História Pain For Loving You (Imagine J-Hope - BTS) - Thirty Three - Fim

S/N andou até ficar ao lado de sua irmã e sua sogra que permaneciam paradas, apenas esperando algo sair da boca de algum dos meninos. A bebê de apenas algumas semanas dormia calmamente no colo de sua mãe, toda embrulhada por estar fazendo um frio.

– O que está acontecendo? – a única humana perguntou ao parar do lado de sua sogra e irmã.

– Eles chegaram faz um tempo.. – Ana comentou baixo com os olhos vidrados em seu filho. – Não sei o que deu em Taehyung, ele não era deste jeito! – falou tristonha, S/N colocou a mão sobre o ombro da mais velha.

– Não é culpa sua, Ana! Ele já é bem grandinho e sabe o que faz! – disse fazendo a mãe de seu namorado suspirar. – Só espero que nada aconteça.. – murmura vendo todos em posição de defesa, inclusive seu namorado, deixando seu coração ainda mais apertado. – Oito lobos e treze vampiros.. quem atacamos primeiro?! – diz baixo pensativa, mas não queria que isso acontecesse.

Estava pensando se algo acontecesse, quem atacaria e como. Ela era a única humana de todos eles e não sabia como os outros lutavam.

– Pensei que os vampiros estariam do nosso lado. – Ana disse enquanto nós andávamos em direção aos meninos.

– Algo deve ter acontecido Ana, ou deve ser somente uma estratégia. – falou tentando convencer a si mesma que nada de mau iria acontecer.

A mesma sentia um aperto estranho em seu coração, algo que estava a deixando apavorada. Não sabia o que fazer, tentava apenas não demonstrar que estava incomodada, poderia deixar Ana ainda mais desesperada. Mas não conseguia evitar, ela olhava para os lados e para trás procurando qualquer sinal do inimigo caso estivessem escondidos atrás de si.

Mesmo com medo e com esse aperto, ela tinha certeza de que se eles começarem a batalhar, ela faria de tudo para que nada acontecesse com sua família. Sim, ela considerava todos como sua família.

– Estou com um mau pressentimento.. – Ana murmurou quando parou ao lado de seu esposo.

– Está tudo bem, nada vai acontecer. – todos da família Kim percebeu que o Kim mais velho estava dizendo aquilo mais pra si, do que para sua família.

De certa forma todos estavam com aquele pressentimento ruim.

– Por que está fazendo isso, Taehyung? – Namjoon questionou magoado ao ver o irmão do outro lado.

Aquilo estava errado; o certo era Taehyung lutar ao lado de sua família. Os pais do menino – agora homem – estavam assustados e magoados ao ver o seu filho contra sua própria família. Seus irmãos já sabiam que teriam que lutar, mas estavam com um pesar só de pensar em ter que matar o irmão. Taehyung também estava hesitante, mas o ódio tomava conta de sua cabeça o impedindo de que pensasse antes de fazer, ele estava ali do outro lado por puro ódio. Estava cego.

– O que eles estão fazendo aqui? – Gabi murmurou olhando para os vampiros com um pouco de mágoa em sua voz. S/N olhou para sua irmã vendo que ela estava tensa.

– Respondendo sua pergunta.. eles vieram resolver um probleminha, bem rápido. – Yeoreum respondeu passando por Taehyung.

A mesma deu alguns passos em direção à mãe da pequena Shuhua com a intenção de olhar a bebê de perto, mesmo a conhecendo. Porém foi impedida pelo pai da criança e seus tios.

– É uma linda menina. – comentou sorrindo provocativa.

– Não fale da minha sobrinha! – Hoseok disse ficando de frente à Yeoreum. – Vão embora! Nos deixe em paz e levem essa bruxa com vocês! – Yeoreum tirou o sorriso do rosto.

S/N olhava para os dois com uma raiva mas sabia que tinha que se controlar. Não era a única que estava com raiva ali, todos estavam com raiva e deixavam claro que estavam ali para acabar com isso de vez.

– Filho, podemos resolver isto na conversa. – Seokjin disse calmo, vendo todos atrás de seu filho rirem de si.

– Não é só por mim, pai. – Taehyung disse tentando não transparecer sua parte fraca. – É por todos nós!

