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História Outra chance de ser feliz - Capítulo 21


Escrita por: LivFox

Notas do Autor


FINALMENTE.
Minha nossa, foi um rolê completar esse capítulo
Mil desculpas. 😅

Capítulo 21 - Capítulo 21


         - Olá mamãe... – era difícil depois de anos falar essas duas palavras, ainda mais com o rosto tão choroso quanto de Shadia. Era complicado a delicadeza de reencontrar sua família.

Parece que regrediu 4 anos e voltou no mesmo dia em que bateu a porta e partiu do lugar que um dia chamou de casa, o choro e o abraço de sua mãe fez com que lembrasse fielmente do sentimento de desolação ao se soltar da mãe naquela época mas dessa vez ele segurou forte a mulher e retribuiu todo amor que recebia naquele momento.

- Meu filho... É você mesmo – era complicado entender o que a progenitora dizia pela quantidade de lágrimas que tinha no rosto – é você! Meu bom Deus! Meu filho! – o peito ardia. Era assim que ela se sentiu por 4 anos?

Era um bolo que se prendeu em sua garganta que agora empurrava sua garganta com tanta força que talvez fosse possível vomitar a própria tristeza, o seu corpo começou a ficar gelado e compartilhou do choro de Shadia, ele chorou, e chorou e chorou. Sua mãe balbuciava palavras carinhosas alisando seus cabelos mostrando alegria e felicidade pela volta de sua prole, foram trazidos a realidade pela voz de Kadar, seu irmão mais novo.

- Malik! O que você... Oh, mamãe a senhora tá bem? – o moreno se aproxima segurando a mais velha dando apoio a ela já que Malik não conseguiria – meu Deus o que voce está fazendo aqui? Não que seja ruim até gostei de ter ver... É que – o jovem estava sem jeito para falar, fazia pouco tempo que reataram seus laços familiares então ainda era estranho vê-lo ali, na fazenda do avô.

- Eu precisava. Não sabia que estariam aqui, vim apenas para... Você sabe, fugir um pouco – riu da própria ironia, ele sempre fugia.

- Tudo bem, porque não entramos? Você está cansado e mamãe precisa de um copo d’água – Kadar toma a frente levando a mãe sendo seguido por Malik.

Ele sabia quem esperava por ele no outro lado da porta do chalé da família, seu pai com certeza veio junto e o medo deixou as pernas do jornalista mole, era complicado ter que enfrentar o velho Isaias, ele era duro como pedra e feroz como um leão e de todos, Malik, foi o que mais sofreu ataques injustos de seu filho.

- Eu sei o que se passa na sua cabeça -Kadar pareceu ler os pensamento do irmão – a situação é difícil, ele não consegue nem ouvir seu nome... Quando ele te ver, bem, esteja preparado. Não sei o que pode acontecer, mas, por favor, não leve para o coração. Ele ainda está chateado não sabe o que fala – e foi apenas isso que foi dito e o caminho até a casa foi quieta.

As lembranças da fazenda foram invadindo, as brincadeiras com o pai e os dias de pesca, cada canto tem memorias preciosa, o celeiro tinha cavalos onde ele aprendeu a cavalgar, os morros em que Kadar e Malik desciam deslizando em caixas e se divertindo como crianças devem e, claro, a lembrança da sua avó chamando os meninos para comer o lanche que ela fazia questão de preparar com todo amor e carinho, todos sentados a mesa acompanhados do cheirinho de café fresco e bolos recém retirados do forno.

- Antes de abrir a porta, por favor, não leve para o coração. Ele está magoado, então... Já sabe – Kadar avisa uma ultima vez antes de entrar na casa.

