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História Painkiller - Love is Evil


Escrita por: Chesthecat e shigachan

Notas do Autor


Boa degustação. Ops! Leitura.

Leiam as notas finais 😊

Capítulo 15 - Love is Evil


Fanfic / Fanfiction Painkiller - Love is Evil

"Me enterre vivo, eu posso ver nos seus olhos, você quer isso

 Alguns vão te dar dor, outros vão te dar prazer

 Me atinja como um homem 

 Me ame como uma mulher" 

 

 A lua parecia ter um brilho mais forte naquela fria noite após a breve tempestade, os olhos carmins pareciam refletir aquela cintilação magnífica e Dabi sentia se hipnotizado por eles. Os dois vilões haviam acabado de retornar de seu lugar secreto. A volta para casa foi feita com grande calmaria, Shigaraki apenas observava abobado as várias estrelas que adornavam aquela noite escura, Dabi sorria timidamente ao admirar secretamente a face risonha do acinzentado, gostava de colecionar esses raros momentos em sua memória. Tomura parecia estar bem mais calmo e até de bom humor. Seus pensamentos ruins pareciam ter se dissipado completamente após o passeio e a breve conversa que tiveram. Dabi sentia se cansado e logo rumou para o quarto iria pegar uma muda de roupas limpas, tomar um banho e por fim dormir. Entretanto por mais que Shigaraki tentasse manter se calmo ainda parecia divagar entre a dúvida e o medo, muito embora Dabi já tivesse provado o quanto era diferente de qualquer pessoa. Talvez a falta de um diálogo mais coeso ou qualquer mínima informação sobre o que realmente havia acontecido com Dabi o deixasse mais tranquilo. Não era só por simples curiosidade, mas também porque Shigaraki achava que Dabi talvez não confiasse tanto em si como dizia. O jovem Tomura sentia se ansioso, queria levar seus dedos até o pescoço e coça lo até machucar, mas sabia que o moreno não iria gostar de tal atitude, controlou se, enchendo seus pulmões com o máximo de ar que havia conseguido, soltando este lentamente. Ambos estavam sozinhos já que Kurogiri ficaria fora aquela semana, então os outros aproveitavam para ir a festas em outras Gangues ou encher a cara em outros lugares. Em resumo o lugar era só deles. A algum tempo a mente de Tomura vinha lhe confundindo, desejando, pedindo por coisas além do que ele achou que poderia necessitar, assim como seu corpo que ansiava constantemente por mais toques. Seu coração acelerou ao escutar a voz de Dabi, assim como um calor que não era comum se instalou em si. 

 - Estou indo tomar um banho. Você está bem Tomura?

 - E- Eu estou. 

 - Está com o rosto tão corado... Será que está com febre outra vez? - Sua mão foi até a face de Shigaraki e este acabou por afastar se sem querer. Estas atitudes não mais feriam os sentimentos de Dabi, pois ele já entendia o que o deixava dessa forma. 

- Se precisar de mim estarei no banho. Se estiver se sentindo mal vá descansar um pouco. 

 - Es - espera um pouco... 

 - O que foi? Precisa de alguma coisa? 

 - Nós sempre trocamos palavras tão triviais... Acha que isso está mesmo dando certo? 

 - Han? O que você quer dizer com isso? O que exatamente teria que dar certo? 

 - Eu... É que na maioria das vezes só falamos dos meus problemas ou... Palavras que se atropelam ou ficam pelo ar... Eu se quer entendo o que somos ou o que nós  temos. 

 - Falamos sobre algo mais íntimo hoje e sobre nós boa parte da noite, então sobre o que mais você quer falar? 

