História Pacto Escolar - A Marca

Alice deparou-se com um símbolo de um hexagrama na sua mão esquerda. Não era a estrela de Davi, mesmo que a estrela de seis pontas não tivesse um circulo em volta para poder representar um símbolo satânico.

A estrela era um hexagrama sem um círculo em volta, tinha um olho no centro que lembrava o olho de Hórus e tinha doze pirâmides rodeando o olho, sem contar com as seis pontas do hexagrama.

Oque tornava mais macabro, era o fato que seria impossível alguém ter desenhando esse hexagrama na sua mão, visto que ela não tinha pegado no sono momento algum.

Não importava o ângulo que Alice olhava o símbolo, o olho do centro da estrela sempre estava olhando para os olhos dela.

Desesperada ela levantou da cama em apenas um pulo, e saiu correndo em direção ao banheiro.

Chegando lá, com uma esperança de o símbolo saísse de sua mão, Alice começou a lavar a sua mão no lavatório.

Não importava quanto lavava, a opacidade da marca em sua mão esquerda continuava a mesma.

Ela tentou limpar com todo aquilo que via em sua frente, mas nada adiantava.

"Poxa, por que não esta adiantando? Isso não quer sair por nada!" pensou Alice.

Alice começou a escutar barulhos vindo da cozinha, e então ela ouviu uma voz falando com ela, cuja a pessoa era a sua mãe que estava chamando à para tomar o café da manhã.

— Já estou indo, mamãe. — disse Alice, para sua mãe.

— Ta bem. — respondeu a mãe de Alice.

"Nossa já estou atrasada, não posso mais perder tempo" pensou Alice, percebendo que já são 6:30 da manhã, pois a sua mãe sempre prepara o café da manhã nesse horário. "vou ter que me arrumar o mais rápido possível."

Ela sabia que seria impossível subir para o seu quarto sem passar pela cozinha. Pelo fato que a escada de subir para o quarto, estava localizada na cozinha.

Oque ela menos queria naquele momento, era que sua mãe visse a marca em sua mão. Por isso ela subiu para o seu quarto o mais rápido possível, sem que sua mãe percebesse que ela passou por lá.

"Ufa, nem acredito que consegui subir as escadas sem que minha mãe percebesse." pensou Alice quando pegava o uniforme escolar em seu armário. "Se minha mãe ver isso na minha mão, ela vai pensar que eu fiz uma tatuagem e como ela é bem rígida com isso, ela vai me colocar de castigo por resto da minha vida."

Depois de ter tirado o seu pijama do Mickey Mouse, Alice colocou o uniforme, que é uma calça jeans, uma camisa dos formandos (camisa branca com um desenho do Wolverine mostrando as garras), um calçado fechado (um tênis 33-34 preto e rosa), e sua mochila (uma mochila das princesas da Disney).

Após de arrumar-se ela pensou:

"Não posso esquecer do meu laço de cabelo, — era um laço vermelho que ela sempre usava, e quando usado ela lembrava a Miney do Mickey — "também não posso esquecer de colocar uma luva para tampar isso." Com isso ela colocou o seu laço e sua luva rosa.

Já arrumada e quase pronta para ir à escola, ela desceu para o banheiro e foi escovar os dentes e dá os toques finais.

"Pronto agora basta eu comer o café da manhã e já posso ir para escola." pensou Alice, que já estava indo à cozinha.

Quando ela chegou na cozinha, a sua mãe falou:

— Alice toma esse biscoito e vai comendo, porque já são 6:50, e com isso não vai dar mais tempo de você comer o cereal que eu tinha preparado para você.

— Nossa já é isso tudo? — Alice admirou-se.

Após Alice ter pegado o biscoito na mão de sua mãe, ela deu um abraço bem apertado e beijo na bochecha de sua mãe.

— Tchau filha, vai com Deus. — a mãe de Alice despediu-se dela.

— Tchau mamãe fica com Deus. — Alice também se despediu da sua mãe.

Alice após sair de casa, não demorou um minuto, e já passou um ônibus em sua frente.

