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História Out of the Masks - Chapter 20 - Infancy


Escrita por: Lauliet

Notas do Autor


Heeey! Cerejinhas 🍒

Lembram de quando eu comentei sobre fazer uma espécie de bônus com a infância deles? Aí está o que eu havia dito, e bem, eu tentei fazer mais feliz possível, porém uma parte dele não ficou tanto. Sorry.

Boa leitura!

Tradução: "Infância"

Capítulo 20 - Chapter 20 - Infancy


Fanfic / Fanfiction Out of the Masks - Chapter 20 - Infancy

Pov Marinette Dupain

Cantarolava uma música baixamente, e andava pelo jardim florido, procurando pelos ovinhos de chocolate escondidos por meus pais e os de Nathanael. O sol estava sendo chato comigo, queimando a minha pele sob o vestido vermelho. Me sento no canteiro, cansada demais.

-Já desistiu? -O ruivo apareceu, e pulou para o meu lado, ajeitando seus fios longos, que cobriam seu rosto. Mando um sorriso para ele, balançando minha cabeça em afirmativa.

-Eu andei o seu jardim inteirinho. E não achei nenhum ovo de Páscoa. Muito chato isso, e eu estou com fome. -Cruzo meus braços, fazendo um biquinho.

-Não podemos desistir disso. Ou você sabe qual será nosso castigo... -Ele me puxou para cima, levantando seu rosto para me olhar- Por que você tem que ser mais alta do que eu? Me sinto mais novo que você.

-Você é mais novo do que eu, bobo. -Sorrio convencida, e saio pulando por todo o canteiro de flores, pisando sem dó algum nas flores. Eu tinha pena delas e muito, mas não poderia fazer nada.

-Eu sou poucos meses, tá bom? -Me viro para ele, e noto um ovo verde em suas mãos- Eu achei o meu! Você ficou sem, sua burrinha!

-Você... -Aperto meus olhos para ele, e corro furiosa em sua direção, mas ele corria bem mais rápido do que eu. Bufo irritada, e pego a minha sandália, e miro em sua cabeça, acertando em cheio.

Ele caiu com tudo no chão, e aos pés de minha mãe. Encolho meus ombros, mas não escondo meu sorriso satisfeito ao ver o menino chorando, com as mãos em sua cabeça avermelhada.

-A Marinette jogou o sapato na minha cabeça. E está doendo demais. -Ele chorou ainda mais, apertando o local acertado por mim. Minha mãe me olha feio, me repreendendo duramente.

-Ele me chamou de burrinha, mamãe. -Estiro a língua para o ruivo, que repetiu os meus atos- Então eu dei meu troco.

-Marinette. Você sabe muito bem que vinganças não resolvem as coisas. E ele é o seu melhor amigo, não faça mais isso, está bem? E não chame ela de burrinha, Nathanael. -Ela beijou os fios do garoto menor. Fecho minha cara.

-Mamãe, eu estou com muita fome. -Seguro no vestido da azulada, com o rosto dentre seu vestido- Eu quero comer muitão.

-Você vai sim, Mari. -Ela acaricia meus cabelos, e deixa um beijo em minha testa- Agora vá brincar um pouco mais, e sem machucados e xingamentos.

-Tudo bem. -Digo em uníssono com o ruivo, que secava suas lágrimas- Mas você mereceu isso. -Pisco para ele, e corro de volta para o canteiro. Ele corre atrás de mim, iniciando uma espécie de pega-pega.

Corremos além da grade que havia em seu quintal, que limitava o espaço dos seus pais, e só percebemos bem depois de encontrarmos carros pelas ruas.

-Eu acho que deveríamos voltar. -Nath comentou, dando leves passos para trás. Seguro a sua mão direita, vendo sua face avermelhar como um tomate.

-Podemos andar só um pouco? Nossos pais nunca irão notar que não estamos brincando. Seu jardim é grandão. -Abro meus braços, mostrando o tamanho do seu jardim. Ele assente, e aperta mais a minha mão.

As pessoas nos olhavam curiosas e um pouco preocupadas, mas eu fazia uma questão imensa de ignorar todos. Paro nossos passos de frente à uma loja de doces, colocando o meu rosto contra o vidro da loja. Tinham uma cachoeira de chocolate, além de muitas pessoas lá dentro, no entanto, todos pareciam ricos demais, diferentemente de mim.

-Eu preciso desse chocolate. -Nathanael sorri, quase lambendo o vidro da loja. Coloco as mãos na cintura, rindo dele.

-Eu duvido que você peça chocolate para a primeira pessoa que passar por essa porta. -Aponto para a grande porta automática. Ele pensou um pouco, com um dedo em seu queixo, e assentiu.

-Fechado. -Ele apertou minha mão, e parou ao lado da porta, esperando que uma pessoa saísse de dentro do lugar.

Um homem alto e com semblante sério saiu da lojinha de doces, sendo seguido por uma mulher loira, e dois loiros, um de olhos azuis e outro de belas esmeraldas brilhantes e felizes.

-Senhor. -Nathanael puxa o casaco do homem, atraindo a atenção dele- Eu estou sentindo muita fome. O senhor poderia me dar um chocolate? -O ruivo brilhou seus olhos, piscando pedinte.

-Não. -Ele negou, e andou determinado em seu caminho. Nathanael colocou a mão em seu coração, indignado.

-Que tiozinho mais sem sal. -Olhou para a mulher, que sorria gentilmente para ele- Você não concorda? Isso nunca aconteceu em todos os meus anos duros de vida. Só não digo nada mal educado por respeito à senhorita.

