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História Out Of The Woods - Cala a boca e dança comigo


Escrita por: niilista

Notas do Autor


Babes, como vocês estão?
Eu tô apaixonada por cada comentário que vocês deixaram, e eu sei que já agradeci por cada um nas respostas, mas obrigada de novo. E obrigada aos leitores fantasmas que favoritaram, mas eu ia amar de verdade se vocês deixassem a opinião de vocês, que tal hein? Cara, vocês são os melhores. Sem dúvida. Eu não posso pedir nada além disso; esse carinho, essa sinceridade, tudo <3.
Ah, a música tema da segunda parte desse capítulo é Shut Up And Dance, do Walk The Moon. É ótima e vocês deviam ouvir, deixarei o link nas notas finais.

Capítulo 9 - Cala a boca e dança comigo


Taylor Swift point of view.

E então tinha se passado um mês. Eu diria que foi rápido, porque minha agenda era a de um maratonista olímpico. Com um detalhe: eu podia trapacear e usar os carros mais rápidos que o dinheiro pode comprar. E claro que eu não era a motorista; apesar disso, eu estava dirigindo mais que o normal. Já estava difícil dar rumo à minha própria vida, mas agora eu precisava segurar o volante da RED Tour. E ela estava correndo muito acima dos limites de velocidade, derrubando todas as placas da minha vida.

Só que toda estrada tem curvas, e eu estava prestes a fazer a curva mais fechada da minha vida a 200 km/h com o pé no acelerador. Isso ficava mais perigoso a cada segundo, mas meus seguranças não pareceram ver Harry Styles como ameaça. Meus lábios vermelhos não poderiam ter servido de semáforo para aquele garoto atrevido? Respirei fundo, passando as mãos pela barra do vestido dourado e rezando para qualquer santo que pudesse me atender ali, no corredor dos AMA’s. Resolvi correr para o camarim e o fiz, antes que Harry pousasse seu olhar em mim. Parei em frente ao espelho, com as mãos espalmadas no mármore frio, e comecei a encarar a garota loira debochada que ria da própria desgraça. Ela balançava a cabeça como quem assente e vez ou outra olhava para a porta, sabendo que do lado de fora teria uma grande placa de metal com os inscritos “Taylor Swift”. Eles atrairiam o punho de Harry para a madeira. Knock, knock, knock. E ela teria que abrir. E então ela se sentiria uma daquelas crianças sentadas na areia molhada, só esperando a próxima onda vir derrubá-la. Não, não seria a garota no espelho a enfrentar a onda. Seria eu mesma, olhando dentro daqueles olhos verdes que me levam a uma praia deserta no sul da Califórnia.

As batidas na porta vieram lentas demais em contraste com os saltos convulsos que meu coração experimentava. A maçaneta estava ainda mais gelada que o mármore quando minha mão direita a envolveu, ou seria eu mesma suando frio? Abri rápido demais, olhando para o chão encerado e secando a mão livre na lateral do vestido. As luzes do camarim eram fortes – para ajudar os maquiadores –, e isso pareceu irritar os olhos de Styles, que estava parado na soleira sem respirar. Eu podia ver seu peito paralisado sob a blusa preta, prendendo o ar, recusando-se a deixa-lo ir.

– Eu... Eu vou... Eu preciso me arrumar pra... Pra... – A palavra performance fugiu enquanto eu me recusava a encarar o rosto dele. Apenas observava a gola de sua blusa, esperando pelo momento em que ele relaxaria e deixaria o ar escapar pela boca.

– Você já está bem assim. – A voz dele saiu baixa demais, mas eu pude ouvir. Ele sorriu, completamente sem graça.

– Não é isso... – Eu ri, nervosa, e me afastei da porta para ele entrar. Demorou um pouco, mas Harry se acomodou em uma ponta do sofá enquanto eu tomava a outra. Longe o suficiente. – Eu conheço seu perfume. – Murmurei sem perceber, e ele abriu, finalmente, um sorriso espontâneo. Mas eu não devia ter falado, não foi pensado, eu só... – Desculpa, eu não... Não...

