História Out Of The Woods - Sem controle

- E qual problema meu bem?

- Como pude deixar isso acontecer, outro filho.

- A menos que você queira dizer a ele que essa criança é dele, nós a criaremos como Bor, como se fosse meu filho ou filha, e eu a amaria igualmente.

- Ele é capaz de querer leva-la embora para me obrigar a voltar para Asgard. Ela diz com amargura.

- Então... Eu serei pai novamente. Sabe estou adorando ser um pai de família. Tomara que seja uma menina, eu ia adorar mima-la e enche-la de lacinhos e fru-frus.

Esther acaba rindo da animação dele.

- Só você mesmo para me animar né?!

- Faço o que posso. Ele ri.

Naquela noite, todos estavam jantando quando David pede um momento de atenção.

- Eu queria agradecer a atenção de vocês, mas é que eu e minha belíssima esposa temos uma noticia a dar a vocês. Bom, todos sabem o quanto nós somos felizes e como nos amamos e a noticia é que... Ele sorria enquanto ela olhava apreensiva em direção ao Loki, disfarçadamente, ele por sua vez carregava uma expressão de poucos amigos ao ouvir David se declarar a Esther. – Descobrimos hoje que agora nós não somos mais três, somos quatro... Esther está esperando outro filho nosso.

Loki esbarra no cálice de vinho e o derruba ao ouvir a noticia.

- Grávida?! Ele questiona.

- Sim, teremos em alguns meses outro herdeiro ou herdeira.

- Meus parabéns. Ele diz como se estivesse sendo obrigado, ainda encarava Esther seriamente e não tocou mais no jantar, porém o que não contavam era que Mélida faria diversos comentários carregados de significados ocultos.

- Temos que providenciar logo meu amor, senão meu primo encherá esta casa e ficaremos para trás.

- Tem razão Mélida.

Esther se sentia enciumada, ele diz que a ama e fica com esses comentários maldosos em sua frente, ela estava certa em confiar o futuro dos filhos nas mãos de Dave.

Depois de alguns comentários, o silencio dele nasce e é disfarçado pela animação do Duque.

- Que felicidade, outro neto. Obrigado Esther, obrigado mesmo. Você só trouxe alegria para esta casa.

Loki continuava a destilar ciúmes e inveja ao casal até o fim do jantar.

Esther coloca Bor na cama que demora a dormir, já era tarde quando ela se dirige para seu quarto, porém no meio do caminho ela é abordada por Loki.

Ele a segura com força e a trás para mais perto dele, encarando-a.

- Esse filho é meu não é?! Você está esperando um filho meu não é Esther?!

- Me solte. Ela tentava se soltar, mas ele a segura mais forte e lhe dá uma brusca sacudida.

- Não, esse filho não é seu... Estou grávida do meu marido. Ele a solta e parece furioso.

- Quer dizer que você dorme com ele?! Se entrega a mim e depois se deita com aquele idiota. Loki passava as mãos em seus cabelos, parecia que se segurava ao máximo para não fazer nada da qual se arrependesse.

- Pare de ser hipócrita. Ou quer que eu acredite que você não se deita com Mélida?

- Eu sou um homem Esther, eu tenho necessidades. Ele diz arrogante.

- Você é muito machista. Ainda bem que meu bebe é filho do David.

- Como tem tanta certeza? Ele questiona se achando triunfante por achar que havia descoberto a mentira dela.

- Eu me precavi todas as vezes que estive com você, todas as manhãs tomei chás que impedissem que caso um bebe estivesse em mim, que seguisse vivo.

- Você o que?

- Não correria o risco de engravidar de alguém como você. Você só causa desgraça as pessoas a sua volta. Você não passa de um monstro... Ela exagera, estava com raiva e ferida pela comparação e desigualdade dele. Quando ela menos espera Loki lhe dá uma bofetada e em seguida parece se arrepender.

