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História Paixão Escarlate - On the Beach - Part 2


Escrita por: Senara

Notas do Autor


Como fiquei muito feliz com os seus comentários, trouxe mais um capítulo um pouco mais cedo do que eu esperava!
XOXO

Capítulo 3 - On the Beach - Part 2


Não sei se me fizeram um favor ou não. Sabíamos que nem eu nem a Rosalya aguentaríamos ficar no mesmo espaço com a Debrah, então Lysandre foi dirigindo com a praga no banco do passageiro. Rosalya ficou entre mim e Castiel no banco de trás, conversando baixinho comigo, tentando me distrair e perguntando coisas boas sobre a minha mãe, o que me alegrou bastante. Por exemplo, o nome dela era Harmony, assim como a mãe de Rosa. Ela conseguiu me distrair durante todo o percurso e senti que seríamos boas amigas. Toda vez que Castiel tentava puxar conversa, eu ignorava e continuava a falar com Rosa ou conversava com Lysandre.

Depois de uma hora e meia, chegamos ao litoral. Mais precisamente, a casa de praia de Violette. Seja lá quem ela for. Deixamos nossas coisas na cabana espaçosa e fomos direto para a praia.

Rosa me disse que encontraríamos Violette, Kentin, Armin e Alexy na praia. Ainda não os conheço, mas ela me garantiu que eles eram boas pessoas. Visando seu gosto, nenhuma surpresa até agora.

A areia era branca e o mar era completamente azul. Eu estava impressionada com a brisa, que jogava meus cabelos para trás com violência, o sol torrava tudo o que tocava. Estava tudo ótimo, e eu achei que não podia melhorar, mas o resto do pessoal chegou.

Montamos uma tenda relativamente grande perto do mar e aproveitei o tempo para conhecê-los melhor. Violette e Alexy eram muito gentis (Alexy tinha preferência pelo sexo oposto, mas eu não liguei, ele era ótimo e insistia em me chamar de Alex só para que nossos nomes ficassem parecidos). Kentin era um perfeito cavalheiro e me disseram que ele era de uma escola militar. Digamos que o físico deixava isso bem á mostra. Ele tinha lindos olhos verdes e me tratava muito bem. Armin era engraçado. Ele só falava sobre games, cosplays e consoles. Dei graças a Deus por gostar de algumas das coisas que ele citava, porque conseguimos manter uma conversa por bastante tempo. Ele até me pagou um sorvete.

Decidi tomar banho de mar com a Rosa.

- Acho que vou para água. Quer ir comigo? – Chamei.

- Claro! – A modelo se colocou de pé, atraindo vários olhares masculinos. Ela era linda mesmo, imagino que seu namorado deva sofrer bastante.

- Eu vou com vocês! – Debrah cantarolou.

- NÃO! – Rosa e eu gritamos ao mesmo tempo.

- Qual é o problema de vocês? – Castiel esbravejou.

- Ela. – Respondi, dando as costas e puxando Rosalya para o mar.

Depois de chegarmos a um nível confortável de água, nadamos bastante e atiramos água uma na outra. Era tão divertido passar o tempo com ela! Paramos um pouco e voltamos a boiar na água. Um assunto que eu ouvi mais cedo martelava na minha mente, achei melhor perguntar direto para a fonte.

- Ei, Rosa. – Chamei. – O que foi que aquela peste fez para você?

Rosalya suspirou, boiando para o meu lado.

- Foi há um ano, na verdade. Debrah dizia que era minha amiga e que gostava muito de mim e eu acreditei, apesar de várias pessoas me alertarem sobre como ela realmente era. – Aquele desabafo soava mais rancoroso do que triste. - Um dia, eu estava organizando este desfile para arrecadar fundos para nossa escola e escolhi Violette como minha modelo, ao invés da Debrah. Sejamos francas, Violette é muito mais bonita do que Debrah e mais magra também. E tem mais: Aquela “beleza” dela sai facilmente com removedor. – Rimos daquilo, porque era verdade. - Aquela pestinha sabotou todos os meus vestidos e ainda ofereceu pães com pasta de amendoim para Violette antes do desfile. Aquela foca inescrupulosa!

