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História Pacto de Gangues - Hotel


Escrita por: LordeUnderworld

Notas do Autor


Penultimo capítulo da nossa série ;)

Boa leitura, e não demoro para postar o último.

Capítulo 28 - Hotel


Fanfic / Fanfiction Pacto de Gangues - Hotel

2 MESES DEPOIS

 

Jessie colocou a bagagem na parte de cima da cabine do avião e passou por mim para conseguir chegar ao seu assento, perto da janela.

Tinha conseguido fazer ele tirar o terno, já que estávamos de férias, e ele usava uma camiseta branca, calça jeans e um All Star de couro. Jess me olhou com aqueles olhos cintilando e parecia animado para a nossa viagem.

— Aprendi português com sete anos de idade, se quiser posso te ensinar um pouco só para saber pedir “socorro” caso aconteça alguma coisa.

— Nada de mal vai acontecer – falei, já que Jessie ultimamente estava bem super-protetor. – Ah, e é sério que eles falam português? Para mim era espanhol.

— Normal pensarem isso. Mas é português mesmo, uma língua muito bonita.

— Depois você me ensina então.

— Com certeza.

Ele pegou minha mão no encosto da poltrona e deu um selinho de leve. Acontece que sempre tentava não me machucar como fazia antigamente, às vezes conseguia até me irritar me tratando como se eu fosse de porcelana. Mas tudo acabava mudando na hora do sexo, Jess não me deixava mais com tantas marcas, mas tinha uma pegada muito boa.

— Se eu fosse você não aceitava nenhuma aula do meu irmão. Ele é um péssimo professor.

TK chegou e se sentou na cadeira livre ao meu lado, ficando no corredor e me deixando entre os dois. Ele tinha cara de que estava enjoado, e sequer tínhamos saído do solo ainda.

Depois que começou a frequentar a clínica de reabilitação ele se mantinha afastado de qualquer tipo de droga – até remédios –, o que o fez recusar os comprimidos que eu comprei para o enjoo que ele sente quando entra em aviões.

— Não sou um péssimo professor! – Jessie se defendeu. – Você que é um péssimo aluno.

— Era só para me ensinar a preparar uma corda para estrangular alguém. Não era um trabalho tão complicado assim!

— Você não me escutava quando eu dizia que o nó tinha que começar pela esquerda!

— Pois até hoje eu faço pela direita e funciona muito bem!

— Dá pra parar a discussão! – intervi, cansado de qualquer coisa sempre virar discussão para os dois. – O voo com certeza vai durar horas, então é melhor já treinarem que gostam um do outro!

— Tudo bem – disse TK, de mal humor. – Mas quero um beijo antes…

Fui para beijá-lo, mas a mão de Jessie nos interrompeu.

— Acho que esqueceram, mas de quinta a sábado o Thiago é meu.

— Na cama – disse TK. – Eu posso beijá-lo o quanto eu quiser!

— Não, não pode. Se os outros verem ele beijando dois garotos ao mesmo tempo? Seria estranho.

— Você liga demais para o que os outros pensam, maninho.

— Por que eu não ajo como se estivesse sozinho no mundo como você, “maninho”.

— O QUE EU ACABEI DE FALAR??? – perguntei, perdendo a paciência. – Essa coisa de dia de um e dia do outro já está me tirando a paciência.

Os dois me olharam ao mesmo tempo. E revirei os olhos.

— Ahhh, claro. Isso porque você é louco para ter os dois ao mesmo tempo – rebateu TK.

— É verdade – concordou Jessie – E já dissemos que não vai rolar! Nós somos irmãos, querido. Não vou ficar olhando o TK fazer “coisas” com você.

— E eu com certeza não quero um chicote no meio da minha transa.

— Tá booom. Eu já entendi. Nada dos dois ao mesmo tempo – falei, envergonhado. – Por enquanto.

Minha última frase vez com que começassem um estrondo de “nãoooos” enquanto a comissária de bordo falava ao mesmo tempo e o piloto começava a mover o avião. Tapei os ouvidos com meus fones e deixei que continuassem reclamando. Mas tenho que dizer, estar com eles era a melhor coisa do mundo. Juntos parecia que eu estava lidando com duas partes de mim mesmo que eu adorava.

 

Mas nossa viagem ao Brasil não era amorosa. Longe disso.

Nesses dois meses muitas coisas aconteceram.

Meu pai se assumiu bissexual, e vez ou outra vejo um garoto de programa sair do quarto dele, coisa que eu já me acostumei, mesmo que fique um pouco curioso para saber a posição sexual dele... kkkk.

Falando em meu pai, nossa relação melhorou bastante. Ele não é mais tão otário como antigamente, conversa comigo e até pede alguns conselhos. Parece que o relacionamento dele com o Filipe não era tão sério e os dois pararam de se encontrar. Claro que nem tudo é perfeito, e vez ou outro ele sai com alguma piada macabra ou só esquarteja alguém na nossa sala de estar (longa história).

