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História Overcoming - Capítulo único: Superação


Escrita por: MorganaPerrodon

Notas do Autor


Olá queridos e queridas! Minha primeira fic que tomei coragem de escrever sobre o universo de Inuyasha.

Estive pensando em criar a história depois de minha amiga me dar umas ideias estranhas de outras histórias, louco né? Aqui está o resultado! Tentei deixar o mais fluído que consegui!

Bom, é isso meus caros leitores(as). Uma boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo único: Superação


Fanfic / Fanfiction Overcoming - Capítulo único: Superação

Não foi surpresa para nenhuma das pessoas que estavam presentes naquele local, em exceção de uma jovem, a qual estava assolada. Kagome não podia acreditar no que estava presenciando, e sua única vontade era fugir dali, para sempre

 A garota estava trêmula; tentou ao máximo segurar suas lágrimas, porém, era um ato falho. Um choro silencioso, uma dor insuportável. 

Depois de enfrentarem uma árdua batalha contra Naraku, os jovens sentiram seus corpos cansados, contudo, aquilo não iria impedir que celebrassem sua vitória. Ela deveria fazer o mesmo, todavia, apenas ignorou todos e caminhou em silêncio. 

 Se sentou próximo de uma enorme árvore e repousou seu corpo sobre o tronco. Contemplou tudo que viveu, desde o primeiro encontro com um youkai, conhecendo seus amigos e se apaixonando por Inuyasha. Suas esperanças acabaram em meio a um mar de amarguras; ele escolheu Kikyou, como sua companheira, e seus desejos estavam claros: trazer a mesma de volta a vida, enquanto a sua pessoa foi jogada de lado, como se nunca estivesse ali e presenciado cada cena. 

 A maneira qual Inuyasha olhava para Kikyou, seu desejo ardente e um amor dramático pelo cadáver ambulante, não saíam dos pensamentos da jovem. Kagome desejou que aquilo fosse uma mera ilusão, mas era tão real ao ponto de fazer a mesma sofrer. Sua mente estava perdida, seu coração destruído e seu corpo abatido, sem perceber, ela se rendeu ao cansaço, caindo em um sono profundo.   

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶


Ao acordar, sentiu algumas partes do corpo doloridas. Sua posição não era das melhores e sentiu uma certa dificuldade para se levantar. O sol estava ardente, e ela supôs que já estivesse metade do dia. Sentia fome, pois quase não havia feito nenhuma refeição direito nos dias anteriores. Sem muitas opções, encontrou algumas frutas no caminho, se conformando que aquilo poderia ajudá-la a conter a fome por algumas horas. 

 A caminhada até o vilarejo seria longa, mas Kagome não gostaria de rever ninguém. Seu objetivo havia sido completado, purificando a Shikon no Tama, não havia mais razões para continuar sua vida na era Feudal. 

  A jovem estava decidida: sumir da vida de todos, procurando uma reviver sua antiga vida, na era atual.

 Se pegou perguntando de como se encontrava sua família; sua mãe estaria cuidando da casa, com toda alegria, esperando sua volta? Seu irmão deveria estar cursando o colégio? E seu avô? Deveria continuar o mesmo. Isso trouxe paz para a sacerdotisa, sabendo que finalmente poderia se encontrar com sua verdadeira família, a qual nunca deveria ter deixado seus familiares à sua espera. 

 Ela despertou de seus próprios pensamentos ao  avistar o pequeno vilarejo, se apressando, para não ser avistada. Ao chegar no poço-come-ossos, ela observou uma última vez toda a floresta ao seu redor e viu o quanto o lugar continuou o mesmo. Um sorriso foi aberto pela primeira vez no rosto da mesma, que agora, já não havia dúvidas que aquele lugar não era para ela. Observou o buraco do poço, se preparando para pular, teve uma surpresa ao ouvir uma voz infantil a chamando. — Kagome, onde você está indo? – A mulher se virou e viu que Shippo estava a observando, com uma expressão triste. — Você vai me deixar? 

 Ela se aproximou de Shippo, ficando na altura do menino, acariciando suas bochechas. — Shippo, você não deveria estar aqui. Sango, Miroku, Inuyasha, todos devem estar comemorando! Você deveria estar com eles. – Ela forçou um sorriso, tentando não demonstrar sua tristeza. 

 — Mas eu quero ficar com você, Kagome! – A criança agarrou seus punhos e algumas lágrimas começaram a escorrer. — Por favor, não me deixe!

— Shippo, eu… – Ela parou por um instante, pensando na melhor forma de dizer aquilo para o pequeno. — Eu preciso ir, por algo muito sério. 

— Eu posso ir com você? – Seus olhos brilharam. 

Kagome não sabia como responder aquilo. O menino raposa não poderia viver na sociedade atual, ele era muito novo para ter uma escolha como aquela. — Shippo, você é muito novo ainda. Tem um futuro grande pela frente e tenho certeza que será um homem bem-composto. – A criança não compreendeu muito bem o que ela estava dizendo, porém, Kagome continuou. — Contudo, se sua decisão for a mesma quando se tornar esse homem, eu esperarei por você. É uma promessa. – A mulher entrelaçou seus dedos nas mãos pequenininhas da criança, acariciando e depositando um pequeno beijo na testa da raposa. — Eu estarei sempre cuidando de você, mesmo longe, não se esqueça de mim. 

Shippo entendeu, por mais dolorido que fosse, se sua mãe precisava daquilo. O menino deu um forte abraço em Kagome, que retribuiu, sentindo lágrimas começarem a se formar e consequentemente cair. 

