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História Paixão Imprevista - Chá e mais algumas coisas


Escrita por: MistyMayDawn

Notas do Autor


Hello, leitores lindos, aqui é a Misty!
Quem é vivo sempre aparece, né? kkk

Capitulo grande para compensar minha demora hehehe
Enfim, mais explicações nas notas finais.

Boa leitura!

Capítulo 14 - Chá e mais algumas coisas


 Estava nervoso, não conseguia evitar isso, pois Tomioka possuía uma presença que mexia consigo de tal forma que não encontrava palavras para se expressar. Seu jeito calado e, de certa maneira, misterioso, deixavam Tanjirou curioso para descobrir o que estava por trás daqueles orbes azuis escuros e de suas atitudes. Gostava, adorava ter o desafio de descobrir algo, pois era muito satisfatório, visto que estava curioso sobre o enigma que era o passado de seu professor.

— Acho que dessa vez não vou descobrir para onde vamos — Disse divertido. — Não faço ideia.

O moreno lhe direcionou o olhar, o desviando da rua pouco movimentada. Ao olhá-lo, o ruivo notou que a expressão divertida presente em seus orbes, logo deu lugar para uma hesitante e preocupada.

— Você se sentiria bem se eu te levasse para a minha casa? — Perguntou, só não continuou seu olhar sobre ele, pois precisou voltar a atenção para a rua, assim que alguns carros surgiram. — Ou você quer ir para outro lugar?

O rosto do ruivo adquiriu uma tonalidade vermelha imediatamente, muitas besteiras passaram pela sua cabeça. Engoliu em seco e puxou a cola da camisa, a fim de respirar melhor.

— P-pode ser. Eu não vejo problema, Giyuu-kun. — Sorriu sem graça e envergonhado.

Tomioka deu um sorriso discreto, uma vez que percebeu o nervosismo do outro e o achou adorável.

— Tudo bem, então — Respondeu, apenas.

Sentiu suas mãos suarem frio, podia ser um garoto muito ingênuo às vezes, mas não era inocente, passava longe disso, na verdade. Se pegou pensando se hoje seria o dia tão esperado, pois ainda era virgem, nunca ultrapassou o limite dos beijos e mãos bobas. Só de imaginar que perderia agora, com Giyuu, fazia seu coração saltar de apreensão. Estava incerto. Seria ótimo? Com certeza. Mas ele era mais velho, mais experiente, será que iria gostar do momento?

De soslaio, o moreno notou que o outro havia ficado tenso. O rapaz era sempre muito falante, agora estava quieto e encarando seu reflexo no vidro sem realmente estar se enxergando, perdido nos próprios pensamentos. O que será que havia passando pela sua cabeça? Pois seu jeito mudou quando mencionou que iriam até sua casa. Pensou em questioná-lo se estava tudo bem, mas Tanjirou sentiu seus olhares preocupados sobre si antes que o pudesse fazer.

— Estou curioso como sua casa é, Giyuu-kun — Sorriu meigo, fazendo suas covinhas aparecerem.

— Logo vai descobrir, estamos perto.

E como foi dito, só foi virar umas duas esquinas que o carro parou em frente a uma casa pequena e simples. Os olhos escarlates fitaram curiosos e admirados pela janela ao lado do motorista, achando-a muito fofa por conta da cor azul e marrom claro e do pequeno jardim charmoso.  Parecia que a maior parte da construção possuía madeira como principal material, mas, além do piso amarronzado, o ruivo não possuía certeza se realmente se tratava deste material. Não sabia porquê, mas o imaginou morando em um pequeno apartamento de cores monocromáticas que iam do branco ao preto e tons de cinza, que eram muito comum por ali.

Giyuu não disse nada, apenas observou o outro contemplando tudo com interesse e curiosidade; seus olhinhos se assemelhavam aos de uma criança descobrindo algo novo e único. Se encontrava neste estado pelo desejo de descobrir mais sobre o mais velho, pois tudo no outro era uma incógnita e fascinante. Visitar sua casa o fez se sentir mais íntimo e teve uma sensação de que o relacionamento deles pudesse ser mais aprofundado e evoluir para algo a mais, ir além de apenas uma aventura passageira. Não tinha certeza se Giyuu morava sozinho ou não, uma vez que se morasse com alguém, provavelmente não estariam lá agora, para evitar questionamentos. Seria, no mínimo, suspeito e muito estranho um professor trazer um aluno à noite após as 22h para sua casa. Se questionou até sobre os vizinhos, cidade pequena tinha esse problema, fofoca e pessoas cuidando da vida dos outros.

