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História Paixão e Poder - Universos opostos (Camren - G!P) - Me dê um motivo


Escrita por: ItsTalitaEstrab

Capítulo 71 - Me dê um motivo


Fanfic / Fanfiction Paixão e Poder - Universos opostos (Camren - G!P) - Me dê um motivo

MANHÃ SEGUINTE ... 07:10 Am.

Pov. Lauren

Entro na cozinha ajeitando o relógio em meu pulso esquerdo, ao mesmo tempo cumprimento Aurora e Verônica que me respondem juntas.

Minha amiga está na mesa tomando café da manhã e Aurora guardava alguma coisa na geladeira.

- Vero, eu já vou pro hospital, você vai passar pra ver a Luna antes de ir?

- Aham. _ Ela responde depois de tomar um pouco de suco de laranja. - Eu entro um pouco mais tarde hoje e vou aproveitar pra ver a Luna, não consigo ficar um único dia sem ver a minha pequena.

- Quase não percebi. _ Digo irônica e ela sorri pegando seu celular que estava na mesa.

- Não vai tomar café, Lauren? _ Aurora pergunta chamando a minha atenção, agora ela lavava algo na pia e se virou pra falar comigo.

- Não, Aurora, eu acordei sem fome. Mais tarde busco alguma coisa na lanchonete do hospital. _ Respondo normalmente e ela se vira apenas pra desligar a torneira.

- Mas você não pode ir trabalhar de estômago vazio. _ Diz secando as mãos no guardanapo que havia pêgo e em seguida vem até mim. - Anda, toma alguma coisa e come pelo menos um waffle, ou eu vou ficar muito chateada por você recusar as coisas que fiz com todo carinho pra vocês.

- Ai, mas como é dramática. Tudo bem, eu como um waffle, então. Mas só porque eu te amo. _ Falo me dando por vencida, dou um beijo no rosto dela, puxo uma cadeira e me sento.

Eu nunca consigo negar nada pra ela, desde que saí da casa dos meus pais e vim morar sozinha, não tenho estado muito com a minha mãe, acabamos nos afastando um pouco por diversos fatores, entre eles o meu trabalho e o tempo que ele me toma. Desde então a Aurora tem sido como uma segunda mãe pra mim.

- Eu também te amo, minha menina. _ Ela diz amorosa passando a mão em meus cabelos.

- Se a tia Clara visse isso iria ficar com ciúmes. _ Vero fala como quem não quer nada enquanto continua vendo alguma coisa em seu celular e eu sorrio.

- Igual a você? _ Digo sorrindo começando a comer o waffle que Aurora havia acabado de servir no meu prato.

- Eu? _ Pergunta surpresa e eu sorrio assentindo. - Eu não tenho motivos pra sentir ciúmes. Sei que Aurora é como uma segunda mãe pra você. _ Completa deixando o celular novamente sobre a mesa.

- E agora eu serei pra você também, Verônica. Enquanto estiver morando aqui vou cuidar de você igual cuido da Lauren. Aliás estou te achando muito magra, tem que comer mais.

- Eu acho que ainda estou me recuperando das consequências que aqueles tiros me trouxeram... Aos poucos recupero o meu peso normal. _ Vero diz sorrindo de leve, senti que por algum motivo ela ficou desconfortável e resolvi mudar o foco do assunto.

- Isso significa que você acha que eu estou gorda, Aurora? _ Sorrio indignada chamando a atenção dela.

- Não. Você está linda como sempre. Como poderia estar gorda se praticamente só come quando te obrigam?

- É porque ela ainda é uma criancinha, Aurora. Outro dia eu vi a Camila dar bolo na boquinha dela, porque a bonita ficou fazendo birra. _ Verônica fala toda cínica tomando a minha frente e não me deixando responder.

- Cala a boca, idiota. _ Digo constrangida e Vero dá risada.

- Eu vou arrumar os quartos de vocês, se precisarem de alguma coisa me chamem, tudo bem? _ Aurora diz sorrindo.

- Não precisa ir no meu quarto agora, Aurora, a Camz ainda está dormindo. _ Falo desviando meu olhar de Vero para ela.

- Ah, eu não sabia que ela tinha dormido aqui. Bom, vou arrumar o seu então, Verônica.

- Tudo bem. _ Vero diz tranquila e eu apenas concordo com a cabeça porque estava comendo mais um pedaço do waffle, logo ela saiu nos deixando sozinhas.

- Você gosta de me deixar constrangida né, imbecil?

- Eu? E quando fiz isso? _ Me olha se fazendo de desentendida.

- Sabe que eu não gosto que me faça parecer uma criançinha na frente dos outros. _ Digo séria e ela sorri despreocupada.

- Se você ficou constrangida com isso, imagina só se eu tivesse compartilhado com a Aurora a cena que vi essa madrugada quando cheguei aqui. Apesar de que você não agia como uma criançinha quando estava praticamente nua no sofá da sala com a senhorita lacinho.

