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História Paixão Sem Limites - Capítulo 16


Escrita por: twerkcamdallas e elflopada

Notas do Autor


Espero que gostem ❤

Capítulo 17 - Capítulo 16


Fanfic / Fanfiction Paixão Sem Limites - Capítulo 16

Wonho abriu a porta e recuou para eu poder passar. Entrei na casa e segui na direção da cozinha.

- Seu quarto agora é lá em cima - Disse ele, rompendo o silêncio.

Eu sabia disso, mas estava distraída com outra coisa. Eu me virei e me encaminhei para a escada. Ele não seguiu. Quis olhar para trás e ver o que ele estava fazendo, mas não consegui.

- Eu tentei ficar longe de você.

As palavras dele soaram sombrias. Parei e tornei a me virar para encara-lo lá embaixo ele estava em pé no primeiro degrau da escada com os olhos erguidos para mim. A expressão sofrida do seu rosto me deu um aperto no coração.

- Naquela primeira noite, tentei me livrar de você. Não porque você me desagradasse. - Ele deixou escapar uma risada dura e amarga. - Mas por que eu sabia. Sabia que ficaria a fim de você. Que não conseguiria manter distância. Talvez eu a tenha detestado um pouquinho nessa hora por causa da fraqueza que você conseguiria encontrar em mim.

- O que há de tão errado em você ficar a fim de mim? - Perguntei. Precisava que ele me respondesse pelo menos isso.

- É que você não sabe tudo e eu também não posso contar. Não posso revelar os segredos de Nari. São dela. Sook, eu amo Nari. Durante a vida inteira eu amei e protegi. Ela é a minha irmã mais nova. É isso que eu faço. Mesmo que eu queira você como nunca quis nada na minha vida, não posso revelar os segredos da Nari.

Cada palavra que saía da sua boca parecia estar sendo arrancada lá de dentro. Nari era mesmo a sua irmã e esse tipo de lealdade e amor eu entendia. Se pudesse, teria morrido por Soon. Ela era só cinco minutos mais nova do que eu, mas eu teria feito tudo o que ela precisasse. Nenhum cara, nenhuma outra emoção, poderia ter me levado a trai-la.

- Isso eu entendo. Tudo bem. Não deveria ter perguntado. Desculpe.

Eu estava arrependida. Tinha me intrometido na vida dele e na da sua irmã. É claro que o que a Jin sabia, fosse o que fosse, era algo que eu não deveria saber. Se ela achava que a necessidade que Wonho tinha de proteger a irmã seria uma questão entre nós, estava enganada.
Ele fechou os olhos com força e murmurou alguma coisa. Algo o estava atormentando. Talvez aquela situação tivesse despertado uma lembrança ruim. Por mais que eu quisesse descer lá e lhe dar um abraço sabia que nesse exato instante não era bem-vinda. Tinha estragado tudo.

- Boa noite, Wonho - Falei e subi a escada.

Dessa vez não olhei para trás. Fui direto para o meu quarto.
Com as janelas do andar de cima não havia como não perceber quando amanhecia não era preciso nenhum despertador. O sol tinha me acordado uma hora antes do alarme tocar. Tomei uma ducha e me vesti sem pressa, agora que tinha um banheiro contínuo e mais espaço para me mover. 
Não estava com disposição para comer a comida do Wonho de manhã. Na verdade, não estava com disposição para comer nada, mas tinha que trabalhar dois turnos, então precisava de comida. Daria uma passada na café para um dose de cafeína e um muffin. Era nossa responsabilidade manter lavadas e passadas a saia de linho preta curta e a blusa de algodão branco de botão que usávamos como uniforme ao trabalhar no salão do clube. Na véspera, eu dedicara algumas horas a passar a ferro as poucas peças que tinha em casa.
Calcei os tênis e desci. Ainda não ouvira nenhuma atividade no andar de cima por isso sabia que Wonho não estava acordado. Pela primeira vez, fiquei grata por não ter que encontra-lo. Depois de uma noite de sono, os acontecimentos da véspera me deixavam envergonhada.
Eu não somente havia deixado Wonho me tocar em lugares que jamais deixará ninguém tocar como depois tinha me comportado feito uma doida enxerida. Devia desculpas a ele, mas ainda não estava pronta para me desculpar.
Fechei a porta da frente sem fazer barulho e fui até a picape. Pelo menos só voltaria para casa depois de escurecer. Não precisava encarar Wonho pelas próximas doze horas.
Quando cheguei, Minhyuk já estava na sala dos funcionários de avental. Depois de sorrir para mim, fez um biquinho com os lábios.

- Xi, parece que alguém não teve uma boa manhã.

Eu não podia contar os meus problemas para Minhyuk ele também conhecia os envolvidos. Tinha que guardar tudo aquilo para mim.

- Não dormi muito bem - Falei.

Ele fez um muxoxo.

- Que pena. Dormir é uma coisa tão bela.

Assenti e bati o meu ponto.

- Estou sozinha hoje? - Perguntei.

- Claro. Bastou você me seguir por duas horas para aprender tudo. Deve tirar de letra o dia de hoje.

Fiquei feliz por alguém pensar isso de mim. Peguei uma prancheta de pedidos e uma caneta e as guardei no bolso do avental preto.

- Hora do café da manhã - Disse Minhyuk com uma piscadela antes de abrir a porta que dava para o salão. - Epa, parece que o patrão está na mesa oito com amigos. Por mais que eu fosse adorar ir lá manjar aquelas bundas bonitas, eles vão preferir você. Vou servir as mamães madrugadoras do tênis na dez. Elas são boas de gorjeta.