Pisquei, confusa.

- E pasta de amendoim é ruim porque...?

- Violette é alérgica a pasta de amendoim.

Ah.

- Como ela foi capaz de brincar com a saúde de uma pessoa desse jeito? – Estava perplexa. E como alguém podia fazer mal a Violette? Ela era tão doce e tão gentil!

- Aquela garota é doente, eu estou falando. Mas enfim, assim que minhas modelos entraram, todos os vestidos se rasgaram e elas ficaram de roupa íntima e a pobre Violette começou a vomitar na plataforma. Já foi difícil convencê-la a desfilar, porque ela é muito tímida... imagina a vergonha que ela deve ter sentido depois disso? Então Debrah começou a dizer que eu tinha um estilo vulgar e que nem sabia escolher modelos profissionais. Disse que eu tinha forçado a pobre Violette a desfilar! Toda a escola ficou do lado dela, menos Lysandre e Nathaniel, que já sofreram nas mãos dela também, mas essa parte fica critério deles te contar ou não. – Rosa deu de ombros. – Depois daquele desastre, a diretora ficou uma fera e contou todos os fatos para os meus pais de um modo completamente distorcido! Fiquei de castigo e de detenção por uns dois meses... e também não pude mais ver o Leigh por um tempo, nem criar mais roupas! Foi horrível! E quando eu voltei, sabe o que a garota teve coragem de falar para mim? Ela disse: “Foi uma pena você não ter escolhido a modelo certa, tenho certeza que as roupas teriam ficado inteiras em outra pessoa”. – Rosalya rosnava, e eu toquei seu ombro de leve, tentando acalmá-la.

- Ela não tem limites! – Me exaltei. Eu acabaria com o seu reinado de terror, de uma vez por todas.

- Isso nem é tudo. – Rosa continuou, triste. – Ela trai Castiel sempre, e nós tentamos alertá-lo, mas ele não nos dá ouvidos. Está comendo na mão dela. Uma vez, Nathaniel conseguiu tirar uma foto, mas Debrah alegou que era photoshop e que Nathaniel era um invejoso que só queria ser seu namorado. Castiel acreditou em tudo e isso até chacoalhou a namorada do Nathaniel, Melody.

- Uau... – Eu não tinha palavras para descrever o meu desprezo por aquela garota. – Acha que ela deve ter algum problema psicológico ou são aquelas roupas que apertam até mesmo o cérebro dela?

Rosalya riu.

- Pode ser os dois. Mas não quero mais falar sobre ela. – Ela se levantou, brincando com a água. – O dia está quente, não é? Vou comprar algumas garrafas d’água para gente. – Ela saiu, me deixando sozinha.

Assim que ela saiu, um garoto muito bonito, bronzeado e loiro se aproximou de mim, me devorando com o olhar. Recuei um pouco, temerosa.

- Oi, gata. Qual é o seu nome?

- Gata? – Franzi o nariz. Resolvi deixar aquela passar porque eu estava feliz. Ignorei Castiel e sua namorada trocando caricias melosas o dia inteiro. Por que não estender a minha boa vontade? – Hum... Alexandria.

- Que nome lindo. Eu sou Dakota, mas meus amigos me chamam de Dake.

- Foi suportável te conhecer, Dakota. – Frisei o “Dakota” porque queria deixar claro que não estava interessada em ser sua amiga e nada além disso. – Preciso ir encontrar a minha amiga.

- Ah, mas eu acabei de chegar. Por que não fica mais um pouco comigo? – Ele agarrou o meu braço, impossibilitando a minha fuga.

- Ei, me solta! – Briguei com ele, puxando o meu braço e me soltando sozinha.

- Vem aqui, gatinha. – Dakota agarrou meus braços de novo e me puxou, tentando me beijar. Minha raiva falou mais alto que a minha razão e desferi um soco certeiro em seu rosto, o atirando para dentro do mar.

Grunhi, indignada e apontei o dedo para ele.

- Nunca mais tente me tocar!

