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História Overnight - ChanHun - Quarto Capítulo


Escrita por: wsehxz

Notas do Autor


Oi pessoal, tudo bem? Espero que gostem~ <3
(Me perdoem, nunca sei o que colocar em Notas do Autor)

Capítulo 4 - Quarto Capítulo


Quando o sol nasceu, ChanYeol estava nos seus variados sonhos. Junto ao seu pai e os acontecimentos recentes com o seu destinado, era estranho o quanto sua mente o deixava perturbado sobre o assunto, o que fazia o pobre garoto acordar com a testa suada e a respiração ofegante, acordando de um sonho pesado e desastroso. Ele não era bom em sonhar com coisas boas. Seu braço parecia estar machucado por ontem, sua cabeça estava latejando e seu corpo desconfortável por ter dormido no chão e deixado o destinado no conforto. Educação ChanYeol ganhou muito bem dos pais. Respirou fundo, dando conta que SeHun não estava na cama e nem em outro lugar pela casa. O garoto havia realmente sumido e como o Marcado não o conhecia direto, não tinha ideia da onde ele poderia estar em uma hora dessas. Até que seu corpo se acalmou ao ver um pedaço de uma folha amarela colado sobre um livro velho em cima da sua escrivaninha. Era um bilhete deixado por SeHun.

"Sou eu SeHun. Não se assuste, eu não fui embora. Tive que passar na minha casa para buscar algumas roupas e buscar alguns livros antigos na biblioteca. Você deve estar se perguntando o porquê, mas eu vou te explicar melhor quando chegar. Eu tive um sonho ruim, então espero que o duas-caras esteja bem.” 

O destinado do bilhete riu com a mensagem, era óbvio que o apelido carinho de SeHun renderia muitas risadas no decorrer do tempo. O Oráculo era exigente consigo, o que deixava as situações ainda mais hilárias. ChanYeol realmente achou que os dois estavam mesmo destinados um para o outro quando leu que ele havia tido um sonho ruim, e por mais que ele odiasse de importar com os outros, se perguntou para si mesmo se SeHun havia acordado no susto ou todo suado a ponto de ir buscar mais roupas em sua casa. Não era todo dia que você era expulso e ChanYeol se culpou mentalmente por não ter acompanhado o garoto sabendo da condição ruim da sua casa, mas ele lembrou que se fosse as coisas poderiam ser piores para os dois. Respirou fundo, caminhando até o banheiro para tomar um banho gelado e esfriar o corpo enquanto esperava o mais novo chegar em casa para lhe contar o que havia acontecido.

Terminando o seu banho, caminhou até o quarto para colocar algumas meias confortáveis. Sua blusa de manga comprida e seus cabelos bagunçados e molhados, junto com a calça jeans. Por mais que ele não fosse sair, gostava de usá-las. Entrou no quarto, se assustou ao ver que o menor estava lá novamente, sem nenhuma explicação do quão rápido ele foi. Ele estava sentado no sofá que havia ali, com muitos livros abertos sobre as suas pernas encolhidas e uma armação de um óculos preto sobre o rosto, a mala com as suas roupas ao seu lado fazia ChanYeol se perguntar se era tudo aquilo que ele tinha ou não havia bolsa que carregasse tudo. Ele se aproximou com calma, levando a toalha sobre os seus cabelos para os esfrega-lo na tentativa de seca-los mais rápido.

─ Você me assustou. ─ Ele se sentou sobre a cama, observando SeHun direcionar seus olhos para a sua própria marca enquanto comparava com a foto do livro antigo. Elas não estavam iguais.

─ ChanYeol, tem algo errado. Posso ver sua marca? ─ Ele assentiu, levando seu braço para a direção de SeHun enquanto ele levantava a manga para poder ver como estava. ─ Isso não é nada bom. ─ Disse em tom de reprovação, o fazendo suspirar alto. Suas costas foram parar sobre o encosto do sofá, o fazendo fechar o livro com frustração.

SeHun sabia o que estava acontecendo, sabia o que precisava ser feito, mas ele estava irritado. O processo seria complicado e dolorido, não podia ser que ele havia caído em mais uma das coisas que o fazia ser “diferente” dos outros além de ter um destinado como a sua raça inimiga.

 ─ O que foi, SeHun? O que não é nada bom? ─ ChanYeol estava curioso acima de tudo, logo soltando a toalha em cima da cama para observar mais a marca e notar que ela parecia normal aos olhos do Marcado. ─ Ela parece normal para mim.

