História Out of Town Girl - Memories

LEIAM AS NOTAS FINAIS!

Justin Bieber’s P.O.V.

Acabou ali, no momento em que saí da porta da mulher que mais amara em toda minha vida e entrei no meu carro e fui em direção ao hotel.

No caminho, lágrimas caíam como nunca antes. Meus olhos estavam completamente embaçados, eu não enxergava nada. Parei o carro em um acostamento, antes que algo pior acontecesse. Apoiei minha cabeça no volante e comecei a chorar. Como viveria sem Victória? Como uma garota que convivi por apenas quatro dias tornou-se tanto em minha vida? Como eu amo alguém que nem conheço direito? Eu apenas a amo muito!

Quando as lágrimas cessaram o suficiente para voltar a dirigir, liguei o motor novamente e saí em direção ao hotel. Algumas lágrimas ainda caíam durante o caminho quando lembrava do que acontecera entre nós. Um flashback completo passou por minha cabeça.

Meu show em São Paulo havia acabado. Cartas e mais cartas para ler. Uma, apenas uma chamou minha atenção. Não era chamativa, não tinha nada de demais naquela carta. Apenas um papel com o Pooh, a Minnie, o Mickey, o Pateta e o Pluto estampados. Sorri olhando para a carta. Mesmo com todos me apressando para irmos à Disco, peguei o papel e li as poucas palavras que lá tinham. Eram poucas, mas eram verdadeiras, eram emocionantes e transmitiam alegria e emoção ao meu coração.

Aquela era a carta que colocaram no meu bolso. A garota de cabelos coloridos, azul e roxo. Como ela era diferente, como ela era feliz, como ela transmitia uma alegria imensa! Ela era diferente de todas as garotas que estavam ali. Ela realmente tinha lutado para ter chegado àquela sala de fotos, apenas para passar cinco segundos ao meu lado. Ela me encantara mais que qualquer outra garota daquele Meet. Conheci quase 100 garotas e apenas uma roubou minha mente e meu coração.

No mesmo dia já pedi para a equipe descobrir mais sobre ela. Só fui ficar na semana seguinte que Alfredo a encontrara. Ele fora ao Brasil no final de semana sem me falar, apenas me dissera que tinha uma viagem de urgência para fazer, nada mais. Quando me disseram que passaria seis dias no Brasil, comemorei. Dancei, pulei, cantei, sambei e caí, caí na cama de cansaço. Claro que não esperava ficar os seis dias ao lado da garota, apenas uns dois, três estava bom, o resto eu poderia usar para conhecer mais o país de garotas bonitas. Pelo menos eu achava que os três dias eram suficientes, até conhecê-la.

No almoço que tivemos no Unique com Scooter e Alfredo, eu vi que ela realmente era diferente. Ela chorara, ela me dera uma lição de moral, mas demonstrara seu amor por mim. Conversamos por horas, eu nunca me cansaria de ouvir sua voz e sua risada. Fosse falando sobre mim, sobre outros garotos, sobre o Brasil ou sobre assuntos banais. Nunca me cansaria de ouvi-la. Quando ela estava indo embora, acompanhei-a até a entrada do hotel. Alfredo oferecera uma carona, mas ela apenas disse que iria de táxi para não incomodar, que já tinha incomodado muito. Achei gentil de sua parte, mas desnecessário. Ela deveria aceitar a carona! Fiquei encantado e falei que nos veríamos no dia seguinte. Não sabia aonde a levaria, mas sabia que queria ficar mais tempo ao seu lado. Isso já bastava. Ela hesitou no começo, mas no final aceitou.

No dia seguinte, nos encontramos e levei-a ao Ibirapuera. Ela reconheceu Sulley, o que achei fofo e estranho ao mesmo tempo. Ela relembrou do dia em que nos conhecemos brevemente, enquanto eu lembrava dos mínimos detalhes daqueles cinco segundos ao lado dela. Chegando ao Ibirapuera, quase nos beijamos e isso me fez pensar no quanto queria sua boca na minha, seu corpo no meu e sua vida virando minha vida também.