Quando me virei bufando para sair, me deparei com um Castiel perplexo. Nos encaramos por alguns segundos constrangedores e quando achei que ele ia brigar comigo, ele começou a rir. Depois, sua risada virou uma gargalhada e passou a segurar sua barriga, quase se desmontando. Fiquei brava. Como ele podia rir assim de mim? Eu tinha acabado de sofrer uma tentativa de abuso! Coloquei as mãos na cintura e tentei parecer ameaçadora.

- Qual é a graça?

- Eu vi aquele cara te agarrando e vim até aqui para te afastar dele, mas... – Ele voltou a rir, mais escandalosamente. – Parece que você já cuidou de tudo. Sério, tem como você ser mais bruta e violenta? Eu acho que não! Você deu um soco em um garoto! Você é o oposto de feminino! Nem se comporta como uma menina! – Castiel continuava com a gargalhada fofa.

- Qual é o problema nisso? – Eu não estava entendendo. Eu apenas me defendi.

- Nada, nada. – Ele ainda ria, mas entrou um pouco na água, passou os braços pelos meus ombros e foi me direcionando a tenda onde estávamos todos reunidos.

Eu ainda estava emburrada, mas não podia negar um pouco de contato com o seu peitoral lindo e esculpido. Como eu previa, ele ficava muito mais desejável apenas de bermuda.

- Essa é a minha garota. – Castiel sussurrou aquela frase novamente e eu dei a mesma resposta:

- Já disse que não sou a sua garota.

- Vamos, eu te pago um sorvete.

- Não precisa. Armin já me comprou um. – Me desvencilhei de seus braços fortes e estava prestes a voltar para a tenda, quando ele me puxou de volta.

- Pare de ser teimosa e vamos logo.

- Por que não chama a sua namorada? – Quase gritei, me soltando com um puxão.

- Você não pode aceitar a porcaria de um sorvete?! – Desta vez ele estava gritando.

- Não de você! E me solte antes que aconteça com você a mesma coisa que aconteceu com aquele garoto lá! – Apontei para o mar, irritada.

- Como se você fosse me bater! – Castiel prendeu minhas mãos atrás do meu corpo e se aproximou dos meus lábios de novo, quase encostando-os em mim.

- Me solte e você vai ver só. – Ameacei baixo.

- Quero ver então. – Ele me soltou devagar, ao passo que aproximava nossos rostos mais uma vez. – Me mostre o que sabe, Alexandria.

Antes que eu fizesse alguma coisa estúpida e realizasse meu desejo mais intenso, de tomar os seus lábios e envolvê-los em um beijo feroz, me afastei de Castiel mais uma vez e tentei controlar minha respiração.

- Eu cumpro com a minha palavra. – O derrubei facilmente na areia e pressionei meu cotovelo direito contra seu pescoço. – Mulheres mais fortes não podem bater em homens. É covardia. – Me coloquei de pé e o ajudei a se erguer depois. – Acho que vi Debrah por ali. – Apontei para barraquinha de cachorro quente. – Vou ver se Lysandre quer caminhar pela praia.

Dei as costas para ele, nosso plano entrando em ação. Fiquei mais feliz por ter conhecido Rosalya. Ela realmente é um gênio quando se trata de garotos.

Ser fria e sedutora. Parecia que estava funcionando. Já era, Debrah. Castiel é meu.

***

Não sei de quem foi a brilhante ideia, mas foi decido que jogaríamos vôlei assim que voltei da caminhada com Lysandre. Além do mais, foi uma ótima escolha. Nos divertimos bastante e até construímos um castelo de areia, que ficou lindo, diga-se de passagem. Mas assim que voltamos, Castiel não me parecia muito contente, o que me deixou feliz. Entenda, eu não estou usando Lysandre. Gosto de verdade dele, e ficar na companhia de um garoto que não seja o Castiel realmente me deixa acalma.

Mas voltando ao vôlei, decidimos os times pela sorte. Então ficou assim: Eu, Rosalya, Kentin e Castiel em um time; Alexy, Debrah, Lysandre e Violette no outro. Armin não gostava de esportes (apesar do que seu físico revelava), então ficou como juiz.