 - Eu não sei Dabi. Eu realmente... Preciso ser sempre o primeiro a dizer alguma coisa? - Seus olhares se cruzaram e por mais que Dabi quisesse fugir de mais uma série de perguntas de Tomura, ele não conseguiria. Nunca foi de falar muito, sempre fora uma pessoa quieta, daquelas que apenas observava as atitudes e palavras de outras pessoas. Mas se ter uma conversa significasse tanto para Tomura, então Dabi estava disposto a abrir mãos do seu silêncio. Por mais incômodo que isso pudesse ser. Ele era um homem de poucas palavras. 

 - Eu não sou uma pessoa que costuma falar muito. Sempre me limito a escutar. Quando estou com você é quando mais falo, então eu não sei que tipo de conversa você espera ter. Às vezes me pego pensando em o quanto já te entendo só pelos olhares que trocamos. 

 - Todo esse silêncio entre nós é irritante. Toda essa merda de coisas em baixo dos panos é irritante. Eu nunca fui do tipo que entende as coisas por cima, sempre fui o mais fundo que podia para entender algo. 

 - Diz isso porque não consegue calar sozinho as vozes em sua cabeça? Elas realmente fazem um tumulto tão grande assim? Elas realmente plantam dúvidas tão cruéis a meu respeito?

 - Você não faz ideia do que sussurram pra mim. Jamais poderia entender o inferno que é estar dentro da minha cabeça. 

 - Nasci no silêncio e cresci em meio aos gritos. Então a quietude tornou se algo especial pra mim... Mas nunca está quieto o suficiente quando estou ao seu lado. O mundo grita pra mim, assim como seus olhos... Não somos como aqueles casais melosos que se vê em filmes. Quanto menos um souber sobre o outro melhor. 

 - Por que? Por que não podemos sentar e conversar ou pelo menos fingir um pouco que somos como os outros? 

 - Simplesmente, porque se fomos capturados como seu mestre foi não teremos que entregar um ao outro. Além de que não podemos "fingir" ser aquilo que você diz odiar desde o dia em que entrei nessa merda de gangue.

 - O que aconteceu com você Dabi? Por que não me conta como ficou desse jeito? - Por mais que Tomura estivesse segurando essa pergunta em seu âmago, as palavras fluiram com naturalidade  através de seus lábios. 

- Você já fez as suas pesquisas, já descobriu as minhas origens, então por que ainda tenho que te explicar coisas que são tão complicadas assim? Apenas ligue os pontos Tomura. 

 - Porque eu contei a você o que aconteceu comigo, até que o mestre me salvou de tudo. Não confia em mim o suficiente?

 - Não é uma questão de confiar ou não. A dor de ser queimado ou cortado, traído ou qualquer coisa... Essa dor só persiste porque fico me lembrando dela, quando tudo o que eu mais queria era apenas esquecer.

 - O seu passado... Com eles era mesmo tão ruim assim?

 - Quando você foi deixado o mestre apareceu pra te salvar não é mesmo? Sabe Tomura ninguém apareceu pra mim. Só haviam paredes brancas e máquinas, pessoas vestidas de branco com seus olhos frios como é o próprio coração do homem. Diferente de você Tomura, eu apenas fui deixado para trás sem uma mínima centelha de esperança. E eu apenas queimei tudo, queimei a maldita prisão que me continha. - Seu olhar ganhou um ar sombrio e certa frieza parecia residir ali, talvez falar sobre seu passado lhe machucasse mais do que qualquer outra coisa. Entretanto em meio a toda aquela apatia, certa melancolia era perceptível em seu olhar. - O que mais me entristeceu é que tive que deixar para trás o que não consegui carregar comigo.

 - Desculpe... - Tomura sentia se mal com o clima fúnebre que havia ali. Foi sua culpa a face de Dabi ter ganho uma expressão taciturna tão repentinamente. As mãos calidas de Dabi tocaram o rosto alheio, erguendo este levemente para encarar aqueles rubis tristonhos. 

 - Não se desculpe, você me faz sentir vivo e é isso que importa pra mim. Não precisamos falar sobre o passado sempre, ainda temos muito pela frente. - Os braços magros de Tomura envolveram o corpo do homem queimado em um abraço apertado. Ele queria que Dabi pudesse sentir toda angústia, todo o medo que tinha através daquele contato, mas ele sabia que isso era impossível. 

