1. Spirit Fanfics >
  2. Outono >
  3. Às escondidas

História Outono - Às escondidas


Escrita por: LaisRodrigues09

Capítulo 16 - Às escondidas


Se o pai dela não foi com a sua cara, desistir é a melhor coisa a se fazer.

Mas se quer enfrentar a fúria de um pai protetor, faça exatamente o que eu disser.

Quando eu era jovem igual você, o pai de sua mãe, o velho Hornet Swarovski, me odiava, mas um dia provei pra ele que eu não era o tipo de rapaz que ele pensava que eu era.

Fiz uma serenata bem na frente da casa dele pra sua mãe, e veja como deu certo.
Mas também..., Eu conhecia bem a sua mãe, na verdade, a conhecia melhor do que ela mesma poderia imaginar, agora você..., Você mal conhece esta moça Rickson, pra quê querer enfrentar o pai dela? - Parei de ler a carta.

Outono era a primeira moça com quem eu me interessei desde dos 15 anos.

A primeira garota que me interessei era Eliz Grendha.
Ela cantava na igreja em que eu freqüentava.
Não posso dizer que tivemos alguma coisa, a única coisa que aconteceu de nossa parte foram apenas olhares e sorrisos abertos, apenas isto.
Voltei a ler a carta.

Querido, eu conheço você suficiente para saber que você não vai desistir fácil de alguém que você estava interessado, então que tal você descobrir onde esta moça mora e conversar com o pai dela? Talvez ajude.

Um abraço de sorte.
Jonas Adam Park.


Encosto a cabeça sobre o banco detrás do táxi.
Quando enfim chegamos na palestra, a chuva está mais ou menos, então consigo sair do carro e atravessar a calçada e entrar no edifício.


Espero um pouco pois ainda existe outra palestra acontecendo e depois de trinta segundos a minha esperada palestra começa.


O palestrante e um homem bastante agradável, ele sabe bem o que faz e o que fala. E imobiliza o público com seu carisma no palco.


Escrevo tudo que poderia servir pra mim em alguma coisa e quando menos percebo a palestra já acabou e só resta eu no salão.
Vou andando até a porta e dou de cara com  Ruth Denelly Conster, a mesma do supermercado.


Ela parece não me reconhecer, então passo direito fingindo não a conhecer também.


Já estou perto da saída quando escuto ela me chamar.


- Oi?


- Olá.


- Eu lhe conheço de algum lugar?


- Hum, não sei, seu rosto também me é familiar. - Digo.


- Ah, já sei, você é aquele rapaz educado do supermercado!


- Ah, é, poisé. Tudo bem?


- Eu estou bem, e você?


- Eu também estou bem.


- Quê bom. Bem, eu estava de saída, eu estava vendo a..., A palestra que teve ainda pouco.


- Hum, sei bem. Bom poisé foi bom te ver de novo.


- Digo o mesmo. Até mais.


- Tchauzinho.


Saio do edifício e pego outro táxi para ir para casa do professor Dornan.


- Bom professor, como o senhor pode ver aprendi muitas coisas. - Digo depois de dizer tudo que havia aprendido na palestra.


- Estou vendo.


- Acha que já estou preparado pra acertar de negócios com o empreendedor?


- Não. - Diz ele fazendo pouco caso da minha pergunta.


- Quantas outras palestras vou ter que ir para poder ficar afiado?


- Várias, você parece um desqualificado para a coisa, estou pensando seriamente em dizer para seu pai vir pra Chicago e conversar com este empreendedor no seu lugar.


- Ah professor, o senhor teria coragem de fazer isso comigo? - Digo meio chateado, enquanto ele pega uma xícara de café.


- É brincadeira rapaz, o que te aflige tanto?


- Ah, não sei. Me sinto um fracassado. - Ele me entrega a xícara, a mesma que dou um gole logo depois. - Ontem o pai da senhorita Bone veio falar comigo, e me tratou como um covarde.


- O que tem isso?


- Professor! Eu não sou um babaca.
Ele dá uma risada e se acomoda na proltona.


- Eu sei menino, deixe de ser tão bobo.


- Ele ainda ficou dizendo que se fosse pra mim machucar a senhorita Bone, era melhor eu me afastar, mas em momento nenhum tive a intenção disso. - Digo chateado.


- Vai ver ele está testando você, quer ver até você poderia ir com isso, e tenho quase certeza que não foi muito longe.


- Não.


- Bom, eu bem que tentei avisar você que você estava indo muito rápido, eu já sabia que uma hora ou outra isso iria pegar mal pra você.


- Como o senhor faz as coisa melhorarem, né.


Me levanto da cadeira.


- Quer saber professor, por hoje chega! Estou voltando pro hotel, ainda tem algo que o senhor quer que eu faça?


- Não, vá em paz.


- O Diogo está aí?


- Está no quarto.


- Eu posso ir falar um pouco com ele?


- Vá.


Saio do escritório e fecho a porta, logo depois atravesso o corredor e bato na porta de Diogo.
Consigo escutar com clareza a voz abafada falar " Já vai", ou talvez, " Já vou", e enfim abre a porta com um roupão.


- Senhor Park? O que deseja?


- Nada muito importante, você está ocupado?


- Estou enrolado.


- Como?


- Não dá pra mim ajudar você agora. - Diz ele sussurrando com a metade da cara na porta.


- Está bem, não vou fazer muitas perguntas pois não estou nenhum pouco interessado em saber o que a palavra " enrolado", está significando neste momento pra você, então quando der você poderia passar no hotel?


- Tá bom.


- Ok, até mais.


Vou andando até a porta, e saio da residência dos Dornan, atravesso o quintal e vou pela calçada até chegar no hotel.


Quando tento atravessar o salão imenso que a recepção tem, é quando os olhos de Outono me desfocam das escadas que era pra onde eu olhava.


Ela está descendo as escadas degrau por degrau e quando chega ao meu lado, ela sussurra em meu ouvido:


- Precisamos conversar. - Me arrepio por dentro quando o escuto.


Com delicadeza eu a olho e digo que sinto muito, mas que não poderíamos.
Então ela coloca as mãos em meu ombro direito e diz:


- Eu sei o que meu pai fez, mas ignore qualquer coisa que ele tenha dito.


- Isto é meio difícil.


- Olhe, seja lá o que ele disse a você...


- Na verdade ele só disse, afaste-se da minha filha e mais outras coisas como, " ela já foi ferida demais". - Digo tirando a mão dela do meu ombro.


- Ah, que mico. Eu sou uma mulher livre eu sei me cuidar, eu sou dona do meu próprio nariz, não moro mais com eles e não tenho intenção de voltar a morar, nenhum deles tem nada haver com isso, com as pessoas que eu ando saindo.


- Você é decidida demais para uma garota de 18 anos.


- Um segredo, vou fazer 19 na quarta-feira que vem, não sou mais uma menina, eu sou uma mulher.


- Uau, temos aqui uma mulher decidida na vida.


Respiro fundo, enquanto ela me fita.


- Escute senhorita Bone, a última coisa que quero é ter intriga com seu pai, e...


- Shhh, não se preocupe mais com essa história, quem decide se alguém vai se afastar de mim sou eu mesma. Se eu tivesse visto que você não é um cara bacana, nem teria beijado você.


- Entendi, mas de verdade, não estou afim de ter uma briga com o dono do hotel. - Digo sorrindo.


- É só fingir que ele nunca pediu para você se afastar. - Diz ela.


- Escute, eu vou subir, tomar um banho, e volto pra nós conversamos melhor, ok?


- Ok.




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...