Nem preciso dizer que estávamos ganhando de lavada. Lysandre e Alexy jogavam bem, mas Violette mal se mexia, e quando se mexia não conseguia acertar. Debrah nem mesmo estava interessada no jogo. Quanto ao nosso lado, eu jogava vôlei na escola, então me virava bem. Castiel e Kentin eram bons e Rosalya tinha muita precisão nos movimentos.

- Quem foi que convenceu Vossa Alteza a jogar? – Rosa sussurrou para mim.

Ri, enquanto Kentin se preparava para o saque.

- Não sei, mas acho que ela nem mesmo sabe quantos toques podemos dar na bola.

- Três, certo?

- Certo. – Respondi, rindo.

Seus olhos faiscaram com uma malícia óbvia e eu soube que ela iria aprontar.

- Ei, Debrah! – Rosalya chamou. – Não é muito legal perder, é?

- Mas nós temos que saber perder, Rosa. Temos sim. – A ironia interna fez Rosalya ranger os dentes.

Acho que os demais não prestaram atenção no pequeno conflito interno, ou decidiram ignorar. Kentin foi para o saque, a bola foi para cima de Violette, e ela teria conseguido pegar, se Debrah não tivesse colocado o pé na frente, para que ela tropeçasse e caísse de cara na areia.

- Ei! – Gritei. – O que você está fazendo?

- Ah, mas foi sem querer! Mil desculpas, Violette! – O teatro mal feito chegou de novo e ela ajudou a garota a levantar, fingindo arrependimento.

Violette nem se dignou a reclamar, ela sabia que não tinha sido sem querer, mas estava resistindo. Como ninguém acreditaria em mim, fingi que tinha sido um acidente. Mas eu não deixaria de prestar atenção na cascavel.

- Você está bem, Violette? – Alexy tocou seu ombro de leve e limpou a areia de seu rosto, o que eu achei muito fofo.

- Sim. – Ela corou.

Kentin sacou de novo, e Debrah cortou a bola. Ninguém corta o saque, não é permitido. Mas Debrah o fez, e acertou o rosto de Rosalya em cheio.

- Ai!

- Debrah! – Gritei. – Quer parar?

Rosalya estava uma fera. Seu rosto passou do vermelho para o roxo e os punhos estavam cerrados. Ela deu um passo em direção a Debrah, que ria, fingindo ser desastrada. Consegui impedir a modelo, antes que ela fizesse algo legal, como quebrá-la em vários pedaçinhos.

- Ai, eu estou tão descoordenada hoje! – Ela fingiu muito mal.

- Deixe-me matá-la! – Rosa pediu. – Só um pouquinho.

- Talvez não seja uma boa ideia. – Adverti. – Você está bem?

- Seu puder fincar as minhas unhas nesta metida eu vou dormir bem melhor. – Rosa irradiava raiva.

- Vou tomar isso como um sim. – Consegui sorrir.

Lysandre foi para o saque e eu esperei abaixada, passando de novo o meu plano mirabolante na minha mente. Assim que a bola chegou, coloquei para Rosalua e ela levantou. Saltei o mais alto que pude e afundei a mão, mirando certinho no rosto de Debrah. Praticamente desconcertei seu rosto com a bola e com a areia. Tive que me segurar para não rir.

- Alexandria! Qual é o seu problema? – Castiel gritou, vindo para cima de mim.

- O MEU problema?! – Gritei, muito irada por ele só defender aquela imbecil. – Essa garota está aprontando com todo mundo desde que apareceu e você vem perguntar qual é o MEU problema?

- Você está sendo infantil! E ela não fez por querer! – Ele tentou defendê-la, mas eu não ia deixar. Não dessa vez.

- Como pode acreditar nisso? – Gritei de volta, estava possessa. – Você é mesmo burro ou só finge mesmo?

Castiel estava prestes a rebater, mas ouviu o falso choro de Debrah e correu até ela.

- Ah, mas eu não mirei! – Ela “chorava”. – Achei que éramos amigas...

- Amigas? – Franzi o nariz, incrédula.

- Ninguém gosta de mim, nem mesmo a Rosa, que eu achei que era minha amiga! – Lágrimas de crocodilo malditas escorriam, enquanto ela não parava de apertar o bíceps do Castiel.