– Que nós? – Ana questionou já irritada. – Kim Taehyung, somos sua família. Pare com essa bobagem meu filho, não faça algo que irá se arrepender depois. – Taehyung bugou e olhou para Kihyun.

– Faça o que tem que fazer, mas deixe ele para mim. – o Kim disse se referindo à Jungkook.

Os Kim junto com Seokjin já haviam se posicionado, porém mesmo com os punhos cerrados, a incerteza passava pelos seus pensamentos. Eles são muitos. Não queriam evitar uma batalha, por mais que tenham derramado sangue no passado, não gostariam fazer isso de novo.

– Segura ela. – Gabi disse passando Shuhua para o colo de sua irmã.

– Não, eu não posso. – disse tentando passar a bebê para o colo de sua irmã de novo, mas a mesma a impediu. – Eu não posso ficar com ela no colo, Gabi! – falou desesperada.

– Escuta! – se virou para a sua irmã. – Quando eles atacarem você vai correr pra londe, escutou? – segurou os ombros da mesma com delicadeza, com os olhos marejados ela assentiu.

Como estava com sua sobrinha, não poderia insistir. Tinha apenas semanas de vida, faria de tudo para protegê-la. Tudo!

Hoseok foi andando de ré até S/N, enquanto encarava Taehyung, em alerta. Parou ao lado de sua amada, segurou seu rosto olhando em seus olhos. Apenas deviou para olhar para a bebê mas olhou novamente para seus olhos.

– Nada vai acontecer com você, escutou? – ela assentiu, sentindo seu peito apertar mais uma vez. – Vá para um lugar seguro! – falou antes de deixar um selinho demorado em seus lábios e dar um passo para voltar à sua posição.

S/N segurou seu pulso, o fazendo virar novamente para si. Ela percebeu em seu namorado a insegurança, sabia que ele não estava seguro de suas ações. Não conseguia ver a certeza de que ele sairia vivo e voltaria para os seus braços. Mesmo que ele não quisesse, era impossível não demonstrar isso. Ele segurou sua mão tentando passar uma segura que nem mesmo ele tinha.

– Hoseok, eu te amo. – ele sorriu antes de beijar sua testa.

– Preciso ir! – soltou sua mão.

S/N olhou para a bebê que ainda dormia. Olhou para a sua família que estava toda de costas e correu para dentro de casa. Subia as escadas correndo em direção ao quarto de Hoseok, assim que entrou no mesmo, procurou a adaga que o mesmo tinha dado para ela em um dia qualquer. Com um braço segurava a pequena e com o o outro pegava a adaga, seu arco dado por sua irmã e umas dez flechas.

Colocou o arco nas costas e as flechas em seu bolso, já que não sabia onde estava a "bolsa" onde as colocava. No seu outro bolso guardou sua adaga. Novamente saiu do quarto de seu namorado e logo estava descendo as escadas rapidamente. Iria sair pela porta principal mas viu que os amigos de Kihyun estavam atacando sua família. Todos estavam transformados.

Engoliu seco ao ver Hoseok em sua forma lobo jogar um deles no chão, e morder seu braço com seus dentes afinados, pude escutar o grunhido de dentro da casa. Segurou a bebê com força e desejou que Hoseok ficasse bem, antes de ir para a saída de trás da casa.

Andou até entrar na floresta. Ela andava calmamente, já que todos estavam lutando na parte da frente e ninguém imaginava que a casa tinha uma saída atrás. Pelo menos era assim que ela pensava. Yeoreum estava a seguindo por trás, segurava uma faca, já que isso era o bastante para matar uma humana.

Hoseok arrancou o braço de Wonho, o lobo branco tentou mordê-lo mas tinha as enormes patas de Hoseok sobre si, o mesmo foi mais rápido e mordeu seu pescoço, sentindo o gosto de seu sangue em sua boca. Aquele gosto que não sentia há muito tempo. Seu pai havia acabado de matar Shownu. Taehyung assistia seus irmãos e seu pai matando com facilidade todos os lobos que estavam ao seu lado. Aquilo estava o deixando com um ódio ainda maior. Apesar de que ele já esperava por isso, já que a alcateia de Kihyun era a mais fraca. Sua família era a alcateia mais forte de toda a Coréia.

Analisando aquela cena com cena nos olhos, se assustou ao ver Gabi pular em cima do mesmo e agarrar seu pescoço.