– Não precisa ficar nervosa assim, quem fez merda fui eu. – Styles respondeu, e me assustou a firmeza em sua voz. Ele não estava zombando do meu nervosismo. Ele estava falando muito sério. – Eu desrespeitei você, minha namorada e meu amigo. Eu fui um babaca e eu entendo que você sinta mágoa. Eu demorei tanto pra te dizer isso porque eu precisava ter certeza de que não ia ser fraco quando chegasse aqui, na sua frente... – As palavras encheram o cômodo, inflando como brinquedos de criança. Mas uma delas era afiada demais para ficar em mãos infantis. Namorada.

– Fraco, Harry? O que quer dizer com fraco? – Cruzei minhas pernas, inquieta, e levei uma das mãos à franja, tentando arrumar ocupação para meus dedos nervosos. – Você tinha medo de chegar aqui e não conseguir pedir desculpas? Medo de não conseguir bater na porta porque se desculpar é vergonhoso? – Eu nem conseguia mais controlar o que saía da minha boca. Eu só estava irritada. Harry não podia me poupar de um mês de mágoa porque estava com medo de ser fraco.

– Eu não tenho a obrigação de te explicar isso. – Apesar de essa parecer o tipo de frase que se diz e depois vai embora, o único movimento de Harry foi jogar a cabeça para trás. Seus olhos já haviam se acostumado com a luz e ele encarava a lâmpada ou algum ponto muito próximo dela.

– E eu não tinha a obrigação de ficar calada quando você me atacou no elevador. Eu podia ter gritado. – Dei de ombros e parei de olhar para ele. Voltei-me novamente para o chão liso sob meus pés. O tom creme fazia parecer que era, na verdade, um mar de chocolate branco sob uma fina lâmina de vidro.

– Eu não vou responder a isso, Taylor. Vim aqui para me desculpar, e não discutir se você gostou ou não do que aconteceu.

– Você sabe que eu não gostei. Nenhuma mulher gosta de ser empurrada contra a parede daquele jeito, ouvir aquelas coisas, eu... – Engoli em seco, afastando as memórias para me manter credível. – Você sabe que se aproveitou da situação.

– Se pra você aquilo foi um abuso, por que está conversando comigo agora? Porra, Taylor, eu sou o cara que te atacou num corredor escuro. Eu usei você e fiz coisas que você não queria. Por que você está sozinha comigo nessa merda desse camarim, quando eu posso fazer tudo de novo? – Ele estava irritado. Não conseguia sequer controlar os palavrões. A voz grossa aproximou-se de mim e as últimas três palavras ressoaram próximas demais de meu ouvido. Afastei meu rosto e movi meu corpo para o braço do sofá. – A cena no elevador eu não fiz sozinho. Você estava comigo e você não quis parar.

– Você não faria de novo. – Foi tudo o que eu pude falar sem me comprometer. Harry voltou à sua ponta do sofá, mas eu não me movi. Sequer olhei para ele, apenas o senti se afastando. Levantei-me e caminhei até a porta, de costas para Styles. Ele precisava sair dali...

 – Tem razão. – Ele parou atrás de mim enquanto eu abria a porta e pude vê-lo sorrir quando se posicionou a meu lado. – Olha, eu posso ser um bom amigo. Eu juro. Então eu quero que esqueça o que aconteceu por uma noite e aceite um convite meu.

– Por que eu faria isso? – Revirei meus olhos, mas eu aceitaria qualquer convite que ele fizesse. É óbvio que aceitaria, nós dois sabíamos.

– Te vejo no final da premiação. – Se virou acenando e sumiu pelo corredor.

Harry Styles point of view.

Ela havia mudado de roupa, assim como eu, ao fim dos AMAs. Amaldiçoei Coco Chanel por ter encurtado tanto as saias, criando um obstáculo totalmente desnecessário pra minha amizade com a Taylor. Aquelas malditas, longas e lindas pernas sob uma mini-saia apertada. Holy shit!

– Pra onde você tá me levando? – Taylor estava sentada no banco do passageiro olhando pela janela. Estava chovendo muito, então tudo o que ela podia ver era, provavelmente, um monte de gotas d’água e vidro embaçado. Não sei por quê Swift parecia totalmente relutante em me encarar.

– Fica calma. Lá não tem nenhum elevador. – Pude ver um sorrisinho entortar a linha fina de seus lábios tensos.

