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História Out of my body ( Adaptação) - Lembranças


Escrita por: Supershipper1

Notas do Autor


Gente, eu tô sem computador, pedi pra uma amiga digitar bora mim pq no celular não tenho paciência. Vlw mana ❤ Editar no celular é uma merda, Desculpa...

Capítulo 25 - Lembranças


LEXA

Talvez fosse coisa da minha cabeça, eu era incapaz de acreditar no que acontecia. O sol já estava se pondo e enquanto os mais velhos faziam algo no qual eu não ligava dentro de casa, nós estávamos sentados em montes de feno dentro do celeiro.

 

    Eu não gostava muito do cheiro daquele lugar mas eu não conseguia perceber isso porque Clarke estava sentada na minha frente. Finn tinha deitado no colo dela me deixando fervendo de raiva mas quando percebi que ela não prestava atenção nele eu relaxei. 

 

   Alex parecia extremamente empenhada em ser minha namorada, seu braço rodeava meus ombros e seus dedos acariciavam minha nuca me dando arrepios. Eu fechava os olhos, suspirava e imaginava Clarke me tocando e então sorria, e logo depois abria os olhos me deparando com os olhos azuis fervendo em minha direção fazendo meu sexo pulsar como no tempo que eu fingia odia-la

 

- Caralho, vocês são tão estranhas. Vão mesmo ficar em silêncio? Já é quase hora de jantar e eu preciso de discórdia. – Octavia se levantou tirando a sujeira de sua calça jeans.

 

-Pra dentro, me ajudem a botar a mesa. – minha mãe apareceu como um fantasma me livrando do jogo da discórdia da morena de olhos azuis.

 

CLARKE 

Era sufocante, instável, amedrontador mas ao mesmo tempo fascinante essa conexão que eu tinha com Lexa parecia ter atingido outro estágio. Desde os tempos do colégio nos sempre nos encarávamos, brigávamos e tínhamos conversas hostis cheias de algo mais que eu nunca tinha notado naqueles anos.

(flashback)

- Muito obrigado por virem me ajudar com o vestido garotas.

- Eu não acredito que estou usando rosas sendo legal. – Octavia com seu mesmo temperamento de sempre comentou enquanto alisava seu vestido de dama de honra. Eu não tinha nenhuma noção do que estava fazendo ao querer se casar com o Bellamy. Eu não tinha recebido minha carta de admissão da faculdade, sentia como se a única coisa estável na minha vida fosse Bellamy.

- É bem legal vestir a mesma cor que eu tenho por dentro. – Raven sorriu no espelho.

- EU ACHO QUE ACHEI O VESTIDO – gritei do trocador. 

- Espero que o Bellamy seja o certo. Não vou fazer isso duas vezes. – Octavia revirou os olhos.

- Ai meu deus Clarke você está linda! Acho que vou chorar -  Echo bateu palmas junto com as garotas,  apenas Lexa parecia estar morrendo lenta e dolorosamente na poltrona.

-Vocês gostaram? - Perguntei insegura

- Sim, você parece um bolo de casamento. Um bom bolo. – Emori sorriu.

-Uma pequena judia adolescente. – Lexa parecia nem um pouco feliz. Ela queria eu eu seguisse seu conselho, ela queria que eu terminasse com Bellamy. 

– Eu não acredito que você vai casar. – Anya franziu as sobrancelha, creio que não de uma maneira ruim como Lexa. 

– Clarke, você tem certeza que está pronta para isso?

- Nunca tive tanta certeza sobre algo. – eu estava mentindo, estava morrendo de medo e incertezas. 

-Ok, eu tentei ter paciência e ser legal sobre isso mas... – ela se levantou. – Eu não vou ficar aqui assistindo você arruinar sua vida se casando com o Bellamy! - Por um momento pensei que ela choraria.

- Eu não vou, vou começar uma vida com ele.

-Tem mais alguém comigo nessa? – ela se virou para as outras que permaneceram em silêncio. – Parece que sou a única com bolas o suficiente para dizer: Clarke a coisa que mais admiro sobre você é que nunca pede desculpas por sua ambição e é a estrela mais brilhante de todas nós. Querendo ou não é verdade, e nós nos aproximamos da graduação e você quer esconder sua vida atrás de um casamento estúpido com o Bellamy? eu nunca achei que Clarke Griffin poderia ser a garota com medo do mundo!