─ Ela apenas parece, se eu fizer isso... ─ O Oráculo colocou o dedo sobre a marca do mais velho, vendo o mesmo se contorcer de dor por apenas alguns segundos. ─ Você percebe que não está normal.

─ Ya! Não faça mais isso, está ardendo. ─ Recolheu o braço, colocando o para trás para que o mais novo não apontasse novamente sobre o seu corpo.

SeHun respirou fundo, pegando um livro ainda mais velho. Ele era rápido em achar o capítulo que falava sobre as doloridas marcas nos pulsos, o que era apenas para confirmar o que havia acabado de acontecer. O Oráculo era muito inteligente sobre esses assuntos por sempre procurar sobre e estudar sobre as reações dela. Entregou o livro para o seu destinado, observando o mesmo pegar o livro para ler as coisas que estavam escritas, mas ele não entendeu absolutamente nada, fazendo SeHun recolher o livro rapidamente para deixá-lo de lado.

─ ChanYeol, alguém fez uma ligação direta com você? ─ Balançou a cabeça em negação, fazendo um sinal com a mão para que ele esquecesse o que ele havia acabado de falar. ─ Esquece, isso pode ter acontecido. Deve ser alguma outra coisa que está incomodando sua marca, trazendo complicações junto da minha.

─ Ei espera! Ligação direta é quando alguém coloca as marcas uma contra a outra? ─ Os olhos de SeHun correram rapidamente para o seu rosto, confirmando um sim rapidamente, notando que o mais velho era mais esperto do que pensava.

─ Exato, isso mesmo. Quando alguém junta a sua marca com a dela, isso é comum acontecer com os Oráculos para passar informações para o outro com mais facilidade, ou memórias contidas como importantes. Mas com os Marcados é quase impossível dar certo, precisaria ter alguma lembrança muito importante para funcionar, sem contar que a dor é insuportável. ─ A cabeça de SeHun estava confusa em tentar descobrir sobre o que estava deixando a marca de ChanYeol daquele jeito. ─ Eu fiz isso com uma pessoa uma vez, era por motivos complicados, não se deve usar tal ato para coisas fúteis.

─ SeHun... você disse que era impossível, não é? Qual é a probabilidade de dar certo? ─ O questionou, sabendo sobre a experiência que ele teve com o pai a anos atrás. As peças se encaixavam na cabeça de Chan quando o seu destinado o explicava melhor as coisas sobre o processo.

─ Sim, é impossível para quem não tem memórias o suficiente. Se eu quisesse te passar algumas informações fúteis provavelmente você sentiria muita dor no processo por ser um Marcado, mas se fosse algo importante, a dor não seria tanta. ─ Ele suspirou ao terminar de falar, voltando a olhar nos olhos do mais velho. ─ Porque você está curioso sobre isso?

─ O meu pai fez isso uma vez comigo, ele juntou as nossas marcas e... Eu consegui ver as suas lembranças do dia no qual ele ganhou a marca. ─ Disse cabisbaixo, brincando com os seus dedos por saber que o seu pai arriscou algumas memórias para mostrar algo ao filho que não fazia muito sentindo na cabeça do mais novo.

SeHun se arrumou no sofá, levando os braços até os ombros do mais velho para o olhar no fundo dos olhos, desacreditado que isso realmente havia acontecido com o maior, quebrando totais expectativas sobre ser algo simples o problema dele. Ainda com os braços sobre os ombros largos dele, abaixou a cabeça, fechando os olhos e o soltando em seguida sem dizer nada.

─ Você sentiu muita dor, estou certo? ─ Sua voz soou baixo, o fazendo sentar ao lado dele na cama. Seus olhos foram para a janela enquanto ChanYeol voltava seus olhos para a sua marca.

─ Sim, foi uma dor horrível. Era uma queimação horrível, junto com os sentimentos que o meu pai trazia consigo. Eu conseguia sentir a frustração dele ao receber a marca. ─ Disse olhando para os olhos de seu destinado, o único que o entenderia em circunstâncias assim.

─ ChanYeol, vamos começar pelo início. Você precisa saber de muitas coisas ainda, inclusive que o seu pai não recebeu a marca. Ele nasceu com ela assim como você. Você pode me descrever a cena de como foi? ─ O perguntou, o escutando contar sobre como foi e os sentimentos que a cena envolvia. Aquela história toda fazia SeHun tirar suas conclusões com rapidez, nunca achou que os casos raros acontecessem com ele, mas sempre os estudava com calma e cautela. ─ Não fique frustrado, provavelmente seu pai criou memórias para te passar.