- Você nem pensa em falar sobre isso, sabe como a Camila é, ela ficou morrendo de vergonha de você e disse que nem sabe como vai olhar na sua cara depois do que aconteceu... Se a Aurora saber e a Camz souber, é muito provável que ela queira parar de vir aqui por tempo indeterminado, e eu definitivamente não quero isso.

- Relaxa, Laur... Só estou te zoando, não vou falar pra ninguém, você sabe que eu não faço esse tipo.

- Eu sei... _ Falo por fim levando outro pedaço do waffle até minha boca.

- Mas a Camila não precisa se sentir envergonhada, essas coisas são mais que comuns num relacionamento. Ela já deveria saber... _ Eu assinto e termino de engolir pra poder falar.

- É o que eu digo pra ela, mas esse é o jeito dela, é um pouco tímida ainda. Com o tempo passa, e ela já evoluiu muito desde que começamos a ficar juntas.

- Hum... Tá dizendo em todos os sentidos ou especificamente no sexo?

- Em todos os sentidos, Vero. Incluído o sexo. _ Respondo e em seguida limpo minha boca com o guardanapo, já havia me dado por satisfeita.

- Ah, entendi. Bom, sorte a sua, não é mesmo? Com todo respeito, a Camila deve ser muito gostosa e também...

- VERÔNICA! Nem termina. _ Falo irritada e ela começa a gargalhar me deixando confusa de início mas logo em seguida eu entendi que a intenção dela era exatamente essa, me irritar e me tirar do sério. - Sua imbecil! _ Digo jogando o guardanapo que usei na direção dela acertando em seu rosto.

- Você precisava ver a sua cara, parecia que ia me matar. _ Diz se recuperando. - Por que ficou assim? Você nunca se importou quando eu falava isso da Keana.

- Porque eu não amava ela. Mas agora é diferente, e eu só não quebro a sua cara porque você é minha melhor amiga, e eu te tenho como uma irmã.

- Engraçado, sabe que eu me lembro de já ter dito essas mesmas palavras pra você antes? Agora você entende como eu me sentia quando você falava esse tipo de coisa sobre a Lucy, se lembra?

- Eu só falava pra te zoar. Se eu soubesse que a sensação que você tinha era essa que você me fez sentir agora, eu não teria feito.

- É claro, agora o ciúme correu pelo seu sangue igual você fazia correr pelo meu.

- Me desculpa.

- Ah, não precisa se desculpar. Eu sempre esperei pelo dia em que eu pudesse me vingar, e esse dia chegou. _ Sorri piscando o olho esquerdo. - Estamos quites!

- Babaca.

- Que você ama... _ Rebate com um sorriso provocativo, só olhei pra ela e revirei os olhos.

- Sério, só não faz mais isso, não fala assim dela outra vez.

- Fica tranquila, Laur. Não vou falar... Mas e aí? A Camila ainda tá dormindo ou está com vergonha de mim?

- Está dormindo, está cansada depois da noite que tivemos. _ Respondo tomando mais um pouco do meu suco.

- Graças a Deus que o meu quarto fica bem no final do corredor.

- Não tenho culpa se você não transa.

- Nem sei mais o que é isso. _ Fala e depois respira fundo. Imagino o quão difícil esteja sendo pra ela ficar sem sexo. Assim como eu, Vero sempre priorizou o sexo e depois que se casou isso não mudou, segundo ela a vida sexual das duas sempre foi bastante ativa, nós tínhamos e temos intimidade pra falar sobre esses tipos de assunto. Óbvio que os detalhes da intimidade delas não me diz respeito e eu também nunca quis saber.

- E a Lucy? _ Pergunto vendo ela levar um pedaço de bolo até a boca e quase se engasgar com o mesmo.

- O-que tem ela? _ Me olha um pouco assustada depois de tossir, dou risada e nego com a cabeça por ela ter entendido errado a minha pergunta.

- Como o que tem ela, Vero? Como vocês estão?

- Ah... Bom, na mesma. _ Responde dando de ombros e eu suspiro.

- Eu pensei que depois do que eu conversei com ela as coisas fossem mudar pelo menos um pouco. Não esperava que ela fosse te aceitar de volta mas que no mínimo a convivência entre vocês duas fossem melhorar. Ela mandou a Herlinda embora por causa das ofensas que te fez, porque mesmo que ela tenha dito que o motivo maior foi a Luna nós duas sabemos que ela só não quis admitir que fez por você também.

- Pode até ser... Ontem a noite ela me disse que soube o que aconteceu entre mim e a mãe dela no hospital e mesmo sem obrigação se desculpou por ela.

- Isso é bom, Vero, já é um avanço.

- É claro, mas a Lucy já tem a opinião formada sobre mim. E mesmo que não tenha gostado das ofensas que a mãe dela disse, não seria isso que a faria mudar de conceito. E eu tenho a convicção de que ela não vai mudar, pelo menos não agora.

- Mas como ela está agindo com você?