 - Eu preciso de você aqui comigo Dabi. 

- Eu estou aqui Tomura, não é como se eu fosse ou pudesse fugir de você. Eu estou aqui... Consigo me encaixar perfeitamente em meio a sua loucura. - Seus lábios se juntaram brevemente, pois o moreno não queria cair em prantos na frente de Tomura e este por sua vez não queria se prender tanto a Dabi, embora o medo de perde lo fosse crescente em seu peito. 

- Eu vou tomar um banho e já volto. 

 - Eu vou esperar por você no quarto...

 

                             (...) 

 

 Seus passos calmos seguiram até o banheiro onde ele entrou deixando a porta encostada como de costume. Tomura estava perdido em pensamentos e enfrentando um conflito interno. Ele só queria que as vozes em sua cabeça se calassem para que ele pudesse ter um mínimo momento de clareza. As palavras de Dabi haviam mexido consigo mais uma vez, realmente não era como se o outro pudesse fugir e se fugisse as lembranças seriam muito poucas para que Tomura pudesse chorar por ele. Seus medos idiotas, seus questionamentos incoerentes. De fato como ele poderia lamentar por algo que se quer era seu de verdade? O que tinham realmente era tão vago assim? Ou seria ele quem não estava prestando atenção corretamente ao que Dabi dizia? Por que aquilo tinha que ser tão difícil para si? Por que agora sentia esta súbita vontade que lhe arrebentava aos poucos? Era torturante a forma como amarrava a si mesmo e a seus próprios instintos. Encostou sua testa na parede gelada, por um momento houve silêncio, então ele apenas deixou que seu coração lhe desse a resposta. 

 Dabi despia se rapidamente, como ansiava por aquele banho quente. Não se importou em tirar toda a roupa já que não teria que dividir o banho com Tomura. A água quente escorria, molhava seus cabelos, escorrendo por seu corpo esbelto e de músculos definidos, molhando suas costas, peito, braços, abdômen, pernas e pés. Aquela sensação de relaxamento que só um banho quente lhe proporcionava era revigorante, mas junto a água que molhava sua face, lágrimas calidas também caiam ao mesmo tempo, tudo o que sempre sufocava dentro de seu peito parecia querer sair de uma única vez. Somado aquela maldita lembrança de seu não tão recente encontro com aquele desgraçado e mais, aquele nome que havia se prendido a sua mente. Ele não poderia culpar Tomura por isso, este já carregava uma carga emocional forte e pesada de mais, além de tudo Dabi o amava, gostaria de negar isso também, mas a palpitação em seu peito fazia questão de não deixa lo mentir. Por que tudo tinha que ser tão complicado? Por que aqueles malditos rubis cansados podiam tirar de si o que quisessem? Como foi cair naquele abismo sombrio chamado Shigaraki Tomura? Talvez este nome fosse um sinônimo para o canto de uma sereia. 

 As luzes do banheiro se apagaram e logo ele soube que Tomura estava ali, ele tinha o costume de banhar se com as luzes sempre apagadas, pois odiava olhar se enquanto lavava a si mesmo. Dabi já havia se acostumado com essas maluquices de Tomura e apenas observou o ser magro entrar box consigo igualmente despido, algo que era de se estranhar, pois toda vez que dividiam um banho Tomura nunca tirava a peça íntima que trajava, exceto quando teve uma crise quando Dabi havia sumido por uns dias. Mesmo com a pouca iluminação podia ver que ele estava constrangido. Resolveu que seria melhor agir naturalmente, mesmo que seus fios de auto controle começassem a se romper um a um.

 - Quer que lave seus cabelos ou suas costas Tomura?