─ Criou? Quer dizer que ele ter tatuado a marca era uma mentira? ─ Disse irritado, por mais que ele estivesse confuso ele estava irritado por saber que o próprio pai criou memórias falsas para não contar a verdade.

─ Sim, por isso sua marca está incomodando. Algo está errado e suas memórias recebidas também, por isso está sentindo dor. ─ Respirou fundo, virando o seu corpo completamente para ChanYeol, induzindo-o fazer o mesmo. ─ Sua marca ainda está carregando informações erradas, talvez seja por isso se não me falhe a memória.

─ Eu odeio essa marca, eu odeio ser um Marcado. Odeio com todas as minhas forças, nunca quis saber sobre essas coisas e sentir essa dor. Você consegue me entender? ─ Sua voz parecia firme, provando que era realmente verdade o que ele estava falando. SeHun não duvidava disso, não duvida do ódio do maior.

─ Consigo, eu consigo te entender sim. Mesmo que você não goste, precisa lidar com isso agora. ─ Suas palavras saíram murmurando, seus olhos para os seus próprios joelhos que estavam sobre a cama. Levou seu braço marcado em direção a sua perna, o apoiando em cima da sua coxa, com a mão estendida na direção da sua. ─ ChanYeol, você confia em mim?

Seus olhos correram rapidamente para os olhos intuitivos de SeHun, logo para o seu braço estendido sobre sua perna. SeHun sabia o que estava fazendo, ele sabia exatamente no que daria se ele fizesse mesmo o que estava no pensamento do Oráculo.

─ SeHun, não estou afim de sentir dor. Eu não quero sentir aquilo de novo, não quero cogitar ter uma lembrança ruim sua vagando pela minha mente. ─ Sua voz parecia falha, levando seus dedos até a mão de SeHun para que ele se reconfortasse em receber uma recusa da sua parte.

─ Não foi isso que eu perguntei, Duas-Caras. ─ Ele apertou sua mão contra a mão alheia que invadia seus dedos com rapidez, os entrelaçando. ─ Você confia em mim?

Com os dedos bem entrelaçados nas mãos, SeHun firmou a pergunta. Ele sabia que se os dois vivessem o feito que dividirem as memórias quem mais sofreria seria SeHun por receber memórias totalmente ruins de um Marcado. Oráculos eram sensíveis a isso, mas o que importava era descobrir o que iria acontecer se ChanYeol continuasse a achar sua marca um incômodo.

─ Eu confio em você, mas... ─ Sem terminar de falar por interrupção de SeHun, sentiu os seus dedos se aconchegarem nos dedos lisos do Oráculo.

─ Muito bem, um aviso: Se você acordar do transe antes que eu, nem se quer tente nos separar, você está me entendendo? Não solte do meu braço até que eu acorde finalmente. ─ Puxou o braço do mais velho para mais perto, o colocando por baixo enquanto sua outra mão apertava os dedos do mesmo. ─ Isso vai ser interessante.

Sua fala acabou, finamente juntando os dois braços com força fazendo os dois fecharem os olhos para se concentrar no que viria a seguir. Aos poucos os dois eram conduzidos à um transe profundo, sentindo suas mentes se conectarem por meio da marca e suas raças. SeHun respirou fundo, sentindo sua marca doer em um nível muito grande, enquanto ChanYeol sentia cócegas durante o processo de início. Seriam dois grandes diferentes em sintonia no mesmo momento.

Transe Park ChanYeol On

ChanYeol estava no transe profundo que fora induzido por SeHun, aos poucos sua mente entrava e vagava pelas memórias calmas do Oráculo à procura de um na qual lhe fosse agradável. Não que ele pudesse escolher, mas a mente de SeHun era quem comandava tudo, mesmo estando inconsciente. Aos poucos os seus olhos abriam em um lugar totalmente diferente, estava tudo muito claro e sua visão demorou para focalizar o lugar, quando feito, conseguiu notar que ele estava em um quarto e a luz da janela em cima do seu corpo era muito forte. Rapidamente ele se levantou ao escutar o relógio gritar ao lado da escrivaninha, na qual se encontrava com muitos outros livros abertos e todos empoeirados. Sua respiração pesada dava a entender que ele não queria ter que acordar aquela hora, mas o seu corpo se levantou em súplica para que ele não se arrependesse mais tarde. Quando seu corpo rastejava sobre o banheiro, ChanYeol pode ver na visão de SeHun que ele estava totalmente acabado. Seu rosto estava inchado do sono e seus cabelos estavam bagunçados, seu pijama velho deixava parte do seu corpo amostra, sem contar que ele era bem feio na visão de qualquer um. O feio é sempre confortável, na real. Lavou o seu rosto e tratou de cobrir o seu corpo com algo mais arrumado, indo em direção para a cozinha da sua casa. Ele estava rezando para que os pais não estivessem em casa.