- Quando se trata da nossa filha ela me trata super bem, até sorri pra mim, sinto ela próxima e tudo... Mas quando eu tento falar sobre a gente ela simplesmente muda, se fecha e volta a me tratar com frieza. _ Diz desanimada. - Quer saber? Eu prefiro ver o sorriso dela, prefiro que ela me trate bem e não me olhe com mágoa, então decidi parar de falar da gente, porque é só quando faço isso que ela muda comigo. _ Completa com um sorriso fraco e apagado. Quando eu ia falar a campainha toca...

- Tá esperando alguém? _ Pergunto e ela nega com a cabeça.

- Eu não.

- Bom, se o porteiro não interfonou é alguém autorizado.

- Deixa que eu abro a porta. _ Vero se levantou e eu fiz o mesmo. Fomos para a sala e quando chegamos lá a Aurora já estava abrindo a porta, e quando vi quem era preferi que ela não tivesse feito.

- Senhor, Michael.

- Como vai, Aurora? _ Ele a cumprimenta com um sorriso.

- Muito bem, e o senhor? _ Ela dá espaço pra ele entrar e o mesmo me olha ainda sorrindo.

- Estou bem, mas pretendo ficar ainda mais depois que falar com a minha filha. _ Ele fala cheio de tranquilidade, parecia nem se lembrar que a nossa última conversa mais duradoura não foi nada amigável.

- Me desculpa, senhor, Michael, o senhor aceita um café ou alguma outra coisa?

- Não, Aurora. Já tomei café antes de vir. Muito obrigado. _ Responde gentilmente e ela concorda antes de pedir licença pra sair.

- Bom, eu vou indo então, pra vocês ficarem a sós. _ Vero diz nos olhando e meu pai demonstra se agradar muito com a idéia.

- Obrigado, Vero. _ Diz chegando perto de mim que estou de pé, em frente ao sofá maior. - Ah! Antes de sair quero pedir que me procure mais tarde no hospital. Tenho um assunto sério para tratar com você.

- Alguma coisa errada com o meu trabalho? _ Ela pergunta com interesse e meu pai nega com a cabeça.

- Não, não. Muito pelo contrário, cada dia que passa sinto mais orgulho de te ter na minha equipe, Verônica. Você é uma médica excepcional. É exatamente por isso que quero falar com você.

- Me sinto grata por isso, vindo do senhor é uma honra pra mim. Eu te procuro então, vou pedir pra ser informada quando o senhor chegar no hospital.

- Perfeito, então. _ Ele fala com satisfação e Vero sorri.

- Até mais.

- Até. _ Eu e meu pai respondemos quase que ao mesmo tempo e então minha amiga sai, nos deixando sozinhos.

- E então? O que o senhor quer comigo? Se veio pra repetir as mesmas ameaças da nossa última conversa é melhor nem perder o seu tempo e muito menos me fazer perder o meu. A minha decisão é a mesma, e seu prazo pra contar a verdade pra minha mãe já se esgotou.

- Antes de qualquer coisa quero pedir que baixe a guarda, Lauren. Eu não estou aqui afim de discutir com você, apenas quero conversar civilizadamente, como pai e filha. _ Ele diz calmamente e eu fico o encarando tentando descobrir o que ele estava tramando. Por fim me dou por vencida, eu só saberia se o deixasse falar.

- Okay... Fica a vontade. _ Me sento e indico pra que ele faça o mesmo.

- Obrigado. _ Sorri de leve se sentando do meu lado.

- Pode falar, pai. _ Falo e ele me olha como se estivesse se preparando para começar.

- Eu vim aqui me redimir com você, sei que venho agindo muito mal a algum tempo, e principalmente durante a nossa última conversa. Mas o seu término com a Keana mexeu muito comigo, entenda que eu sempre desejei que você se casasse com ela e que formassem uma família juntas.

- Sim, eu sei disso. Mas eu nunca cheguei a amar a Keana, e se namorei com ela foi por sua causa, eu quis te agradar e com isso deixei as coisas com ela chegarem longe demais, a minha intenção nunca foi me casar com ela, pai. E o senhor mesmo sabendo disso armou aquele espetáculo lá em casa dando um jantar de noivado que eu nunca tive a intenção de formalizar.

- Mas você não pode dizer que não gostava dela, Lauren. _ Fala descontente. - Eu me cansei de ver vocês duas juntas, tanto em casa como em público e você parecia bem satisfeita por tê-la do seu lado. Se lembra dos finais de semana na nossa fazenda? Keana divertia você, te fazia bem. Vocês passavam horas e horas trancadas no seu quarto e com certeza não era dormindo. Eu não entendo como você pode afirmar que não gostava dela.

- Eu nunca disse que não gostava dela, e sim que nunca à amei. Eu admito que a Keana me fazia bem sim, inúmeras vezes, nós temos gostos em comum, nos dávamos muito bem em vários aspectos e não posso negar isso. Ela fez parte da minha vida e foi importante pra mim, eu também não me alegro em saber a forma como as coisas com ela terminaram.