- Ok, se você pensa assim, não deveria ir ao casamento!

-Ok, não vou. – ela me virou as costas e foi embora como sempre fazia.

(flashback off)

 CLARKE

 

- A comida ta ruim? – a avó de Octavia me encarou com olhos amáveis.

- Não, eu só viajei um pouco no passado. – encarei Lexa enquanto ela me olhava como se soubesse de tudo. 

 

- Tudo bem, se as crianças quiserem ir dormir, podem ir. – ela balançou os braços me fazendo sorrir. Era tão mais amável que sua neta

(...)

(flashback)

   Não que eu estivesse com medo ou sei lá, mas contar a verdade para a Lexa parecia mais difícil a cada metro que diminuía entre meu carro e sua casa. Eu poderia ser direta e sair correndo, podia lhe enviar uma mensagem... ou enrolar até ela acertar. Mas tudo que eu espero é: “Oh Clarke você foi maravilhosamente engenhosa e tão preocupada comigo... me possua” – e então ela pularia em meu colo e me daria um beijo daqueles. Só que normalmente nunca acontece como eu penso.

  Estacionei o carro e desci vagarosamente, queria adiar o máximo possível, mas não conseguia mentir para ela por muito tempo sem ficar estranha.        Andei pelo caminho de pedra a passos curtos quando senti que alguém me observava. Lá estava ela, com sua linda face desafiadora.

  Toquei a campainha e Madison a abriu com um grande sorriso dando-me um abraço surpresa. Retribui o carinho meio sem jeito, final, a Woods mais velhas estava mais carinhosa. Quase como uma Raven de meia idade.

- Tenho alguém para te apresentar! – ela disse quase gritando. Arregalei os olhos sorrindo confusa. Será que ela achou Barbra, a minha rainha expiração.

- Não é Barbra, é um cara super gente boa e bonito! - Ela riu envergonhada.

-Hummm namorado é sogrinha? – Balancei as sobrancelhas sorrindo. Madison me puxou para dentro rindo.

-Esse é Joe, trabalha com Travis e é meu namorado... – ela abraçou a cintura do homem, ele era alto e meio bronzeado, barba rala, tinha os olhos cor de chocolate coberto por um óculos preto de grau e os cabelos negros enrolados.

-Prazer Clarke, já conheço toda sua vida... as Woods te adoram. – disse sorrindo. Ele aparentava ser mais novo que Madison mas não muito. Seu jeito humilde havia me agradado e muito, mas não consegui me concentrar mais. A voz rouca e melodiosa de Lexa tinha chamado meu nome no começo da escada.

  Olhei os três como se tivesse indo a minha execução. Subi as escadas correndo e vi a porta do quarto da morena entreaberta. Entrei e a vi, deitada de barriga para cima. Nos encaramos, Lexa via tudo em meus olhos, sabia que algo me incomodava. Eu me sentia hipnotizada, como os pescadores se sentiam ao ouvir o canto das belas sereias.

- O que aconteceu esses últimos dias Clarke... por que anda tão distante? – um lampejo de dor passou por seus olhos. Corri até ela e deitei ao seu lado. Lexa se virou para mim e eu para ela.

  Então saímos.

  Saímos de Lima, dos Estados Unidos, do mundo, do universo.

  Estávamos só nós duas, num lugar onde só nós duas conseguimos entrar.

  Nós éramos uma.

  Eu tocava sua pele nua em todos os lugares, aquele lugar, o paraíso. Tinha o cheiro dela. A beleza dela. A paz que ela me transmitia quando estava por perto.

- Essa não foi minha intenção. – sussurrei de olhos fechados. Minha testa tocava a sua. Meu corpo fervilhava sentindo-a tão perto. Sua respiração em meu rosto.

- Então por que? – ela sussurrou de volta.

-Eu planejei minha vingança, e fiz. – senti o contato mágico desaparecer no segundo seguinte.

-VOCÊ FEZ O QUE? – ela gritou. Estremeci encolhendo-me com uma careta.

-Me vinguei de Travis. – sentei na cama. Ela me olhou incrédula.

-Você é maluca? Você viu o que Travis fez comigo e quer que aconteça com você também?