– Pare com isso, cancele o ataque! – falava enquanto apertava seu pescoço, ele sorriu achando graça daquilo. Ela era forte mas não o suficiente para matá-lo, apenas para deixá-lo sem um pouco de ar.

– Desejava você em cima se mim mas não deste jeito. – disse divertido porém sério, vendo a garota ficar com os olhos vermelhos.

Segurou as mãos da garota a tirando de cima de si. Ele havia ficado sério, e prendeu as mãos da garota no chão.

– Se você me ama, para com isso. Por favor, vamos achar um jeito mas esta não é a solução. – ele riu, então ela continuou.

– Tenho uma novidade para você, eu não te amo mais. Quero que você sofra assim como eu sofri! – A levantou segurando suas mãos.

– Amar dói e quero que você experimente essa dor ao ver Jungkook morrer, assim como Hoseok vai experimentá-la com S/N morta!

Se colocou atrás da menina, segurando seu pescoço a forçando olhar para Jungkook. Fez um sinal para os vampiros, para que eles avançassem.

– Acha mesmo que os vampiros vão matar seus irmãos? – Gabi disse sarcástica se soltando de Taehyung, seus olhos vermelhos e seus dentes afiados estavam à mostra.

– Você quase matou meu irmão uma vez, só você! Imagina o que treze vampiros podem fazer. – Taehyung disse convencido.

– Eles eu não sei mas eu vou matar você! – falou com raiva o vendo rir debochado.

Ambos haviam se esquecido dos momentos felizes que passaram em conjunto, e agora só havia ódio. Mas Taehyung não estava afim de machucá-la, ainda tinha um sentimento ali, ele queria o Jungkook. Então para poder deixar seu caminho livre, não inventou.

– Acho melhor você ir atrás da sua irmã. – disse a vendo ficar tensa e recuar alguns passos sem dar as costas antes de sair correndo.

Estalou seus dedos andando em direção ao "campo de batalha" sabia que os vampiros não ficariam ali por muito tempo, eles apenas estavam ali por um motivo e como eram treze e não morrem tão rápido assim, então sabia que tinha pouco tempo e não iria desperdiçá-lo. Tirou a katana de sua cintura, a admirando por alguns minutos.

A Cena de sua mãe arrancando a cabeça de um dos vampiros acabou o assustando, seu pai também não estava diferente, abocanhou a cabeça de Xiumin a arrancando. Hoseok matou dois de uma vez e já partiu para outro que corria velozmente em direção à floresta, mesmo vampiros sendo rápidos, Hoseok o alcançou pegando na perna do mesmo o jogando para o chão. Não perdeu tempo mordendo seu pescoço, dando o fim do que quase todos os vampiros.

S/N andava com sua sobrinha no colo tranquilamente escutava os gritos de agonia dos vampiros mas ficava tranquila ao sentir que tudo estava bem com Hoseok, bem até demais. Ela estava bastante distante da luta, isso a deixava serena mas ela ainda estava bem atenta. Parou ao lado de uma árvore onde tinham bastantes folhas no chão o que poderia deixar a bebê um pouco confortável. Ela pôs a bebê sobre as folhas, a vendo remexer suas mãozinhas ameaçando acordar.

– Ela é bom bonita. – tirou a adaga do bolso, olhando para Yeoreum a qual sorriu ironicamente para ela, segurando outra adaga. – Me deixe acabar com isso, S/N e você vai poder ir embora e viver com Hoseok em uma vida feliz. – revirou os olhos entediada com esse papo. Se aproximou de S/N girando a adaga em sua mão.

– Não se aproxima Yeoreum, eu não estou de brincadeira. – falou com ódio de tudo que ela fez, por mais que tenha a ajudado se lembrar de seu passado.

– S/N, você sabe o que vai acontecer.. finais felizes não existem! – segurou a adaga com firmeza mirando no coração da garota era só jogar que ela iria acertar, ela nunca errava e não seria agora que iria errar.

Estava fazendo isso – matar alguém – por Taehyung, ele prometeu que se ela matasse S/N e o bebê Taehyung viveria com ela pra sempre. Então estava disposta à fazer algo que nunca havia feito e que nunca pensou em fazer.