— Vamos? — Chamou a atenção do menor, que nem havia notado que estavam ali fazia um tempo.

Giyuu estava com o cotovelo na janela e apoiando sua cabeça de maneira relaxada e paciente, parecia que estava se divertindo ao ver as expressões do outro mudarem conforme os pensamentos passavam pela sua cabeça, podia até arriscar em adivinhar o que estava pensando nesse instante.

— Você tem uma casa muito bonita. — Deu um sorriso meigo e, ao mesmo tempo, tímido.

— Obrigado. — Abriu a porta do carro e saiu, sendo seguido por Tanjirou.

Procurou as chaves no bolso da frente das calças, o ruivo prestou atenção em tudo e nunca imaginou que o outro teria um chaveiro fofo de livro, sentiu até vontade de sorrir. Mas nada superou o tapete, nada! Era um Garfield, aquele gato laranja e gordo, com cara de mal humorado ao lado da frase "Você de novo não!". Aí não dava para segurar o riso. Meu Deus! Imaginava tudo menos isso. Mas, definitivamente, era a cara dele não gostar de receber visitas. 

— Desculpa, Giyuu-kun, mas o seu tapete é maravilhoso. — O ruivo tentava conter o riso e o outro o olhava incrédulo, mas logo sua expressão mudou para uma cara de peixe morto.

— Foi Shinobu que me deu esse negócio, falou que é a minha cara. — Abriu a porta e adentrou a casa.

O Kamado achou que era a cara da professora de biologia fazer essas coisas, mostrava a intimidade que os professores possuíam, também concordou que combinou com Giyuu de um jeito engraçado e inesperado, mas preferiu não comentar nada, dado que achou que ficaria indignado. Achava incrível como conseguia ser fofo, sem nem passar pela sua cabeça que estava sendo, ou talvez só o ruivo enxergasse isso.

Viu Tomioka tirando os sapatos e fez o mesmo. A luz já estava ligada, o que, na visão do ruivo, significava que desde o início o intuito era trazê-lo. Observou atentamente, seus olhos passeavam por todos os detalhes, percebeu que desde os móveis, até a pintura e o piso, eram de tons neutros. Quando o viu pela primeira vez, teve a impressão que era muito organizado e perfeccionista, no sentido bom da palavra, sem ser metódico e chato; ficou feliz em ter acertado. Os quadros sobre o rack da TV foi o que mais lhe chamou atenção, era a oportunidade perfeita de descobrir, pelo menos, os rostos da família Tomioka. Queria descobrir mais! 

— Você mora sozinho? — Perguntou, ainda com seus olhos fixos nos portas-retratos.

— Sim.

Queria que contasse mais sobre sua família, estava claro que não faria isso tão cedo. O avermelhado não gostava de ser intrometido, mas sua curiosidade estava crescendo a cada dia que se passava.

— Deve ser legal morar sozinho.

Tomioka nada respondeu, apenas sentou-se no sofá preto de três lugares, então bateu a mão repetidamente no estofado, como se convidasse o ruivo para sentar-se ao seu lado.

— Vem, senta aqui. — O ruivo podia jurar que havia um micro sorriso quase imperceptível nos lábios finos do mais velho.

Andou timidamente, ficou ao lado dele se encolhendo como se não quisesse ocupar muito espaço. De repente, os pensamentos errados surgiram, seu rosto ficou um pouco vermelho, fato que foi notado rápido por Tomioka, que estava se divertindo com todas as reações. No entanto, não desejava que o ruivo se sentisse desconfortável, pelo contrário, queria que ficasse confortável e se sentisse bem. De uma coisa Giyuu tinha certeza, não iria tentar nada que fosse tão ousado, não até perceber que tudo bem para o Kamado.

— Eu moro sozinho desde os dezoito — Revelou — Foi difícil no começo.

A postura dura e travada do avermelhado se desfez, relaxando um pouco, abriu o sorriso que Giyuu amava tanto.

— Bem, não consigo imaginar como é morar sozinho, minha família é grande, acho que sentiria muita saudade de todos. Mas seria uma experiência que gostaria de ter um dia.

— E eu não consigo imaginar como é morar com muitas pessoas. — Se aproximou mais ao ver que Tanjirou não estava mais inseguro — É difícil, mas me fez aprender a ser independente mais rápido.