– EU TIVE RAVA LEXA! RAIVA DO QUE ELE FEZ A VOCÊ! ELE IA TE MATAR MERDA! SE NÃO FOSSE ELIZA VOCÊ NEM ESTARIA AQUI COMIGO. – eu chorava, chorava feito uma criança perdida e longe dos pais, só em pensar na perda de Lexa já sentia falta de ar.

- O que? – Lexa se aproximou tomando meu rosto em suas mãos. – Quem é Eliza? – parei de chorar imediatamente e a encarei de olhos arregalados enquanto ela limpava minhas lágrimas com delicadeza.

- E-eu confundi.

- Sei que não, Clarke... você tem que me falar. – ela me encarava.

-Eliza era meu anjo. – Lexa fez uma careta confusa. – Ela quebrou regras por nós. – segurei suas mãos em meu rosto. – Se não fosse por Eliza, não estaríamos nem juntas agora.

- Por que não contou isso antes? – ela perguntou em um sussurro, ela parecia longe agora. – Eu nunca perguntei como você me encontrou lá... então ela te avisou? – olhou-me novamente.

- Sim, pensei que me acharia louca. – respondi com um suspiro.

- Claro que não!... o que você fez com Travis? – por um momento tinha me esquecido do que conversávamos antes. Tirei suas mãos de meu rosto e me sentei na cama rindo um pouco... talvez muito.

- Tive a ajuda de Santana e Raven, olha isso. – tirei o celular da bolsa.

  Eram 3 minutos de vídeo e Lexa tinha os olhos lacrimejando, mas não de tristeza. Ela não conseguia parar de rir, mesmo com o término.

- Você achou que eu não gostaria disso! Você foi genial Clarke, eu te daria agora se você quisesse. – ela ria.

- Sério? – perguntei com um sorriso enormemente bobo. Depois que descobri as maravilhas que eram sentir o corpo de Lexa, não consegui pensar em muitas outras coisas. Agora sim consigo entender Finn e isso é vergonhoso.

- Bom... depois do jantar, quem sabe... – ela deu um daqueles seus sorrisos demasiadamente sedutores e uma piscadela logo em seguida.

- Ótimo! – quando estava andando até a minha namorada morena e extremamente sedutora para poder beijá-la a campainha tocou. Uma, duas... oito vezes seguidas. Troquei um olhar intrigado com Lexa e descemos as escadas curiosas.

  Uma Travis versão digeevoluida, ou seja, mais monstro estava na sala. Veias saltando em seu pescoço e braços, uma coloração avermelhada e uma voz extremamente alta.

- EU SEI QUE ISSO TEM HAVER COM VOCÊS1 ESTÃO TENTANDO ESTRAGAR MINHA VIDA DE TODAS AS MANEIRAS. – Travis gritava. Madison se escondia atrás de Joe.

- Acho melhor você se acalmar Travis, não é assim que se fala com uma dama. – Joe mantinha a voz calma e impassível.

- VÁ PRO INFERNO JOE SEU TRAIDOR! ESSAS NÃO SÃO DAMAS, SÃO PUTAS DO INFERNO!

- Travis, o único errado aqui é você, traiu Madison, teve outra família, mandou seus amiguinhos engravatados espancarem e matarem sua própria filha porque ela estava apaixonada por uma garota! Seu hipócrita filha da... – ele se conteve por causa de Elisa, que se mantinha atrás de Madison com os olhos arregalados. – Você teve sorte que não pagaram com a mesma moeda.

- ELAS ARRUINARAM MINHA REPUTAÇÃO! MEU FILHO NÃO ME RESPEITA MAIS! E ISSO É COISA DE ALGUM DE VOCÊS... OU AQUELA GRIFFIN!

- Não sabemos quem foi... nem sabemos do que se refere! – Madison respondeu nervosa enquanto abraçava o próprio

- Fui eu! – respondi no final da escada, Travis, que ainda não tinha visto Lexa e eu, se virou como um animal e correu em minha direção. Fechei os olhos e ouvi Lexa gritar “Clarke não!”. Esperei alguns segundos mas nada veio. Abri os olhos e encontrei-a na minha frente. Joe estava segurando Travis em um mata leão.

- E-EU VOU TE MATAR SUA SAPATA DESGRAÇADA, DESSA VEZ COM MINHAS PRÓPRIAS MÃOS! – Travis ameaçava aos gritos.