– Me perdoe S/N, mas você sabe né, não é nada pessoal. – sorriu antes de avançar para cima da S/N, que em um rápido reflexo segurou a mão de Yeoreum que arregalou os olhos tentando soltar a sua mão. Com sua outra mão, S/N firmou a adaga em sua mão olhando nos olhos da garota a sua frente.

– Eu avisei o que aconteceria se mexesse com a minha família. – Enfiou a adaga no coração de Yeoreum, a vendo tossir sangue segurando sua mão com força que ia indo embora lentamente. – Poderíamos ser amigas mas você não ajudou. – soltou a mão da garota e a empurrou deixando que ela caísse no chão.

Yeoreum tossiu por mais alguns minutos mas depois parou de respirar, permanecendo com a adaga em seu coração. Hoseok havia comentado com ela, que caso tivesse a chance era só mata-la com uma adaga no coração, era o único lugar que poderia mata-la já que era uma feiticeira e poderia se curar facilmente. No começo ela hesitou porque pensou que uma pessoa como ela, não teria coração mas preferiu não arriscar. Escutou uns resmungos e logo vendo Shuhua acordada mexendo suas mãozinhas. Sorriu fraco, se agachando para pegá-la mas escutou um galho se quebrar e logo se pôs de pé puxando seu arco e pegando uma flecha. Fitou sua sobrinha de soslaio e voltou sua atenção para o pálido em sua frente.

– Me entregue a criança. – O vampiro loiro que eu reconhecia apenas de vista, que se chamava Sehun pediu sério. Olhando para Yeoreum morta no chão e depois olhou para S/N mirava a flecha que estava pronta para atirá-la no pescoço de Sehun.

– Não vou lhe entregar nada, vá embora ou não terei escolha se não te matar. – disse entre dentes. 

– Não creio que isto será possível. – disse sarcástico. – Anda, me dê a menina, não tenho o dia todo. – pediu gesticulando com suas mãos. 

– Eu já te disse, eu não vou lhe entregar a menina, você é praticamente tio dela. – disse confusa com a atitude do vampiro.

– Quero cuidar dela, você é uma humana não iria entender. – deu alguns passos em sua direção, mas ameaçou soltar a flecha o fazendo parar de andar.

– Estava do lado contrário do nosso, compreendo que não queira nos ajudar, muito menos protegê-la! – ele bufou já impaciente deixando seus olhos cor de sangue à mostra.

– Ela não é normal e é um risco para a nossa espécie! 

– Claro que não é normal ela é filha de um lobo e de uma vampira. – falou óbvio. – Sehun revirou os olhos.

– Já disse que você é uma humana, não entenderia essas coisas. – falou sem paciência. 

Seus dedos estavam coçando para largar a flecha, o audacioso se aproximou dela com seus olhos vermelhos, mal sabia ele que aqueles olhos não lhe deixavam com medo. Ela era totalmente à prova de olhos cor de sangue. Deu alguns passos recuando, para ver se ela iria recuar mas ele não parou. 

Então soltou sua flecha. Ela voou em direção ao seu coração entretando acabou atingindo a árvore. Sem entender, percebeu que vampiros eram realmente rápidos. O vampiro com o sorriso irônico, correu até estar de frente à garota. Não deu a chance de pegar outra flecha e a lançou para o chão, jogando seu arco contra uma árvore, consequentemente o quebrando.

S/N havia atingindo o chão com força, batendo suas costas o que a deixou sem conseguir levantar. Gemeu tentando se apoiar para levantar-se ao ver Sehun agachado na frente da bebê acordada. Ela tentou ao menos se sentar, mas a dor era tanta que não conseguia. 

Assim que ia colocar as mãos na criança, a irmã de S/N apareceu empurrando Sehun para longe, era incrível como eles possuíam uma força anormal. Ele gemeu com as mãos nas costas, sua camisa havia ficado mais escura. Ele estava machucado, um graveto havia entrado em sua coluna, o deixando com uma dor maior de S/N.

Gabi ajudou sua irmã ficar em pé com muito esforço e pegou sua filha e a entregou para S/N. Beijou ambas as meninas e mandou.

– Vá para um lugar seguro! – empurrou sua irmã com os olhos lacrimejados. S/N ficou desesperada ao ver Sehun levantar e arrancar a flecha que estava presa na árvore. Gabi olhou para trás e para S/N, a empurrando novamente. Aquilo doia em ambas, elas estavam assustadas.

