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História Páginas Criminais Galácticas - 2 (Reylo-Policial) - Vinte e Nove


Escrita por: VanVet

Notas do Autor


Hoje tô na correria, mas o capítulo não podia faltar kkkk
BOA LEITURA!

Capítulo 29 - Vinte e Nove


Fanfic / Fanfiction Páginas Criminais Galácticas - 2 (Reylo-Policial) - Vinte e Nove

― E a você, Grenz Foster, eu indico o título de primeiro tenente da Frota Apatros II, lhe concedendo uma posição permanente e de fidelidade no alto posto da Academia Naval devido à bravura e à coragem, mas, acima de tudo, lealdade à Nova República ― entoou a chanceler Leia Organa Solo, abotoando mais uma insígnia prateada do Pássaro Estelar na lapela do casaco oficial de Foster.

O oficial olhou para a insígnia, para a plateia e, de novo, para insígnia achando que estava vivendo numa espécie de sonho. Se aquele dia em Hosnian Prime, sob o descampado da pista da Academia de Pilotos, não estivesse tão quente fazendo-o suar dentro da roupa formal, ele bem desconfiaria da característica idílica do que ocorria e daria algumas palmadas no rosto, para ter certeza se não dormia.

Com o sorriso orgulhoso da chanceler para ele, as palmas entusiasmadas de seus companheiros de voo e até um meneio gentil de cabeça de Ben Solo, preenchendo as primeiras fileiras de convidados abaixo do púlpito, não havia mais como duvidar.

― Obrigado, Chanceler ― ele respondeu, emocionado, e se inclinou para frente beijando, com respeito, a mão cheia de anéis brilhantes da respeitável política.

Ao fundo do evento, o HoloNet trazia as boas novas diante de um droide câmera flutuante, na pessoa da repórter diurna:

― E hoje o ciclo de injustiça e mal-entendido termina para o ex-foragido do governo, o oficial naval Grenz Foster. Aqui atrás de mim acabou de terminar a cerimônia de restituição do agora primeiro-tenente da nova delegação da Frota Apatros II, que comandará num protocolo totalmente moderno de segurança, o transporte dos minérios do planeta Apatros para o Núcleo.

“Ainda não sabemos ao certo o que motivou um gangster local e o alto escalão do departamento de polícia de Jakku a se arriscarem tanto unindo forças criminosas para assaltar, abater as naves e assassinar os tripulantes da Frota Apatros I, mas pelo menos tivemos a certeza de que o tenente e a Guilda dos Sucateiros implicadas nesses severos crimes não tiveram culpa alguma. Inclusive, foram peças fundamentais na resolução do caso. Além deles, segundo fontes anônimas, uma outra policial do planeta e um agente do governo de nome não revelado, foram essenciais nesta investigação.

“Quanto ao possível conteúdo do carregamento de Apatros, o cortosis, trata-se de um minério com diversas propriedades, desde a indústria de manufatura até na elaboração da liga choripe, usada como energia de para diversos serviços essenciais.

“Ao fim de tudo fica claro, mais uma vez, um novo escândalo envolvendo o governo e a sua imensa dificuldade de barrar a criminalidade galáctica, mesmo com a criação de leis visando justamente isto. É a segunda vez, em menos de um ano, que a gestão da Chanceler Organa se envolve indiretamente em um escândalo na Orla Exterior. Há cinco meses, alguns agentes governamentais... ”

 

Ben esperou pacientemente todas as pessoas em volta cumprimentarem Grenz Foster e aproximou-se do tenente apenas quando ele estava sozinho, prestes a se retirar das cercanias do palanque. Acenando bem-humorado para Solo, o outro homem, contagiado por uma aura radiante que o investigador nunca o vira exibindo em Jakku, foi ao seu encontro.

― Minha mão está doendo de tantos cumprimentos ― começou dizendo.

― Então vamos pular essa parte, mas, parabéns Foster. Você mereceu!  