Zayn não podia sonhar que eu estava com Taylor agora. Muito menos Ivy, que sabia de toda a história porque Malik não conseguiu fechar a porra da boca. Isso me levou a alugar uma discoteca. Meu Deus, a frase pode soar mais romântica que isso?!

Ed me contou o que Taylor disse. A opinião dela sobre mim depois do “incidente” era a pior possível. E mesmo assim aceitou vir comigo. Eu estava surpreso, mas agradecido, porque não foi muito barato alugar uma discoteca por uma noite toda. E eu queria voltar atrás com tudo. Apesar de saber que ela se entregou para mim tanto quanto eu para ela naquela noite, eu não queria que ela pensasse que nossa relação ia se resumir a uns amassos de corredor.

O neon estava apagado do lado de fora, mas o som estava tão alto lá dentro que já podia ouvir. Estacionei o carro na garagem e impedi Taylor de abrir a porta. Eu abriria por ela. Guiei-a pelo espaço escuro até a escada e ela me deu a mão para que eu a segurasse, já que estava um breu e ela estava com medo de cair daqueles saltos altos. Então eu abri os portões do salão e pude ouvir um breve suspiro escapar de seus lábios, agora semiabertos, não tensos como antes. Puxei-a pela mão para o centro do salão e vi seu sorriso aparecer sob um holofote verde que logo deu lugar ao laranja. No roxo ela já estava se entregando à música, graciosamente se equilibrando sobre os saltos dourados enquanto dançava nada graciosamente. Ela estava rodando, com aqueles lindos olhos fechados, e ficou de costas para mim. Mas eu queria mais daquele sorriso.

Puxei-a pelo braço delicadamente enquanto ela era iluminada por um feixe vermelho. Como se o destino estivesse me mandando um sinal. Pare agora, Harry! Foda-se o destino. Tateei o grampo em seu cabelo, na parte de trás da cabeça, e soltei aquelas mechas loiras que balançavam junto com ela. Coloquei a mão sob seu queixo e levantei seu rosto para observá-lo. Ela estava rindo e dançando e eu estava prestes a dizer alguma coisa quando me toquei de que a música tocando era Shut Up And Dance. Taylor sibilava a música para mim quase como numa conversa.

Dessa vez foi ela quem puxou meu braço, com inabitual grosseria, e eu tropecei para mais perto. Colocou minhas mãos em sua cintura e apoiou os braços em meus ombros. Seus movimentos eram agitados, mas naquela situação, eu chegara a considera-los sensuais. O único momento em que ela parou de dançar foi quando eu ameacei falar algo e, por dois segundos, aproximou o rosto do meu e me mandou a calar a boca, só dançar com ela.

Oh, don't you dare look back
Just keep your eyes on me
I said you're holding back
She said, "Shut up and dance with me!"
This woman is my destiny
She said, oh, oh, oh
"Shut up and dance with me"

We were victims of the night
The chemical, physical, kryptonite
Helpless to the bass and faded light
Oh, we were born to get together
Born to get together

She took my arm
I don't know how it happened
We took the floor and she said
Oh, don't you dare look back
Just keep your eyes on me
I said you're holding back
She said "shut up and dance with me!"
This woman is my destiny
She said, oh, oh, oh
"Shut up and dance with me"

A backless dress and some beat up sneaks
My disco tec juliet teenage dream
I felt it in my chest as she looked at me
I knew we were born to be together
Born to be together
She took my arm
I don't know how it happened
We took the floor and she said

Oh, don't you dare look back
Just keep your eyes on me
I said you're holding back
She said "shut up and dance with me!"
This woman is my destiny
She said, oh, oh, oh
"Shut up and dance with me"

Deep in her eyes
I think I see the future
I realize this is my last chance
She took my arm
I don't know how it happened
We took the floor and she said

Oh, don't you dare look back
Just keep your eyes on me
I said you're holding back
She said "shut up and dance with me!"
This woman is my destiny
She said, oh, oh, oh
"Shut up and dance!"
Oh, don't you dare look back
Just keep your eyes on me

I said you're holding back
She "said shut up and dance with me!"
This woman is my destiny
She said oh oh oh
"Shut up and dance with me"
Oh, oh, oh, shut up dance with me


Notas Finais




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