- Isso significa que vocês ainda precisam conversar, filha. Olha, talvez vocês duas ainda possam voltar a ficar juntas. _ Ele fala com um sorriso esperançoso e eu rolo os olhos em frustração.

- Não. Não, pai... Nós duas já não temos nada pra viver juntas. Eu estou muito bem vivendo a minha vida e acredito que ela também esteja.

- Infelizmente ela não está, Keana ainda não te superou, nem mesmo depois do que você fez na última vez que se viram. _ Diz se referindo a vez que eu agredi a Keana por ela ter ofendido a Camila quando à viu no meu apartamento e por ter inventado que nós duas ainda estávamos juntas e noivas.

- Por favor, pai. A Keana também nunca me amou, e se ela ainda não conseguiu me superar foi por causa do ódio que muito provavelmente sente por mim.

- Lauren, eu ainda mantenho contato com ela, sei que não é assim. Você deveria procurar por ela e esclarecer as coisas entre vocês.

- Afinal o senhor veio aqui pra se redimir comigo ou isso foi apenas uma desculpa pra falar da Keana? Porque se foi está perdendo o seu tempo, eu estou com a Camila agora, estou muito feliz e não penso em me separar dela por nada nesse mundo.

- É exatamente por isso que vim até aqui dizer que apoio o seu relacionamento com essa menina. _ Diz confiante me fazendo o encarar realmente surpresa.

- Você o quê?

- É isso mesmo que ouviu. Se você está mesmo decidida a ficar com ela então eu não serei mais contra.

- E o que te fez mudar de idéia assim de repente? _ Pergunto desconfiada, eu conheço o meu pai. Algo me diz que ele está pretendendo alguma coisa com essa aceitação repentina.

- Não foi de repente, já venho pensando sobre o assunto à um bom tempo. E a sua mãe também colaborou pra isso. Aliás ela é a razão principal de eu estar aqui hoje e te propôr um acordo.

- Hum... E qual seria?

- Eu prometo aceitar a Camila e daqui pra frente tratá-la como se realmente fosse da nossa família. E claro... Com o tempo ela pode se adaptar a nós, aos nossos costumes, quem sabe até não se torne uma médica, assim como você. E em troca você...

- Espera, espera... Deixa eu ver se sou capaz de dizer isso pelo senhor. _ Eu o interrompo e vejo seu olhar atento em mim. - Em troca dessa sua generosidade mais que sincera, eu devo esquecer que te dei um prazo pra contar a verdade que esconde da minha mãe. Devo esquecer também que você foi infiel e que teve um filho bastardo que hoje te suborna junto da mãe dele, não é? Não é isso que veio me propôr, pai? _ Pergunto com um sorriso falso e o dele morre no mesmo segundo.

- Filha, isso é o melhor pra todos!

- Não! Não é. _ Digo séria e sorrio desacreditada em seguida. - Não acredito que o senhor tenha subestimado a minha inteligência dessa forma. _ Completo me levantando.

- Não se trata de subestimar, se trata de um acordo mútuo onde nós todos sairemos beneficiados. Você esquece o que houve no meu passado e eu trato a sua namorada como se fosse a Keana. É tudo o que vocês duas querem. Sejamos realistas aqui.

- Eu não quero nada disso, e ela muito menos.

- Lauren!

- Você pensa que pode nos comprar com a sua falsa aceitação? Então saiba que a Camila não precisa dela, nós já contamos com o apoio verdadeiro da minha mãe e isso pra gente já é mais que suficiente. E é exatamente por ser grata a ela que não vou mais compactuar com o senhor. Já me sinto envergonhada o suficiente por ter escondido por tanto tempo, mesmo que pra evitar machucar a mamãe e a Taylor.

- Se eu contar a sua mãe vai te odiar. Está ciente disso? É o que você quer? _ Ele se levanta e fica de frente comigo.

- Ela vai ficar magoada, eu sei, mas não vai me odiar. _ Digo e ele solta uma risada forçada. - Eu vou tentar concertar o meu erro com ela, você pode fazer o mesmo.

- VOCÊ SABE MUITO BEM QUE ELA NÃO VAI ME PERDOAR! AINDA MAIS SE SOUBER QUE EU TIVE UM FILHO FRUTO DE UMA TRAIÇÃO. A CLARA VAI QUERER SE SEPARAR DE MIM. SUA IRMÃ CRESCERÁ SEM A PRESENÇA DO PAI DELA E VOCÊ SERÁ A CULPADA, LAUREN! _ Solta totalmente revoltado.

- Não seja dramático também! Eu não tive culpa alguma se você decidiu trair a minha mãe. A única culpa que tive foi por ter escondido dela que eu sempre soube disso. Mas como eu disse vou tentar me redimir, você tem que fazer o mesmo. Essa conversa repetitiva já está cansativa demais pra mim. Se ela decidir se separar você aceita e pronto. Assuma as consequências dos seus erros, papai. Eu vou apoiar a minha mãe, com certeza estarei do lado dela e da minha irmã.