- Ah, por favor! – Rosalya passou por baixo da rede e estava quase em cima dela, quando Lysandre apareceu e a segurou, mas isso não a impediu de gritar: - Amigas não estragam os desfiles das outras e nem envenenam sua comida!

Violette pareceu lembrar da intoxicação que tinha sofrido naquele dia e parou um pouco, parecendo raciocinar. Praticamente todos ficaram quietos e prestaram atenção de verdade. Acho que todos se lembraram do episódio

- A pasta de amendoim... foi você? – Castiel só agora parecia ligar os fatos.

- Claro que não, gatinho! Essa doida está tentando te virar contra mim só porque o namorado dela me queria ao invés dela! Até mesmo aquele caipira sabe que eu sou melhor do que ela! – Debrah estava de volta, de pé e peitando Rosa.

- Você que se atirou em cima do Leigh! – Rosalya berrou, tentando se livrar do aperto de Lysandre e correr para cima dela.

- Não foi isso que pareceu quando ele tentou me beijar! Eu sou cinco vezes a mulher que você é!

- SUA...! – Rosalya empurrou Lysandre e voou para cima de Debrah, arranhando seu corpo e puxando seus cabelos. Castiel tentou separá-las, o que ficava difícil, quando duas garotas com unhas afiadas duelavam em um espaço pequeno como aquele. Deduzi que era melhor intervir, ou Debrah acabaria muito mal.

Corri para frente, tentando puxar Rosalya, mas não era nada fácil. Logo Kentin chegou e a segurou com a maior facilidade, mantendo-a suspensa no ar. Ela se debatia como um peixe fora d’água.

- Rosalya! Se acalme! – Kentin pedia.

- Me solte! – Rosa gritou de volta.

 Alexy afastou Violette da briga, enquanto Castiel e Armin tentavam conter Debrah, que também se impulsionava para frente. Lysandre estava ao meu lado, me segurando pelo braço para tentar me impedir de fazer alguma basteira.

- Todos me querem, querida! – Debrah berrou, com um pequeno corte nos lábios. – Até mesmo essa pequena Alexandria queria ter a minha vida! Sabe por quê? Porque pelo menos EU namoro o Castiel e eu sou gostosa! Aposto que sua mamãe era feiosa e patética que nem você!

- Ei, Debrah! – Castiel apertou seu braço com força.

Foi demais para mim segurar, senti meu coração dar um solavanco e minhas mãos coçarem para feri-la de vários jeitos. Ela estava falando da minha mãe! Tudo o que eu queria era quebrar aquele nariz empinado! Senti minhas mãos tremerem e Lysandre tentar me segurar.

Debrah soltou uma risada nojenta. Aposto que a briga com Rosa não foi o bastante para ela.

- O que foi?! Eu toquei em um ponto fraco?! Ah, me desculpe! Mas os genes não mentem! Tenho certeza que ela era horrível e invejosa que nem você!

Minha cabeça explodiu e me lancei para frente, com toda força que consegui e apertei aquele pescoço idiota com toda a força que consegui reunir! Chacoalhei ela para frente e para trás, tentando esganá-la e talvez matá-la ali mesmo! Debrah começou a tossir e a tentar revidar, mas eu estava com energia e tinha várias motivações!

- Nunca mais fale da minha mãe! Sua imbecil de língua bifurcada! – Parei de estrangulá-la e acertei um soco no seu nariz de plástica. Comecei a chorar, o ódio invadindo as minhas entranhas e me fazendo ferver. – Não se atreva a mencioná-la! Sua bolsa de carne superficial e imunda! – Meu coração estava acelerado e parecia querer sair do peito! Minha garganta doía e meus dedos reclamavam por terem dado golpes seguidos e fortes naquela praga

Castiel me deu um empurrão para trás e Lysandre me levantou do chão, me abraçando como se aquilo fosse adiantar alguma coisa. Soquei seu estômago e saltei para cima dela de novo, conseguindo chutar sua barriga antes que mais alguém, que eu não soube quem, me agarrar com força por trás e começar a gritar comigo.Debrah acertou um chute na minha cabeça, e me senti meio tonta. Minha cabeça pulsava, ameaçando entrar em colapso. Achei que ia desmaiar, não antes de ver Castiel abraçando Debrah, que chorava, dessa vez, de verdade.