– Não volte para lá, é muito perigoso, por favor! – olhou para trás vendo que grandes árvores a cercavam, não havia um lugar para se esconder.

Até ela correr e encontrar um lugar, algum inimigo poderia aparecer e acabar pegando a bebê. S/N mal conseguia andar com aquela dor, isso a deixava ainda mais desesperada. Estava sem seu arco, não conseguiria atirar de longe.

Sua irmã suspirou e segurou seus ombros, tentando lhe passar segurança sorriu.

– S/N você precisa ir, não se preocupe comigo, ficarei bem! – acariciou sua bochecha, e olhou para sua bebê que havia estendido suas mãozinhas para o alto. 

S/N com o choro na garganta, deu pequenos passos para trás encarando sua irmã e Sehun observava as duas de longe. Sem dar as costas ela foi se afastando, olhou para trás e para os seus lados vendo que não havia nada, apenas árvores. 

Escutou gritos de ambos vampiros, e decidiu se agachar ao lado de uma enorme árvore, dali poderia ver sua irmã. Eles estavam discutindo, sua irmã derramava algumas lágrimas e apontava para trás, enquanto o pálido apenas a olhava. Ele parecia estar ficando nervoso, podia ver da forma que ele segurava a flecha, chegou a quebra uma parte deixando apenas um pouco da madeira e da ponta afiada da flecha.

Deixou novamente a bebê no chão, e se apoiou na árvore fazendo uma careta ao ficar de pé. Começou a dar passos novamente voltando para onde estava. 

– COMO PÔDE FAZER ISSO COMIGO? EU TE CONSIDERAVA UM IRMÃO! – sua irmã gritava.

– NÃO PENSE QUE ESTOU FAZENDO COM ORGULHO MAS AQUELE BEBÊ.. VOCÊ NÃO ENTENDE! 

– Não mate a minha filha, Sehun! – sua irmã pediu com lágrimas grossas descendo por suas bochecas. O vampiro ficou quieto e desviou o olhar de sua quase irmã, parecia pensar.

– NÃO! – gritou ao ver sua irmã ser derrubada pelo vampiro que até agora estava quieto apenas escutando. Sehun segurou a flecha com força, ficando por cima de sua irmã. 

S/N começou a correr pegando a faca que sua irmã havia lhe dado, por mais rápido que corresse parecia que estava indo devagar demais. Sehun havia levantado seu braço, e segurado as mãos da vampira.

– Por favor.. – sua irmã sussurou sôfrega e soluçou.

– Me perdoa! – S/N arregalou os olhos e antes que pudesse impedir, tropeçou em um galho indo com tudo para o chão. Pôde sentir sua coluna sair do lugar. Mas a dor em seu coração era maior.

– NÃO! NÃO! – gritava incansavelmente, seus dedos afundavam na terra deixando os enterrados, escutou o choro fino do bebê a fazendo chorar junto com o bebê. 

Seu choro alto e seus soluços desesperados, aumentaram ao ver Hoseok pulando em Sehun o tirando de cima da sua irmã junto com Yoongi. Os dois devoravam Sehun, deixando seus pelos cheios de sangue. S/N só conseguia chorar, vendo sua irmã sem vida coma adaga no peito com os braços estirados no chão e sua sobrinha que chorava distante da mesma.

Hoseok em sua forma humana foi até S/N colocou uma mão em sua coluna e se agachou para olhar nos olhos de sua namorada. A mesma o olhou com os olhos pesados e cansados, ela sentia tanta dor que acabou apagando, vendo antes de apagar Yoongi segurando o corpo de sua irmã. 

– S/N! – escutou a voz de seu namorado a chamar, apagando.

Taehyung

Jungkook estava livre olhando para os lados e vendo que não havia nenhum vampiro para atacá-lo. Ele estava em sua forma normal e Minha Omma que estava um pouco atrás do mesmo sorriu para o mais novo, e ele retribui arrumando sua blusa.

– Você não merece o sorriso dela. – murmurei parando em frente ao mesmo, pude ver o sorriso dela sumir e Jungkook ficar confuso. 

Peguei o braço dele o puxando para mim. Meu objetivo era apenas dar um susto no mesmo, mas de repente tudo ficou em câmera lenta. 

Eu o virei para mim, ele me olhou e para a katana. Abri a boca para falar com ele, quando um grito me interrompeu. 