- Então essa é a sua decisão final?

- Pensei que tivesse deixado isso bem claro.

- Tudo bem, eu cansei. Não vou mais me humilhar pra você. _ Eu podia ver nos olhos dele o quanto estava com raiva da minha atitude, mas eu não planejava voltar atrás.

- Eu nunca te pedi pra fazer isso.

- Eu vou dizer uma única vez e você vai prestar muita atenção. A única pessoa que está me atormentando pra contar o que aconteceu é você. E se por alguma razão a sua mãe ficar sabendo de algo do meu maldito passado, você vai se arrepender amargamente.

- Só pra deixar claro. Você está me ameaçando?

- Eu juro por tudo o que há de mais sagrado que vou te atingir onde mais te dói, você vai querer nunca ter feito isso. _ Diz cheio de amargura e rancor. Eu não me importo que ele sinta raiva de mim pela minha atitude, mas eu sei perfeitamente o que ele quis dizer com "me atingir onde mais me dói", e eu jamais vou permitir que ele faça qualquer coisa contra a Camila.

- Faça o que quiser contra mim, mas se tocar num fio de cabelo sequer da Camila eu não vou medir esforços pra destruir você.

- Se a sua mãe se separar de mim eu não terei mais nada a perder. Você está prestes a começar uma guerra entre nós dois, e tenha a certeza que você sairá mais prejudicada. Você ama aquela garota? Então demonstre e proteja ela, porque se você me tirar a minha família eu tiro aquela pirralha de você. Olho por olho, dente por dente.

- Sai daqui... SAI DAQUI AGORA!!!

- Como quiser, meu amor.

(...)

Pov. Verônica

- Bom dia, dona Verônica.

- Bom dia, Aria. _ Sorrio pra mulher que acabou de abrir a porta do meu antigo apartamento. Na verdade, Aria é uma das funcionárias da Clara, trabalha como babá da Taylor, mas depois que a Herlinda foi embora eu pedi pra que ela viesse pra cá temporariamente, porque já existe uma senhora que vem fazer a limpeza mas não tem ninguém pra fazer a comida e ajudá-la com a nossa filha, e mesmo se negando a admitir, eu sei que a Lucy vai precisar de ajuda. - Vim ver a minha filha, sabe se ela já acordou?

- Ela ainda está dormindo. _ Responde simpática.

- E a Lucy?

- Também. As duas estão juntas no quarto da senhorita, Lucia.

- Já são quase nove horas, estranho a Lucy ainda estar dormindo.

- Ela teve um pouco de febre essa noite e não conseguiu dormir muito bem, deve ter sido por isso.

- Febre? _ Pergunto preocupada. - Mas por que você não me avisou? Eu pedi pra me ligar se houvesse alguma coisa.

- Me desculpa, eu não sei como aconteceu mas perdi o cartão que a senhorita me deu e não quis ser inconveniente e pedir pra alguém já que a senhorita preferiu que eu não dissesse pra ninguém que me pediu pra avisar se caso alguma coisa fora do normal acontecesse. _ Diz um pouco constrangida.

- Tudo bem, Aria, você não teve culpa. Eu vou te dar um outro cartão... _ Pego minha carteira do bolso da calça, retiro um cartão de contato e depois entrego pra ela.

- Obrigada, dessa vez eu não vou perder.

- Grava esse número no seu celular, tá bem? _ Ela assente enquanto eu guardo a carteira. - Eu vou lá no quarto ver como elas estão.

- Tudo bem. _ Passei pela moça e subi as escadas em direção ao meu antigo quarto, quando abri a porta vi as duas dormindo calmamente. As cortinas estavam fechadas deixando o ambiente com pouca iluminação e ar condicionado estava ligado, elas estavam cobertas com um edredom, Lucy abraçava cuidadosamente a nossa filha. Um sorriso involuntário escapou de mim por ver a cena, elas ficam tão lindas juntas.

Mas ainda assim eu estava preocupada com a Lucy...

Fiquei admirando as duas por cerca de dez minutos, até que minha filha começou a resmungar, antes que ela começasse a chorar fui pro outro lado da cama pra pegá-la em meu colo mas Lucy acordou no mesmo instante, atenta e também assustada por me ver.

- Verônica? Tá fazendo o que aqui? _ Me olha um pouco confusa enquanto se ajeitava na cama ficando um pouco sentada.

- O que faço todos os dias, vim ver a nossa filha. _ Sorrio de leve. - Soube pela Aria que você teve febre na noite passada... O que houve? _ Perguntei preocupada e receosa ao mesmo tempo, o nosso convívio está melhor só que ainda fico morrendo de medo dela me dar alguma resposta seca, mas felizmente dessa vez a forma como ela me olhou me acalmou.

- Não foi nada, é só essa mudança de tempo repentina.

- Entendi... Não teve nenhuma crise?