 - Seria ótimo se fizesse as duas coisas. - Mesmo que tivessem certa intimidade, Tomura ainda era alguém preso a seus medos e tinha suas travas. Ele sabia o que estava fazendo e apenas queria não se arrepender disso. As mãos queimadas pareciam mais acariciar sua cabeça do que de fato lavar os cabelos cinzentos, que molhados estavam um pouco abaixo dos ombros. 

 - Seus cabelos cresceram mais, isso é sinal de que sua saúde está melhorando. - Tomura apenas virou se de frente para o moreno, abraçando o de repente. Sua cabeça recostada no peito alheio, Dabi não pode evitar tremer um pouco com aquilo, não esperava tanta proximidade assim, ele apenas retribuiu o abraço, acariciando as costas de Tomura.

 - O que eu sou pra você Dabi? 

 - Você ainda está insistindo nessa pergunta. - Os dedos compridos acariciavam a face livida, parando em seu queixo fazendo o jovem erguer o rosto. Os azuis celestiais fitavam no de forma amorosa. Talvez pelo recente baque emocional. 

- Você é tudo o que eu tenho! É o único que não posso deixar para trás. - O aperto aumentou e Dabi acabou contra a parede, sentindo o choque de temperatura, arrepiando se ainda mais. 

- Vamos se demorarmos mais vamos acabar ficando resfriados. - Mesmo esta atitude parecendo uma recusa, Tomura entendeu como parte do auto controle de Dabi, afinal ele havia jogado sujo em aparecer daquela maneira sabendo o quanto Dabi sempre segurava a si mesmo. Até certo ponto para Tomura era estranho ser desejado por alguém. 

 - Sabe... Eu não iria me importar se quisesse tomar um banho demorado, mas se está com pressa podemos sair logo. - Sua voz saiu mais arrastada do que o normal, Dabi nada respondeu, talvez por não ter prestado atenção, já que mentalmente contava desesperado números aleatórios apenas para manter se são o suficiente e não se deixar levar por seus rompantes. O resto do banho prosseguiu de forma tranquila. Toda a higiene sendo terminada de maneira calma, de roupas limpas, os rapazes foram para o quarto, Dabi como sempre se jogando pesadamente na cama alheia e Tomura deitando se ao seu lado calmamente, ainda mantinha um rubor em sua face e o ar constrangido, mesmo após o banho aquele calor anormal permacia em seu corpo. 

 - Então o que quer fazer? Jogar? Assistir algum filme? Se estiver com fome podemos comer pizza ou você quer dormir? - Perguntava Dabi naturalmente. Apenas o silêncio veio em resposta, seguido pelo sutil movimento de Shigaraki ao ficar sobre o moreno. Ele já havia ficado assim outras vezes e Dabi sabia que acabavam por terminar a noite com carícias luxuriosas em ambos, mas ele perguntava se até quando isso seria suficiente para acalma los ? Seus lábios queimados foram capturados gentilmente, e logo a tímida língua de Tomura envolvia a língua adornada pelos piercings de Dabi, o beijo era de certa forma necessitado, ambos sentiam falta daquele contato mais profundo, o beijo foi evoluindo e logo as mãos queimadas estavam sob o tecido do blusão de Shigaraki, percorrendo suas costas, indo e voltando, acariciando a região com vontade, as mãos de Tomura tocaram furtivamente a pele queimada em baixo da blusa de Dabi, suas unhas subindo e descendo pelo peito, arrastando se pelas suturas, seus dedos precionando a pele e o auto controle de Dabi disparando todos os sinais de alerta. O beijo foi quebrado por um Dabi atônito. 