– NÃO! NÃO! – S/N gritava em algum lugar. 

Minha mão automaticamente foi para trás tomando impulso e voltou indo para frente com tudo atravessando a barriga de Jungkook, ele bateu com seu corpo no meu. Sua cabeça ficou no meu ombro e foi ai que eu percebi que a Katana tinha atravessado todo seu peito. 

Arregalei meus olhos, o sentindo tossir no meu ombro. Ele segurou minha blusa com suas tremendo, engoli em seco soltando a Katana. 

– H-Hyung – me chamou com a voz fraca e entrecortada. 

– Jungkook! – tirei suas mãos de mim ainda assustado o vendo cair no chão me dando a visão do estrago que havia feito. 

Ele tentou falar algo mas cuspiu sangue, minha mãe correu junto com meu pai. Meus irmãos prenderam meus braços e eu não relutei, não sabia o que estava acontecendo. Hoseok e Yoongi correram pra floresta logo depois do grito.

– G-ga – tossiu sangue esticando seu braço em direção à floresta, ele parecia se engasgar com o sangue, e algumas lágrimas caíram enquanto tentava respirar.

– Jungkook, meu filho, Jungkook! – minha mãe se jogou ao lado dele, segurando sua mão. 

– O-omma! – sua mão tremia enquanto ele tentava segurar a mão dela, seus olhos fraquejaram tossiu sangue pela última vez antes de chamar pela nossa mãe de novo. 

– Jungkook, você vai ficar bem meu filho! – meu pai dizia com a mão no ferimento, ele estava hesitante em tirar ou não tirar.

– Olha pra mamãe filho! Vamos não feche os olhos. – Ana tentava segurar a mão dele que tremia menos agora, ela chorava e eu não conseguia me mover.

Sua cabeça virou para a floresta antes de fechar os olhos e sua respiração foi se acalmando até seu peito descer pela última vez.

– Jungkook? – Jimin o chamou baixinho, afrouxando seu aperto em meu braço juntamente com Namjoon.

Minha mãe tampou sua boca, abafando o soluço que acabara de sair, meu pai engoliu em seco olhando minha mãe.

– O que aconteceu? – perguntei baixo ao ver meu irmãozinho sem vida no chão. 

– Você matou o Jungkook! – Jimin gritou chorando me dando um empurrão. 

– E-eu? – olhei novamente para o seu corpo.

Jungkook estava ficando pálido, minha mãe acariciava o cabelo do meu irmão fungando não se importando se suas lágrimas caíssem nele ou não. Namjoon e Jimin me soltaram e se juntaram a minha mãe, a abraçando também. E eu permaneci estático, sem ação. 

Por que ele não levantava? Por que não abre os olhos? Eu realmente matei meu irmão?

S/N

Dois dias depois..

Despertei sentindo meu corpo dolorido e coisas geladas no meu rosto. Mãos macias seguraram as minhas, fazendo um carinho gostoso. 

– Já está na hora de você acordar meu amor. – abri os olhos reconhecendo a voz, e sentindo um aperto ao ver Hoseok sorrindo. – Ainda está com sono? – questionou divertido colocando o pano dentro da vasilha com água. 

Observei o quarto vendo suas cortinas todas fechadas, estava claro lá fora. Tinha um berço no quarto, pude ver Shuhua dormindo no mesmo. Tentei me sentar porém senti que algo me impedia. Olhei para o meu corpo vendo meu tronco todo enfaixado.

– Sua coluna saiu do lugar.. – Hoseok comentou passando suas mãos por seus cabelos. 

– Por quanto tempo dormi? – perguntei baixo, olhando para minhas mãos. 

– Dois dias.. – seu tom era cansado.

– Faz dois dias? – ele anuiu com a cabeça, me encarando com dó. 

Analisei meu namorado, ele estava com olheiras e aparentava estar cansado, muito cansado. Tinha algumas feridas no rosto mas nada apenas de arranhões. Meus olhos se encheram de lágrimas ao vê-lo daquele jeito. 

– Está tudo bem, meu amor. Já passou! – se sentou na cama ao meu lado, me envolvendo em um abraço confortante. 

– Eu pensei que fosse um sonho, aquilo foi real mesmo. – solucei colocando minha cabeça em seu ombro. 

– O importante é que você está bem meu amor, vamos superar isto juntos, hm? – beijou minha cabeça. 