Ela fez sinal e pensou:

"Que sorte minha, se eu demorasse mais um pouquinho, eu ia perder o ônibus."

Após alguns minutos, Alice chegou na escola e avistou a sua amiga Fernanda de longe — Fernanda era loira, alta, de cabelos lisos, e uma aparência muito bela—. Alice saiu correndo e deu um abraço e um beijo no rosto da sua amiga.

— Bom dia Fêh! — disse Alice.

— Bom dia minha Miney! — disse Fernanda.

Percebendo o olho fundo e a sua cara de sono, Fernanda perguntou:

— Lice, você esta com uma cara de sono. Você dormiu bem hoje?

— Na verdade eu nem dormi ainda. — ela mostrou o símbolo em sua mão para Fernanda, e falou: — Hoje quando  eu fui desligar o despertador, eu me deparei com isso em minha mão.

— Aaah, para de brincadeira, eu sei que foi você que fez isso. — Falou Fernanda. — Vamos ir para a sala de aula, o professor de matemática é muito rígido, e ele odeia que os alunos cheguem atrasados.

— Mas é sério, não estou mentindo. Isso deve ter alguma coisa haver com aquele Pacto. — Alice falou andando em direção a sala de aula.

— Ahhã, sei... Depois da aula de Matemática a gente conversa. — falou Fernanda.

A sala de aula era uma sala relativamente grande, com paredes brancas, um quadro que ia de uma parede a outra, as janelas eram de vidros que abriam pros lados e eram cobertas por persiana pretas, e as carteira eram todas em dublas.

Chegando na sala de aula, Alice e Fernanda se sentam na mesma carteira.

O professor de matemática era um cara de 40 anos, que gostava de se vestir com roupas casuais, era alto, um pouco magrelo, tinha cabelos crespos, tinha uma barba que lembrava o Leônidas dos 300, e se chamava Leonardo.

O professor começou ensinar a matéria, mas Alice não conseguia prestar atenção na aula, pois estava com muito sono. Sem ela perceber ela caiu no sono no meio da aula.

— Alice... Alice... Alice Tomas Jeffer acorde! — era Romilda, a coordenadora mais odiada do colégio, ela era morena claro, tinha cabelos pretos lisos e longos, e tinha um nariz um pouco pontudo.

— Oi? - respondeu Alice após ter acordado.

— Venha comigo agora para secretaria e trague o seu material. - Romilda falou com uma voz séria e olhando fixamente para os olhos de Alice.

— Ok. — Falou Alice para Romilda. "Não acredito que eu fui dormir logo na aula de matemática, agora vou levar uma advertência para casa." pensou Alice.

Chegando na secretária Romilda mandou Alice sentar-se e Alice se sentou.

— Desculpe-me de ter dormido em sala de aula, foi porque essa noite eu não conseguir dormir. Eu juro que nunca mais volto a dormir em sala de aul... — Alice estava tentando justificar-se quando ela foi interrompida por Romilda.

— Não te trousse aqui por causa disso. É algo mais sério. — falou Romilda.

— Mais sério? Oque eu fiz de tão grave assim? — falou Alice.

— Os seus pais... Os seus pais sofreram um acidente de carro, hoje pela manhã. — falou Romilda.

— Meu Deus!!! — Alice sentiu o seu coração batendo bem mais forte do que nunca e ela começou a ficar um pouco tonta e pálida — Eles estão bem? — perguntou para Romilda.

— Não sei disser, mas eles estão em coma. — respondeu Romilda. — Fique aqui, vou pegar um copo d'água para você e já volto.

— Ok. — Alice estava pensativa, não parava de pensar em seus pais, ela até esqueceu da marca em sua mão naquele momento.

Romilda virou-se e foi em direção ao bebedouro e começou a encher o copo d'água.

Ao virasse Alice notou algo estranho em Romilda. Romilda agora estava com as mãos tremulas, com os olhos fortemente fechado e com todas as veias do seu rosto dilatadas.

De repente Romilda abriu os olhos rapidamente. Os seus olhos não estavam normais, agora eles estavam...