 Desfizeram o abraço e Kagome se afastou rapidamente, antes que o menino voltasse atrás em sua decisão. Ela o olhou uma última vez, e com isso, ouviu algo que jamais iria esquecer: 

Mamãe, eu te amo. Adeus! – Ele fez um pequeno gesto. 

— Adeus, filho. – Sussurrou para si, enquanto caia no poço, entrando na linhagem temporal. 

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 Kagome abriu seus olhos, e olhou para cima, ao ver que o se encontrava tudo escuro. Ela escalou, sem muitos problemas e sorriu ao ver que o local continuava o mesmo. Subiu as velhas escadas, abrindo a porta. O templo não mudou muita coisa, sua casa parecia ser a mesma. Andou calmamente até a entrada da casa, tirando as sandálias desgastadas, abrindo a porta sem muito barulho. Ela escutou sua mãe cantarolando, vindo da cozinha. Não evitou de correr até lá e dar um abraço apertado, assustando a mulher mais velha, porém, logo cedeu ao rever sua filha. 

— Minha filha, quanto tempo! – A mulher bradou tais palavras, retribuindo o carinho de sua filha. — Você cresceu muito, nem parece a minha menina. – Ela fez um biquinho. 

— Mãe, estava sentindo muitas saudades! Sua comida parece estar saborosa. – A jovem olhou para os preparos de sua mãe. 

— Não se preocupe Kagome, irei preparar seu prato favorito. – A mulher sorriu.  

 Kagome apenas acenou positivamente e correu para o seu quarto. Ele continuava o mesmo, com alguns pertences bagunçados, lições em cima de sua escrivaninha. Abriu seu guarda-roupa, pegando algumas peças, indo se preparar para um banho. 

Depois de terminar o banho, se encontrou novamente com sua mãe, que se preparava para colocar o almoço na mesa. Notou que seu avô e irmão não se encontravam, assim, questionou: 

— Mãe, onde está o vovô e o Sõta? 

— Eles saíram, e provavelmente, já estão voltando. Mas, me conte as novidades, você voltará para a Era Feudal? 

A jovem não respondeu, porém, não queria que sua mãe desconfiasse de tudo que ocorreu. — Não mãe, darei um tempo. – Ela sorriu. 

— Bem, se é assim, você terá de correr atrás de seus estudos, esta muito atrasada. Não temos mais desculpas para te acobertar. – A mais velha riu alegremente. — Minha filha, estou feliz por sua volta. Espero poder passar mais tempo com você. – A senhora Higurashi deu leves tapinhas nas costas de sua filha, que correspondeu com um sorriso de canto.

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 As últimas semanas para Kagome foram muito conturbadas. Ela acumulou muitas lições, quase tendo um ataque cardíaco ao olhar tantas provas, trabalhos, apresentações, para entregar em um prazo curto. Mal se lembrava que em algumas semanas antes, se encontrava na Era feudal. 

Por muita dedicação da mesma, tudo foi terminado e aprovado. Kagome finalmente havia terminado seus estudos, se formando em pouco tempo.

Ao contrário da menina irresponsável e de um temperamento nervoso, ela se tornou alguém muito exemplar, conseguindo um trabalho rapidamente e ganhando respeito aos poucos. Sua vida já não era como antes, os anos passavam apressadamente, a Era Feudal, só faziam parte de um passado, qual Kagome não pertencia mais.  

 Ela comprou sua própria casa, próximo ainda de sua família. Sõta algumas vezes passava os finais de semana com sua irmã, que o ajudava com os problemas de um adolescente. 

  Contudo, a mulher nunca esqueceu de uma promessa, que havia feito com um certo menino. Em uma parte de sua casa, ela havia deixado separado o cômodo para ele, porém, às vezes cogitava na ideia de ir até o passado, para ver seu filho. Sua saudade era imensa, era muito provável que o menino tenha esquecido de sua existência, mas aquilo não deixava Kagome entristecida, pois Shippo sempre foi um bom menino e tinha boas pessoas à sua volta, como uma família

E como na vida daquela mulher o destino sempre havia lhe demonstrado novos rumos, aquele dia em específico foi mais que especial. 

 Ela trabalhava em sua casa, preparando algo para se alimentar, quando ouviu sua campainha tocar. Sem muitas preocupações, atendeu a porta, e para sua surpresa, ela finalmente pode rever seu menino. Shippo abraçou instantaneamente a mulher, que retribuiu com dificuldade. Ele havia crescido, sendo mais alto que Kagome, com longos cabelos amarronzados e sua cauda peluda, ainda possuindo uma cor de creme. Seus olhos esverdeados brilhavam, como na última vez que se viram. Kagome convidou com um aceno para entrar, indo em direção à pequena sala. 

 — Shippou, como mudou. – Kagome acariciou o cabelo liso do rapaz. — Nem parece o meu menino. 

— Kagome, você também mudou um pouco. Procurei pelo seu cheiro, e não encontrei sinais. – Ele abraçou a mais velha, ainda mais forte. — Eu tenho um pedido para fazer! Na verdade, uma decisão. Se você não se importa, eu quero ficar com você. Quero viver como uma família, porque você é minha família, minha mãe. – Shippou não desviou seu olhar sincero. 

 — Você pode ter crescido Shippou, mas vejo que continua sendo o meu menino. Se essa é sua decisão, eu aceito, filho. 


Notas Finais


Uso as notas finais para desejar uma boa noite! ♥️

Não posso exigir comentários, mas sinta-se a vontade para deixar. Lerei todos!

Obrigado.


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