― Obrigado, Ben Solo, filho da Chanceler ― o tenente rebateu numa nota zombeteira que arrancou uma careta do outro.

Sem se importar com a expressão dele, e até sorrindo daquilo, Grenz enfiou as mãos nos bolsos da calça e se pôs a andar pelo perímetro seguro da pista de pouso e decolagem da gloriosa Academia de Pilotos. Ben o acompanhou imitando o gesto de enfiar as mãos nos bolsos.

Nos céus, um caça estelar fazia manobras causando pequenos estampidos de Sonic Boom que reverberavam pelo fim da tarde, enquanto o sol incidia fraco sobre eles, o tempo carregando consigo uma refrescante brisa e estimulando a caminhada.

― Mas agora é sério…. Se eu soubesse que você era o filho da Chanceler não o teria deixado sozinho naqueles túneis em Taunan. Sabe, havia um risco real de você ter morrido lá. 

― Droga, perdi a chance de ter um puxa-saco na missão! Me pouparia uma calça arrebentada e uma mergulhada no esgoto, imagino ― ironizou.

― Bom, puxa-saco eu já não sei… Sempre revirei os olhos para filhinhos do papai que povoam esse governo ― ele confessou. E acrescentou numa nota de respeito ― Mesmo seu pai sendo Han Solo: o melhor piloto rebelde q-

― Foster, que tal apenas conversarmos sobre qualquer outra coisa que não envolva minha família? Tudo bem, você descobriu quem sou, mas agora quero ser apenas o investigador que conheceu, hã?  

O homem de olhos puxados ficou um momento em silêncio e concordou, também balançando a cabeça de leve. Cada um tinha o seu fardo, mesmo que ele tivesse peso e medidas muito diferentes. Uns ficavam no passado, outros no presente, outros, ainda, perseguindo-o por toda uma vida.

― Vim para ver sua restituição, mas estou para informá-lo das novidades do Choripe. Como um tripulante graduado dentro da Frota Apatros II, creio que deva saber de antemão: nós contamos inúmeras vezes o carregamento roubado e recuperado dos contêineres do crolute e do delegado rodiano. Está faltando vinte por cento do peso final daquilo que foi discriminado nos registros do espaçoporto de Apatros, na noite em que o Almirante Tudoline partiu com a naves.

― Vinte por cento? ― O homem pareceu chocado.

― Não sabemos se a coisa se perdeu no transporte no espaço, só-

― Impossível. O Choripe é embalado num componente único. No caso, eram dois componentes únicos de cinquenta por cento em cada fragata. Para desfragmentá-lo é necessário um laboratório físico-químico equipado e de boa tecnologia. Ou seja, para essa teoria fazer sentido deveria ter desaparecido cinquenta por cento.

Ben deixou os ombros caírem um pouco, desanimado.

― Era o que eu temia. Ah, merda…

― Veio me ver a serviço, então? Nada de Tar-Cheaki?

― Sim, estou na investigação exclusiva sobre esse roubo e, agora, da parte do carregamento não recuperado. E não, nada de Tar-Cheaki. O desgraçado simplesmente desapareceu naquele deserto... Justo ele, do qual tenho certeza obter algumas respostas importantes dessa confusão toda.

Foster mordeu a bochecha de leve, pensativo sobre as implicações futuras daquilo também. Disse:

― Será que ele está em Jakku ainda? Estou de volta aqui, mas posso mexer uns pauzinhos com Istella e a Guilda para fazerem uma faxina nas latrinas do planeta. Se o rodiano estiver escondido em algum lugar lá, ele será encontrado.

― Obrigado pela ajuda, mas eu mesmo fiz alguns contatos do tipo e nada. Fora que há imagens das câmeras do espaçoporto mostrando ele se infiltrando num carregamento comercial em um dos hangares abertos na mesma noite do flagrante. Quando aquele dia terrível estava amanhecendo, ele já devia estar longe em algum cargueiro para sabe-se lá onde.