-Agora eu tenho o que preciso! – Madison disse com um sorriso malicioso. Todos nós olhamos para ela com um ponto de interrogação na cara. – Está tudo gravado! – Ela soltou uma risada.

-Escuta aqui, sua puta suja... se você... – Madison interrompeu a ameaça de Travis.

-COMO É QUE É? SEU MONSTRO DESALMADO! NOJENTO FILHO DE... – Ela praticamente rosnou. – se você me xingar mais uma vez ou xingar minha filha eu vou cuidar de você especialmente... vou arrumar um jeito de acabarem com você na cadeia... – ela apontava o dedo na cara de Travis que sorria de modo sombrio. Vi Eliza estremecer encostada na escada, ela sentia a aura escura dele 

- Você está blefando. – ele respondeu, estava seguro disso.

- Vamos ver se eu estou blefando Travis... vamos ver. – Joe jogou Travis para fora

(flashback off)

CLARKE

Me levantei do colchão enquanto suava frio, meu peito subia e descia enquanto percebia que Lexa estava bem ali dormindo ao lado de Alex que a agarrava.

Ninguém havia acordado com meu pesadelo. Não parecia um pesadelo, os sentimentos pareciam tão reais, Eliza parecia tão real.

ELIZA

"DEVON, puta merda DEVON" – Eu não podia acreditar que Clarke estava recuperando as lembranças que viveu com Lexa através dos sonhos e eu não tinha nada haver com isso.

"Ah, até que enfim que a senhorita me notou, o que é tão chocante?"– Devon se sentou do meu lado encarando a porta aonde Clarke tinha ido.

 

"Quando alguém recupera memórias do nada..." – comecei lentamente. Senti-me tão elétrica por dentro que tive medo de chamar a atenção de alguém que poderia estragar tudo.

"Se você não tem nada haver com isso eles não podem te punir, nem ter controle sobre isso é o poder do amor agindo. Só isso." – ele rio e eu só pude rir junto com ele. Elas estariam juntas de novo se depender de Clarke.

" E lá vamos nós..." - Sussurrei quando notei Lexa se levantando.

LEXA

-Você tá bem? – sussurrei encostada na entrada da cozinha. Eu não iria negar a mim mesma, meu coração havia mudado de ritmo quando ouvi Clarke meio que gritar meu nome. Eram duas da manhã e a voz dela tinha me despertado do meu sono pesado. Não podia ser por acaso. 

 

- Nossa, você me assustou! – ela se virou enquanto engasgava com a água.

 

- Me desculpa, só queria saber se estava bem. – abri a geladeira tentando ignorar Clarke mas ela olhava pra mim.

 

- Aqui. - ela estendeu o copo, me estendeu o copo enquanto me encarava de perto e algo em seu olhar me fez congelar no lugar.

O azul inundava e escorria sobre suas bochechas, e por um momento pensei ter enlouquecido, mas lá estava a trilha de lágrimas sendo iluminada pela luz da geladeira.

- Você chamou meu nome, Clarke. – sussurrei enquanto viu seus olhos indo para meus lábios.

 

- Desde quando você gosta de garotas? Quando descobriu? - ela questionou-me com a voz trêmula. assustei-me com a mudança de assunto e me afastei olhando para a lua pela da janela.

- Por que essa pergunta? - Queria evitar seus olhos.

- Me responda só isso. – ela parecia cansada.

- Quando eu tinha oito anos conheci uma garota e percebi que gostava dela como deveria gostar de um garoto ... Até eu levar uma surra do Travis e fingir que nada aconteceu, como fingi por muitos anos. – Suspirei enquanto apertava a pia com força sentindo dor. Mas nada disso se comparava com a convivência com meu pai.

 

- Você não lembra. – a ouvi sussurrar atrás de mim. – Você não se lembra de nada do que vivemos. - Senti sua mão deslizar em minha cintura me abraçando.

 

- Clarke...– engasguei surpresa enquanto tentava respirar.

- What day is it and in what month... this clock never seemed so alive... – ela cantou rouca em meu ouvido fazendo meu corpo se arrepiar...Mas então ela me largou e foi embora, virou as costas sem olhar para trás como eu costumava fazer com ela nos tempos de escola.

CONTINUA...


Notas Finais


Gente, tá acabando, espero q não estejam confusas


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