Dezembro. Segunda-feira
Minseok,
O final de semana foi uma tortura.
A música ainda ecoava em minha mente e eu só conseguia te ver, fosse de olhos abertos ou fechados.
O sorriso de lábios finos, os cabelos arrepiados, castanho claro e os olhos bem puxados.
Como eu queria ter analisado melhor seus olhos.
No primeiro dia que te vi, não consegui me fixar neles de tão chocado que fiquei com... bem, você por inteiro. E depois disso, só nos encontramos quando está de costas ou virado.
Nem mesmo quando toquei em seu braço, olhou para mim. Manteve a cabeça abaixada.
Isso me fere um pouco, pois eu queria ver sua beleza por completo, de frente para mim. Seus olhos nos meus e os meus encarando o mar que eu sei que são os seus.
Mas esse pensamento também me deixa receoso. Você irá me reconhecer assim que me visse? Irá saber, só por me olhar, quem sou?
Às vezes penso se não me acha um louco ou até mesmo inconveniente por encher sempre seu armário com esses pequenos papéis, cheios de palavras rápidas.
Mas elas significam muito. Por favor, que você entenda o quão profundo elas são e o quão desesperador é o que eu sinto agora.
É como uma agonia incessante. Uma necessidade extrema. O te olhar, te tocar.
Te ter.
Isso me envergonha um pouco, mas na longa semana que passei sem você me fez perceber isso.
Eu te quero, Minseok. Com todo o meu ser.
Você pode ser meu?
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