- Não. _ Responde um pouco sem vontade.

- Que bom. _ Sorrio satisfeita. - Olha, eu sei que você não vai aceitar mas de qualquer forma eu estou a disposição se precisar de alguma coisa. _ Lucy apenas me olhou e não disse nada. Eu estava olhando fixamente nos olhos dela e vi que tinha alguma coisa de errado, dessa vez ela não parecia apenas incômoda por me ver, ela estava escondendo alguma coisa. - O seu rosto está um pouco vermelho... Eu poderia arriscar que ainda está com febre.

- Você está errada. _ Fala depois de segundos, tentando parecer indiferente.

- Eu acho que não. _ Sorrio de leve. - Além de te conhecer muito bem eu sou médica, sei reconhecer esse tipo de coisa. É sério, Lucy. Se estiver se sentindo mal, se estiver com alguma dor me fala, eu posso te ajudar.

- Pode ficar com ela enquanto eu tomo banho? Não vou demorar muito. _ Diz me ignorando por completo enquanto sai da cama.

- Claro. Leve o tempo que precisar. _ Eu digo resolvendo não insistir no assunto e acabar deixando ela irritada comigo. Também acabei me perdendo admirando o corpo dela em uma camisola de seda preta... depois que se tornou mãe ela ficou ainda mais linda do que já era.

- Você está indo pro hospital? _ Pergunta de repente eu à encaro voltando aos poucos à realidade.

- É... Sim. Mas ainda tenho 1hr pra estar lá.

- Hum... Deita com ela, vai se cansar aí de pé. Eu já volto. _ Fala e em seguida vira as costas indo em direção ao banheiro me deixando com a nossa filha e cheia de vergonha por não ter conseguido disfarçar enquanto muito provavelmente olhava feito uma depravada pra ela.

Mas eu não posso fazer muito em relação à isso, desde que eu traí a minha esposa não fiz mais sexo.

Eu apenas não conseguia, travava, o remorso foi tamanho que eu não tinha coragem de tocar na Lucy, eu me sentia imunda e não queria que ela ficasse da mesma forma.

Também sei que se eu tivesse ficado com ela, quando ela descobrisse a minha traição se sentiria mal por ter me deixado tocá-la. E eu não queria isso, de forma alguma.

Estou a meses sem sexo, e isso às vezes é torturante porque eu tenho as minhas necessidades assim como qualquer pessoa.

Mas eu estou decidida a ter a minha mulher de volta, e até que esse dia chegue, eu não pretendo ficar com nenhuma outra que não seja ela.

***

Fiquei com a minha pequena por cerca de vinte minutos enquanto Lucy tomava banho.

Luna já havia acordado, o tempo todo fiz carinho na minha filha, admirava seu rostinho e a forma como ela já me encarava... Enquanto isso sentia o cheiro da minha esposa no travesseiro em que eu estava com a cabeça e a todo instante me sentia culpada, por ter me privado de conviver ao lado das duas pessoas que mais amo no mundo, por ter eu mesma acabado com a minha vida.

Não consigo expressar em palavras o quanto me arrependo do que fiz, em como pude ser tão estúpida ao ponto de me deixar levar por um momento de fraqueza psicológica.

Pra mim dar um filho pra Gabrianna seria como "quitar" a minha dívida com ela, seria uma forma de me redimir por ter praticamente a obrigado a ter aquela criança sozinha porque eu a rejeitei.

Naquele momento não pensei na Lucy, não pensei em como ela ficaria e esse foi o meu maior erro.

Depois do feito, me bateu o arrependimento, o remorso... Eu me sentia suja, e passei a evitar não apenas o sexo como qualquer tipo de toque da minha mulher porque pra mim eu estava contaminando ela também.

Os dias foram se passando até que cheguei no meu limite, eu estava atormentada demais pra não contar a verdade pra ela.

Eu sabia que dizendo estaria outra vez "atirando no meu próprio pé", porque o meu casamento poderia acabar. E foi o que praticamente aconteceu, porque a Lucy quis se divorciar de mim.

Eu me recusei a comparecer no fórum e também não assinei os papéis que a advogada dela me mandou, desde então não recebi mais nenhum documento relacionado ao divórcio.

Eu não sei se ela ainda quer isso, mas de uma coisa eu sei... Ainda vou lutar por ela, até que todas as minhas forças tenham se esgotado.

- Vero? _ Ouço a voz dela me chamando e volto a encará-la.

- Oi. Desculpa, estava distraída.

- Você já pode ir se quiser. Vou dar de mamar pra ela, já está na hora. _ Diz tranquila, eu me levantei da cama e me aproximei dela.

- Você tá bem mesmo? Se não estiver eu ligo no hospital e troco meu horário, vou ficar aqui pra te ajudar com ela e pra cuidar de você também.

- Eu estou bem, Verônica. Não precisa forçar a barra assim. _ Fala rude e fico sem entender o motivo da mudança de comportamento dela.

- Como assim? Eu só estou tentando ajudar, Lucy.