— É algo que queria muito. — Os olhos brilhando e sonhadores não passaram despercebidos pelo moreno.

O ruivo sempre foi muito sonhador, pensar no que aconteceria depois da escola era muito empolgante. Imaginava a faculdade e independência, sem a necessidade de dar satisfação para os pais. Será que algum dia teria isso?

— Você quer algo? Café? Chá?

— Ah, bem… — Pensou indeciso com a mão no queixo — Chá seria bom.

Se aproximou para beijá-lo, o ósculo foi carinhoso e livre de segundas intenções que, neste instante, passavam pela mente do ruivo. O Kamado ficou imóvel e envergonhado, a verdade era que estava nervoso se aconteceria algo além do que aconteceu no carro, uma semana atrás. Era inegável que queria ter continuado, porém não sabia até onde iriam chegar. Não que tivesse desgostando de ter escolhido vir até a casa dele, queria muito estar aqui, estava adorando, de verdade. Queria dar tapas no próprio rosto por estar sentindo seu coração batendo rápido.

“Se acalme, Tanjirou”

— Volto logo.

Tomioka se levantou e foi até a cozinha, deixando o ruivo sozinho na sala de estar. Logo esqueceu o nervosismo ao lembrar-se dos porta-retratos, levantou-se e foi até o rack para matar sua curiosidade. As fotografias estavam alinhadas e pareciam ser antigas, pois se encontravam levemente amareladas; decidiu seguir a ordem da direita pra esquerda. A primeira era uma do professor quando criança com uma garota mais alta e poucos anos mais velha, usava um vestido vermelho e o cabelo negro e longo preso, apesar de já ter o visto sorrindo em algumas poucas ocasiões, aquele sorriso no rosto de Giyuu foi o maior e mais alegre que já tinha visto, passava a sensação de alegria e inocência que devia possuir naquela época. Pegou-se questionando o que poderia ter ocorrido na época para mudar tanto ou se foi apenas porque cresceu e amadureceu.

A segunda fotografia havia Giyuu e Sabito adolescentes usando o uniforme da mesma escola do ruivo; o moreno ainda possuía o lindo sorriso e olhava cadinhoso para o Urokodaki, e este, estava olhando confiante diretamente para a câmera. E, finalmente, a terceira e última imagem era da mesma garota da primeira foto, desta vez mais velha. Tanjirou se aproximou para olhá-la, prestando atenção em todos os detalhes e percebendo que possuía os mesmos orbes azuis escuros que ele. Se tratava da irmã que Tomioka havia falava antes, disto tinha certeza, contudo, não entendia porque não havia fotos dos pais também.

O som de xícara tocando a mesa o despertou, sequer havia notado que Tomioka voltou. Virou-se de súbito, como se tivesse sido pego em flagrante; riu e voltou a sentar no sofá, enquanto o outro o fitava divertido, uma vez que sabia que o ruivo seria curioso para olhar suas fotos.

— Sua irmã? — Perguntou, temendo ser intrometido. — É muito bonita e parece com você.

O professor segurava a xícara branca e soprava a fina linha de favor que saía por estar muito quente.

— Sim, o nome dela era Tomioka Tsutako. — Deu um gole. — Ela morreu há muito tempo.

O Kamado pegou sua xícara, que outrora estava sobre a mesa de centro, e olhou para o conteúdo de cor verde meio amarelada.

— Sinto muito. — Respondeu triste olhando seu reflexo no chá.

— Tudo bem, Tanjirou.

Pensou em perguntar como aconteceu, mas não sabia se estava sendo desrespeitoso, visto que o mais velho não aparentava que queria tocar nesse assunto, talvez não quisesse vivenciar sentimentos ruins do passado. No fim, preferiu ficar calado observando Tomioka apreciando o chá quente. Deu um gole também, sentiu o gosto suave e um pouco amargo no final.

— E seus pais? Não tem fotos aqui. — Perguntou inocentemente e sorriu gentil para o outro que apenas o olhou melancólico.

— Bem, meus pais… não me dou bem com eles. — Deu outro gole, tentando não relembrar dos acontecimentos de anos atrás.

— Ah… — Disse sem graça, sem saber o certo a dizer, temeu que tivesse feito algo errado ao tocar no assunto. Para ele, era impensável não ter um bom relacionamento com os pais, porém, toda família era diferente uma da outra. — Desculpa, eu só sou curioso sobre você.

O mais velho ficou calado bebendo, o avermelhado fez o mesmo, ficou com a sensação que deveria falar algo a mais.