A mulher caiu na risada, assim como eu e um dos garotos, enquanto o outro se mantinha sério, olhando para o nada. Ando para o lado do ruivo, e seguro as suas mãos gélidas e tremedeiras.

-Vamos embora, Nathanael. -Reviro os meus olhos, puxando ele, mas a mulher segurou os nossos ombros, falando com o loiro menor.

-Coração, dê um doce para eles? -Sua voz era doce e bem leve, como a de um anjo cantando suas músicas angelicais- Eu prometo que retribuo depois. -O menino deu dois passos receosos em direção ao ruivo, e entregou um doce colorido para ele, e depois parou em minha frente.

Ruborizo com o seu olhar penetrante em minha pele, e pego o chocolate que ele me estendia, sorrindo agradecida. Ele retribui um pouco tímido; sem jeito.

-Espero que fiquem bem. -Ela acariciou nossos rostos, e acenou para nós- Feliz Páscoa para vocês, amores!

-Feliz Páscoa. -Repito sozinha, olhando surpresa para o trio. Nathanael já devorava o seu doce, sujando todo o seu rosto pálido- Seu ridículo! Nem disse nada para a mulher.

-Hein? Nem escutei ela falando.

Bato minha mão na testa. Bobão.

Pov Adrien Agreste

Estava encolhido atrás da porta da sala, prestando atenção nos gritos que eles soltavam dentro do cômodo. Sentia os meus olhos arderem um pouco, prontos para desabar minhas lágrimas. Eu não gostava de ver quando eles discutiam sobre os atos errados do meu pai, mas isso vinha se tornando rotina para mim.

Sento-me no chão, encostando a minha cabeça na parede, escondendo-a entre mãos. Minha respiração estava rápida, assim como meus pés batendo no chão. Cada grito era como se me machucasse cada vez mais. E não era só isso que me perturbava: Também a possibilidade de ficar sem nenhum deles um dia.

-O que você está fazendo? -Félix para em minha frente, ajeitando a sua touca ganhada há poucos dias. Meneio minha cabeça, ainda sem mostrar minha face, apenas o olhando entre meus dedos- Está com dor de cabeça? Eu disse que não era para exagerar no chocolate.

-Papai e mamãe estão brigando. -Olho para seus olhos azuis claros, vendo eles mudarem para uma compreensão ruim- Eles vão se separar, maninho?

-Adrien... -Ele me puxou para cima, me levantando. Suas mãos secam minhas lágrimas, e me puxam para seu peito, me abraçando fracamente- Mesmo que isso venha a acontecer, eles sempre vão estar ao seu lado. Eu sei disso.

-Eu não acredito muito nisso. -Olho pro rosto. Ele assentiu, se colocando de joelhos na minha frente.

-Também não acredito nisso, mas tenho que cumprir o meu papel de consolador.

-Então não funcionou, maninho. -Olho divertido para ele, rolando os minhas orbes. Ele bagunçou meus cabelos, e se levantou, abrindo a porta de saída.

-Eu quero te levar para um lugar especial. Vamos?

-Vamos!

[...]

-Esse lugar é muito bonito, mano. -Me sento uma rocha, olhando para a menor cachoeira que poderia existir no mundo inteirinho. Ela tinhas as águas sem cor nenhuma, tanto que mostrava os peixes que habitavam ela.

-Sim, e sabe de mais uma coisa? -Ele se ajoelhou na minha frente- Nesse lugar é proibido tristeza e lágrimas. Então... -Ele sorriu traiçoeiro, e me pegou em seu colo, de cabeça para baixo. Tudo ficou rodando diante de mim.

-Félix! -Berro, e sinto meu corpo indo de encontro com a água gelada. Volto para a superfície rapidamente, olhando feio para o mais velho, dentre minhas madeixas loiras e longas- Seu chato. Eu não gosto de piscina, nem nada que tenha haver com isso.

-Fatos sobre Adrien Agreste. -Ele se ajoelhou à minha frente, rindo- Você é bem chatinho, hein, moleque.

-Eu tenho 6 aninhos. -Mostro para ele minha idade com as mãos. Ele revira os olhos, e cruza os braços cobertos pelo casaco azul como seus olhos.

-E eu tenho 14 anos. -Prontifico-me para sair da água, mas ele me empurra de novo para dentro- Dizem que essa água purifica suas tristezas, por isso que eu te joguei aí dentro. Adrien, me prometa que você nunca ficará triste, a ponto de esconder isso para si mesmo.

-Se você me prometer que não vai me deixar sozinho, se nossos pais ficarem separados. -Olho intensamente para ele, e estendo o meu dedo mindinho- Me prometa, Félix.

-Eu prometo. -Envolve o meu dedinho com o seu, e entra dentro da água comigo- Eu vou sempre estar com você, Adrien. 

“Por que prometer quando você sabe que não vai poder cumprir? Deveria ter aprendido que não se promete nada se não for cumprir, Félix”


Notas Finais


Tudo bem. Ficou meio bad a parte do Adrien, mas é que eu não sei mesmo como deveria ser a vida dele antes de tudo, porque eu creio que tenha sido algo assim. 😶

O que vocês acharam do bônus? Me digam nos comentários! E eu também quero dedicar esse cap. para todos os meus comentários, favoritos, leitores fantasmas, e tudo mais! ❤

O próximo voltaremos para a história normalmente, com o encontro de Adrinette e pá.

Obrigada! Beijuss 😙


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