho.

Deku os deixou falando sozinhos.


...


O tempo estava surpreendentemente passando rápido – Midoriya discordaria de você até a morte se falasse isso para ele – o esverdeado se sentia cada vez mais irritado com a ausência do Ômega, porém ele tinha algumas pessoas para lhe apoiarem e outras para lhe distraírem.

- Esse cara tá me dando uma dor de cabeça... – Midoriya reclamou ao olhar para a foto de um policial – Dabi, dá um jeito nele.

O moreno suspirou, odiava essa parte do seu “trabalho”, principalmente agora que tinha um filho para criar. Todoroki simplesmente não parava de dizer isso desde que Kai lhe chamou de pai pela primeira vez.

- Beleza, só preciso de um piloto.

- Katsuki vai com você. – disse o Alfa de cabelos verdes.


...


- Na televisão só aparece desgraça. – Rei reclamou ao desligar o aparelho – Ai, Inko, estou com tanta saudade do meu filho.

A platinada sentou-se ao lado da senhora Midoriya, as mulheres tinham desenvolvido uma grande amizade no momento em que se conheceram, para o grande desespero de Izuku.

- Num é, menina? Mas, me conta: como tá o Shouto?

A mulher mais jovem sorriu antes de começar a contar que o meio-ruivo vez ou outra enviava uma foto de onde estava e quando ligava sempre lhe dizia o quanto estava bem, apesar de ter que conviver com “pessoas felizes demais".

- Agora o teu filho, Inko, todo dia vêm bater na minha porta como um cachorrinho abandonado.

- Ele deve estar com muita saudade do Shouto, esse parece ser o único namoradinho que ele realmente amou, ainda ama. – sorriu – Confesso que também é o único genro que eu gosto, antes do Shouto meu filho era igual cemitério, todo dia um corpo diferente.

Rei encolheu os ombros, ela não gostava de saber que seu caçula estava “casado" com um traficante, não era isso que desejava para ele. Queria que o Ômega encontrasse um homem que não estivesse tão envolvido no mundo do crime, porém ela não podia escolher o destino de seu filho.

Ninguém dizia a Shouto o que fazer.

- Eu não aprovo esse namoro; ‘cê' sabe, mas até que me acostumei com o Deku, ele é um bom menino quando não está em seu papel de Dono do morro.

O alvo da conversa entrou na casa, arqueou uma sobrancelha quando as mulheres pararam de falar na hora.

- Isso é suspeito, falando mal de mim?

- Exatamente. – afirmaram em uníssono.

- Meu Deus... – o esverdeado revirou os olhos.


...


Deku sentiu como se estivesse sendo abandonado, era muito difícil falar com Todoroki, sempre que o ligava o homem estava muito ocupado. E seus amigos continuavam lhe provocando em relação à distância, ele realmente precisava de novas amizades.

- Cara, e se ele te trair? – Katsuki estava novamente batendo na mesma tecla.

“Aí a minha marca vai arder como o inferno.” Pensou, porém ficou em silêncio.

- Por que vocês não vão cuidar da própria vida?

- A sua tá mais interessante. – Hitoshi sorriu – Ainda não acredito que tu mandou a Melissa passear, a gostosa da Melissa...

- Deixa só o Denki ouvir isso... – Eijirou sorriu diabolicamente para o Beta, Shinsou estremecendo com o pensamento.

- Saiam da minha casa! – gritou para os outros, calmamente saíram do local.

Suspirou quando seu celular começou a tocar, se animou ao ver o nome de seu namorado na tela.

- Izuku! – o rosto do bicolor apareceu – Ah, eu estou com tanta saudade de você, me desculpe por não ter atendido suas ligações...

Sorriu.

- Tudo bem, me conta como você tá?


... ...


Eles perderam o contato, Izuku não queria estar assim, mas não falava com Shouto há meses, Rei era a única pessoa que não jogava em sua cara que foi uma burrada ele ter se deixado marcar pelo Ômega.

- Tia Rei, quando ele volta? – agia como uma criança, a platinada passando a mão pelos cabelos verdes.

- Em breve.

- Ele se esqueceu de mim?

- Claro que não, vocês estão juntos, Deku...

- Mas e se ele não me quiser mais quando voltar?

A mulher sentiu seu olho esquerdo se contrair em irritação, nunca pensou que um “marmanjo” como este pudesse agir com tanta infantilidade, Inko tinha lhe dito que o traficante não era um monstro, ela tinha razão.

