História Out of the Masks - Chapter 5 - Understanding

Pov Adrien Agreste

O dourado de meus cabelos se juntava com o embaço da minha visão, fazendo com que eu não enxergasse quase nada em minha frente. Meus tênis estavam dessamarrados, e meu casaco ainda se mantinha aberto, deixando meu peito de fora. Eu odiava me atrasar! Deveria estar com minha pior aparência.

Termino por acabar de rosto colado no chão, após tropeçar em meus pés. Bufo, me levantando devagar, mas corro para uma pilastra que havia no canto da sala, ao notar que alguém entrava dentro da mansão, olhando para tudo em à volta.

-Alice... -Tampo a minha boca. Plagg fez o favor de entrar na situação, com seu jeito tão discreto de ser.

-Arco-íris esxistem! -Ele olha surpreso para a garota, o que me fez puxar ele para a bolsa, e aparecendo para a visão dela, já que não poderia deixar que ela visse o meu kwami demoníaco- Digo, seus cabelos são bonitos...

Eu não queria mesmo ter dito isso!

-Hum... Você também. -Ela entortou sua cabeça, olhando para o meu tronco. Sinto meu rosto corar levemente, e trato de fechar o meu casaco. Algo que nunca aconteceria com o Chat Noir seria corar com esse olhar estranho e... inocente?

-Mas o que faz por aqui? -Passo minhas mãos por meus cabelos, os deixando ainda mais bagunçados- Você precisa de alguma ajuda...?

-Oh não. -Ela sorriu adoravelmente, juntando suas mais atrás do seu corpo magro e pequeno- O senhor Agreste me chamou aqui, para uma proposta.

Hein? Mas tinha algo muito errado aí. Gabriel Agreste não era uma pessoa de propostas, e nem um pouco de deixar pessoas entrar em sua casa sem ao menos a Força Nacional atrás dela.

-Ahn... Proposta? -Ela estava abrindo a boca para me responder, mas a terceira presença cortou nossa conversa.

-Adrien. -Olho para o homem alto, que mantinha o seu olhar arrogante- Você sabe muito bem que eu não gosto que se envolva em meus assuntos. Vá logo para a escola, se atrasou demais.

Suspiro baixo. Questões envolviam meu cérebro, porém uma ainda dominava: Por que ele nunca me olhava? Sempre em nossas conversas, ele estava a olhar para qualquer canto, menos para meus olhos. Sua frieza me surpreendia ainda.

-Eu estou indo.

[...]

Havia rodado toda a escola, procurando pelo meu melhor amigo, mas parecia que ele havia se teletransportado para Nárnia. Sento-me num banco, olhando fixamente para minha frente, e bem, me surpreendo ao notar uma azulada sentar ao meu lado.

-A-adrien... -Ela segurou as próprias mãos, com o rosto avermelhado. Sorrio para ela, como um cumprimento- Ahn... Vo-você Alya viu... Não! Viu a Alya?

-Não. Eu também não acho o Nino. -Dou de ombros, mas então dois cabos haviam ligado em minha mente. A outra também parecia ter notado, pois me olhou maliciosa.

Num acordo silencioso, nos levantamos, e corremos em direção à biblioteca, onde eles tinham a mania de ficar, para editar os vídeos “frescos” que Alya fazia da Ladybug.

-Como ‘cê pode dizer isso? A Marinette nunca diria algo assim, Nino! E ‘cê tá ligado nessa droga. Minha amiga não é uma falsa, seu babaca! -A morena havia berrado, batendo suas mãos na mesa. Estávamos agachados numa estante, olhando para os morenos.

-Não estou pressumindo isso. Você que vem dizendo essas paradas. Eu só quero saber então como aquele lance existe. Se ela não disse, quem foi? A voz da Mari é idêntica! -Nino fez gestos, e se colocou cara a cara com a garota, por cima da mesa.

-Olhe-me bem! Pode ter sido bruxaria, o caralho à quatro, mas minha amiga nunca diria isso sobre ninguém. E ainda mais sobre o Adrien! Adrien Agreste, Nino! -Ela colocou a mão na cabeça, e se sentou numa cadeira.

-Eu me importo com o meu amigo. E não importa se a Marinette fez isso ou não. Minha prioridade é ele. -O garoto se retirou do cômodo, batendo forte a porta.

Me entreolho com Marinette, que tinha o rosto pincelado de fracos vermelhos. Meu rosto estava próximo ao dela, o que me dava uma visão privilegiada da sua beleza natural e única. Ela nunca pareceu tão bonita aos meus olhos.

-Adrien... -Ela sussurrou, e se virou para mim, arregalando as safiras. Sinto meu próprio rosto avermelhar, e me afasto um pouco de Marinette- Sobre isso...

-Não precisa falar sobre isso. -Sorrio para a garota, segurando forte a sua mão- Eu entendo o que aconteceu. E eu preciso muito falar sobre isso com a Chloé.

-Não acho que ela vá escutar. Estamos falando da Chloé Bourgeois. -Ela abriu os braços, me arrancando um risinho- E ainda mais, eu acho que eu mesma vou resolver isso tudo.

-Você vai falar com ela? -Entorto minha cabeça.

-Não, eu não vou. Mas vou dar à ela uma pequena doce vingança. -Ela pisca para mim, e olha para o nada- Com ajuda de uma certa pessoa...

Sorrio para mim mesmo. Chloé que aguarde o nosso reinado.