Tudo estava da mesma forma, mesmo depois de seus avós morrerem, até as posições dos moveis de madeira, dando uma ar rústico à casa, as tintas descascadas e da mesma cor que se lembra, parecia uma volta no tempo. O barulho de panelas chamou a atenção do jornalista, a voz de seu pai conversando com Kadar, sua mãe estava no sofá verde-musgo da sala – era o favorito da sua avó – passos foram ouvidos a medida em que o irmão e seu pai se aproximavam do cômodo, o nervosismo fazia seu coração arde, o suor frio percorria seu pescoço. Kadar entregou um copo com água para Shadia e Isaias encarava Malik.

- O que ele faz aqui? – Isaias não mede suas palavras, a mágoa saiu e cada letra dita.

- Olá, pai...

- Você não é meu filho – sussurra porém de forma audível.

- Isaías, por favor... – Shadia chorava de novo, Kadar ampara sua mãe.

Malik queria fazer o mesmo, queria ter forças para consolar sua mãe, coragem para falar com seu pai, humilde para pedir desculpas mas apenas ficou parado, dolorido, acuado num canto da casa que um dia foi tão calorosa, tão aconchegante e agora hostil e gelada.

- Pai, eu...

- Não. Me. Chame. Assim. Depois de tudo, voce não tem direito.

- Isaias – chamar seu pai assim doeu muito mais do que pensou – e vim com intenção de me redimir... Por favor, me a chance de pedir perdão.

- Chance? Igual a que deu a seu irmão? Que você não ouviu! Ou a mim? Sabe, Malik, eu não me preocupei muitas vezes com você porque você sempre foi alguém sensato e inteligente. Mas aquele dia, Deus me perdoe, mas aquele dia foi a maior burrice e insensatez que vi voce fazer – tudo foi direto como um soco bem no meio de sua fuça.

- CHEGA! – Kadar levanta, ele não ia mais ficar quieto.

- Kadar, não se meta.

- Eu tenho todos direitos do mundo para poder falar, você não quer que eu fale apenas pelo fato de que eu não defendo o seu lado. você em algum momento imaginou o pensou como Malik esteve todos esses anos? O que ele sofreu? Às dores? Você nem ao menos deixou eu continuar a história após ter encontrado o meu irmão de novo, e sim ele é meu irmão assim como ele é seu filho, somos família pelo amor de Deus, temos que nos amar e nos proteger então pare de agir como criança todos somos adultos agora – sem permitir a interrupção de seu pai o mais novo continua – você nos ensinou, há muito tempo atrás, quando éramos crianças devemos sempre perdoar a nossa família por quê sem ela não somos nada, porque sem família não vivemos família é amar e nunca abandonar. Porque você está fazendo isso?

A casa ficou silenciosa tudo que se ouvia era apenas alguns fungados que vinham de sua mãe, Shadia. Malik não aguentou aquela pressão o ar pesado, as mãos suando, o ataque voltou sem nem menos dar indícios de sua chegada. Em rompente abriu a porta e correu para fora ignorando todos que chamavam seu nome, ele correu para dentro da fazenda atravessando as plantações indo para longe do celeiro, passando pelas árvores onde costumava brincar indo em direção ao lago. Aquele Lago trazia tantas lembranças ,era complicado, tudo era muito complicado, ele só queria uma paz dentro do seu coração. Era insuportável não havia motivos para continuar ali, só trouxe tristeza, sempre trouxe, agora ele via que não havia motivos para continuar. Sua mente vagou para seu inconsciente procurando motivos para ficar: sua família, Benjamin, Altair nenhum deles parece ser motivo para continuar a dor ele só queria que parasse, que tudo parasse. Ele encara o lago mais uma vez, observou a paisagem tão pacífica, tão magnífica. E então se jogou sem hesitar aos poucos foi se afundando no lago.

         No início sentiu dor de cabeça, parecia que ia explodir, sua vontade de viver, por instinto, fez com que ele tentasse voltar à superfície, mas depois a dor foi embora e o que sentiu foi apenas o frio nas águas abraçando seu corpo enquanto ele afundava lentamente sem ar, sem vida.



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