História Pain For Loving You (Imagine J-Hope - BTS) - Twenty Two

– Vem! – saiu me puxando para longe da minha casa, infestada de lobisomens. Com certeza meus vizinhos vão estranhar mas não tem problema, eu já tenho que aguentá-los com o som alto praticamente todos os dias. ​​

– Para onde vamos? – questionei me deixando ser puxada pelo meu ficante (?). Por mais que eu nunca tenha gostado desse papo de ficar, acho que era isso que eu e Hoseok somos. 

– Para uma cabaninha que tem no meio do mato que eu e os meninos vamos de vez em quando para tra– o olhei séria, parando de andar. Ele deu um sorriso de lado que quase me matou. – Trabalhar, é trabalhar. – murmurei voltando a ser puxada pelo mesmo. 

Atravessamos a rua e adentramos a enorme floresta.

Estávamos correndo pela floresta, passando por tudo sem se preocupar com o que tinha pela frente. De longe poderia enxergar a cabana que ele tanto falava. Era uma cabana marrom, estava mais para uma casa de um cômodo do que pra uma cabana. 

Hoseok me puxou para dentro da cabana, assim que entramos demos de cara com uma cama, não muito empoeirada. A Cabana tinha somente isso, a cama, o criado-mudo e a janela que dava para ver a cama. O Lobo sem mais nem menos, me empurrou para a cama ficando em cima de mim. 

Distribuiu beijos pelo meu pescoço, suas mãos passeavam pelo meu corpo, apertando minha cintura, enquanto mordia meu pescoço e ombro. Grunhi arranhando seus ombros, descendo minhas mãos pelos seus braços musculosos, puxando sua blusa para cima, me dando a visão de seu abdome. Olhei para a janela aproveitando os toques de Hoseok, vendo as árvores, e um pouco distante dali um tronco de arvore cortado ao meio.

Minha cabeça latejou e uma pontada forte foi sentida, dei um grito assustando Hoseok que se levantou assustado. 

– O que foi? – perguntou assustado, segurando meus braços. Eu só sabia gritar, enquanto minha cabeça parecia estar sendo esmagada, parecia que estavam enfiando facas no meu cérebro.

Sai do meu quarto agarrada com o meu ursinho, indo para o quarto de minha irmã. Estava sem sono e minha Unnie sempre me ajudava na hora de dormir.

Vi que a porta de seu quarto estava entreaberta e sua luz estava acesa, então apenas empurrei a porta com leveza. Um menino estava em cima dela e parecia estar se esfregando nela, isso era estranho.

– Ah, vai com calma amor, minha irmã está dormindo – minha irmã disse parecendo fraca, enquanto ela e o menino se deitavam na cama. 

– Não vamos fazer muito barulho amor, eu só preciso de você agora. – falou se sentando e puxando ela para o colo dele, como a minha Unnie fazia comigo.

– Isso está ficando perigoso, você tem que tomar cuidado. – minha Unnie falou abraçando ele. 

Sem querer, eu acabei pisando no meu patinho de borracha e fez barulho. Prendi a respiração, vendo que minha Unnie saiu do colo dele e ele e deu tchau rapidamente, saindo pela janela do quarto dela de uma forma que me deixou com medo. Aproveitei e entrei no quarto dela segurando meu ursinho.

– Meu amor, você estava ai? – ela perguntou parecendo nervosa, e eu apenas assenti, esticando meus braços para ela me pegar e assim fez. – Não consegue dormir?

– Estou preocupada com papai e com a mamãe. – admiti abraçando ela, deixando meu ursinho entre nós duas. – Posso dormir com você hoje? – perguntei manhosa, escutando a risada da mais velha.

– Claro meu amor, venha, eu já estava indo mesmo dormir! – me soltou e levantou da cama. Fui até a sua cama e me ajeitei entre seus travesseiros e cobertor, ela apagou a luz e acendeu o abajur, me abraçando fortemente. 

– PELO AMOR DE DEUS, FALE ALGUMA COISA! – Puxei o ar desesperada, olhando para Hope. Ele me balançava desesperado, minha cabeça continuava a doer. 

Prendi minha cabeça entre as mãos, tentando fazer com que as pontadas parassem, mas elas apenas aumentavam. Meus olhos lacrimejaram e as lágrimas começaram a cair, Hoseok me olhava desesperado. 

