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História Pacto - Insegura


Escrita por: Limbry e yKauuu

Notas do Autor


Sorry pelo atraso..

7/11

Capítulo 7 - Insegura


Fanfic / Fanfiction Pacto - Insegura

Caio estava disposto a possui-la a força, ele se encontrava em uma guerra, tinha o peso de toda uma geração da sua família nas costas e também a sua vida. Ele não via outra escolha. Também estava irado com ela, por ela mentir, se sentia traído por ser trocado e temia que o outro se apaixonasse por ela.

Em meio a resmungos debaixo daquela fita em sua boca, Melisha pedia por socorro, pedido esse que não era ouvido por ninguém além dos dois, mas na esperança ela continuava. As suas lágrimas caiam por todos os cantos dos olhos e sua garganta doía pelo choro. Na sua mente se encontrava o medo, em seu coração uma ferida aberta e encima do seu corpo o causador de tudo isso.

Caio pegou o medalhão e pôs no pescoço da menor. Começou a se preparar para o seu ato tentando abrir sua calça ao mesmo tempo em que lutava contra as pernas insistentes da garota na tentativa de o impedir. Naquela hora Melisha não conseguia enxergar uma saída, uma escolha ou uma salvação. Ela estava ali totalmente submissa a ele.

Em meio a toda aquela luta dos dois, uma voz baixinha foi ouvida, vinda de fora do quarto.

 

~ Filha?

Ryu chamou enquanto subia as escadas.

Caio parou o que estava fazendo no mesmo instante espantado, assim como Melisha parou de murmurar.

 

Toc-Toc

~ Melisha? Está ai? – chegou á porta. Os dois encararam a porta. Caio se preocupou.

 

- Shiii! – pôs a mão encima da boca amordaçada.

 

~ Filha? Eu cheguei mais cedo hoje, poderíamos jantar o que acha?

 

Caio olhou para Melisha, os dois ficaram se encarando por alguns segundos sem desviar,  ele sabia que ela teria que responder.

 

- Se falar alguma coisa eu juro que mato o seu pai e depois mato você! – disse aos sussurros com indignação. Melisha concordou de imediato com a cabeça tentando engolir o choro. Devagar ele tirou a fita pra que ela respondesse, e com a outra mão segurou seu pescoço caso ela tentasse gritar.

 

~Filha tá ai?

 

- S-sim pai.. – gaguejou.

- Não gagueja merda! – sussurrou próximo a boca dela com raiva.

 

~ AH ok, vou esperar você aqui embaixo ok?

 

- Tá, eu já vou descer pai...– ela concordou com a voz embargada.

Caio permanecia encima dela e recuperava seu folego. Ele percebeu que Ryu se distanciou do quarto e ficou mais aliviado, por que mesmo que ele fosse capaz de mata-lo, ele não queria ter que fazer isso.

 

- Silêncio - pediu pra garota. Melisha chorava baixinho. Caio tirou o medalhão dela e começou a soltar as algemas. – Eu vou deixar você descer, mas é pra voltar assim que acabar o jantar, entendeu? – ele não estava brincando, falou sério e ameaçador. Tirou a ultima algema. – Eu vou esperar você. Levanta. – saiu de cima dela e deixou que se levantasse e se vestisse.

 

 

***

Melisha desceu ás escadas depois de alguns minutos no banheiro tentando esconder àquela cara de choro e espanto e parecer a ‘‘normal’’ de sempre, o que foi muito difícil já que Caio permaneceu no banheiro junto dela, encostado na parede de braços cruzados com uma cara nada boa.

 

- Oi filha! – disse Ryu enquanto cortava a lasanha. – Eu vim mais cedo então comprei algo mais prático.- Mostrou a lasanha, o predileto da filha. Melisha apenas sorriu fraco. Ryu estranhou. – Ué, achei que pularia de alegria por não comer uma lasanha feita por mim – arregalou os olhos engraçados e se sentou a mesa.

 

Durante todo o jantar Ryu falou sobre algumas coisas do trabalho e também sobre umas possíveis férias em dezembro, só os dois. Melisha concordava com tudo e não conseguia ficar animada com nada mesmo se esforçando pra isso. Se a garota a sua frente fosse à mesma menina do começo do ano Ryu certamente estranharia e lhe faria mil perguntas sobre o seu jeito quieto, mas Ryu viu o estado da filha durante todo esse mês que passou, a depressão e o isolamento e sabia que questionar poderia só piorar a situação. Depois que ela conheceu o David tinha voltado a sorrir e a se parecer com aquela mesma garota de antes e isso o alegrava demais, então se ela estava quieta hoje devia ter seus motivos o qual ele não perguntou e apenas aproveitou o jantar ao lado dela.