 - O que deu em você? - A resposta veio com mais um beijo afoito e certo estranhamento de Dabi, não que aquilo não fosse bom, mas não era o que sempre acontecia, pois Tomura nunca tinha iniciativa ou se quer o provocava daquela maneira. Ele resolveu que apenas iria se deixar levar, ver até onde o outro queria ir. Surpreendeu se quando os lábios de Tomura tomaram lhe o pescoço e solveram com gula aquela parte de sua pele queimada e retorcida, um arrepio percorreu seu corpo, logo despertando o adormecido em seu baixo ventre. Engoliu em seco e se Tomura... Seu raciocínio foi lento e o processo de compreensão mais lento ainda. Ele apenas sentiu o peso de Tomura sobre sua virilha aumentar, ele realmente não parecia se importar com o perigo tão próximo. As turmalinas nublaram e seus movimentos seguiram instintos recém despertos, suas mãos ágeis logo tiraram aquele blusão idiota, Dabi sentou se na cama com o outro sobre si, puxando o para mais próximo, o quadril de Tomura fazendo pressão sobre o membro desperto do moreno, seus lábios famintos foram até o pescoço alheio, solvendo aquela região, tirando pequenos gemidos de Tomura, eles desciam mais iniciando sua trilha até os botões rijos. A língua com piercings passava sobre eles, fazendo todo o corpo de Tomura arrepiar se. Seus lábios solveram aquela região sensível e um gemido mais alto foi audível. Dabi parou e suas límpidas turmalinas encontraram os rubis brilhantes, seus lábios se juntaram em um beijo cálido porém calmo. 

 - Você tem certeza que quer mesmo continuar com isso?

 - Eu não... Só não me deixe escutar as vozes... 

 - Se não se sentir bem apenas me peça para parar. Agora deixe sua mente descansar e o seu corpo sentir. 

 Dabi deitou Tomura na cama macia cuidadosamente, tirando sua própria camisa, seu torço meio queimado e de musculatura delineada fora exposto, os rubis passearam por seu peitoral, abdômen e pararam em sua virilha fitando o volume naquela região. Tomura focou em outra parte, ele poderia contar quantos gominhos haviam no perfeito abdômen do moreno, Dabi era um sonho e Tomura não queria mais se perguntar o porquê de Dabi ter se interessado por alguém como ele. Os lábios queimados continuaram a seguir sua trilha vagarosamente, pois ali não havia pressa, só a vontade que ambos tinham de degustar um ao outro. A enorme vontade que tinha de marcar toda a pele de Tomura, enche lo de chupões com diferentes tons de roxo, talvez lhe caíssem melhor do que os cortes e por que não marca los também? Deu asas a sua ideia maluca, distribuindo singelos selares seguidos de mordidas por onde haviam cortes. 

 - O que está fazendo? - Disse Tomura em tom sofrego. Estava difícil manter a voz limpa, quando todo o seu corpo ardia com aquele desejo. 

 - Shh! Feche os olhos e sinta. Me dê uma chance de fazer você esquecer tudo e todos. 

 Sua mão direita tocou o membro desperto por cima da roupa, estava tão rijo quanto o seu próprio, queria dar ao outro o máximo de boas sensações que conseguisse, queria que somente a sua forma de toca lo preenchesse a memória alheia. Olhou para Tomura com olhos pidões e este apenas assentiu com um gesto. O resto de suas roupas foi ao chão, apenas a timidez ainda residia no corpo magro e na mente quebrada. Os lábios queimados envolveram aquela parte sensível, as mãos de Tomura se apressaram em calar seus gemidos, mas Dabi parou de repente. 

 - Estamos sozinhos não precisa se prender dessa forma, se dê uma chance Tomura de preencher este vazio quarto com algo verdadeiramente seu.