Segui minha Unnie até a floresta, ela havia saído com o mesmo menino que estava no quarto dela naquela noite. Meus papais já haviam voltado e pelo que eu havia percebido, eles não sabiam do namorado da minha irmãzinha. Então eu resolvi a seguir, mesmo correndo o riscos porque eu estava na floresta que meus pais sempre diziam para não entrar.

Vi que minha irmã tinha sumido, mas escutei alguns barulhos e percebi que tinha um tronco cortado. Era um pouco maior que eu mas eu queria ver o que estava acontecendo. Então eu subi no tronco e vi uma casinha e dentro ela tinha duas pessoas. E eu reconheci era a minha irmã e o menino. 

Era uma coisa estranha, já que ele parecia enfiar alguma coisa nela e a minha irmã estava falando alguma coisa mas eu não conseguia entender porque ela falava estranho, assim como ele e eles dois estavam pelados. Meus pais falavam que isso era errado, uma menina e um menino tomarem banho juntos. Os olhos do menino ficaram amarelos e isso me assustou. 

Sai correndo com medo, saindo da floresta e correndo para casa que ficava perto da entrada para a floresta. Era só atravessar a rua e eu já chegava na floresta. Abri a porta de casa com um pouco de dificuldade por ser pequena, correndo para sala de estar, onde meus pais estavam conversando calmamente.

– PAPAI, MAMÃE, A MINHA IRMÃ ESTAVA COM UM NAMORADO E ELE TINHA OLHOS AMARELOS E ELES ERAM MUITO BONITOS! – falei eufórica pulando em cima da minha mamãe.

– O QUE? – minha mamãe gritou me assustando. – O-onde ela está minha filha? – perguntou se pondo de pé, meu papai se levantou e pegou a Espingarda que sempre ficava pendurada na parede e eles nunca deixaram eu mexer. 

– Ela estava na floresta, eu segui ela porque queria brincar. – falei confusa vendo eles ficarem com uma expressão de raiva. – O que vocês vão fazer? – eles estavam saindo de casa, ambos com uma espingarda em mãos.

– Fique aqui princesa, logo voltaremos com a sua irmã! – papai falou antes de me dar um beijo e mamãe sorrir pra mim e saíram de casa. 

Eu como uma garota aventureira, não queria ficar em casa. Então sai pela porta dos fundos seguindo meus papais. Eles entraram na floresta e fizeram o mesmo percurso que minha irmã. Tive um pouco de dificuldades para acompanhar, minhas pernas eram curtinhas e as deles eram enormes, então eu consegui alcançar e me escondi atrás das pedras.

– Fique longe dela! – escutei a voz do menino que estava na cabana.

– Você sempre nos decepcionando né? Mas isso passou dos limites! – meu papai falou e escutei ele preparando a arma. – Se afaste dele, sua idiota!

– Não fale assim com ela! – escutei um rugido, como de um cachorro que fica bravo e quer morder a gente. Levantei a cabeça e fiquei na pontinha dos pés, vendo meus pais com as armas apontadas para minha irmã e o menino.

– Como pôde se entregar a ele? Eu sinto nojo de você, você deve morrer junto com essa.. essa aberração! – Arregalei os olhos, vendo a minha irmã fazer o mesmo.

– Querido, escute o que está dizendo! – Minha mãe falou apontando a arma pro menino.

– Atire em mim! – falou o menino.

– Ficou louco? – minha irmã questionou irritada. 

Meu papai já impaciente, atirou mas ele havia mirado em no menino. Mas a minha irmã entrou na frente e a bala atravessou o peito dela, ela caiu no chão toda cheia de sangue. Fiquei desesperada ao ver minha irmã daquele jeito, então corri até ela.

– NÃO! UNNIE! – gritei chorando abraçando o corpo dela. – PAPAI POR QUE FEZ ISSO? – gritei vendo que mais meninos apareceram e cercaram a gente. 

– N-não! – o menino que estava com ela sussurrou e percebi que ele estava chorando, assim como eu. Sacudia a minha irmã mas ela não acordava de jeito nenhum. – Desgraçado! – seus olhos voltaram a ficar amarelos e ele se levantou com seus dentes afiados aparecendo. Agarrei minha irmã, esperando que ela se levantasse e me protegesse, como sempre fez mas ela não se levantou.

Meus pais arregalaram os olhos e não pensaram duas vezes e correram, me deixando sozinha aqui. 

Os garotos que haviam aparecido, foram atrás de meus pais. E o que estava com minha irmã, ficou olhando para o chão, chorando.

– Unnie.. acorda. – sussurrei chorosa.