 

 

***

 

Depois que o jantar acabou, Ryu já iria subir para o seu quarto e normalmente Melisha iria para o seu, mas ela o impediu de entrar.

 

- Pai ..- ela tentava conter as lágrimas. Melisha sabia que se seu pai entrasse naquele quarto e ela no seu, tudo estaria acabado pra ela.

- Que foi filha?- Ryu se preocupou observando a expressão triste na filha.

- Me deixe dormir com você hoje?

- Dormir comigo? Mas por quê? Algum problema? – Melisha assentiu com a cabeça e uma lágrima rolou pelo o rosto. – Melisha, o que está acontecendo?- perguntou sério realmente interessado em saber.

- Eu estou com medo, muito medo..- confessou.

- Mas medo de que? – tocou seu rosto enxugando suas lágrimas.

- Só estou com medo pai – fungou. Ryu a abraçou afundando o rosto da filha em seu peito.

- Calma, eu estou aqui – acariciou seus cabelos.

- Por favor pai.. – suplicou novamente.

- Tudo bem, venha entre – abriu a porta do seu quarto e entrou com ela.

 

Melisha estava quebrando as regras, ela não voltou pro seu quarto após o jantar e Caio certamente surtaria. Mesmo que ela tivesse fazendo ao contrário e que por isso teria consequências, o medo que ela sentia de voltar para aquele quarto era maior que tudo. Ela sabia que Caio não iria mata-la, pois precisava dela.

 

Do outro lado da porta do quarto dela Caio se mordia em raiva, já tinha dado a hora dela voltar e nada ainda. Ele presumiu que ela não voltaria, e mesmo com toda a raiva que estava, decidiu não fazer nada.

 

 

***

Um tempinho depois da filha adormecer Ryu saiu do quarto e foi até a sala lá embaixo e pegou o telefone já discando um numero. A questão era que quando Ryu chegou ele viu o camaro preto estacionado na frente de casa e pensou em encontrar Caio dentro de casa, mas a única coisa que encontrou foi à filha chorando e pedindo pra dormir com ele alegando que estava com medo. Algo estava errado e disso ele tinha certeza.

Discou o numero do rapaz e foi até a janela da casa, olhando pelas as persianas.

O numero chamou, e assim que chamou o carro saiu da frente da casa rapidamente, e a ligação foi desligada pelo outro. Ryu sabia que era algo relacionado com o Caio, mas não sabia o que.

 

 

***

Caio só voltou de manhã pra casa, depois de passar a noite toda bebendo pra esfriar a cabeça e talvez diminuir a raiva que estava sentindo junto com a vontade de voltar até lá e fazer uma loucura.

 Quando estacionou seu carro a frente de sua casa viu que o carro do seu pai estava estacionado também e ficou surpreso. Era raro seu pai está em casa. Sentiu-se nervoso. Saiu do carro e seguiu para a porta de casa, mas antes mesmo dele entrar o pai saiu pela a porta acompanhado do seu secretário. Ele parecia bufar e vinha na direção do filho.

 

- Pai.. - Caio deu um sorriso sem animo ao vê-lo. Romário Montier, o pai dele chegou a frente do filho e pôs toda a sua força em um soco certeiro no rosto do mais novo o fazendo cair no chão. Caio envergonhado olhou para o pai confuso, ele tinha apanhado na frente de todos ali

- Você é um imprestável!! Se os Arcóis não te matarem eu mesmo mato você!! – gritou. Deixou o filho no chão e seguiu para o carro.

Os olhos de Caio brilharam. Ele sentia vergonha e raiva. Seu pai era egoísta e provou isso ao dizer aquelas palavras que feriu o coração do filho, como se um copo de vidro fosse jogado ao chão e seus pedaços fossem espalhados, assim ficou o coração do seu único filho. Caio sentia culpa e peso sobre as costas, seu pai deixou claro que não se importava se ele vivesse ou morresse contando que o pacto fosse cumprido.

Ele continuou naquele chão, se sentindo um nada, uma pessoa totalmente sem valor algum, desprezado e abandonado por um egoísta sem coração. Ele não tinha a quem recorrer, ele não via uma salvação, por isso agia da forma como agia. O desespero tomava conta do seu coração e o tornava o vilão da historia.

