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História .outra pessoa - charlos - .beterraba e pimenta?


Escrita por: Marvras

Notas do Autor


eu NÃO esqueci dessa história, ela ainda está nos meus documentos e com caps semi prontos, eu só não tive tempo de sentar e escrever, espero que gostem desse cap, me PERDOEM pelo TEMPO que passou e pelos ERROS ortográficos.

obrigada minhas gasolinas, vocês são tudo pra mim, desculpa de verdade <3

Capítulo 2 - .beterraba e pimenta?


Fanfic / Fanfiction .outra pessoa - charlos - .beterraba e pimenta?

 

eu esqueci 

eu esqueci totalmente

eu sou um idiota esquecido 

como eu fui esquecer disso? 

 

— charles leclerc. 

 

Dizem que merdas acontecem por certos motivos, mas eu não estou certo disso. Carlos me perguntou se eu fechei a porta, mas cá estamos nós dois, sem camisa e encarando Lewis andando para lá e pra cá. Tentei apertar os meus dedos na tentativa de fazer a minha mente entender que aquela situação era real e que talvez eu não tivesse uma fuga dela. Carlos estava em silêncio total. 

 

— Olha, eu não sou ninguém pra apontar o dedo. — Lewis iniciou ao finalmente falar, o silêncio era constrangedor, não que estar sem roupa na frente dele já não fosse ruim. — Mas… por que não trancaram a porta? 

— É uma ótima pergunta. — Carlos disse ao levantar e pegar a sua camisa. Eu apenas acompanhei os passos dele. A sua frieza era uma surpresa. — Você quer alguma coisa, Lewis? — O mais velho ficou surpreso com a pergunta direta, mas não soube responder. — Porque eu sinto que a vergonha que eu estou sentindo, é impossível de aumentar, então… 

— Ah sim… — Lewis riu de forma sincera. — Mas é que eu tenho uma coisa pra falar pra vocês, têm duas câmeras nessa sala, uma na esquerda e a outra na entrada, ambas pegaram vocês certinho. — Quanto mais ele explicava, mais eu me contorcia de dor, porque existem vergonhas que doem. Não que estar com Carlos seja ruim, mas a situação foi ruim. 

— Podemos esquecer isso e… — Me levantei rapidamente, mas percebi a minha namorada na porta. — Amor? O que você… — Corri na direção dela e percebi a sua confusão. Logo a peguei pela mão e saí dali. Carlos e Lewis aparentam ficar confusos. 

 

Mariana me encarava de relance, o seu sorriso sincero por me ver quase quebrou cada canto do meu corpo. Eu me sentia exposto e sujo. Ela não merecia estar comigo sendo que eu sinto algo a mais por outra pessoa, mas… é tão fácil estar com ela, tão fácil me jogar em uma mentira. Coloquei a minha camisa e começamos a conversar, eu tentava me atentar nas suas palavras, mas eu só conseguia pensar no que Carlos e Lewis estavam falando. 

 

— O que acha de sairmos daqui? — Mariana indagou ao engatar o seu braço no meu. Deixei um sorriso tímido nascer em meu rosto ao assentir. — Perfeito, o meu dia fica muito melhor com você lá. — Ela parecia saber das coisas, sabia que eu escondia algo, mas não falava sobre. 

— Fico feliz de poder te trazer alguma felicidade. — Deixei sair ao acompanhar a fala dela. Fiquei imaginando o que Carlos estava passando com o Lewis, porque mais uma vez… eu o abandonei. 

 

[...]

 

Carlos não ficou surpreso pela saída de Charles. O monegato era ótimo em fugir de situações de perigo. Sempre foi do tipo a correr na primeira possibilidade de gotas de chuva caírem em seu belo penteado. Mas dessa vez foi diferente, ele fez Carlos se sentir suja e corrupto por ter feito algo com alguém comprometido e que nem se dispôs a ajudar ele com o Lewis. Parecia que Charles não temia aquilo, por mais que aquela relação não tivesse nome, era uma relação. 

 

Pelo menos para Carlos era. 

 

— Vai me ajudar ou quer que eu conte para todo mundo? — Lewis indagou ao ver Carlos em silêncio. — Sabe que eu jamais contaria tudo isso, certo? — O mais novo assentiu. — Então por que não está sendo contra?

— Ele foi embora. — Disse ao apontar o olhar para a porta. — Mais uma vez ele foi embora e me deixou sozinho. — Suspirou ao finalizar a sua frase. Lewis se sentiu mal pelo amigo. — Eu não me importo de te ajudar, alguém aqui merece viver um bom amor. — Brincou e o mercedista agradeceu. 

— Sabe… amar muitas vezes requer mais avanços do que retrocessos, é certo que precisamos voltar a certos caminhos para entendermos o momento certo da curva, mas tem alguns que não merecem um litro de gasolina desperdiçado… cabe a você decidir em qual desses Charles se encontra. — Lewis diz com suavidade. O mercedista sempre sabia como dar uma aula com palavras simples. Carlos suspirou e por mais que tentasse negar, já sabia a resposta. 

— Eu não sei, Lewis. — A voz do ferrarista era chorosa. — Eu não sei como simplesmente deixar ele ir. — Confessou e o mais velho ficou surpreso. — Ele é o amor da minha vida, mas eu não sei se ele é o amor pra minha vida. — Riu de si mesmo por dizer aquilo em voz alta. — Eu quero muito que ele seja feliz, mas acima disso, eu também quero ser feliz. 

— E você tem o total direito de ser um pouco egoísta, se trata de você, mais ninguém. — A voz calma de Lewis fez Carlos se sentir pior ainda. — Olha, só me ajuda a fazer um ciúmes leve pro Vettel e podemos seguir com a sua história também.

— Eu acho que a minha história só tem um personagem principal. — Disse com um tom triste e Lewis se sentiu mal por ouvir aquilo. — Eu literalmente sou o cara que fica em segundo plano a vida inteira. 

— Não, não vai ser assim! — Lewis diz ao levantar-se de forma animada. — Vamos comprar um terno legal, porque a festa é de fantasia, eu vou de beterraba, porque eu perdi uma aposta com o Dani, mas você pode ir de pimenta. — Brincou e Carlos riu levemente. — Qual é, podemos nos completar. 

— Por mim, parece bom. — Carlos diz ao ser puxado por Lewis e irem embora daquela sala. A qual ficaria na memória dos dois por um bom tempo, senão para sempre. 

 

Basta saber se essa festa não vai ser mais caótica do que o coração do espanhol. Existem certos contos antigos que dizem que um bom e velho ciúmes alavanca o pior de nós, mas também o lado mais sincero. Aquele que costumamos esconder por acreditar que estamos no controle. Carlos não gostava dessa ideia, mas estava cansado de correr na mesma pista com Charles e porventura, não encontrar a linha de chegada. 

 

Mas a pergunta que não quer calar, que aposta foi essa que Lewis acabou como uma beterraba? Certas coisas só a F1 pode nos apresentar mesmo, ou melhor dizendo, Daniel Ricciardo. 

 



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