Durante o passeio conversamos sobre várias coisas. Ela era minha mais nova namorada, como ela mesma dizia e se gabava por eu namorar uma pessoa tão linda. Sim, sou um sortudo. E eu iria à sua casa no dia seguinte, finalmente conhecer minha futura sogra e futura avó de meus filhos.

Na mesma noite, liguei para Victória. Ela parecia com medo do que eu pensaria por ela ter me chamado por ir à sua casa. Realmente não é um convite que eu esperava receber, mas ao recebê-lo não hesitei em aceitar. Imaginar-me sentado em seu sofá ao seu lado fez-me pensar em como seria nossa vida futuramente. É, a essa altura eu já deveria estar completamente apaixonado por Victória, apesar de me recusar a aceitar tal coisa. Não deveria apaixonar-me por ela, era errado, eu a faria sofrer.

A noite seguinte foi a melhor da minha vida, exceto pela noite depois dessa. Finalmente conhecera Lívia, mãe de Victória, futura sogra e futura avó de meus filhos. Era realmente uma mulher bonita, Victória era muito parecida com ela. A mulher até não agiu de forma alterada como imaginei que agiria pela forma que Victória dizia que ela era quando falava de mim. Lívia sempre soltava indiretas de que eu e Victória deveríamos namorar, o que fazia eu olhar para Alfredo que aquela altura já sabia de minha paixonite. O motivo das indiretas era desconhecido por mim, talvez por que Victória também estivesse apaixonada por mim? Morreria sem saber, já que nunca teria a coragem de dizer a Victória o quanto a amava.

Fomos embora e meus pensamentos só ficavam em Victória. Seus olhos, seu nariz, sua boca, seu olhar, seu sorriso, sua risada, seu cabelo, suas caretas, sua personalidade. No dia seguinte pediria para ir ao cinema com ela, termos um momento só nosso em uma sala escura, onde ninguém nos reconheceria.

Quando liguei para ela na tarde seguinte, ela disse que era melhor não, que poderiam dizer que era minha namorada. Minha vontade era falar: “não estarão falando mais do que a verdade daqui um tempo quando pedir você em namoro”, mas não poderia. Ela, então, disse para eu ir à sua casa. Achei que sua mãe estaria lá, achei errado, já que ela não estava. Ficamos conversando, até que fiquei chateado com o que ela dissera para mim “volte para o útero”. Tudo bem que sou burrinho e lento, mas ela pegou um pouco pesado. Apesar que nada que vem de Victória é bruto, mesmo o pior dos palavrões, sai como música, como poesia.

E, então, nos beijamos. Beijamo-nos após falarmos tudo que sempre quisemos um para o outro. Ouvi-la declarar seu amor de fã para mim foi maravilhoso. E quando chegou minha vez, declarei meu amor de ídolo e de homem. Um homem que queria a mulher mais perfeita do mundo seu lado.

Discutimos diversas vezes naquela noite e, então, nos resolvemos. Vimos Lua Nova, apesar de sua hesitação dizendo que Harry Potter era melhor. Por favor, nada é melhor que Crepúsculo – por mais gay que isso soe, é verdade. Ela chorava e sabia que não era emoção pelo filme que víamos, como ela dissera. Era porque logo eu iria embora e ela ficaria exatamente como Bella durante os meses longe de Edward.

E Scooter me ligou dizendo que eu iria embora no dia seguinte e que teria que ir para o hotel. Despedir-me de Victória foi a coisa mais difícil já feita por mim até agora. Vê-la chorando e não poder fazer nada para confortá-la me deixou em pedaços, estilhaçou-me. Mas eu sei, eu tenho certeza que nos veremos em breve. Eu sei que ela não acredita nisso, eu sei que ela acha que logo a esquecerei, mas não irei. Nos veremos em breve, conte com isso. Nos veremos exatamente como Bella viu Edward depois de meses.

Eu era seu Edward e ela era minha Bella.

Justin Bieber’s P.O.V.

LEIAM AS NOTAS FINAIS, PELO AMOR DE DEUS!