— Tanjirou. — Chamou, o ruivo olhou-o por cima da xícara. — Não se preocupe com isso, posso garantir que vou lhe contar alguma hora.

Bebeu o resto da bebida e colocou a xícara na mesa de centro. O Kamado entendia muito bem o lado do professor, já que sempre foi compreensivo e paciente.

— Certo. Seu chá estava delicioso. — Mudou de assunto curvando os lábios.

O moreno se aproximou mais e segurou a mão do mais novo, com a outra tocou-o no rosto.

— Tanjirou, estou feliz que está aqui. Você foi o melhor acontecimento na minha vida nesses últimos anos.

O outro falar algo assim o pegou de surpresa, o frio na barriga se fez presente e seu rosto corou. A felicidade invadiu seu peito, o fazendo sorrir com as bochechas rosadas e formando covinhas fofas. Se aproximou mais e iniciou um beijo suave e carinhoso, acariciou o rosto do mais velho, logo entrelaçando os dedos nos fios negros e aprofundando o ósculo. Naquele momento, se esqueceu do nervosismo de antes ao se entregar mais ao desejo. Assim, Tomioka desceu os beijos pelo queixo e pescoço, deixando alguns rastros de saliva. Tanjirou tentou repreender uma arfada, seu ponto fraco sempre foi o pescoço por ser muito sensível no local, por isso, apertou forte os ombros do professor. Não queria que parasse.

Tomioka subiu o rosto e voltou a beijá-lo, lento e excitante, foi demais para o ruivo, que mordeu o lábio inferior do outro, segundando e soltando fazendo um estalo. Os olhos azuis o fitavam divertidos, com uma sobrancelha arqueada olho-o de cima em baixo. Tanjirou ainda estava corado, sentiu um frio na espinha com o olhar que recebeu. Mal sabia ele que havia causado o mesmo no moreno, porque o seu sorriso estava longe do gentil que costuma ser e os olhos escarlates refletiam seus pensamentos cheios de segundas intenções, mas com uma certa inocência lá no fundo. Contudo, o coração acelerado deixava claro que permanecia inquieto e duvidoso.

O tempo separados não passou de instantes, pois logo a distância foi vencida quando o Kamado se jogou em Tomioka, o derrubando no sofá e deitando-se sobre ele.

— Você tem certeza que quer isso? 

— Não sei até que ponto, mas quero continuar.

— Certeza? — Perguntou e arqueou as sobrancelhas, mas não obteve resposta, apenas Tanjirou o calando com um beijo.

De lento para intenso e rápido, as mãos do mais velho deciam e subiam nas costas, até serem atrevidas o suficiente para entrar na camisa e descer para a bunda apertando com força e firmeza. Não esperava por isso, deixou escapar um suspiro entre os beijos. Tanjirou sentou-se, colocando as penas em cada lado do corpo. Aos poucos, timidamente e hesitante, começou a desabotoar os botões da camisa do mais velho, evitou olhar em seus orbes, senão não teria essa coragem de agora. Estava sendo ousado, o moreno não esperava nada assim vindo dele e estava gostando muito. Mesmo nervoso, Tanjirou não deixou se abalar, fez o que tinha vontade e não se arrependeria de nada depois.

— Você quer ir para o meu quarto?

— A-ah, bem… — Se ele pudesse se bater faria isso agora. Puta merda, gaguejar uma hora dessas? — S-sim.

Para Giyuu, estava óbvio que Tanjirou era virgem, estava estampado na cara dele. Só iria até onde o menor quisesse.

— Então vamos.

Sentou-se, ficando cara a cara com o ruivo, beijo-o enquanto tirava a própria blusa que Tanjirou começou a desabotoar. Juntos, se levantaram, o moreno jogou em cima da mesa de centro a roupa e foram para o quarto. Ao chegarem, o Kamado não foi observador como da vez passada, estava interessado em outra coisa, mas se parasse para analisar, veria que era o que havia imaginado: quarto organizado, com algum livro no criado-mudo  e um abajur para leitura.

Sentaram-se na cama de casal, o Kamado tirou a própria camisa, mal terminou de jogar em algum canto e Tomioka tomou seus lábios para si. Como não era bobo, o avermelhado aproveitou para tocar todo o abdômen despido, pálido e definido com músculos avantajados demais para um professor que passava a maior parte do tempo lendo e escrevendo; e tocar em seus braços fortes, apertando-o, diminuindo mais a distância, colando os corpos.