O sol deu uma trégua por de trás de algumas nuvens e eles conseguiram enxergar o caça barulhento, um A-Wing azul marinho, fazendo malabarismos gloriosos sobre suas cabeças. 

― O que será que houve? Eles repassaram uma parte da mercadoria para alguém antes de irem para o Cemitério? Como, se é necessária uma boa tecnologia para separar a liga? Unkar Plutt podia ter poderio para muita coisa, mas para isso, duvido muito!

― São todas as questões que eu e a força-tarefa designada para essa investigação estamos trabalhando, a pedido do senado. Precisamos descobrir logo. Aquele Choripe pode fazer muito estrago por aí...  

― E como! ― O modo exclamativo, de urgência, como o outro disse aquilo não melhorou o otimismo de Ben acerca do fato.

― Portanto ― continuou o filho da Chanceler ― vou precisar que nos próximos dias tente se esforçar para recordar dos seus últimos dias na academia antes de ser afastado pelo Almirante Tudoline. Tentaram incriminá-lo pessoalmente, deve haver alguma cadeia de raciocínio para trabalharmos aí.

― E há ― ele lembrou-se da comida que lhe fez mal, da vizinha generosa. O evento onde sua vida desandou na Frota Apatros I. ― Como é uma investigação formal, imagino que eu vá ser convocado para prestar um depoimento.

― Olha, normalmente sim. Mas como somos conhecidos, acho que posso pedir para ir por livre e espontânea vontade até nós, contar o que sabe.

― Certo. Hoje preciso de participar de uma cerimônia particular, na verdade uma festinha, com meus amigos, os que continuaram vivos, comemorando meu retorno. Amanhã estarei lá, sem falta, logo no amanhecer.

― Ótimo. Sabia que poderia contar com você ― sorriu discreto e agradecido.

Continuaram caminhando em silêncio. O sol novamente ressurgiu de atrás das nuvens, porém eles estavam há apenas alguns passos do coberto do prédio principal agora. Pararam quando chegaram na sombra da construção. Dali, cada um seguiria seu próprio caminho.

― As naves desaparecidas, afinal, foram encontradas? ― Perguntou, o tenente.

― Apenas destroços naquele descampado de sucatas, Foster.... Apenas isso... ― Ben respondeu, penalizado. Então acrescentou: ― Mas não se preocupe, minha mãe prometeu uma homenagem à altura, um enterro digno, ao Almirante e à sua equipe.

― Nada é digno depois de uma morte como a que eles tiveram.

O investigador retirou uma mão do bolso e jogou os cabelos para trás, sério e consciente das palavras do outro. Bons homens e mulheres servindo ao governo democrático e mortos em circunstâncias tão nebulosas não poderia, jamais, passar sem a devida justiça. Ele ia, pessoalmente, garantir isso.

― E a srta. Rey, ela está se adaptando? ― Grenz mudou para um assunto mais otimista.

― Creio que sim. Se perdeu no primeiro dia do trabalho e foi parar em Ginger Lowl ― relembrou, sorrindo. ― Fora isso, está muito empolgada.

― Fico feliz por ela. Hosnian Prime costuma ser bom para os habitantes de Jakku.... Mande lembranças minhas, ok?

― Pode deixar ― Ben concordou, começando a se afastar para a área da saída, num corredor lateral ao prédio. ― E bom retorno, Foster.

― Ei! ― O tenente o chamou de novo. ― Você disse agora pouco que somos conhecidos, porém eu discordo. Se me permite a intromissão, depois do que vivemos, acho que posso te chamar de amigo. Um amigo bem famoso, diria!

― Ora, vá te catar! ― O investigou riu alto.

Foster riu de volta, muito consciente da grande ajuda de Solo junto a Chanceler no seu retorno àquela instituição.

― E vê se me chama só de Grenz na próxima vez, meu caro amigo! 



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