***

Acordei devagar, sentindo a luz artificial ferir um pouco os meus olhos. Me localizei na casa de praia de Violette. Em seu quarto, para ser mais exata. Minha cabeça latejava, mas consegui me sentar. Assim que consegui me estabilizar, visualizei um garoto, Kentin, em uma extremidade do quarto. Ele me olhava de um modo estranho.

- Tem um pouco de luta em você. Achei impressionante.

- O que? – Reclamei, minha cuca ainda doía. – Que houve?

Kentin suspirou.

- Você deu uma surra em Debrah.

- Ah, é. – Me lembrei da ótima sensação que foi ter aquele pescoço arrogante nas mãos. – Como eu fui?

- Muito bem. – Ele deu de ombros. – Aquele chute foi mortal e aquele cruzado de direita foi incrivelmente militar.

- Você está me elogiando? – Ergui uma sobrancelha, confusa.

- Eu não gosto da Debrah, ela me humilhava quando eu era... bem... quando eu usava óculos e era um nanico bobo. Se aproveitava de mim e me humilhava. Ela não tem muitos fãs.

- Sério? Nem imagino o porquê. – Consegui soltar uma risada rouca. – Onde estão os outros?

- Ficamos eu, você, Violette, Rosalya e Castiel. Lysandre, Debrah, Alexy e Armin voltaram no outro carro. São os que menos odeiam ela, então... – Kentin respondeu, se levantando. – As meninas estão fazendo algo para gente comer e depois voltamos para casa. Vou ver como elas estão indo.

- Tudo bem. Obrigada por ter ficado aqui comigo, Ken.

Ele torceu o nariz ao ouvir o apelido.

- Não me chame assim, por favor. É meu apelido ridículo de infância.

- Eu não acho. Mas se você não gosta, tudo bem. Obrigada de novo.

- Não por isso. – Sorriu e saiu da pequena sala.

Cinco segundos depois que ele saiu, Castiel entrou. Era óbvio que ele estava com raiva. Eu tinha dado uma surra na namorada dele e não estava nem um pouco arrependida. Seus braços cruzados me diziam tudo.

- O que você quer? – Perguntei, grossa. Não estava com humor para ouvir sermão.

- Não gostei do que você fez na praia.

- Ah, me desculpe. Você não gostou? Isso é horrível, porque, sabe, meu único objetivo de vida é agradar você.

- Isso não tem graça, Alexandria!

- E quem é que está rindo, Castiel?!

Ele suspirou, tentando se conter e foi devagar até mim, sentando na borda da cama. Se ele estivesse um centímetro mais perto, eu provavelmente também lhe daria um chute.

- Você poderia ter machucado Debrah de verdade. Não sabe como isso foi irresponsável?

- Você está me dando lição de moral? Qual de nós dois já recebeu várias advertências por causa de brigas na escola? – Voltei a me exaltar com ele. Francamente! Por que nossas conversas sempre acabam em briga?

- Isso não tem nada a ver!

- Tem tudo a ver! Não fui só eu que me zanguei com Debrah! Não vê que tem algo errado?! Como pode ser tão cego?! Ela é do mal! Ela não presta! – Tentei desenhar com a mão para ver se ele entendia.

- Quem é você para julgar quem presta e que não presta?! – Castiel se inclinou para frente. – Nunca conheci uma garota tão chata e tão teimosa quanto você!

- Teimosa?! Eu?! Já se olhou no espelho?! Você é arrogante e tem olhos, mas não sabe usar! – A cada novo xingamento nos aproximávamos mais e mais, como se tentássemos mostrar quem era melhor.

- Você é impossível!

- E você é um idiota!

- Cale a boca!

- Vem calar!

- Então tá!

Castiel se inclinou para frente e me beijou, me calando com sucesso e de vez.


Notas Finais


Alexandria e Castiel estão em um relacionamento MUITO confuso, que eu defino simplesmente como sendo de ódio e amor.... well well, vamos ver no que vai dar!
XOXO


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