- Mas eu não preciso de ajuda, e mesmo se precisasse não seria a sua que recorreria.

- É claro que não. A minha não mas a do seu... _ Parei de falar antes que isso se tornasse discussão, e eu não queria isso, muito menos agora. - Quer saber, esquece. Deixa pra lá.

- Por que não termina? De quem você ia falar? Do Julian? _ Ela pergunta me desafiando, parecia que queria mesmo que eu confirmasse, que falasse o nome daquele infeliz, mas ao contrário disso reprimi toda a minha vontade de fazer isso e respiro fundo tentando me manter calma.

- Me desculpa... só estou preocupada com você.

- Eu dispenso a sua preocupação. _ Fala seca. Eu não entendo o que eu fiz de errado pra ela ter começado a falar assim comigo de repente, estava tudo indo tão bem.

- Me deixa cuidar de você, Lucy. Por favor, me angustia te ver assim. _ Fui tocar o rosto dela mas a mesma deu um passo pra trás.

- Não me toca, Verônica. _ Ela me olhou como se eu fosse lhe passar alguma doença contagiosa, e isso me cortou por dentro.

- Tudo bem, eu não vou... _ Minha voz falhou enquanto sentia minha garganta arder. - Eu não vou tocar em você.

- Me desculpa. Eu... Droga, só não precisa chegar tão perto de mim. _ Diz parecendo angustiada, provavelmente por estar perto de mim. Eu não queria causar isso nela, mas também não consigo desistir dela, é mais forte que eu.

- Não posso te tocar, por quê? Porque sente nojo? Porque seu estômago embrulha toda vez que me vê e a minha presença é um martírio pra você? _ Sorrio com desdém e ela me olha parecendo surpresa. - Ainda me lembro de cada palavra que você me disse naquela manhã e acho que nunca vou me esquecer delas.

- Assim como eu também nunca vou poder esquecer os motivos que me levaram a dizer tudo aquilo. Mas eu reconheço que fui dura demais quando disse essas coisas pra você, eu não quis... Foi sem pensar, no calor do momento. Eu...

- O que? _ À interrompo - Quer dizer que você não sente nojo de mim? Nada daquilo foi verdade? _ Pergunto já sabendo internamente qual seria sua reação, mas mesmo assim, por motivos que nem eu mesma sei preferi provocá-la e ouvir sua confirmação mais uma vez.

- Não, não foi. _ Eu não esperava que ela dissesse isso, não esperava mesmo. Tinha a convicção de que ela fugiria da resposta ou apenas respondesse algo que fosse me atingir. Por isso não consegui evitar um sorriso bobo de alegria. - Mas isso não significa que quero que fique perto de mim. Porque isso eu não quero, muito menos que me toque.

- Por qual motivo? Se não é nojo, o que é então?

- Isso não é da sua conta. _ Diz nervosa e eu sorrio, dando um passo pra perto dela, dessa vez ela não recuou.

Eu posso me arrepender muito disso, ela pode se afastar mais ainda, mas, eu não tenho mais nada a perder mesmo.

- Você tem medo de sentir os efeitos que sempre te causei, não é?_ Pergunto com o rosto perto do dela, nos encaramos sem quebrar o contato. - Tem medo de não resistir e se deixar levar pelo o que seu corpo, sua alma e seu coração querem de verdade... Confessa.

- O seu egocentrismo me irrita.

- Sei disso. _ Falo sorrindo fraco, ela estava tentando se manter forte mas eu sabia que estava mexendo com ela, eu ainda sei reconhecer todos os sinais que seu corpo me dá. - Assim como também sei que você ainda me ama. Você está machucada mas o amor que sente por mim está aí dentro, ele nunca morreu. Você sabe, só não quer admitir. _ Mais uma vez ela me ignora e se afasta de mim, mesmo tentando esconder vejo os seus olhos um pouco marejados.

- Continue se enganando se preferir. Agora será que pode ir embora? _ Sem dizer nada eu virei as costas e fui pro lado da cama onde minha filha estava, me sentei na lateral e me inclinei pra perto dela.

- Até mais tarde, filha... Te amo muito, minha vida. _ Beijei a testa dela e depois de fazer carinho em seu rosto voltei pra perto da Lucy. - Você pode não acreditar mais em mim, mas eu sei que pode ver nos meus olhos o quanto eu te amo. Sabe que não posso mentir assim. Sei que me quer longe, mas eu não vou ficar porque eu preciso te ter de volta.

- Você realmente não entende, não é? Eu estou tentando manter uma relação agradável com você pela nossa filha, mas você parece que faz questão de não colaborar. Será que não percebe que não te quero mais? Não percebe que o que a gente tinha acabou? _ Ela pergunta inconformada e eu nego com a cabeça.

- É você quem não percebe. A sua boca fala uma coisa e seus olhos me dizem outra. E eles dizem que você me ama e que quer que eu lute por você. É o que vou fazer.