- Esther?! Ele diz, parecendo chocado consigo mesmo. – Me... Ela se levanta com a mão no rosto e simplesmente lhe dá as costas, andando sentido ao seu quarto. Lagrimas de magoa caem dos olhos dela, não era a primeira vez que Loki a agredia, mas uma agressão dele nunca doeu tanto. De repente ela para e olha para ele que permanecia parado no meio do corredor.

- Como quer que eu aceite ir embora com você, virar sua amante, para isso... Eu dei um lar para meus filhos, um pai amoroso, paciente, que diferente de você, me amou mesmo criada, mesmo pobre, mesmo ignorante. Como você quer que eu largue tudo o que construi por uma aventura Loki?! O que você tem a me oferecer é pouco demais, eu tenho filhos agora e você não pode dar nada a eles, você só seria pai das suas próprias ambições, as quais você cria com maior cuidado e zelo.

- Me perdoe.

- Sinto muito Loki, é muito pouco o que você tem para me oferecer. Não me procure mais, entre você e o Dave, vou escolher o pai dos meus filhos. Acho que já está na hora de partir. Adeus.

Ela se vira de cabeça erguida e segue para seu quarto, se derretendo em lagrimas nos braços de Dave enquanto lhe conta tudo o que aconteceu. 

Desde aquela noite Loki não via mais Esther... Ela se mantinha reclusa em seu quarto e saia poucas vezes apenas para cuidar de Bor e fazer os devidos acompanhamentos da gravidez.

Loki já estava de partida e seu único desejo era se despedir de sua amada. Ele espera a saída de David no final da manhã e entra sem bater.

- Esther?! Ele se depara com ela apenas enrolada em uma toalha, de cabelos molhados e aquela cena mexeu com a imaginação dele, brincando com seus desejos.

- O que você quer aqui? Saia Loki.

- Eu vim me despedir. Estamos de partida. Ele anda até ela que tenta se afastar segurando a toalha com firmeza.

- Adeus, agora vá. Eu não estou apresentável.

- Me perdoe Esther, eu perdi a cabeça, mas eu... Eu não fiz por mal... Não quero ir embora brigado com você.

- Brigado ou não, de que adianta Loki? Não foi só a agressão, eu... Eu não posso... Eu tenho uma vida estável, não posso largar tudo por uma aventura. Não foi a primeira vez que você me bateu.

- Por favor, não lembre disso.

- É muito mais fácil você esquecer do que eu... Apesar de que eu não guardo raivas de você, eu não consigo, mas eu não posso arriscar Loki, vá para casa e seja um bom rei.

Loki se aproxima e olha fixamente nos olhos doces de Esther.

- Você me enfeitiça de uma forma tão boa. Eu nunca conheci alguém tão valente como você e ao mesmo tempo tão doce e meiga. Ele acaricia a bochecha dela e gruda suas testas. – Eu não posso desistir de você, eu desisti antes e foi a pior decisão que tomei toda minha vida. Ele encosta timidamente seus lábios nos dela e eles se dão um longo e calmo beijo.

- Você partirá quando? Ela pergunta com a voz rouca e baixa. Ela carregava uma expressão que misturava tristeza e confusão.

- No final da tarde.

- Eu... Eu espero que você seja muito feliz, assim como eu. Ela estava nitidamente tremula. – Agora, por favor, saia.

Loki sai triste e decide ocupar a mente acertando as ultimas coisas com o Duque.

Esther estava treinando sua leitura quando uma das servas a procurou dizendo que havia acontecido algo com Bor, ela corre desesperadamente e quando chega ao quarto do menino ela fica parada, estava chocada. Bor brincava com seus brinquedos dentro do berço, porém estava com uma coloração azul forte e os olhos vermelhos.