A mão boba de Giyuu foi para a calça do menor, sentiu o volume e apertou, causando um gemido baixo, quase inaudível, que foi como música aos seus ouvidos, os deixando ainda mais excitados; a outra mão segurava a nuca, puxando os fios vermelhos com força. Tanjirou queria ser ousado, não iria se render a timidez e ficar travado, então, com os dedos, calmamente sentiu a pele macia e todos os músculos definidos, até chegar na calça para desabotoar os botões e abrir o zíper, enfiou sua mão dentro, por cima da cueca. Tomioka era grande e grosso, o que o deixou feliz e preocupado por ser sua primeira vez. Doeria?

Puxou o prendedor de cabelo do moreno, soltando seus cabelos e os deixando cair sobre os ombros, usou como pulseira e pulou para o colo. Giyuu ficou impressionado com sua ousadia, sua boca ficou aberta, mas logo deu lugar a um sorriso de canto malicioso. Tanjirou tinha certeza de uma coisa: o professor ficava lindo com os cabelos rebeldes soltos.

— Eu achei que você seria tímido.

— Posso surpreender, sabia?

O coração batia acelerado no peito, podia sentir o frio na barriga, mas não perderia essa oportunidade. Fazia um tempo que Giyuu era o motivo de seus banhos demorados.

Iniciaram outro ósculo quente, estavam com calor, imagina se ainda usassem as camisas. Instintivamente, começou a se mover, rebolando no pau pulsante, Tomioka apertou a bunda, movimentando conforme queria. Os dois soltavam arfadas e suspiros entre os beijos, Giyuu deslizou para a orelha, mordendo e chupando o lóbulo, Tanjirou arranhou as costas e apertou-as como resposta, deixaria marcas, contudo, não era algo que o mais velho se importasse, estava muito excitado para reclamar e pensar no dia seguinte.

Saiu de cima dele, pisou no chão e se abaixou lentamente, com as mãos pressionando e apertando por cima da cueca, olhando diretamente para os olhos azuis nublados. Giyuu carregava uma expressão safada e de surpresa, ao mesmo tempo, estava incrédulo que Tanjirou havia tomando essa atitude. A visão dele de joelhos, olhando para o volume avantajado, abrindo mais a calça e seu rosto em um misto contrastante de inocência e malícia; era instigante demais. E, para o ruivo, estava envergonhado por se propor a isso, mas a visão de Giyuu o olhando de cima, com aqueles orbes misteriosos, compensava muito.

Era óbvio que Tanjirou nunca havia pagado um boguete na vida, mas sempre existia uma primeira vez e desejava que fosse agora, com o professor que sempre lembrava ao acordar e adormecer. 

— Você não estava brincando.

Envergonhado, o ruivo desviou o olhar e não respondeu, não sabia o que dizer. Contentou-se em olhar para baixo, escorregando os dedos pelo cós da roupa íntima, arrastou até a metade, o suficiente para ver o que desejava muito. Arregalou os olhos ao ver que o pau soltou ereto.

Seria a primeira vez e não faria feio.

Lambeu em volta, sem pressa alguma, sentiu o gosto e a textura, depois abocanhou com vontade enfiando até onde conseguia e usando as mãos pra compensar por não conseguir engolir tudo. O movimento de subir e descer com a boca e mão foi complicado no início, mas estava se acostumando e, além disso, as expressões de Tomioka faziam tudo valer à pena. Nunca foi tão expressivo quanto agora, apesar de não soltar nada além de suspiros baixinhos, os olhos estavam fechados como se tivesse apreciando cada ida e volta, também mordia o lábio inferior e as bochechas internas. Quando as mãos do mais velho foram para a nuca do outro, ajudando no trabalho, que Tanjirou teve certeza que fazia um bom boquete e se encheu de si, orgulho, aumentando a velocidade. Era cansativo, mas gostou e faria outras vezes, se fosse para agradá-lo, faria com certeza.

Finalmente, Giyuu abriu os olhos, que se encontraram como um ímã nos orbes escarlates e, rapidamente, o ruivo desviou para o lado. Essa era uma lembrança que o moreno nunca esqueceria.

— Tanjirou, eu… — Ao iniciar a frase, Kamado compreendeu, mas não houve tempo, pois assim que se afastou o jato foi bem na sua cara. — Desculpa, devia ter avisado antes.

— Tudo bem — Disse, o líquido estava escorrendo pelo queixo e pescoço — Eu gostei.