Caminhou com os passos lentos para se sentar na mesa, logo engolindo a seco quando sua mãe chegou e se sentou em sua frente, sem nem se quer dizer um bom dia. Ela estava de mau humor apenas pelo rosto, ela parecia frustrada e isso apenas deixava a memória ser algo ruim. Rapidamente, Keum a apareceu na cozinha para se sentar ao lado de SeHun. Keum era um grande amigo seu, mais conhecido como primo. Seus pais não tinham um lugar adequado para criar o filho então ele foi adotado pelos Oh sem pensar duas vezes, ele havia a mesma idade de SeHun e sempre dividiam histórias estranhas quando estavam juntos. Esse foi o pensamento no qual SeHun compartilhou nesse momento com ChanYeol. Novamente os olhos de SeHun foram para a mãe, que o observava com rancor, respondendo o bom dia de Keum da forma que ela não fez com o moreno.

─ Keum, assim que terminar de comer, pode nos deixar sozinho? Preciso conversar com SeHun e não acho que seja agradável de ouvir. ─ Seus olhos de arregalavam por ouvir sua própria mãe falar uma coisa desse tipo, além de tudo, ele estava com medo. SeHun estava sentindo muito medo da mãe e do que viria a seguir, não era como se fosse algo normal. Keum apenas concordou com a cabeça e sorriu, pegando um pedaço de torrada e em segundos saindo da cozinha para os deixar na privacidade necessária. ─ Não vou dizer nada agora, vou esperar o seu pai acordar. Você está muito encrencado, SeHun. ─ Seu tom de voz não era nada agradável, sem contar que o seu pai não era muito dos mais bonzinhos.

─ Eu não fiz nada de errado. ─ Sua voz saiu falha, enquanto sua cabeça estava abaixada diante da mais velha. Em segundos depois, seu pai apareceu pela cozinha, sem paciência, ele se sentou na mesa e posicionou seus braços ao lado do prato que havia ali. Ele encarava SeHun com fúria, era como se o menor tivesse cometido um erro gravíssimo, mas ele não se lembrava de nada feito errado para os deixar bravos.

─ Porque você não nos disse que o seu destinado é um Marcado? Você quer morrer sozinho nas mãos de um? ─ Sua voz saiu em um tom alto, enquanto SeHun apenas se encolhia sobre a cadeira na qual ele estava sentado. SeHun não tinha culpa do destino que estava reservado para ele, se seria isso, ele merecia todo o sofrimento. Suas mãos estavam juntas, apertando uma contra a outra. ─ Não podemos permitir que isso aconteça. Você não vai encontra-lo de jeito nenhum.

─ Não me faça perder o orgulho que eu tenho por você. Tem muitos outros homens por aí, ache qualquer um a seu gosto e case. ─ As palavras da mãe faziam SeHun respirar fundo sem paciência, sabia que qualquer coisa que ele falasse nesse exato momento todos ali poderiam se virar contra ele.

─ Não tenho culpa do meu destino! Se ele é o meu destinado, eu vou correr atrás dele sem arrependimentos. Eu confio na minha própria marca. ─ Dito isso, levantou o olhar para os dois. Eles estavam desapontando e quebrando toda a magia de ter dois pais, a cada momento o mais novo desistia de viver na presença deles, dando mais coragem para conhecer seu destinado.

─ Você está proibido de sair de casa, você não vai mais buscar seus livros a tarde e nem se quer sair de noite. Peça a Keum, mas você não tira os pés daqui. Sabemos muito bem o que vai acontecer com você se você o encontrar, você não vai poder nem voltar para casa. ─ Ele riu em deboche, totalmente desapontado de ver os pais agirem de tal maneira. A concepção dos dois estavam velhas, as coisas não era tão difíceis assim. SeHun sabia muito bem se cuidar sozinho e conseguir arrumar um lugar para ficar, não precisava dos pais e nem do próprio destinado.