- Você está criando ilusões na sua cabeça, Verônica. _ Sorriu sem vontade. - E se eu fosse você aceitaria a realidade de uma vez por todas. Aliás, você será intimada novamente, e dessa vez sugiro que vá ao fórum pra estabelecermos as cláusulas do nosso divórcio, afinal nos casamos em comunhão de bens. Mas não se preocupe porque não vou querer nada seu, mas sua presença é necessária porque precisa estar de acordo com as minhas condições.

- Você vai insistir nisso?

- Nunca pensei em parar, apenas dei um tempo por conta da gravidez. Mas agora estou bem e quero me divorciar de você o mais rápido possível e seguir com a minha vida.

- Você quer o divórcio?

- É tudo o que mais quero.

- Então vou repetir o mesmo que disse da vez passada. Recorra ao litigioso se quiser, mas não pense que vou colaborar pra esse divórcio sair porque eu não vou. Nem perca o seu tempo pedindo pra algum advogado entrar em contato comigo outra vez.

- Acontece que você não pode me obrigar a ficar casada com você quando não sinto mais a mínima vontade! _ Fala demostrando irritação. - Será que você não é capaz de entender que eu não te amo mais e que qualquer coisa que me lembre que ainda sou casada com você é um peso pra mim?

- É claro. _ Falo sorrindo. - Mas se decidir voltar a dizer isso eu sugiro que ao menos tire a aliança do seu dedo, sabe? Só pra não pesar muito e principalmente pra esse discurso parecer mais convincente. Porque você não é obrigada a permanecer com ela no seu dedo, se você usa é porque ainda significa alguma coisa, e não é a sua aversão a mim. _ Me aproximo mais e olho bem dentro dos olhos dela. - Quer que eu desista de você? Então me dê um motivo bom o bastante. Porque eu não escapei da morte pra viver uma vida sem você. Eu vou fazer essa nova chance valer a pena, queira você ou não. Então se quer colocar um fim nisso, se quer que eu desista de lutar por você só tem duas formas... Ou eu morro ou você me dá um motivo bom o suficiente, me faça acreditar que não me ama mais, e então eu desisto. _ Falo a encarando com intensidade antes de passar por ela, a deixando parada sem reação.

Assim que saio do quarto deixo as lágrimas que estava segurando saírem, mas vejo Aria na sala enquanto desço a escada e trato de secá-las rapidamente.

- Dona, Verônica. Já vai?

- Sim. Aria. Você pode me fazer um favor?

- Claro, é só pedir. _ Sorri simpática. Chego perto dela o suficiente pra falar.

- Vai no quarto da minha esposa e tenta descobrir se ela está com alguma dor, arranja alguma desculpa pra tocar nela só pra poder confirmar que ela está com febre. Faça ela tomar um antitérmico e algo pra diminuir a dor se ela tiver alguma, tá bem? Eu vou cuidar pra que a médica dela venha vê-la hoje, mas não diga nada.

- Tudo bem. Mas é alguma coisa grave?

- Não... Eu ainda não sei do que se trata, mas como eu te disse a Lucy tem asma, qualquer coisa que comprometa as vias respiratórias dela a deixa mais vulnerável e é motivo de preocupação, então é melhor saber se isso está acontecendo.

- Entendi. Pode deixar que vou cuidar dela e fazer o que me pediu.

- Muito obrigada, Aria. Até mais.

- Até logo, dona Verônica.

(...)

Assim que saí do prédio meu celular começou a tocar, sem vontade alguma o tirei do bolso traseiro da minha calça e vi que era Mia Donovan, uma moça que contratei pra ajudar a Gabrianna durante a gestação. As vezes ela me liga pra me dar informações sobre a Gabi e o bebê, já que eu evito falar com a mesma, porque ela sempre dá um jeito de desviar a conversa pra falar de nós duas.

LIGAÇÃO ON

- Mia, como vai?

- Eu estou bem, senhorita Verônica. Mas... Estou ligando pra falar da Gabrianna.

- Aconteceu alguma coisa com ela? Está tudo bem com o bebê? _ Pergunto ficando preocupada, o tom de voz dela não era bom.

- Na verdade eu não sei. Ela foi levada para o hospital e acho que vai ter o bebê porque a bolsa estourou.

- Mas como? Ainda não está na hora!

- Foi um acidente. Ela queria comprar umas coisinhas pro bebê e então me pediu pra ir no shopping com ela, quando estávamos voltando eu não sei o que aconteceu, mas ela acabou caindo da escada rolante. Eu chamei uma ambulância e trouxeram ela aqui pro hospital, ela estava sentindo muita dor e mal conseguia falar, só me pediu pra te avisar.

- Você pediu pra levá-la para o hospital Jauregui?

- Sim. Estamos aqui, ela já está sendo atendida. Vou ligar pra mãe dela avisar, eles não me dão informações porque não sou parente dela.

- Okay, faça isso. E-eu... Estou indo pra Los Angeles agora mesmo.

LIGAÇÃO OFF



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