Deram um beijo carinhoso, afagando as mechas ruivas e negras. Tomioka estava se preparando para retribuir, não seria o único a sentir prazer naquela noite. No entendo, o Kamado viu pelo canto do olho a hora no relógio digital em cima do criado mudo; soltou uma explicação de surpresa, o que fez o outro o olhar assustado e sem entender nada. O tempo havia passado muito rápido!

— Tudo bem, Tanjirou?

— Não, eu tenho que ir, vai dar meia noite! — Fez uma expressão de medo — Eles devem pensar que eu morri. — Giyuu suspirou frustrado, o que poderia fazer? A continuação vai ter que ficar para outro dia, infelizmente. — Desculpa.

— Não precisa se desculpar. O banheiro é logo alí. — Apontou para uma porta ao lado do guarda-roupa.

Pela voz do mais velho, teve certeza que ficou desanimado, assim como ele próprio. Mas também queria evitar questionamentos dos amigos, não sabia nem o que falar para convencê-los, e, sinceramente, todos iriam suspeitar de qualquer forma.

Entrou no banheiro e se limpou, vestiu-se e antes de sair olhou seu reflexo no banheiro sem acreditar ainda o que tinha acontecido há poucos minutos. Sorriu como um idiota. Ao sair, não encontrou Tomioka no quarto, ele já estava vestido na sala esperando e o cabelo novamente amarrado.

— Vamos? — Perguntou sem jeito, coçando a cabeça.

— Sim. — Confirmou com as chaves do carro já em mãos.

Tanjirou abraçou forte o maior, deitando o rosto no ombro. O professor apoiou seu queixo no topo de sua cabeça, acariciando os fios vermelhos e as costas. 

— Na próxima, não vai ter mais imprevistos. — Disse sorrindo.

Giyuu tocou o queixo do outro com a ponta dos dedos, diminuiu a distância ao depositar um selinho demorado.

[...]

Ao chegar à casa das Kocho, avistou Tokito Muichirou sentado na varanda distraído mexendo no celular, uma perna estava estendida e a outra dobrada e apoiada no estofado da cadeira. Olhou desconfiado, o rapaz deveria estar lá dentro se divertindo com os personagens burros de filmes de terror.

— Muichirou-san? 

Ouviu a voz do ruivo e se endireitou na cadeira, bloqueou a tela do celular.

— Oi. — Respondeu rápido.

— Por que você não está lá dentro? — Perguntou com um sorriso e se aproximando do menor. — Só de pensar que perdi toda a diversão, fico triste. — Sorriu da sua própria mentira, pois havia se divertindo muito mais com Tomioka e não trocaria esse momento por nada.

— Eu… — Fez uma pausa, como se temesse revelar sua insegura e da reação do mais velho — Estava preocupado com você.

Tanjirou piscou algumas vezes, então abriu um sorriso alegre, o que fez Tokito enrubescer levemente.

— Sério? Não precisava, eu só fui entregar um remédio para minha mãe e voltei — Disse sem jeito, afinal, estava mentindo descaramente.

— É que você demorou muito. — Se levantou e ficou de frente para o outro, Muichirou era apenas alguns centímetros mais baixo que o Kamado. Gostava muito disso, sempre preferiu pessoas mais altas, a sensação de alguém maior o abraçando o fazia se sentir protegido e seguro.

— Vem, vamos entrar. — Segurou a mão de Tokito e o puxou.

Tanjirou tomou a frente e foi em direção a porta, Tokito ficou refletindo olhando as mãos unidas, era uma sensação estranha e esquisita. Queria tomar a atitude que desejava, queria ter coragem! Estava curioso sobre o beijo que viu mais cedo, pensou em perguntar, mas agora com o Kamado ali, na sua frente, toda a sua coragem se esvaiu. Que idiota! Não conseguia nem se reconhecer! Por que agia assim?


Notas Finais


Espero que tenham gostado <3

Eu pretendia postar um capítulo por semana, mas estou vendo que não consegui. Acontece que quando me sinto obrigada a fazer algo, com prazos como estava exigindo de mim mesma, acabo me sentindo desanimada. Não que eu esteja desanimada com essa fanfic, longe disso! Eu amo ela, de paixão. Apenas não estou conseguindo escrever tanto quanto antes.
Fim de capitulo e um baque nas notas kkkkk
Por favor, não se preocupem, vou postar capítulos quando der, mas não com a mesma frequência de antes.


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