O que eu menos queria essa manhã era servir Shownu e os seus amigos, mas não podia discutir com Minhyuk. Ele tinha razão receberia gorjetas melhores das mulheres. Elas o adoravam.
Fui até a mesa dos rapazes. Shownu ergueu os olhos para mim e sorriu.

- Você fica muito melhor aqui - Falou quando parei na frente deles.

- Obrigada. É bem fresco - Respondi.

- Sook subiu na vida. Talvez eu tenha que vir comer mais aqui - Disse o de cabelo rosa cujo o nome eu sempre esquecia.

- Talvez isso seja muito bom para o movimento - Concordou Shownu.

- Como foi a sua noite com Jin? - Indagou o rapaz de cabelo rosa que lembrei o nome, Kihyun. Sua voz tinha um leve traço de agressividade. Aparentemente, ele me culpava pelo comportamento dela, mas eu não estava nem aí. Para min ele um zero à esquerda.

- Foi divertido. O que desejam beber? - Perguntei, mudando de assunto.

- Café, por favor - Entoou o outro.

- Ok, entendi. Assunto proibido. Código de amizade feminina, essas paradas. Vou querer um suco de laranja - Falou Kihyun.

- Café para mim também - Disse Shownu.

- Já volto com as bebidas - Respondi e, quando virei as costas, vi que havia mais duas mesas ocupadas.

Como Minhyuk já estava atendendo uma delas, fui na direção da outra. Levei um segundo para perceber quem estava sentado ali. Meus pés pararam de se mexer e fiquei olhando Nari jogar os longos cabelos pretos para trás do ombro e me olhar de cara feia. Procurei por Minhyuk que terminava de anotar os pedidos de bebida da segunda mesa. Eu tinha que fazer aquilo. Estava sendo boba. Ela era irmã de Wonho.
Forcei os meus pés a se moverem e fui até lá. Nari estava acompanhada por outra menina que eu nunca tinha visto antes.

- Hyuntae deve estar deixando qualquer um trabalhar aqui hoje em dia. Preciso dizer a Shownu para fala com o pai dele sobre ser mais seletivo com os empregados - Disse ela devagar, e alto.

Senti o rosto esquentar e soube que estava vermelha. Nesse exato momento, precisava apenas provar que era capaz de fazer aquilo. Nari me odiava por motivos que eu desconhecia. A menos, é claro, que Wonho tivesse dito para ele que eu andara metendo o bedelho nos seus assuntos. Não parecia algo que ele fosse fazer, mas eu não o conhecia tão bem assim. Não mesmo.

- Bom dia, em que posso ajudá-las? - Perguntei o mais educadamente possível.

A outra menina deu uma risadinha sarcástica e abaixou a cabeça. Nari me lançou um olhar raivoso, como se eu fosse algo repugnante.

- Em nada. Eu espero ser servida por alguém com mais classe quando venho comer aqui. Você não serve.

Tornei a olhar para ver se achava Minhyuk, mas ele tinha sumido. Nari até podeira ser a irmã mais nova de Wonho, mas era uma tremenda de uma vaca. Se eu não precisasse tanto daquele emprego, diria a ela para ir se catar e iria embora.

- Algum problema aqui? - Perguntou a voz de Shownu atrás de mim.

Pela primeira vez desde que o conhecia, fiquei aliviada com a sua presença.

- Tem sim. Você contratou uma vagaba. Quero que a mande embora. Eu pago caro demais como sócia deste clube para tolerar esse tipo de serviço.

Seria porque eu morava na casa do seu irmão? Será que ela odiava o meu pai também? Eu não queria que ela me odiasse, pois nesse caso Wonho jamais se abriria comigo.

- Nari, você nunca pagou para ser sócia daqui. Só frequenta o clube porque o seu irmão deixa. Sook é uma das melhores funcionárias que já tivemos e nenhum outro sócio pagante reclamou. Com certeza não o seu irmão. Sendo assim, querida, pode recolher as garras e descer do salto. - Shownu estalou os dedos e Minhyuk se aproximou depressa da nossa mesa. Devia ter saído da cozinha durante a discussão e eu não tinha percebido.

- Min, por favor, pode atender Nari e Jihye? Parece que Nari tem algum problema com Sook e não quero que Sook seja forçada a servi-la.

Minhyuk assentiu. Shownu me segurou pelo cotovelo e me conduziu de volta em direção à cozinha. Eu sabia que estavamos chamando atenção mas não liguei. Estava apenas muito grata por me afastar dos observadores curiosos e poder respirar um pouco.
Assim que a porta da cozinha se fechou atrás de mim tornei a respirar normalmente.

- Sook, eu só vou dizer isso uma vez. Você me deu um bolo outra noite na casa do Wonho e não tive que perguntar o motivo bastou saber que ele havia sumido para entender. Você tinha tomado a sua decisão e resolveu recua. Mas o que aconteceu aqui hoje só foi um gostinho. O veneno daquela vaca é poderoso. Ela é amargurada e feroz e quando chegar a hora de escolher, Wonho vai optar por ela.

Eu me virei e o encarei, sem entender direito o que ele estava querendo dizer. Com um sorriso triste Shownu soltou o meu cotovelo e voltou para o salão. Ele também conhecia o segredo tinha que conhecer. Aquilo ainda iria me deixar maluca. Que história tão importante seria aquela?


Notas Finais


Adaptação da Trilogia "Paixão sem Limites"
História escrita por @twerkcamdallas
Betada por @elflopada


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