Além disso ele não gosta nem um pouco do TK. A relação dos dois é praticamente só de ódio, e venho tentando mudar isso aos pouquinhos.

Quanto ao Bernardo, ele sumiu das nossas vidas por um tempo e não disse nada sobre Força-Tarefa, seu pai ou quem estava atrás dele para mata-lo. Tudo o que soube foi que os homens dele fizeram a limpa em uma delegacia e todos os policiais corruptos foram mortos. Acho que o senso de justiça dele é estranho. Aliás, não vejo o que existe de não-estranho naquele garoto, mas acho bom ele fazer algo útil para a sociedade e não posicionar o raio da vingança para as gangues.

E finalmente temos John.

Minha avó morreu sem que ele contasse que estava doente. Todos fomos ao enterro, e meu irmão abatido chorou e preciso que eu o consolasse durante toda a tarde. Acho que foi a primeira vez que me senti adulto, em outras ocasiões sempre foi ele quem me consolou. Agora é a minha vez de cuidar dele e fazer o possível para que o pouco tempo que temos juntos se torne maior.

Por isso decidi vir ao Brasil. Disseram que existem cientistas que estão no país desenvolvendo uma nova droga que pode salvar o meu irmão. No começo duvidei que um país de terceiro mundo pudesse abrigar uma cura de verdade, mas fontes me disseram que é possível que eles estejam mais próximo que qualquer outro lugar do mundo de conseguirem algo.

É a minha última esperança.

 

— Notícias do Congresso – avisou Jessie, sentado na cama apenas com um short e meias brancas. – Parece que uma mulher desmaiou quando um dos cientistas apresentou o remédio. Ficou emocionada. Imagina só o que esse remédio pode fazer pela vida das pessoas.

— Se ele funcionar – falei, receoso, olhando para fora do hotel pela janela.

A viagem tinha sido longa, mas não dormi nem um pouco. Jessie e eu ficamos no mesmo quarto e TK pegou um para ele no mesmo andar. A porta se abriu e TK apareceu com uma pequena sacola nas mãos.

— Brasileiros idiotas! – reclamou, me entregando a sacola. – Eles podiam estudar um pouquinho de inglês, rodei todas as quadras tentando voltar para o hotel e ninguém sabia me passar uma informação!

— O que é isso? – perguntei, abrindo a sacola e vendo o que pareciam alguns doces estranhos.

— Paçoca, pé de moleque e pipoca doce. Disseram que são comida típicas.

— Não parece muito saudável… Achei que você fosse buscar o almoço.

— Também tinha caipirinha, mas teria que ir a umas sessões do AA depois de beber, então…

— Tá bom – falei, abrindo um pacotinho de paçoca e estranhando o gosto. Jessie nem sequer quis experimentar. – Eca, o gosto disso aqui é muito estranho.

TK tirou a camisa e se deitou na cama, ao lado do irmão, afundando a cabeça no travesseiro.

— Estou exausto! – ele falou, fechando os olhos. – Que tal você me chupar e depois dormirmos de conchinha?

— Ei! Olha o linguajar – reclamou Jessie. – O Thi não vai te chupar.

— Mas já é o meu dia.

— Mudança de fuso-horáro não conta! Ainda é a minha vez.

— Bem, eu não me importaria de ficar com os dois – falei, com cara de safado. – Só para compensar o fuso-horário.

TK riu, veio até mim e ficou bem perto. Fez que ia beijar meu pescoço e então se aproximou devagar do meu ouvido.

— Bela tentativa, gracinha.

— Não me chama de gracinha.

— Não vou transar com o meu irmão.

— Mas não é com o seu irmãooo! É comigo. Só que o seu Jessie também estaria comigo.

— Pois deixe esse fetish aí na sua cabecinha – e apontou para a minha calça. – Vou pro meu quarto, mas nem pense em desfazer suas malas que amanhã você vai pra lá comigo.

TK bateu na minha bunda antes de sair, brincalhão.  Jessie riu alto quando o irmão saiu e eu fiquei ali, com cara de bobo, tentando conter minha ereção.

Aqueles dois que me aguardem. Já deviam saber que eu não desisto assim tão fácil.

— Tudo bem, não quero nem saber o que você está imaginando aí – disse Jessie, jogando um travesseiro em mim quando reparou que eu estava calado demais – Vem cá, acho que o meu irmão acabou dando uma ótima ideia pra gente…

Me virei no momento em que ele abriu as pernas e colocou o membro ereto para fora, esfregando ele um pouco e deixando apontando bastante pra cima…

Acho que tinha que pensar um pouco na sorte que eu tinha. Jessie era um bom marido, TK também, e talvez fosse bom me contentar com isso.

Só que não.

Sou alguém que não me contenta com pouco.

E, pensando nisso, fui para a cama caminhando como um felino em direção a Jessie. Mordi o lábio e logo em seguida abri a boca, querendo mais. 



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