- Ele te ama, Deku.

- Então por que ele não volta logo?

- CHEGA! – finalmente explodiu, se afastou do homem para ir até a cozinha – Ele te ama, ele foi realizar um sonho e logo voltará para você, não dá para fazer o tempo voar! – gritou.

Midoriya se encolheu no sofá, lágrimas nos olhos, ele sabia que provavelmente seu Ômega também estava chorando naquele momento, se não sua marca não estaria formigando tanto.

- Sogra, mas e se...

A mulher voltou segurando uma panela e duas colheres, mandou o Alfa fazer silêncio e comer o brigadeiro que ela tinha feito.

- Sossega, Deku... – quando percebeu que o homem iria falar novamente, ela gritou: - Cala a boca e come!

Deku fez beicinho antes de levar a colher até a boca.


... ... ...


- Kai, por favor, vai ver quem está tentando quebrar a porta. – Rei pediu ao seu neto, o moreno suspirando antes de se levantar.

Ouviram o moreno gritar, a família que estava reunida para um almoço saiu correndo para ver o que estava acontecendo, Dabi e Tomura gritando ao verem Shouto na porta. Denki fingindo que iria desmaiar.

- Oh quem voltou! – o meio-ruivo sorriu quando correram para lhe abraçar – EU VOLTEI, DONA NEIDE! – fez questão de avisar a vizinha.

Todoroki estava tão feliz em voltar, sua mãe chorando abraçada a si, nem dava para acreditar que já se passaram três anos, tentou não morrer sufocado nos braços de seus amigos e familiares.

- Shouto! – Denki quase chorou ao ver o amigo – Menino do céu, como ‘cê' tá lindo.

O loiro não parava de encarar os cabelos bicolores que estavam lindos em box braids, tão compridos que chegavam até embaixo da cintura.

- Eu senti tanto a falta de vocês. – não queria soltá-los.

Não se surpreenderam quando duas pessoas chegaram correndo ao local, Bakugou e Kirishima com expressões chocadas nos rostos.

- Caralho, num é que ele voltou mesmo?! – o Alfa loiro riu antes de abraçar o garoto.

O meio-ruivo se afastou dos recém-chegados, finalmente fez a pergunta que estava na ponta de sua língua desde que pisou na favela.

- Onde tá o Deku?

- Tá saindo hoje... – Eijirou lhe explicou – Ele pegou uns dias, mas...

Todoroki os deixou falando sozinhos em sua pressa de chegar ao ponto de ônibus, Kirishima gritando o nome do presídio, por onde passava as pessoas lhe olhavam com curiosidade, o bicolor sabia muito bem o porquê. Sem querer acabou se chocando contra outra pessoa.

- Me desculpe. – pediu.

- Que isso, porra? – a loira olhou irritada para o Ômega, Shouto calmamente se virando para lhe encarar – ‘Cê’ sabe quem eu sou?

Colocou as mãos na cintura e olhou para a Alfa com desinteresse. A garota provavelmente deveria estar lhe achando um ‘boyzinho' por causa de suas roupas.

- Não, e você? Sabe quem eu sou?

Antes que a mulher tivesse a oportunidade de responder ele voltou a lhe dar as costas, não poderia perder seu ônibus. Surpreendentemente pouca coisa havia mudado.


...


Deku sorriu para os policiais que lhe encaravam com desgosto, estava saindo da cadeia em tão pouco tempo que suspeitava ter quebrado algum recorde.

- Não sei que porra tem bandido pra só se dar bem. – ouviu um dos policiais reclamar.

Riu anasalado antes de sair do local, virou-se com a intenção de ir direto para casa, queria tomar um banho e dormir em uma cama confortável, talvez até pedir uma pizza, parou de caminhar quando ouviu uma voz muito familiar soar atrás de si:

- Ei, Vagabundo, não vai nem me dar um abraço?

Virou-se para ver o Ômega sorridente, pensou que seu coração fosse sair pela boca, não hesitou em sair correndo para abraçar seu namorado.

- Shouto, meu Deus, você voltou... Quando?! – segurou o rosto do mais novo, olhos esmeraldas tentando capturar tudo de uma única vez – Eu tava morrendo de saudade...

- Eu também, Vagabundo...

Sentiram-se aliviados ao notarem que não importava quanto tempo tivessem ficado separados, era como se nenhum segundo tivesse se passado.

Não demorou muito a começarem a se beijar, eles tinham três anos para compensar.



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