 Sua mão direita foi beijada e depois a esquerda, assim como suas coxas, a língua adornada traçou uma trilha do joelho direito de Tomura, passando pela parte interna da coxa distribuindo mais beijos, marcando até mesmo aquela região, até envolver seu membro novamente. Seus olhos se fecharam, não era a primeira vez que isso acontecia, mas em cada uma delas Tomura podia sentir algo novo, era quente, úmido e a forma como Dabi alternava entre sugadas mais fortes e o vai é vem mais rápido e mais vagaroso, faziam com que Tomura perdesse o controle de seu próprio corpo. Seus dedos se emaranhavam cuidadosamente nos fios negros. Dabi aprendeu a entender todos os sinais que o corpo alheio dava quando estava próximo de atingir seu limite, ele diminuía o ritmo a fim de extender o momento prazeroso para ambos. Sua mão acariciava o próprio membro, era difícil não se sentir estimulado com gemidos tão eróticos quanto os de Tomura. Dabi podia sentir o quanto Shigaraki se molhava e ele mesmo não estava em uma situação diferente, queria avançar, queria devora lo, mas deixou de lado seu pensamento de dominador. Parou a carícia tomando lhe os lábios novamente, as pernas de Tomura envolveram sua cintura em um encaixe quase perfeito, sua mão tocou timidamente o membro do moreno, que acabou gemendo em surpresa. Seu rosto estava tremendamente corado e Tomura massageava o membro alheio com cautela, pois tinha medo de fazer alguma besteira. Seus olhos se encontraram novamente. A intensa troca de olhares dizia tudo o que não conseguiam, principalmente Tomura que se deixou hipnotizar pelo azul intenso dos olhos de Dabi, ele caira em estupor, não mais era vencido por seus medos enfadonhos. O ósculo prosseguiu e os dedos ousados tocaram lhe singelamente a entrada que pulsou com o estímulo, sentiu o aperto ao redor de sua cintura aumentar. 

Os dedos faziam movimentos circulares, vagarosamente. Se Tomura ainda não havia pedido para que parasse então estava tudo bem. Dabi ergueu se terminando de se livrar de suas roupas, ele não era pequeno era um homem saudável, consciente disso teria que preparar o outro corretamente. Dabi voltou sua atenção para o membro alheio e depois de Tomura quase ter um exasperado prazer, Dabi seguiu sua trilha alcançando a entrada estimulando a. 

Língua, boca e dedos eram usados de forma alternada e quando Tomura começou a dar mostras de certo incômodo, o homem queimado usou sua outra mão para masturba lo e leva lo de volta para o mundo do torpor. Ele parecia pronto já que seus dedos pareciam deslizar facilmente e Dabi havia alcançado uma parte sensível em especial. O moreno salivou generosamente, deixando que o líquido translúcido caísse sobre seu próprio membro, espalhando por toda sua extensão, quando deu se por satisfeito parou e encarou diretamente os rubis nublados, voltou a capturar lhe os lábios em um ósculo apressado, pararam novamente e se olharam. Nada precisava ser dito estava tudo implícito e apenas seus corpos precisavam se entender, pois seus corações já haviam se fundido. Dabi encaixou se entre as pernas de Tomura e entrou o mais devagar possível, ele havia se tornado um homem paciente parando para que o outro se acostumasse com a sensação, no fim das contas Tomura não protestou ou choramingou, certamente havia sentido dores muito piores, mesmo que não admitisse sentiu algum prazer com aquele tipo de dor. Quando estava dentro por inteiro, Dabi quem teve que parar, ele era tão apertado e quente que quase não podia se controlar. Tanto tempo sem ter um contato tão íntimo como aquele, deixaram o moreno extremamente sensível. Dabi começou a se mover lentamente, aproximando seus lábios do ouvido de Tomura. 

 - Eu quero que sinta isso, como estamos estranhamente ligados um ao outro. Eu quero que se lembre desse momento como algo único e especial. Isso é tão idílico pra mim e é apenas nosso. 

 - Eu quero você profundamente em minhas memórias. 

 - Eu te amo Tomura mais do que você possa entender. 

 - Eu sempre pude sentir que o que há aqui dentro é um amor intenso que tenho por você, mas tinha medo de admitir e você desaparecer... Acho que sou obcecado por você, pela sua pele, pelos seus olhos por tudo o que você é...

 - Eu já disse, não é como se eu pudesse ir embora. Você me tem Tomura e você é tudo o que eu tenho. 