 

 

***

No mesmo dia à tarde Lilian foi até a sua casa. Quando entrou no quarto dele seu quarto estava uma completa bagunça, uma zona de guerra. Tudo estava revirado, ele tinha quebrado tudo o que já tinha possuído, do barato até o mais caro. Estava revoltado e se sentia chateado.

Estava no chão próximo a janela abraçando os joelhos com a cabeça afundada sobre os mesmos. Lilian se aproximou rapidamente.

 

- Caio?! – tocou seu ombro. – O que aconteceu?! – ele a ignorando se levantou e foi até a outra janela e encarou o movimento lá fora. Tinha vergonha do seu rosto, não queria que ela o visse. Lilian foi até ele. – Caio ? – pegou no rosto dele vendo-o um pouco roxo. – O que foi isso?! – se preocupou. Caio afastou a mão dela.

- O que você acha? – perguntou irônico e se distanciou indo até a cama e na mesma, passando as mãos sobre o rosto. Lilian já imaginava o motivo dele está assim, ele estava em sua ultima semana e estava ficando sem tempo.

- Vai ficar tudo bem – começou a tentar confortá-lo – Melisha ainda não pegou o exame não é? Ainda há uma chance!

- Deu negativo – respondeu baixo.

- Vamos embora então! Podemos fugir!

- Fugir pra onde? – falou com impaciência.

- Nos vamos pensar sobre isso.

- Eu não vou a lugar nenhum.

- Então pretende ficar aqui e morrer?

- Não finja que se importa! – gritou irritado olhando pra ela.

- Eu me importo caramba! – sua voz falhou. Caio desviou o olhar, não querendo encarar o olho tristonho da ‘’namorada’’.

- Não há mais tempo.. – a voz do rapaz saiu sofrida, repleta de diversos sentimentos incluindo a angustia e a dor.

- Por que gastou aqueles malditos dois anos comigo?!! Por que tentou me ajudar ao invés de cuidar da sua própria vida?! – se revoltou o questionando.

- Por que você escolheu se apaixonar por um Gelinsker!! – bradou.

 

Lilian não conseguiu mais conter as lágrimas de tristeza. Caiu de joelhos no chão.

 

- Por que simplesmente não me deixou morrer? – disse em meio ao choro.

- Você me deixaria morrer? – a perguntou. Lilian apenas negou com a cabeça, pois o choro não a deixou falar.

- Eu não viveria sem você – disse angustiada depois de alguns segundos em silêncio.

- Maldito amor – deu um mínimo sorriso e a abraçou.

 

 

***

Três dias se passaram e nenhum sinal do Caio.

Eram os últimos dias de aula e faltava apenas uma prova, a prova final. Melisha mesmo com toda aquela confusão que aconteceu na sua vida, ela sabia muito bem o que responder naquela prova.

Naquele dia tiveram que ter aula à tarde.

Depois que todos terminaram os alunos esperaram pelo resiltado na ultima aula.

A professora estava distribuindo as provas e parou na mesa de Melisha.

 

- Parabéns Melisha – disse sarcástica - Você levou um zero na sua prova final- Melisha levantou a cabeça assustada e pegou a prova.

- Zero?! Como assim?! – leu a prova de assinalar, tinha sua assinatura e as questões estavam com a letra dela, mas a mesma não conseguia aceitar o fato de ter levado a pior nota – Essa prova não é minha! – ela viu que todas as questões foram colocadas diferentes do que ela lembrava ter colocado.

- A não ser que tenha uma boa explicação à direção depois da aula, você está reprovada.

 

 

***

 

Depois que a aula terminou ela correu para a direção. Sentiu falta do seu amigo David já que o mesmo faltou, pois tinha um compromisso na igreja e fez a prova um dia antes.

Ao chegar lá ela explicou tudo o que aconteceu e implorou pra que a deixassem refazer a prova e mostrar a eles que tudo não tinha passado de um mal entendido. A direção resolveu lhe conceder mais uma chance.

Já que a aula já tinha acabado pediram para que ela aguardasse na biblioteca do segundo andar que assim que começasse a aula do período noturno, a professora responsável a daria a prova para refazer.

 

Melisha ligou pra casa e avisou ao pai que chegaria tarde, pois a aula do noturno só iria começar as 19:30pm e explicou o real motivo de tudo isso. Ryu concordou mesmo ficando com uma pulga atrás da orelha. Ele até mesmo ligou para a direção para confirmar, queria saber se sua filha estava realmente segura. A filha avisou que seu celular estava descarregando e caso ele ligasse de novo e não desse certo era por que ele tinha apagado.

 

Continua...


Notas Finais


Sorry pelos erros =/


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