─ Ele não é como os outros! Ele é uma pessoa boa... ─ Seu tom de voz se elevou ao dizer tal coisa, fazendo suas mãos se soltarem rapidamente. Seus olhos caminhavam pelo rosto dos dois a sua frente, irritado com os comentários infames que faziam SeHun se rebelar contra eles a cada minuto que passava.

Demorou apenas alguns segundos para sentir seu rosto arder contra o tapa deferido pela mão grossa do seu pai, sentindo suas lágrimas caírem aos poucos sobre o seu rosto. Era isso que ele levava quando enfrentava os seus pais com a verdade, defender o seu Marcado para dois Oráculos mais velhos era um crime cometido, com muitas punições severas em jogo. Mas SeHun não tinha medo, ele sabia que ChanYeol era uma pessoa diferente e que não desapontaria o destino de SeHun. ChanYeol ao sentir as lembranças de SeHun, conseguia sentir o quanto o moreno estava sentindo ódio dos pais por dizerem coisas que não eram verdades, eles generalizavam os Marcados como ruins, pessoas horríveis que não mereciam perdão, apenas por serem rivais um do outro.

─ Eu vou a procura dele com ou sem o consentimento de vocês. Minha marca me conhece o suficiente para saber que ele irá me fazer feliz, ou por acaso vocês souberam de alguém que já fora triste com o destinado? ─ Mais uma vez sua voz se fez presente na cozinha, enquanto seu rosto estava ardendo sobre a bochecha e seus olhos estavam sobre qualquer lugar que não fosse os rostos dos mais velhos.

Os dois não falaram absolutamente nada, apenas o barulho de SeHun se levantando da mesa para voltar para o seu quarto e voltar a deitar sobre a sua cama, da qual não deveria ter levantando. Puxou sua manga da blusa na qual ele estava vestindo, observando a marca ali, desenhada sobre o seu braço com todos os traços e detalhes possíveis, o desenho bem feito e o sorriso escapava sob os lábios de SeHun. Além de tudo ele estava feliz, sabia que o seu futuro lhe guardava muitas coisas legais e complicadas, mas isso não o deixava abalado. Ele estava ansioso por tudo, mesmo que isso custasse os pais dele.

Transe Park ChanYeol Off

Seus olhos abriram com rapidez, sentindo seu corpo sair do transe por completo. Seus lábios pareciam se curvar para sorrir, mas logo o sorriso foi desfeito quando se deparou com os cabelos negros de SeHun bater contra o seu rosto. O mais novo estava com a sua testa sobre um lado dos ombros largos de ChanYeol, seu rosto parecia estar escondido na curvatura do pescoço alheio, deixando o ruivo ainda mais afoito com a situação. SeHun ainda não havia acordado do seu transe, mas nada disso passava pela cabeça de ChanYeol em um momento assim, ele estava completamente perdido e sem reação, sua respiração estava acelerada e seus pensamentos não conseguiam se concentrar no transe que havia passado a pouco tempo. Seus braços ainda estavam grudados e por alguns segundos antes que Park pudesse se separar de SeHun por completo para acudi-lo, se relembrou das palavras doces e das suas instruções: ”Nem se quer tente nos separar, você está me entendendo? Não solte do meu braço até que eu acorde finalmente”.

─ SeHun... ─ Sussurrou adiante ao ouvido alheio, fechando os olhos ao levar o braço livre para acariciar as costas dele. ChanYeol não havia nem noção do que estava se passando pela cabeça dele, com medo de que fosse algo ruim ou se quer algo que ele nem mesmo sabia. SeHun era inteligente de mais para não procurar as respostas certas em um momento assim ─ Por favor, esqueça isso. ─ Em tom de súplica. Suas mãos dedilhavam a malha do seu casaco preto, enquanto seu braço segurava-o firme, ainda com as marcas juntas.

SeHun não parecia querer acordar, seu corpo estava mole e totalmente maleável. Ele estava entregue a qualquer coisa que fosse lhe acontecer, junto com o transe sentimental e complexo no qual ele estava tendo naquele momento. Por mais que fosse totalmente doloroso entrar em contato com um Marcado desse jeito, ele precisa descobrir o que estava acontecendo.  Seus olhos não recusaram a vontade de chorar, como se fosse algo realmente ruim para quem o olhasse dessa forma, o que poderia ser verdade. Sua mão pressionava o braço alheio com força para que não os separassem, dando mais tempo para que ele pudesse viajar nas memórias e a história de ChanYeol.

─ Apenas acorde! 


Notas Finais


Gostaram? Hihi, comenta aqui~ <3


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