 Seus olhos se fecharam assim como seus lábios se juntaram, o moreno estocava o devagar, aumentando aos poucos o ritmo daquela dança erótica, os gemidos sem rédeas soavam como música aos ouvidos de Dabi. As pernas de Tomura a enlaça lo, a forma como seu corpo ganhou vida indo de encontro a pélvis alheia, as mãos que tocavam a pele queimada, as unhas que se arrastavam por ela. Todo aquele momento livre de obrigações, traumas, medos e dor. Ali eles se entregavam, ali se fundiam e o equilíbrio entre o que era sanidade e insanidade era encontrado. Mais alguns movimentos, mais alguns momentos e Tomura não podia mais suportar, Dabi aumenta a velocidade, segurando as coxas de Tomura e o puxando mais para si, ficando completamente dentro, sentindo o por inteiro, o mais fundo que conseguia, as paredes alheias a esmagar seu membro devido ao feroz prazer, fazendo Tomura tremer intensamente seu líquido quente escorrendo pelos dedos já úmidos do homem queimado e Shigaraki a deriva em seu nirvana particular sendo seguido por Dabi a derramar se dentro dele. Eles ficaram ali, jogados e ligados a deriva em seus próprios sentimentos, o calor passava de um para o outro assim como os olhares lânguidos, pedintes, carentes. O polegar de Dabi acariciava os lábios de Tomura, este estava a um passo de cair no sono. 

Suas respirações igualmente entrecortadas, seus corações acelerados e seus corpos sensíveis. Apenas delicadas carícias eram trocadas, um apreciando o quanto o outro se arrepiava ao ser tocado tão singelamente. Dabi e Tomura tremiam igualmente, aquilo não era frio, mas sim resquícios de seu prazer. 

 - Preciso te dar outro banho antes de você dormir. 

 - Foda se o maldito banho só quero você aqui comigo. 

 - Estamos bem... Suados. 

 - Eu não me importo com isso. 

 - Eu não importo se você quiser ficar no meu lugar em uma próxima vez... 

 - Como se eu soubesse o que fazer... 

 - É só fazer comigo exatamente o que acabei de fazer com você... - Sua fala devassamente sussurrada nos ouvidos alheios, fazendo Tomura se arrepiar e de alguma maneira desejar aquilo de novo.

 - Você é um imbecil me instigando dessa maneira. 

 - Você ainda é tão ingênuo...

 - Você é meu Dabi espero que se lembre disso. - Uma risada baixa saiu dos lábios queimados. Dabi ajeitou se, puxando a manta macia para cobri los. Tomura deitou se sobre seu peito, gostava de dormir escutando o som das batidas do coração de Dabi. O homem queimado não estava com sono, mas sim relaxado e perdido na apaixonante sensação de ter Tomura tão apegado a si. Acariciava o topo de sua cabeça e observava a face tranquila que ali dormia. Tomura era de fato o amor de sua vida, talvez não o primeiro, mas o único pelo qual ele faria qualquer coisa para ficar ao seu lado. 

 

 Continua... 


Notas Finais


Agradecendo a quem leu, favoritou, comentou, ou somente lê anonimamente. Mais uma vez peço desculpas por qualquer erro que tenha escapado.
Por motivos de força maior e claro como merda acontece, não sei quando irei postar o próximo capítulo, peço a todos um pouco de paciência e compreensão. Antes que venham perguntas, sim pode se dizer que meu Dabi é total flex e Sim meu Tomura é um psicotico com mania de grandeza.
Deu trabalho fazer esse capítulo pelas inúmeras vezes que apaguei a porra toda e escrevi de novo. Não queria nada explícito, mas tbm não queria nada meia boca e acabou ficando meio bosta. Realmente mil desculpas, sei que merecia morrer por mil agulhas, mas fiz o que pude.
Beijos até o próximo capítulo 😘


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