Meses depois..

– O que acha desse, querida? – Ana me mostrou um vestido branco lindíssimo. 

– Ele é lindo, minha sogra! – sorri sentindo o tecido em minhas mãos, o tecido era bem gostoso.

– Vai combinar com você e realçar suas curvas com toda certeza! Ficará linda! – sorriu e pôs o vestido na cama, o guardando dentro de sua capa.

– Nunca tinha visto um vestido de noiva neste modelo ou parecido, é a primeira vez que eu vejo! – falei admirada ainda com o vestido em mente.

– É porque ele foi o meu vestido de casamento. – piscou, me deixando surpresa. 

– Ow, vai ser uma honra usá-lo! – falei tímida, encarando a o anel de noivado em meu dedo.

– Vai ficar linda nele, eu tenho certeza! – pegou o vestido que estava dentro da capa, o colocando em suas costas o segurando pelo cabide. – Vou levar para passar!

– Obrigada, Ana! – falei a vendo sair animada do quarto, sorri.

Me sentei na cama suspirando, estava muito feliz e bastante nervosa. Só de pensar em casar fico com arrepios, a única coisa que passa na minha cabeça sou eu me esburrachando toda no chão com aquele vestido lindo. Do jeito que sou desastrada, é bem que aconteça. 

– Olha a titia aqui! – Hoseok entrou no quarto sorridente junto com a bebê em seu colo, ela estava tão grande. E mesmo con alguns meses era assustador vê-la falar e engatinhar, está quase andando. Chega assustar o seu desenvolvimento.

Meu noivo estava lindo, mesmo com uma simples roupa, ele fica lindo de qualquer jeito. Vendo ele com Shuhua no colo, imagino ele com os nossos filhos.

– Mamã! – a bebê esticou seus pedindo meu colo. Sorri a pegando no colo, ela sorriu segurando meus braços com suas mãos miúdinhas.

Era incrível como parecia com Jungkook e com minha irmã ao mesmo tempo. Não posso dizer que não me incomodava, até porque ela nos chamava de papai e mamãe. Tentei cortar mas ela continua chamando mesmo assim, tão pequena porém tão teimosa.

– Onde estavam? – perguntei vendo a bebê pulando no meu colo animada.

– Estávamos eu, Jimin e ela brincando lá fora! – beijou minha bochecha, como foi um beijo estalado atraiu a atenção de Shuhua. 

Ela ficou nos olhando com uma carinha curiosa até abrir um sorriso sapeca e mostrar a língua rosadinha. Rimos com a mania que ela tinha pêgo.

– Namjoon ensinou essa coisa feia pra você né?! – questionei risonha a vendo voltar a pular no meu colo. 

Sorrindo com a cena da pequena que estava tão agitada, percebi que havia uma coisa na fraldinha dela. A coloquei no colchão a vendo engatinhar rapidamente até Hoseok que havia se deitado mas antes puxei a cartinha que estava ali dentro.

Oi S/N, como vai? Hugh, bem? Espero que sim minha irmã. Sei que deve estar confusa mas vou clarear sua mente. Meu amor, espero que você não tenha sofrido depois do que aconteceu. Sinto um pesar enorme ao saber que em breve não vamos estar mais juntas e não poder te contar.  Eu sabia o que iria acontecer e sabia que não tinha como evitar isso.. Mas eu quero que saiba que eu te amo desde o dia em que nasceu! Você é a coisa preciosa no mundo pra mim!

Por favor cuide de Shuhua para mim, cuide dela como sua filha, como filha de Hoseok e como irmã de seus filhos. Quero que seja feliz e por favor me perdoe por tudo que te fiz de mau!

Sei que quando estiver lendo isso, não estarei ai para te abraçar. Mas você não estará sozinha! Quando sentir minha falta feche os olhos e se lembre dos nossos momentos juntas de irmãs que eu sei que foram poucos mas foram os melhores da minha vida.

Eu te amo♡ 

Ass sua irmãzinha mais velha

Obs: não sei escrever cartas

!!vampires and werewolves are hard to die!!

– Amor quero você pulando igual ela na lua de mel! – Hoseok disse me tirando dos meus pensamentos.

– Hoseok! – o repreendi lhe dando um tapa. 

– Ai, eu só tava brincando! – disse com um bico nos lábios.