- Então é verdade o que dizem, ele é um gigante de gelo. Ela sussurra. – Preste atenção, nenhuma de vocês dirá palavra alguma sobre isso, eu proíbo vocês de tocarem nesse assunto. Ela anda até o bebe para pegá-lo, porém ao toca-lo suas mãos queimam e ela se afasta olhando de suas mãos ao filho. – E, por favor, saiam.

Esther fica olhando Bor, enquanto ele brinca distraído, quando percebe a presença constante da mãe lhe dá os braços pedindo colo e chamando por ela. Ela tenta pegá-lo novamente, porém mais uma vez queimaduras surgiram em suas mãos. Ela dá um passo para trás e fechando os olhos ela suspira deixando uma lagrima cair. Bor percebe a distancia da mãe e começa a chorar.

- A mamãe não consegue pegar você... Ela dizia chorosa enquanto tenta inutilmente distraí-lo com os brinquedos, porém ele chora até pegar no sono sozinho. Derrotada Esther volta para seu quarto.

Mais no final da tarde Loki decide ir até o quarto de Bor para se despedir do menino, ele estava despertando e ao olhar na direção de Loki abre um sorriso alegre, Loki achava engraçado aquele sorriso com apenas um dente nascido, pega o menino e repara cada detalhe dele que brinca com as vestes preta com verde dele.

- Eu sinto algo tão diferente por você Bor, queria tanto que você fosse meu filho... Seria um sonho, meu filho com Esther. Bor procurava a mão de Loki, buscando por resquícios da magia que o encantara outro dia, ele percebe e rapidamente trata de entreter o menino que gargalhava e encantava Loki. – Se uma mãe soubesse o quanto eu a amo, o quanto eu posso me esforçar para ser bom para ela e até mesmo para você e seu irmão ou irmã... Parece que amo essa criança, assim como amo você e me incomoda não conseguir explicar. Ele desabafa para o menino que pouco prestava atenção em outras coisas que não fossem as chamas coloridas que saiam das mãos dele.

Loki não percebe que uma das servas entra no quarto e ao se deparar com ele, se retira imediatamente. Ela corre até o quarto de Esther e lhe conta o que vira, Esther corre desesperadamente para o quarto de Bor e varias coisas dançavam em sua mente. “Ele vai descobrir, vai ver a forma de Bor e vai descobrir que é pai dele, ele vai querer tirar meu filho de mim”.

Esther entra descontrolada. – Não é isso que você... Ela para e olha Bor com sua coloração normal nos braços de Loki e sente seus pulmões se encherem de ar novamente. – Eu já disse que não quero que você se aproxime do meu filho. Ela tremia e arranca Bor dos braços dele com certa violência. O menino começa a chorar estendendo os bracinhos para o principe.

- Não precisa ficar tão nervosa assim. Eu nunca machucaria esse menino... Pelo contrario Esther eu sinto que o amo, tanto quando amo você. Loki a vê segurá-lo com maior força e sai dali apressada.

Loki acaba indo embora e Esther se sente aliviada.

Os meses passam e Bor dava seus primeiros passos, assim como a barriga de Esther estava imensa.

- Como está minha grávida mais linda dos nove reinos? David pergunta chegando para o café.

- Imensa, pesada e mal humorada. Ela diz enquanto toma um pouco de suco.

- Pare com isso, se não fosse por essa barriga, ninguém diria que você está grávida. Continua linda.

Ela acaba rindo e eles seguem uma discussão acalorada sobre o nome da criança. – Agora que sabemos que teremos uma menina, que tal escolhermos o nome, eu gosto de Meghan.

- Meghan... Eu gosto.

- É serio que me deixará escolher o nome?

- E porque não? Você é o pai. Ele sorri e lhe dá um beijo ruidoso na bochecha. Tudo fluía bem e Dave brincava com Bor quando o Duque entra apressado.

- Acabo de receber uma triste noticia. Odin, o pai de todos faleceu.

Esther olha apreensiva do Duque ao David, que percebe.

- E agora pai?!

- Agora? Nós temos que ir até Asgard.